sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O MONOPÓLIO DAS TERRAS NO MUNDO

UMA TURNÊ POR TERRAS EMERGENTES
           

O Brasil é um dos objetivos da cobiça estrangeira liderada pela China,  Arábia Saudita, Qatar, Bahrein e investidores americanos. As compras de terras brasileiras somaram um total de 2,6 milhões de hectares no período. Para os bancos o objetivo dos investidores é        garantir o acesso aos alimentos e água.     

Uma viagem através das terras agrícolas  levou os investidores estrangeiros a comprar pelo menos 83 milhões de hectares nos países em desenvolvimento no período de 2000/2010, de acordo com a análise do Banco Deutsche baseado em dados de Land Matrix, um banco de dados público para esses tipos de negócios.
 
Mas, ao mesmo tempo  os investidores brasileiros também compraram  terras na África, especialmente no Sudão, a fim de plantar soja, algodão e outros produtos agrícolas, mas as preferências são  continuar  apostando nos  países vizinhos, Paraguai e Bolívia. Os investimentos globais são baseadas em tendências de longo prazo como o aumento do consumo de alimentos e combustíveis   num cenário de disponibilidade limitada de terras aráveis, água e energia. De acordo com o banco alemão, o objetivo destes investidores é garantir o acesso a alimentos e água, além de obter benefícios financeiros como um ativo alternativo. Grande parte da produção destas terras é exportada.

Dois terços dos países no âmbito destas operações terá um aumento do consumo de água em mais de 12% devido a estas compras de grandes dimensões  terras.
Dada a falta de transparência deste tipo de investimentos o banco considera "confiáveis" pelo menos metade das operações registradas, o que significa que os estrangeiros compraram 32,7 milhões de hectares, ou seja  o equivalente à soma dos territórios da Alemanha, Bélgica e Holanda, isto é 7% das terras agrícolas do mundo.
O estudo mostra que se entre os investidores privados se os destacam od americanos, entre os  estatais  são os do  Golfo Pérsico. Mas ultimamente os que  aumentaram suas compras no exterior são países como a China (em grande  parte  estatais), Brasil, África do Sul e Índia, entre os emergentes asiáticos.

O Banco Deutsche afirma que existem riscos significativos" associados aos investimentos em terras agrícolas. O principal desafio é o respeitos aos direitos econômicos e sociais as populações locais, assim como a preservação da sustentabilidade    ambiental.
Mas para a Deutsche há evidências de que também pode funcionar modelos de cooperação entre investidores e pequenos agricultores, um exemplo é a garantia da  produção. De acordo com a instituição, associações como essas  podem beneficiar a produtividade e reduzir a pobreza sem, necessariamente, ter que transferir as  terras.

Para os financiadores, diz o banco, os investimentos em terras agrícolas são atraentes por várias razões. Começando com a boa perspectiva de lucro a longo prazo diante  do aumento esperado da demanda de alimentos e a subida dos preços. A renda varia de acordo com a região e pode chegar a 20% na África e até 30% no  Brasil.

Fonte:rebelion.org
Traduação e adaptação: Valdir Silveira

HITLER É CULPADO E SÓCIO DESSAS AGRESSÕES


Idade Média*
Jorge Cadima
30.Nov.12
Novamente Israel massacrou civis palestinos, com a impunidade que a cobertura imperialista lhe garante. Impunidade que levou vários responsáveis israelitas a confirmar, em declarações de brutal arrogância, aquilo que há muito é sabido: se puder, o sionismo levará até ao fim a destruição do povo palestino. E todos os indícios apontam para que deseje levar a sua criminosa acção ainda mais além.


A nova guerra de Israel contra Gaza foi – como em 2009 – um massacre de civis. Por muito que a comunicação social fale dos «rockets sobre Israel», um tenebroso balanço não deixa margem para dúvidas sobre quem são as reais vítimas. De 163 mortos, 156 são palestinos. Destes, 104 eram civis, incluindo 33 crianças e 3 jornalistas (Comité Palestino para os Direitos Humanos, www.pchrgaza.org). O número de feridos palestinos ultrapassou o milhar. O sangue derramado soube a pouco em Israel. O ministro do Interior Eli Yishai declarou durante os bombardeamentos que «o objectivo da operação é fazer Gaza regressar à Idade Média» (notícias em directo do Haaretz e BBC, 17.11.12). O Ministro dos Transportes pediu para «Gaza ser bombardeada tão intensamente que a população tenha de fugir para o Egipto» e um deputado do Knesset afirmou aos soldados: «Não há inocentes em Gaza. Não deixem que um qualquer diplomata que queira fazer boa figura no mundo ponha em perigo as vossas vidas: ceifem-nos!» (RT, 20.11.12). O filho do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon (um criminoso de guerra responsável – entre outros – pelo massacre de muitas centenas de palestinos nos campos de Sabra e Chatila em 1982) escreveu num editorial no Jerusalem Post (18.11.12): «Os residentes de Gaza não são inocentes, elegeram o Hamas. […] Temos de arrasar bairros inteiros de Gaza. Reduzir toda Gaza a escombros. Os americanos não pararam em Hiroshima – os japoneses não se rendiam o suficientemente depressa e por isso atacaram Nagasáqui também». É difícil imaginar que tantas barbaridades criminosas fossem ditas noutro qualquer país sem alarido. Mas Israel goza de um estatuto de impunidade ímpar. Pode comportar-se como se vivesse na Idade Média e continuar a ser tratado como um país normal.
Longe das manchetes e dos telejornais, até se confessam algumas verdades. O New York Times (NYT, 14.11.12) escreve: «Desde então [2009] o Hamas respeitou um cessar-fogo informal, embora frágil, e por vezes procurou também obrigar grupos militantes mais pequenos a respeitá-lo. Mas nos meses mais recentes, sob pressão de parte da população de Gaza [que se queixava] de não haver resposta a mortíferos ataques aéreos israelitas, o Hamas tinha reivindicado a participação nalguns lançamentos de rockets». Vale a pena recordar as palavras do general israelita Moshe Dayan (NYT, 11.5.97) relatando antecedentes da ocupação por Israel, em 1967, dos Montes Golã sírios (ainda hoje ocupados): «Sei como começaram pelo menos 80% dos conflitos na zona. Na minha opinião mais de 80%, mas digamos 80%. Nós enviávamos um tractor para arar um terreno […] na zona desmilitarizada [da fronteira] e já sabíamos que os sírios iriam disparar. Se não disparassem, dizíamos ao tractor para avançar mais, até que os sírios se irritavam e disparavam. Aí utilizávamos a artilharia e depois também a aviação. Era assim». Palavra de general israelita…
A verdade incontornável é que hoje mesmo – 29 de Novembro – passam 65 anos que a ONU decretou a criação de dois estados em território palestino: um judaico e outro árabe. O primeiro foi logo criado, através duma limpeza étnica – para usar o título dum livro sobre a Nakba de 1948 do historiador israelita no exílio Ilan Pappe. O segundo, passadas seis décadas e meia, continua a ser objecto de vagas promessas, resoluções da ONU nunca cumpridas, acordos sucessivamente violados – e mais limpezas étnicas. Até mesmo o pedido de reconhecimento da Palestina como Estado não-membro (sic) da ONU (o estatuto do Vaticano) – que hoje vai a votos na Assembleia Geral – merece a recusa de Israel e do seu patrão norte-americano. Os dirigentes das potências imperialistas e da comunicação social ao seu serviço não se cansam de repetir que Israel tem «direito à segurança» e a «defender-se». Mas os palestinos parece que não. Apenas lhes reservam o «direito» de morrer em silêncio. Novos ataques contra Gaza se seguirão. E não só. O NYT(22.11.12) titula: «Para Israel, o conflito de Gaza é um teste para um confronto com o Irão». E a julgar pelos tambores de guerra anunciando uma escalada da NATO nas fronteiras da Síria, não é só Israel que quer trazer de volta a Idade Média.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2035, 29.11.2012
Fonte: odiario.info

ONU RECONHECE PALESTINA COMO ESTADO OBSERVADOR


A discriminação continua contra a Palestina. Por que não considerá-la Estado Membro? Por que os EUA e Israel teimam em deixar a Palestina num Gueto, num Campo de Concentração? Só pode ser por amor a Adolf  Hitler!

CARNES: COMEÇARAM AS RESTRIÇÕES


Desde que começou essa folia dos transgênicos que temos alertado aos suinocultores, avicultores e produtores de leite sobre possíveis embargos aos derivados desses setores  prodfutivos. Há quase uma década temos alertado o setor que se os países importadores resolverem não mais comprar carnes e ou outros produtos com resíduos de transgenicos; a quebradeira vai ser geral, teremos um grande colapso no agronegócio nacional. Felizmente, por enquanto, isso ainda não aconteceu. Mas  hoje (30/11/12) está sendo noticiado que " Russos exigem carne sem aditivo de crescimento" (Gazeta do Povo). O aditivo ractopamina, usado em larga escala na produção suína para aumentar o percentual de carne magra e diminuir os custos com ração pelo menor uso de milho, está sendo vetado pelos importadores da Russia.
O noticiário, que repete a mesma ladainha de sempre idêntica a dos agrotóxicos, diz " apesar de não existir registro de que a substância possa fazer mal à saúde de seres humanos que ingerem suínos tratados com o aditivo(...)". Afirma a mesma fonte que " ... outros países com a China e a União Européia restringem o produto".  Ora, se esses países, estão restringido o uso da ractopamina é porque estão preocupados com a saúde da sua população e devem ter algum estudo que os orientem nesse sentido. Portanto, além da ractopamina, os produtores de aves, suinos e leite devem ficar de " orelha em pé" em relação ao milho e soja transgenicos componentes da ração do setor!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

MEU PAI FOI ESTIVADOR, NEM POR ISSO SOU O MAIOR ARMADOR DO BRASIL

Repassando o que recebi do amigo abaixo:

jackson barreto
17:59 (1 hora atrás)
para Adv.Dilmo

Eike já nasceu rico mas 70% da sua fortuna foi levantada na era Lula, nos últimos 10 anos de governo petista com quem ele mantem estreito relacionamento. Tem moleza no pré-sal? Chama o Eike.É assim a nossa privatização.
EIKE BATISTA por Hélio Fernandes.

EIKE BATISTA, por Hélio Fernandes - Publicado na Tribuna da ImprensaHélio Fernandes, após longa ausência, certamente motivada pelo falecimento de dois filhos, ocorridos no ano passado, e do irmão, Millor Fernandes, ocorrido no mês passado, o decano dos jornalistas brasileiros, nonagenário, finalmente volta a escrever e a nos brindar com suas análises, sempre acuradas e calcadas em fatos incontestáveis.
Eike Batista: "Paguei meu imposto de renda com um cheque de 670 MILHÕES DE REAIS. Deve ser verdade. Mas de onde vem essa fortuna, que segundo ele, é a maior do Brasil? Do pai, o melhor do Brasil?
Ninguém duvida, as dúvidas estão todas na sua vida, ou melhor, na vida do pai, que montou sua herança, antes mesmo dele nascer. Ninguém tem uma trilha (que gerou o trilhão) de irregularidades tão grande quando Eliezer Batista. E em toda a minha vida profissional, nunca escrevi tanto e tão vastamente sobre irregularidades, prejuízo ao Brasil, ENRIQUECIMENTO COLOSSAL, quanto sobre Eliezer. E logicamente nem uma vez de forma POSITIVA, sempre naturalmente NEGATIVA.
A partir do "Diário de Notícias" (1956/1962) e depois já na "Tribuna da Imprensa", Eliezer era personagem quase diário.
O roubo das jazidas de manganês do Amapá, assunto exclusivo deste repórter, ninguém participava, Eliezer era tão GENEROSO com os
jornalões, como foi depois com o filho. O Brasil era o maior produtor de manganês do mundo. Como era de outros minérios, todos controlados
por ele, presidente eterno da Vale.
Eliezer devastou o Amapá, entregou todo o manganês aos americanos, a "preços de banana" (royalties para o presidente dos EUA, Theodore
Roosevelt, que inventou essa expressão para identificar os países debaixo do Rio Grande. Isso em 1902).
No Porto de Nova Iorque, os navios que vinham do Brasil com manganês, atracavam lá longe para não provocar comentários. E este repórter dava
o número dos navios, os nomes, o total da carga, o miserável preço da venda, EMPOBRECENDO o Brasil, ENRIQUECENDO os "compradores" e o grande VENDEDOR (sem aspas) Eliezer.
Está tudo no arquivo da "Tribuna", fechada por necessidade de silenciar o jornal que contava tudo. Os jornalões, servos, submissos e
subservientes, exaltavam as vendas destruidoras, elogiavam o PROGRESSO DO AMAPÁ, por ordem de ELIEZER e da VALE. Diziam: "O Amapá abre estradas, constrói escolas e hospitais, os pobres estão muito mais
atendidos e alimentados".
Mistificavam a opinião pública, queriam convencer a todos, que EXPLORAR AS RIQUEZAS do então Território, deixando os milhares de pobres habitantes sem comer, sem morar, sem hospital e escola. Tudo
transitório, enquanto ESBURACAVAM todas as terras, EXTRAÍAM o manganês e DOAVAM tudo aos trustes. (Como se chamavam, na época).
Gostaria de reproduzir tudo isso, a corrupção praticada pelo pai, beneficiando e enriquecendo ele mesmo e acumulando para o filho
bem-aventurado. (Mas como o jornal está fechado, tenho que ESQUECER
essas matérias de 40 e 50 anos, mas a-t-u-a-l-i-z-a-d-í-s-s-i-m-a-s.
Quem nasce Batista se reproduz na riqueza de outro Batista. Só o manganês não se reproduz, dá apenas uma safra).
Mas como Eliezer foi sempre muito PREVIDENTE, controlou todos os minérios, que deixou para o filho, de "papel passado", ou então em indicações DEBAIXO DA TERRA. Mas com os mapas atualizados e do conhecimento APENAS DO FILHO, A MAIOR FORTUNA DO BRASIL, ANTES MESMO
DE NASCER.
(O Brasil tem quase a totalidade da produção desses minérios, como tinha do manganês, raríssimos. E como tem do NIOBIO, ainda mais raro e IMPRESCINDÍVEL, 98 por cento de tudo o que existe no mundo).
Alternando de pai para filho, afinal onde termina Eliezer e começa o Eike? O pai já completamente identificado, mesmo como presidente,
"DONO" da Vale, embora já carregasse como propriedade pessoal, a ICOMI, fundada para concorrer com a própria Vale. Utilizando a ESTATAL para produzir lucros PARTICULARES.
***
PS - O filho Eike nasceu rico e poderoso. Se descuidou, foi preso em casa pela Polícia Federal. Seguiu a receita de Daniel Dantas, "só
tenho medo da Polícia, lá em cima, eu resolvo", resolveu. Ninguém sabe onde está a conclusão do ato de prisão.
PS2 - Para o HOMEM MAIS RICO DO BRASIL SER PRESO, é necessário que a acusação esteja fundamentada. ESTAVA. Mas as providências LÁ DE CIMA, também ESTAVAM.
PS3 -  Eike "funda" empresas que provocam notícias e permitem a concessão de favores. Nem é pelo lucro, e sim para exibição.
PS4 - Fora a herança "que meu pai me deixou", abriu ou comprou restaurantes, hotéis, espalhou através dos amestrados, "estou DESPOLUINDO a Lagoa Rodrigo de Freitas". Continua a mesma, ninguém conhece a Lagoa como este repórter. Mas as pessoas acreditam na DESPOLUIÇÃO. Ha!Ha!Ha! Não riam, é a tragédia da corrupção.
PS5 - É preciso que alguém obrigue Eike Batista a explicar como se tornou O HOMEM MAIS RICO DO BRASIL. Acho que quem pode fazer isso é a
RECEITA FEDERAL.

FRASE PARA PENSAR.
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma
injustiça no mundo, então somos companheiros".(CHE Guevara)

TAXISTA GAUCHO INDIGNADO

Estive em Porto Alegre e dei risada com uma peripécia contada por um taxista que estava indignado com um baiano. Um baiano, naturalmente novo rico metido a sebo, como todos os novos ricos vislumbrados com o estatus conquistado, encheu o saco do taxista dizendo-se insatisfeito com as mulheres e com os gauchos de um modo geral. Por que? Porque questionou o taxista dizendo que as gauchas são feias e gordas e que não encontrou os gauchos vestidos a rigor, isto é, pilchados ( de bombacha, bota, etc.) e tampouco encontrou gauchos  assando churrasco nas ruas. Pode?! Essa é uma cena autêntica  de um baiano perdido nos pagos.

A ROUBALHEIRA DO PEDÁGIO

É uma pena que os governos estejam permitindo esse assalto aos bolsos dos consumidores, principalmente dos caminhoneiros que transportam os nossos alimentos e produtos que consumimos. Essa máfia, a máfia do pedágio, estão ganhando mais que os bancos e quiçá, mais que a confraria das drogas. Onde está o nosso(?) MINISTÉRIO PÚBLICO que não entra nessa parada. O Governo construiu as estradas, asfaltou e agora esses malandros do pedágio tomam conta. Haja PAREDÓN  para consertarmos essas canalhices!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

VAMOS UNIFORMIZAR AS ESCOLAS PÚBLICAS?


Está chegando o fim de ano; época de programar o próximo Ano Letivo. Por que as Escolas e Colégios públicos não começam a se mobilizar na confecção de uniformes, na padronização das roupas, para os seus estudantes. A nossa escola pública está uma esculhambação em termos das roupas que a juventude usa; tem de tudo, é uma bagunça, além de fomentar as diferenças de classe, a descriminação entre os alunos. Tem alunos com roupas de grife e gente de  roupinha surrada. Visitei alguns paises socialista, principalmente, Cuba e Vietnam; lá todos estão uniformizados, é a disciplina nas escolas; aqui a esculhambação neoliberalizada!

20 NOVEMBRO: PARA QUE MAIS FERIADOS


Sou um defensor das cotas e militante negro há décadas, mas vejo desnecessário mais esse feriado. Os negros para serem lembrados não precisam de feriado; precisam de respeito, de emprego, de moradia, assim como os demais pobres dessa nação, desse Estado e desse Município. Gostaria que esse vereador que apresentou o projeto que se empenhasse junto com os deputados - estaduais e federais- na implantação das ações afirmativas que ainda são, amplamente, torpedeadas pelos racistas de plantão. Já temos feriados demais; acho desnecessários feriados religiosos e outros. Deveríamos ter só os seguintes feriados: Dia Primeiro de Janeiro, dia de Natal, dia do Trabalhador, dia da Independência e dia da Proclamação da República. O resto fica por conta do forum íntimo das pessoas. Chega de feriados, vamos ao trabalho construir essa nação; não queremos enganações. É preciso sim, que nas escolas se ensinem mais a respeitar os nossos heróis, que se ensine a cantar o Hino Nacional, o Hino da Bandeira e o Hino da Independêncvia que essa juventude não sabe. Sabem cantar a Marselhesa, sabem tudo dos estrangeiros e não, desculpem o desabafo, porra nenhuma do que é nosso.

OPERAÇÃO PORTO SEGURO; E AS OUTRAS?


A mídia está falando muito da Operação Porto Seguro; a presidenta Dilma já tomou algumas providências afastando os envolvidos. Agora especula-se mais na tentativa de envolver José Dirceu e Lula. Por que essa mesma mídia,o Ministério  Público e o STF do paparicado irmão negro Joaquim Barbosa não vão a fundo sobre os escândalos do Mensalão Tucano, das sacanagens da Privataria Tucana denunciada em livro e não contestadas e da Operação Satiagraha. Os brasileiros estão esperando essa atuação. Que o STF use o princípio da isonomia e não fique parado no tempo só futricando os petistas. Tem mais lama e muita lama nos outros partidos, nos outros lados, nos banqueiros, nos bicheiros e outros bandidos um pouco menos importantes; mas, bandidos que devem ser punidos.

PMs: RACISTAS, BANDIDOS E MOÇOILAS

Como membro do Instituo Afro Brasileiro do Paraná, repudio as atitudes racistas de alguns membrtos da nossa gloriosa Policia Militar. Esses militares covardes, racistas quando se trata de enfrentar os bandidões que assolam o Estado do Paraná; a turma do crack, da maconha e da cocaina que agem impunemente na capital e região metropolitana; ai eles se acovardam, se transformam em moçoilas, em menininhas. Mas viram "homens" quando atacam jovens com problemas especiais e senhoras de idade. SDão bandidos, safadoes e canalhas. Se fosse com familiares meus eu os identificaria e os caçaria como animais que são. Ministério Público aonde estás que não encarceras esse abutres escondidos na Policia Militar; esses bandidos fantasiados de policia? Está faltando 007 para pegá-los

PALESTINA: A NOVA GUERNICA



Picasso se vivo fosse retratria essa nova tragédia dos hitleristas do Século XXI: o Governo de Israel.

SOLIDARIEDADE COM O POVO DE GAZA
ALTO À AGRESSÃO NAZI-SIONISTA

'.

ISRAEL IMITA HITLER

Hitler está contente no fundo do túmulo. Por que? Porque suas lições de perseguições, torturas e chacinas estão sendo muito bem aplicadas pelos seus, outora, perseguidos. Que ironia!


Fonte: rebelion.org

terça-feira, 27 de novembro de 2012

UMA REFLEXÃO PARA APRECIAÇÃO



AS FANTASIAS DA INTELECTUALIDADE “DE ESQUERDA


Alguns intelectuais ditos e conhecidos como esquerdistas, continuam mordidos pela “doença infantil do esquerdismo” tão bem analisada por Lênin. Ficam se masturbando com longas dissertações de mestrado e teses de doutorado, com infindáveis citações bibliográficas que cansam até acadêmicos, imaginem um trabalhador que volta, para casa, à noite cansado da jornada de trabalho? Afinal para que e para quem escrevem? Rapidamente respondo: escrevem para academia, numa catarse de igrejinhas, para ganharem créditos na academia e aumentarem seu soldo. É isso, nada mais que isso!
Fazem “críticas” à Lula e Dilma, mas não apresentam um projeto de mudança concreta. As críticas desses intelectuais equivocados – será?- são idênticas as que fazem a direitona do DEM, PSDB, PSOL, PSTU e PMDB, principalmente, e outras agremiações menores a serviço do capital nacional e internacional.

A China, o Vietnam e agora Cuba com seus delineamentos, estão dando exemplo ao mundo, principalmente China e Vietnam de que não podemos ficar imitando modelos, no caso o antigo modelo russo, porque não dá certo. São realidades diferenciadas em todos os aspectos: geográficas, culturais, étnicas, etc., que configuram variados caminhos. Um exemplo é emblemático: comunistas versus igrejas. Quando se fez a revolução de 1917, na Rússia, a revolução comunista fechou todas as igrejas. Por que ? Porque lá, na Rússia, a igreja estava totalmente atrelada ao governo, aos czares; a igreja fazia parte do estamento governamental, a igreja era o governo, portanto tinha de ser eliminada. O que fizeram os comunistas, principalmente na América Latina? Imitaram, copiaram o modelo soviético e se incompatibilizaram com aqueles que queriam conquistar: o povo, os operários brasileiros que são, na sua grande maioria, religiosos; principalmente católicos. Nos isolamos do povo porque quisemos transportar para o nosso país uma  realidade de outro país. Aqui na América Latina diversos religiosos, padres, freiras e pastores se engajaram na luta de libertação, foram presos, torturados e assassinados; na Rússia isso não aconteceu! Na China e Vietnam 80% da população são budistas num regime comunista.

Fizemos uma breve apreciação para sustentar a tese de que os acadêmicos estão querendo curar a febre quebrando o termômetro. Nesse país cheio de contradições; uma colcha de retalhos que vem sendo remendada desde 1500; pensar numa revolução da noite para dia, em quebrar estruturas arcaicas, num passe de mágica, só pode ser “idéia de intelectual desocupado” como diria Joãozinho Trinta. Vejam que a reforma agrária está paralisada há anos! O Estatuto da Terra tido como a melhor lei agrária do mundo, feito em 1964, até hoje não saiu do papel e creio que a grande maioria dos atuais parlamentares nem sabe da sua existência. A questão do Código Florestal onde as forças conservadoras, a turma da moto serra impôs derrotas ao governo que não dispõem de forças de apoio. Jango, João Goulart foi golpeado e derrubado porque defendia as Reformas de Base, que previam a realização de importantes mudanças: reforma agrária, reforma tributária, reforma administrativa, bancária e educacional. Jango defendia também a extensão dos direitos trabalhistas aos trabalhadores rurais, a nacionalização de empresas estrangeiras e a aplicação da Lei de Remessa de Lucros (que deveria diminuir a "fuga" de divisas para o exterior, sob a forma de lucros auferidos por empresas estrangeiros no         Brasil).

O Programa de reformas do presidente Goulart acentuou a radicalização política, crescente desde 1961. A mobilização era intensa, tanto dos partidários de João Goulart como o de seus opositores. O governo tinha apoio dos sindicatos, da Confederação dos Trabalhadores (CGT), da UNE, do PTB, dos socialistas   e            comunistas.
Por outro lado, organizavam-se também os grupos que condenavam as Reformas de Base: empresários, fazendeiros, militares e setores da classe média. No Congresso, o presidente encontrava forte oposição da UDN e do PSD. A resistência ao governo era apoiada pelos Estados Unidos, cujos interesses poderiam ser prejudicados pela          política reformista de Jango.

Vejam que estou me referindo as reformas, não revolução, no período de Jango, governo não socialistas, que defendia algumas reformas progressistas; foi acusado de comunistas e tivemos o famigerado Golpe Militar que nos infelicitou por quase três décadas. Imaginem se Dilma resolver reativar a questão da remessa de lucros de empresas estrangeiras ligadas ao sistema financeiro e ao agro-negócio; o que acontecerá?
A turma da Unicamp e outros piroquetas vão levar o povo às ruas para apóia-la? Por acaso essa turma se mobilizou para defender o nosso Código Florestal? Não, e não! Agora o intelectual da Unicamp, Plínio de Arruda Sampaio Jr., filho de ex-candidato do PSOL, partido anticomunista que prega o socialismo com liberdade, numa clara alusão à existência de um socialismo sem liberdade, vem com um tratado sobre Fatos e Mitos dos Governos Progressitas no Brasil, com inferências aos governos de Lula e Dilma, buscando salvação imediata, milagres, para os problemas brasileiros.

Tudo o que Lula fez e agora Dilva está fazendo; tudo está errado. Por acaso Lula e, agora Dilma, fizeram uma revolução no Brasil? Chegaram ao governo através das armas? Será que esses intelectuais estão se fazendo de bobos, de sonsos ou estão querendo nos enganar, nos confundir? Eles sabem muito bem que o poder está nas mãos dos mesmos de sempre! Eles sabem também que tanto Lula, quanto Dilma agora, dividem o governo com forças heterogêneas, com ampla e esmagadora maioria de direita, inclusive com parlamentares que se dizem de esquerda; a esquerda da direita.
Como pode um governo, sem sustentação política, avançar? Vejam o episódio do chamado mensalão, uma prática usual e corriqueira na sustentabilidade governamental capitalista e no financiamento eleitoral no Brasil. Só agora, com os representantes petistas no cenário político, entre eles ex-resistentes à ditadura, como Dirceu e Genuíno, é que as cassandras do golpe se arvoraram de defensoras do patrimônio público e exigem punições severas. Entretanto não querem e não pedem, acobertados pela mídia mafiosa, punição e agilidade dos processos que estão no STF.
Calam. Pergunto aos intelectuais doentes infantis do esquerdismo, onde está a força de Dilma – e que Lula também não teve – que não impediram essa farsa da CPI do Mensalão?

Vejam o que diz no inicio da sua dissertação o intelectual Plínio Jr.: “A compreensão da realidade brasileira requer o esforço crítico de contrastar a aparência dos fenômenos e a forma como são interpretados pelo senso comum com a sua essência mais profunda, definida pelo sentido das transformações inscritas no movimento histórico. Tal contraste revelará a abismo existente entre o mito de que o Brasil vive um surto de desenvolvimento, liderado por um governo de esquerda que teria criado condições para combinar crescimento, combate às desigualdades sociais e soberania nacional, e a dramática realidade de uma sociedade impotente para enfrentar as forças externas e internas que a submetem aos terríveis efeitos do desenvolvimento desigual e combinado em tempos de crise econômica do sistema capitalista mundial”.
É um texto rebuscado, cheio de floreios, hermético que qualquer operário, até os sindicalizados teriam dificuldades de entende-lo.
Esse primeiro parágrafo se cair no meio dos estivadores, para citar um segmento operário esclarecido, já vai causar dificuldades na sua interpretação.
Mais adiante diz Arruda Junior queTambém a idéia de que o crescimento econômico teria melhorado a desigualdade social encontra certo respaldo nos fatos. Após décadas de absoluto imobilismo, no governo Lula, o índice de Gini, que mede o grau de concentração pessoal de renda, diminuiu um pouco; e a distância entre a renda média dos 10% mais pobres e a dos 10% mais ricos do país foi reduzida, de 53 vezes em 2002, para 39 vezes em 2010. As autoridades vangloriam-se de que, nesse período, mais de 20 milhões de brasileiros teriam deixado a pobreza”.

É uma constatação do intelectual Plínio Júnior; por que o governo não pode se “vangloriar” desse feito? Por acaso FHC e os outros conseguiram essa performance?
Outra constatação do intelectual e acadêmico da UNICAMP “Tais fatos levaram a presidente Dilma a pavonear que o Brasil teria se transformado num país de “classe média”. Além de conseqüência direta da retomada do crescimento, a melhoria nos indicadores sociais é associada: à política de recuperação em 60% no valor real do salário mínimo entre 2003 e 2010 (...); à ampliação da cobertura de previdência social para os trabalhadores rurais – conquista da Constituição de 1988; e à política social do governo federal, notadamente a Bolsa Família – programa de transferência de renda para a população carente que, em 2010 atendia cerca de 13 milhões de famílias.”
Vejam que o preconceito dessa intelectualidade, a arrogância dessa gente é tão grande que atacam a presidenta Dilma de “se pavonear” ao referir-se aos êxitos do governo.
E tem mais “O mito de que o Brasil estaria vivendo um surto de desenvolvimento que abriria a possibilidade de superação da pobreza e da dependência externa simplesmente ignora a fragilidade das bases que sustentam o ciclo expansivo dos últimos anos e seu efeito perverso de reforçar a dupla articulação responsável pelo caráter selvagem do capitalismo brasileiro: o controle do capital internacional sobre a economia nacional e a segregação social como base da sociedade brasileira. Alguns fatos são suficientes para deixar patente a verdadeira natureza do modelo econômico brasileiro. O crescimento da economia brasileira entre 2003 e 2011 não foi nada de excepcional – apenas 3,6% ao ano –, bem abaixo do que seria necessário para absorver o aumento vegetativo da força de trabalho – estimado em cerca de 5% ao ano –, pouco acima do crescimento médio da economia latino-americana.”
O Sherlock Holmes da UNICAMP vai descobrir algo que nos possa tirar do atoleiro através de uma varinha de condão?
Vejam a fantasia do intelectual e acadêmico riquinho que usa as interpretações do “ milagre brasileiro” quando a academia era premiada com “bons” salários para ficar calada, cooptada: “A nova rodada de modernização dos padrões de consumo somente alcançou uma restrita parcela da população e, mesmo assim, na sua maioria, com produtos supérfluos de baixíssima qualidade. Não poderia ser diferente, pois, assim como uma pessoa pobre não dispõe de condições materiais para reproduzir o gasto de uma pessoa rica, a diferença de pelo menos cinco vezes na renda per capita brasileira em relação à renda per capita das economias centrais não permite que o estilo de vida das sociedades afluentes seja generalizado para o conjunto da população”.
É claro, é elementar, se estamos no capitalismo; como generalizar “ o estilo de vida das sociedades afluentes para o conjunto da população”? 
Finalmente o encerramento do texto que reconhece  “ a modesta prosperidade material dos últimos anos, que levou uma parcela da população brasileira a ter acesso aos bens de consumo conspícuo de última geração, é efêmera e nociva.”
            “Efêmera e nociva”, tudo o que se conseguir no arco capitalista em benefício da classe trabalhadora é efêmero e trás no seu bojo a nocividade.
  “A euforia que alimenta a ilusão de um neo-desenvolvimentismo brasileiro é insustentável.”, afirma Plínio Junior como se tivesse redescoberto a roda.
E continua no seu devaneio celestial com um conclusão de efeito ao dizer que “  Ao solapar as bases materiais, sociais, políticas e culturais do Estado nacional, “progressistas” e “conservadores” são responsáveis, cada um à sua maneira, pelo processo de reversão neocolonial que compromete irremediavelmente a capacidade de a sociedade brasileira enfrentar suas mazelas históricas e controlar seu destino, de modo a definir o sentido, o ritmo e a intensidade do desenvolvimento em função das necessidades do povo e das possibilidades de sua economia.”
Não vi propostas de projeto alternativo, só palavreado acadêmico e diagnósticos manjados. Como comunista defendo  um projeto de mudanças cujo sucesso, dentro da atual correlação de forças, passa pela formação de uma ampla frente de esquerda, de forças que não acreditam em milagres e lutem no sentido de avanços progressivos. A insistência em satiranizar e cristianizar Lula e Dilma, como o fazem algumas correntes de esquerda, nos dividem e abrem espaços para o avanço da direita que está sempre alerta e unida contra nós. Ou não estão?
Por isso discordamos das fantasias dos intelectuais de esquerda metafísicos que buscam milagres. Não é de se estranhar visto que pertencem a uma corrente filosófica (?) que defende um “ socialismo com liberdade”. Liberdade para quem?


A FARSA DA QUESTÃO NUCLEAR

Abaixo publicamos parte de uma entrevista do sociólogo norteamericano  Emmanuel Wallerstein, concedida ao cientista político coreano  Lee Su-hoon, onde ele aborda a questão do desarmamento nuclear. Os EUA insistem em perseguir a Coréia do Norte e o Irã sobre a questão da pesquisa nuclear, entretanto eles e seus aliados possuem bombas que são usadas como moeda de troca nas pressões e amedontramentos políticos no cenário internacional.                    

"Lee: E se todo mundo desistisse das armas nucleares, inclusive aqueles que já as possuem?

Wallerstein:
Isso seria o ideal, se você considera possível convencer os EUA ou o Paquistão, Índia, Israel, França e Grã-Bretanha. Mas não há política que possa persuadir esses países a reduzir os armamentos nucleares a zero. Você poderá persuadi-los a reduzir o número de bombas que têm, em certas condições. Mas voltar a zero não seria prático. Pela simples razão de que é difícil verificar se os outros estão de fato reduzidos a zero. Há muitas maneiras de esconder essas coisas. É por isso que eles não vão aceitar.
Mas essa é a razão por que o tratado de não-proliferação nuclear é uma farsa, pois basicamente o que ele diz é que ninguém deve possuir armas nucleares, exceto os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. O resto de vocês, o mundo todo, deve renunciar a qualquer tentativa de ter armas nucleares, e em troca disso, nós prometemos duas coisas: (1) vamos reduzir significativamente o nosso estoque, e (2) vamos permitir que você desenvolva a energia nuclear para fins pacíficos.
Desde que o tratado entrou em vigor, não houve uma redução significativa, e agora todo o mundo está falando novamente em renovar e expandir. Os três únicos países que se recusaram a assinar o tratado são a Índia, o Paquistão e Israel. E isso agora está praticamente aceito. Eles desafiam o mundo, desafiam todas as regras, e agora são membros do clube. Os EUA têm boas relações com os três países, e nenhum foi penalizado por ter armas nucleares.

Lee: Então, o que você diz sobre a nossa tentativa de persuadir a Coreia do Norte a desistir das armas nucleares…

Wallerstein: É que é impossível. Se eu estivesse dirigindo a Coréia do Norte, certamente não concordaria."
Fonte: odiario.info

A CRISE NA AVICULTURA E OS INTEGRADOS


Crise na Diplomata prejudica avicultores do PR
Os frangos estão no tempo do abate, mas o frigorífico com o qual os produtores têm contrato não vai buscá-los, nem envia alimentação.
Em uma granja, o último carregamento de ração chegou há uma semana e em quantidade pequena, que duraria apenas um dia. A criadora Rosane Borges conseguiu racionar a alimentação, mas agora as aves estão sem comida, morrendo de fome.
Por causa do mau cheiro, os produtores enterram diariamente as aves mortas.
Algumas granjas já fecharam. Das 230 de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, 130 têm contrato com o Frigorífico Diplomata, de Cascavel, que está em processo de recuperação judicial, para evitar falência.
Cerca de 350 funcionários do abatedouro, que fica em Mandirituba, foram demitidos. Em nota, a empresa admite as dívidas, mas não dá prazo para o pagamento e nem sabe quando vai buscar os frangos para o abate.
De acordo com os técnicos, 160 mil aves não passam dos próximos dias e não há para quem vender a produção.

Marilza do Prado fez financiamento bancário de R$ 150 mil para ampliar a granja. Investiu em equipamentos que aceleram o crescimento das aves, mas agora não sabe o que fazer com os 45 mil frangos que estão na propriedade, sem comida.
Fonte: Avicultura Industrial/Boletim Diário-27/11/12
Essa " crise" é provocada pela especulação das grandes " treidinguis" das multinacionais que controlam o comercio de grãos, principalmente milho e soja, matérias primas para a fabricação de ração destinadas aos cfrangos e suino. Quem paga o pato são os médios e pequenos produtores integrados; principalmente os pequenos. Está na  hora de o Governo Federal intervir nessa sacanagem, nessa exploração e mercantilização desenfreada dos grãos necessários às integrações de aves e suinos. O Governo não pode e não deve permitir que o desespero e a fome bata às portas dos pequenos que produzem alimentos para proteger essa canalha de multinacionais que controlam os grãos nesse país. São os Gigantes dos Grãos que estão agindo. Comandante Dilma PAU NELES! Defenda  os nossos pequenos´produtores. 

O CAPITALISMO

Esse o capitalismo descrito por Kafka.
Fonte: rebelion.org

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 DE NOVEMBRO: ZUMBI RECOMENDA AS COTAS


Hoje ainda não temos muito que comemorar. Por que?
Porque desde 1553, ano em que os primeiros negros pisaram nas Terras de Santa Cruz, os negros tem sido contemplados com o mérito de cotas: as cotas da chibata, do pelourinho, do garrote, do tronco, dos suplícios, dos porões fétidos dos navios negreiros, do vale do barracão, do cambão, do analfabetismo, da miséria, da prostituição, do estupro e outras cotas por conta da cor da sua pele. Querem mais cotas?
Zumbi quer e exige, hoje no seu dia, a sua COTA DE DIREITO, sua COTA NAS UNIVERSIDADES; cotas que muitos racistas e escravocratas empedernidos ainda insistem em lhe negar.
Zumbí, recomenda cotas! Zumbi, a cota é sua!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

HITLER APLAUDE O GOVERNO DE ISRAEL



SOLIDARIEDADE COM O POVO DE GAZA
ABAIXO  À AGRESSÃO NAZI-SIONISTA!




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A NATUREZA OPRESSORA DOS IMPERIALISTAS


Europa imperialista

Os crimes cometidos e a bárbara opressão sobre os povos colonizados são parte integrante da natureza das potências imperialistas que estão por detrás do «projecto europeu».Recentemente , o presidente Hollande fez um tímido reconhecimento oficial (42 palavras) do massacre policial de centenas de argelinos em Paris, em 1961. O massacre não foi coisa menor: cerca de 30 mil argelinos exigiam nas ruas a independência da então colônia francesa. A polícia de Paris, sob a chefia de Maurice Papon respondeu com ferocidade: «entre 300 e 400 mortos por balas, à coronhada ou por afogamento no rio Sena, 2400 feridos, e 400 desaparecidos» (Algérie Patriotique, 17.10.12). Foi preciso mais de meio século para que a França oficial admitisse sequer que o massacre existiu. Mas nem 51 anos chegaram para que reconhecesse o número de vítimas, abrisse os ficheiros policiais ou apontasse responsáveis.  
Papon foi colaboracionista dos nazis durante a II Guerra Mundial e viria a ser condenado em 1998 por «cumplicidade em crimes contra a humanidade, tendo colaborado na deportação de judeus sob o regime de Vichy» (FranceInter, 17.10.12). Mas como em muitos outros países, a restauração burguesa e imperialista na França após 1947 foi feita com a pior escória fascista. Durante décadas Papon teve numerosos cargos oficiais. Em 8 de Fevereiro de 1962 participou noutro massacre de Estado em Paris: durante uma manifestação sindical contra o terrorismo fascista da OAS, nove membros da CGT e do PCF foram assassinados pela polícia na estação de metro de Charonne. Papon foi ministro sob os presidentes gaullistas Barre e Giscard d’Estaing (1978-81). E o massacre de 1961 passou em silêncio durante a presidência do socialista Mitterrand, ele próprio implicado na brutal repressão colonial na Argélia. Mitterrand era ministro da Justiça de França no início de 1957, quando o General Massu e os seus paraquedistas (imortalizados no filme de Gillo Pontecorvo, A Batalha de Argel) receberam plenos poderes policiais na capital argelina, desencadeando uma feroz repressão, com tortura e assassinatos, que esmagou temporariamente o movimento de libertação nacional argelino. O sangue de centenas de milhares de argelinos manchou as mãos de toda a classe dirigente francesa, antes que – fez este ano meio século – a Argélia conquistasse a sua independência.
Também neste último mês, do outro lado do Canal da Mancha, se confessou bárbaros crimes. Um tribunal de Londres reconheceu a três quenianos vítimas da ferocidade colonial, ao fim de seis décadas, o direito a apresentar (!) pedidos de indenização. Um deles foi castrado pelas autoridades coloniais (BBC, 5.10.12). Como informa a notícia, «milhares de pessoas foram mortas durante a revolta Mau Mau contra a dominação britânica do Quénia nos anos 50 e 60». O governo inglês recorreu da sentença e com um cinismo inexcedível «alegou que a responsabilidade de compensações por torturas infligidas pelas autoridades coloniais foi transferida para a República do Quénia após a independência em 1963». Escreve o Guardian (18.4.12): «milhares de documentos relatando alguns dos mais vergonhosos atos e crimes cometidos nos anos finais do Império britânico foram sistematicamente destruídos para impedir que caíssem nas mãos de governos pós-independência» e «os documentos que escaparam à destruição foram discretamente transferidos para a Grã Bretanha, onde ficaram escondidos durante 50 anos, num ficheiro secreto. do». Alguns documentos «pormenorizam a forma como suspeitos insurrectos foram espancados até à morte, queimados vivos, castrados […] e agrilhoados durante anos», enquanto «ministros e altos funcionários públicos tinham total conhecimento dos abusos e do assassinato horrendo e sistemático de detidos […] mas declaravam repetidamente ao público britânico que tal não estava a acontecer».
Há quem esteja surpreendido com o comportamento dos dirigentes  da UE. Mas esta sempre foi a natureza das potências imperialistas que estão por detrás do projeto europeu. Mas a UE reflete a natureza de classe do sistema imperialista que a gerou: criminoso, explorador, agressivo. Procura hoje novas colônias e tratará com elas tal como agiu no passado, se os povos deixarem.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2033, 16.11.2012
Fonte: odiario.info

domingo, 18 de novembro de 2012

O DOMINIO DO TRÁFICO E DA BANDIDAGEM

É inadimissível o que está acontecendo em São Paulo, Rio de Janeiro e, agora, em Santa Catarina. Esses fatos nos remetem a concluir sobre o comprometimento, a conivência, das policias militares e civis com os marginais, com os meliantes, com os criminosos. São estrategistas empegar ladrão de galinha, matá-los indefesos; quando é para enfrentar bandidos da pesada ficam encagaçados! Engagaçados, omissos ou a serviço?! Onde está o Ministério da Defesa e a Policia Federal  que não agem com mão de ferro. Por que permitem que os bandidos tenham mais poder de fogo que o Exército Nacional, que ajam na mais absoluta tranquilidade e impunidade. E o nosso(?) Congresso Nacional, que está cheio de corruptos, por que não se manifesta? Será que os parlamentares tem rabo preso com a marginalia? Presidenta Dilma o Brasil pede e exigem uma intervenção já!

OS SILENCIOS DA MÍDIA "DEMOCRÁTICA"


Neste país, na mídia falada, impressa e televisada, só são prestigiados, só são reconhecidos os sabijos, os que dizem amém ao sistema; exemplo: o jornalista Arnaldo Jabor, ex-esquerdista(?), hoje ventriloquo da direitona, por isso é prestigiado na Rede Bôbo, também conhecida como Globo.

sábado, 17 de novembro de 2012

OS COMUNISTAS ASSASSINADOS PELA DITADURA


A ditadura militar no Brasil (1964-1985) e o massacre contra o PCB

por Milton Pinheiro [*]

Para Neide Alves Santos, comunista morta pela ditadura

 
Só vos peço uma coisa: se sobreviverdes a esta época, não vos esqueçais!
Não vos esqueçais nem dos bons, nem dos maus.
Juntai com paciência as testemunhas daqueles que tombaram por eles e por vós.
Um belo dia, hoje será o passado, e falarão numa grande época e nos heróis anônimos que criaram a história.
Gostaria que todo mundo soubesse que não há heróis anônimos.
Eles eram pessoas, e tinham nomes, tinham rostos, desejos e esperanças,
e a dor do último entre os últimos não era menor do que a dor do primeiro, cujo nome há de ficar.
Queria que todos esses vos fossem tão próximos como pessoas que tivésseis
Conhecido como membros da sua família, como vós mesmos.
Julius Fuchik
No dia quatro de novembro, a militância revolucionária brasileira compareceu à Alameda Casa Branca, em São Paulo, ao local onde foi assassinado o líder comunista Carlos Marighella, para prestar-lhe mais uma homenagem. É um ato coberto por um grande simbolismo, com a presença de históricos militantes da causa revolucionária no Brasil, mas também, com a presença daqueles que representam, nos dias atuais, a luta e o desejo da nossa classe em prosseguir fazendo história e perseverando na luta pela revolução socialista.

Marighella, heróico combatente contra a ditadura burgo-militar, tombou nesta data pela cilada covarde da repressão, em 1969. No entanto, não tombaram seus sonhos e ideias. Homens e mulheres, juventude aguerrida e trabalhadores, continuam em marcha para confeccionar no palmilhar do dia-a-dia, a esperança do mundo emancipado da exploração do homem pelo homem.

Mas, ao voltar-me para Carlos Marighella, nesta justa homenagem, desperto para a luta sem trégua dos seus camaradas do Partido Comunista Brasileiro (PCB), operador político no qual Marighella foi militante, parlamentar e dirigente durante 33 anos da sua vida, saindo dele, por divergência na forma de enfrentar a ditadura burgo-militar, dois anos antes de ser assassinado.

O ódio de classe exercitado pela burguesia durante todo o século XX contra o PCB foi levado às últimas consequências pela ditadura militar: eles prenderam, torturaram e mataram os militantes mais destacados de um operador político que teve seus erros no pré-1964, mas que resolveu articular uma ampla luta de massas contra a ditadura burgo-militar, e por isso pagou um gigantesco preço, que foi regado com sofrimento e sangue de seus militantes.

Logo no primeiro momento, quando se estabeleceram as trevas golpistas que cortaram as luzes da democracia em construção, no último dia de março de 1964, a burguesia e seu aparato militar/policial repressivo partiu para cima dos comunistas. Era a bota de chumbo pisando o sol da liberdade, começaram a ceifar as vidas da vanguarda comunista. E a primeira vítima foi o estivador e sindicalista, Antogildo Pascoal Viana (AM) , assassinado no dia 08 de abril de 1964, seguiram-se a ele, ainda em 1964, os seguintes camaradas: o operário eletricista e sindicalista Carlos Schirmer (MG) , no dia 1º de maio; Pedro Domiense de Oliveira (BA) , sindicalista e líder dos posseiros urbanos, assassinado no dia 07 de maio; Manuel Alves de Oliveira (SE) , militar assassinado no dia 08 de maio; o gráfico e sindicalista Newton Eduardo de Oliveira (PE) foi morto em 1º de setembro; o líder camponês João Alfredo Dias (PB) , conhecido como "nego fubá", sapateiro e ex-vereador, foi sacrificado pela repressão em 07 de setembro; ainda no dia da pátria, também foi assassinado o líder camponês e presidente das ligas camponesas de Sapé, Pedro Inácio de Araújo (PB) ; no dia 15 de novembro a ditadura matou o gráfico, Israel Tavares Roque (BA) e no final do ano de 1964 e/ou começo de 1965, o marítimo catarinense Divo Fernandes D'oliveira.

Ao todo, em 1964, a ditadura matou 29 militantes que lutavam contra o arbítrio, sendo nove do PCB. Esses dados podem não conter desaparecimentos e algumas mortes estranhas, não computadas diretamente à repressão. Mas, com certeza, em virtude da ação criminosa do estado ditatorial naquele momento.

Em 1965, a sanha assassina da ditadura matou o ex-militar, que havia participado das lutas dos tenentes com Luiz Carlos Prestes, Severino Elias de Melo (PB) . E em 10 de outubro de 1969, matou João Roberto Borges de Souza (PB) , que era líder estudantil e vice-presidente da União Estadual dos Estudantes da Paraíba.

O recrudescimento da ditadura avançou após o AI-5 em 1968, uma parte importante da esquerda brasileira, rompida com o PCB, enfrentava as trevas de armas na mão, sofrendo o massacre da ditadura. O PCB, consciente da necessidade de colocar as massas no processo de resistência, desenvolvia seu trabalho.

No decorrer de 1971, o terror da ditadura matou muitos revolucionários. Novamente voltou a eliminar comunistas do PCB. Já no dia 02 de fevereiro era assassinado o sindicalista José Dalmo Guimarães Lins (AL) ; o ex-militar, ex-bancário e funcionário da Embratel Francisco da Chagas Pereira (PB) está desaparecido desde 05 de agosto; e o sapateiro comunista, organizador de trabalhadores do garimpo em Jacundá (PA), Epaminondas Gomes de Oliveira (MA) foi assassinado em 20 de agosto.

Em 1972 foram mortos pela repressão, o militante secundarista Ismael Silva de Jesus (GO) no dia 09 de agosto (torturado até a morte) e Célio Augusto Guedes (BA) , dentista de histórica família de comunistas baianos (irmão de Armênio Guedes), que trabalhou diretamente com Prestes e exerceu várias funções dentro do partido. Foi morto em 15 de agosto, sob tortura, após ser preso na fronteira do Brasil com o Uruguai.

O herói da segunda guerra José Mendes de Sá Roriz (CE) , líder dos combatentes, e que salvou da morte no campo de Batalha o marechal Cordeiro de Farias, teve seu filho e neta seqüestrados pelo Exército, que exigiam, sob tortura do filho, a prisão dele para liberar os reféns. O comunista se entregou ao marechal Cosme de Farias. No entanto, foi assassinado na mais cruel tortura no dia 17 de fevereiro de 1973.

Mas o pior ainda estava por vir. A ditadura fascista iria caçar os comunistas brasileiros, aprofundava-se em 1974 uma longa perseguição, planejada para liquidar o PCB, cuja política de resistência democrática se consolidava na frente ampla contra o regime. No começo do ano, em 19 de março, foram assassinados Davi Capistrano da Costa (CE) e José Roman (SP) . O primeiro era um importante dirigente comunista, militar, havia participado do levante de 1935, quando foi preso por sua participação. Fugiu de Ilha Grande e foi lutar, em 1936, na Espanha ao lado dos republicanos como brigadista internacionalista. Participou de forma heróica na batalha de Ebro, que ocorreu entre julho e outubro de 1938. Ainda em 1938, foi para a França onde lutou na resistência a ocupação do nazismo. Foi preso pelos nazistas e por ser estrangeiro, não foi executado no primeiro momento, mas foi levado para o campo de Gurs, na Alemanha hitlerista. Quando foi libertado pesava 35 quilos. Voltou ao Brasil, foi preso novamente em Ilha Grande, e com a democratização se elegeu deputado estadual por Pernambuco, em 1947. David Capistrano foi eleito para o CC no IV congresso em 1954. Com a instalação da ditadura saiu do Brasil e ao voltar, foi preso e assassinado.

O metalúrgico José Roman era um destacado militante operário, foi preso ao ir buscar David Capistrano em Uruguaiana.

O massacre continuava em 1974. O dia 03 de abril seria marcado por uma grande tragédia, foram mortos três heróis do povo brasileiro. O operário metalúrgico João Massena Melo (PE) foi preso em São Paulo e assassinado pela repressão. O dirigente metalúrgico foi vereador pelo Distrito Federal, em 1947, e deputado estadual pelo estado da Guanabara, em 1962. Era membro do CC do PCB e seu corpo continua desaparecido.

Nas mesmas condições também foi preso e morto Luiz Ignácio Maranhão Filho (RN) . Jornalista, deputado estadual eleito em 1958 pelo Rio Grande do Norte, visitou Cuba a convite de Fidel Castro, era membro do CC do PCB. O jornalista e dirigente comunista esteve preso em vários momentos da história republicana. E o oficial do Exército Walter de Souza Ribeiro (MG) , ativo militante das lutas pela paz, era membro do CC do PCB e atuava na estrutura interna do partido.

O professor de História, Afonso Henrique Martins Saldanha (PE) , foi morto em 08 de dezembro em virtude das torturas que sofreu na cadeia. Foi presidente do sindicato dos professores da cidade do Rio de Janeiro por dois mandatos, sendo cassado no segundo mandato, antes mesmo de tomar posse. Era um militante destacado das bandeiras comunistas no movimento docente.

No ano de 1975, a repressão seria mais violenta ainda com o PCB. Logo no dia 15 de janeiro, dois lutadores da causa dos trabalhadores são eliminados em São Paulo. Elson Costa (MG) , membro do CC do PCB e líder da greve dos caminhoneiros em Minas Gerais foi preso e assassinado, até hoje seu corpo continua desaparecido. E Hiran de Lima Pereira (RN) , preso e assassinado nas mesmas circunstâncias. Membro do CC do PCB foi importante quadro da vida pública, sendo secretário de Administração de Miguel Arraes na prefeitura de Recife. Em seguida, no dia 04 de fevereiro, era preso e assassinado no Rio de Janeiro, o jornalista e advogado Jayme Amorim de Miranda (AL) . Grande organizador das lutas operárias e de massas pelo Brasil, foi preso várias vezes e sofreu tentativa de homicídio. Esteve na URSS e exerceu intensa atividade na imprensa comunista, seu corpo até hoje não foi encontrado.

Em abril, foi preso e assassinado o líder camponês Nestor Veras (SP) . Organizador das lutas camponesas que teve intensa presença entre os trabalhadores sem terra, foi fundador e responsável pelo jornal Terra Livre e dirigente da ULTAB. Era membro do CC do PCB e seu corpo está desaparecido até hoje. No mês de maio, no dia 25, era preso e assassinado o operário da construção civil, Itair José Veloso (MG) . Líder operário foi primeiro sapateiro e depois passou a atuar na construção civil, sendo eleito dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Niterói e Nova Iguaçu, e foi eleito secretário-geral da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil. Itair Veloso esteve através de delegações sindicais na URSS e China. Membro do CC do PCB, seu corpo continua desaparecido.

No segundo semestre, em 07 agosto morria Alberto Aleixo (MG) em virtude da tortura. Estava preso desde janeiro e não resistiu aos maus tratos, foi um militante gráfico, sendo responsável pela gráfica do partido e exerceu uma longa jornada de trabalho na imprensa comunista. Era irmão do vice-presidente de Costa e Silva, Pedro Aleixo. No dia seguinte, 08 de agosto, era assassinado sob tortura o tenente da PM de São Paulo, José Ferreira de Almeida (SP) . Policial militar da reserva exercia uma intensa atividade na PM paulista e integrava o grupo interno de militares do PCB. No dia 18, ainda no mês de agosto, morria em virtude das torturas o coronel reformado da PM/SP, José Maximino de Andrade Netto (MG) , que havia sido cassado em 1964. O militante comunista foi preso em 11 de agosto de 1975 e sofreu intensa tortura, até morrer em um hospital de Campinas. Também fazia parte do coletivo de militares do partido.

A repressão continuava caçando o PCB. No dia 17 de setembro, o dirigente do partido no estado do Ceará, Pedro Jerônimo de Souza (CE) , comerciário que se encontrava preso desde 1975, foi morto sob tortura. Pouco tempo depois, no dia 29 de setembro era preso e assassinado o dirigente da juventude comunista, José Montenegro de Lima (CE) . Ativo dirigente estudantil, foi diretor da UNETI, contribuiu para formular as posições do PCB na área juvenil. Teve grande participação na articulação de organismos da juventude internacional no Brasil (FMJD). Seu corpo não foi localizado até hoje.

Quando chegou o mês de outubro a ditadura fez outra vítima, agora, o destacado dirigente comunista Orlando da Silva Rosa Bomfim Júnior (ES) . Foi preso e assassinado sob tortura no dia 08, seu corpo ainda não foi encontrado. Orlando Bomfim foi jornalista e advogado, tendo sido vereador do PCB por Belo Horizonte, em 1947. Era membro do CC e exerceu intensa atividade jornalística. Para fechar o ano de 1975, a repressão assassinou, sob tortura, Vladimir Herzog (Croácia) , no dia 25 de outubro. Herzog era professor da USP e jornalista, militante da base cultural do PCB em São Paulo, foi assassinado após se apresentar no DOI-CODI para prestar depoimento.

A ditadura dava sinais de exaustão, as eleições municipais de 1976 corriam risco de ser canceladas e a política do PCB começava a ser vitoriosa na ampla frente democrática. Mas a repressão ainda ceifaria as vidas de comunistas naquele ano. No dia 07 de janeiro era morta a militante comunista Neide Alves Santos (RJ) . Essa mulher de convicção profunda foi a única comunista, do PCB, morta pela ditadura. Era militante do setor de propaganda e atuava juntamente com Hiran de Lima Pereira. Ela havia sido presa em 06 de fevereiro de 1975 e encaminhada para DOI-CODI/SP e depois para o DOPS/RJ, foi encontrada morta em via pública com sevícias por todo o corpo. Dez dias depois da morte de Neide, era assassinado sob tortura, no dia 17, o operário metalúrgico Manoel Fiel Filho (AL) , que era responsável pela distribuição da Voz Operária nas fábricas da Mooca. Foi preso no dia 16, levado para o DOI-CODI/SP e assassinado em seguida.

No dia 29 de setembro, ainda em 1976, era assassinado sob tortura o operário Feliciano Eugênio Neto (MG) . Histórico militante comunista realizou tarefas com Maurício Grabois e Carlos Danielli, foi operário da CSN e vereador em Volta Redonda. Após ser cassado foi ser operário no ABC paulista. Era responsável pela distribuição da Voz Operária no estado de São Paulo, até ser preso em 02 de outubro de 1975.

Em 1977, o PCB teve seu último militante assassinado pela ditadura. No dia 30 de setembro era morto sob tortura, nas dependências da 1ª CIA da PE do Exército no Rio de Janeiro, o professor Lourenço Camelo de Mesquita (CE) . Ativista muito conhecido, exercia sua militância no comitê do partido na Estação Ferroviária da Leopoldina.

O PCB foi massacrado de 1973 a 1976 por uma operação realizada pelo Exército, tratava-se da "Operação Radar", que tinha como objetivo liquidar o histórico operador político dos comunistas brasileiros. Essa era uma das medidas impostas pela geopolítica arquitetada por Golbery do Couto e Silva, para flexibilizar a ordem política brasileira.

Foram 39 militantes assassinados, nas mais diversas modalidades, desde o primeiro momento do golpe até o começo da chamada "distensão" do regime militar. Para além dessas mortes, o PCB teve centenas de presos que passaram pela mais atroz tortura, sem falar nas dezenas de exilados que foram viver o desterro em várias partes do mundo.

Porque tanto ódio da burguesia a este partido? Talvez seja possível responder: o PCB luta ao lado da nossa classe, não tem nenhum acontecimento que diga respeito aos interesses dos trabalhadores na história do Brasil que não tenha tido a participação decidida dos comunistas. O sangue dos militantes do PCB tingiu de vermelho as bandeiras das lutas operárias de 1922 até 1977. A luta do PCB é pela revolução socialista no Brasil. Superados os equívocos da sua formulação, pois errou porque lutou, o PCB quer estar ao lado de todos aqueles que lutam pela emancipação humana na vanguarda da revolução brasileira. O ódio da burguesia é contra as ideias do socialismo e contra o partido que luta para operar essa tarefa histórica.

Vida longa aos heróis da revolução brasileira que tingiram com seu sangue a bandeira da liberdade.

São Paulo, 04 de novembro de 2012.
[*] Professor de Ciência Política da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), diretor do Instituto Caio Prado Jr. (ICP), editor da revista Novos Temas e membro do CC do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

UM TESTEMUNHO SOBRE A VENEZUELA



VENEZUELA: UM POVO E SEU CORAÇÃO
Supriyo Chatterjee
Rebelion

Hoje falar  Venezuela é  convidar para  comentários sobre Hugo Chávez. O comandante, como seus seguidores o chamam, tem uma reputação que os atrae: é o líder um país perpetuo de um páis inundado de  petróleo, é o rei do culto da personalidade; Caracas, a capital, é também a capital mundial da insegurança; quer transformar a Venezuela em um país socialista e eliminar a propriedade privada é amigo dos presidentes que os EUA  desaprova. O governo dos EUA  faz de tudo para se livrar dele, mas o comandante exerce o direito de resposta ... uma vez, em um programa de televisão diretamente , chamou George W. Bush de "burro".

anos atrás que acompanho  o que está acontecendo na Venezuela e minha idéia deste país da América do Sul está longe do vox populi  mundial . As eleições presidenciais outubro deste ano deu-me a oportunidade de colocar a prova minhas impressões  pessoais. Meu vôo para Caracas estava cheio da oposição venezuelana, que foi para a Venezuela votar. Um jovem casal me contou sobre sua recusa em votar no consulado de Londres, porque "o  pessoal aí é chavista". Em seguida, outras pessoas disseram o  mesmo. Curiosamente, tratando-se  de uma suposta ditadura, os adversários  venezuelanos se expressam livremente diante de estranhos, seja em suas casas ou nas ruas. Taxistas e guias turísticos que se opõem a Chávez desligarm o rádio, quando  ouvem  a sua voz. .

Na casa de uma Senhora onde aluguei um quarto   observei que  filha mudou o canal de TV quando  Chávez apareceu na  tela. A mãe simpatiza com Chávez, mas prefiriu não dizer nada. A maioria dos principais jornais, as estações de televisão mais populares e praticamente todas   estações de rádio  estavam   contra Chavez. Os donos das empresas de comunicação – a mídia-  refletiam  o seu partidarismo e sua aduladora cobertura da campanha de Henrique Capriles, o jovem rival Chávez  Me sentia, cada vez , com mais difículdade  de entender como eles  encaixavam  as palavras "ditadura" e "restrições à liberdade de expressão" nesse contexto. Os detratores de Chávez pareciam  obcecados , especialmente ao conversar com estrangeiros. Tudo de bom na Venezuela sempre esteve lá, mas tudo que estava errado era  culpa de Chávez.

 Me diziam   que seus seguidores o haviam  abandonado e perderia  as eleições ... exatamente, a mesma coisa  que ouvia dos meios de comunicação privados. Afinal, Chávez venceu,  por larga margem, as  eleições e a oposição as reconheceu como um processo  livre e justo. Se ganhou, certamente teve apoio. Não foi difícil encontrar seguidores Chávez: multidão formada na pequena cidade de Mérida, onde passei a maior parte da  minha estadia, estavam entre os pescadores e das ilhas turísticas e eram ainda mais em Caracas, com suas chamativas  ​​camisetas e bonés vermelhos onde se  lêem as inscrições: " Chávez Coração do Povo “. Amor por seu comandante se sentia pessoal, algo intimoentre as pessoas e o presidente, sem intermediários, sem esperar nada em troca. Nunca algo parecido e se não tivesse estado  na Venezuela não poderia dar fé da  sua autenticidade. Não se trata de culto a personalidade imposta de cima, mas um novo tipo de religião latinoamericana que emerge de  baixo, entre os pobres. Para eles, Chávez é o Messias.

Esse  amor não é gratuíto. Desde que chegou ao poder há 13 anos, Chávez tem melhorado, consideravelmente,  a qualidade de vida dos pobres, setor que constitui a  maior parte da população. Vi centros de saúde em todas as cidades e aldeias que  visitei,  grandes ou pequenas, dotadas em sua maioria de talentosos médicos cubanos prestando  cuidados e medicamentos básicos, sem nenhum custo; mesmo nas comunidades andinas mais  remotas tinha novas áreas de lazer para os pequenos, as escolas  estaduais são limpas e grandes, e todas as crianças da escola primária recebem um computador  de graça chamado "canaimita".

A comida não é barata na Venezuela. A economia continua especulativa no dinheiro fácil do petróleo. A inflação é  alta, mas os pobres  podem,  ao menos, comprar alimentos em lojas subsídiadas  pelo Estado que podem
chegar a 80% do preço de mercado de produtos básicos , como farinha, óleo e açúcar. E agora o Estado começou a instalação de padarias e vender arepas, o tradicional alimento a base de milho do café da manhã  venezuelano. Estão sendo construidos milhares espaçosos  apartamentos em toda a  Venezuela. O plano é construir três milhões de casas nos próximos seis anos e centenas de milhares de pessoas já se mudaram para uma casa nova.

Além disso, o próprio Chávez está colocando  o poder nas mãos do povo. Por lei, os venezuelanos podem criar conselhos comunitários  em seu localidades. Em Mérida testemunhei de como  um  conselho  comunitário de pessoas de classe média  conseguiu parar a construção de novos blocos de torres, porque
a construtora  tinha danificado as estradas locais. Nem mesmo  o prefeito da cidade pode salvar a pele dos responsáveis. A  Venezuela de  Hugo Chávez, pretende utilizar  os  conselhos comunitários para formar comunidades que tenham  suas próprias empresas de propriedade coletiva, leis locais, moeda local e voz ante o Estado nacional. Essa é a nova realidade na Venezuela, mas o novo convive com o antigo. Vi muito pouca   pobreza extrema, mas demasiada riqueza obscena: novos centros comerciais  de luxo, restaurantes caros, aparelhos  eletrônicosdos mais  modernos e elegantes camionetas 4 X 4.. Os ricos e a classe média queixam-se do poder que agora os tem  marginalizados.
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Por sua vez, eles se queixam da burocracia, corrupção e da arrogância de muitos de seus líderes locais. O que não  vi é uma sociedade intimidada pelo medo, que é o que se poderia esperar em uma tirania ou  num país dominado pelo crime. O venezuelano é um povo alegre que  bebe muito álcool  e gosta de tocar música alta em grandes aparelhos , odeia o cinto de segurança do carro, respeita as estradas ao conduzir seu veículo  e para na faixa de pedestres. Vi as pessoas expressar  suas opiniões em voz alta e claramente, manifestar  sua discordância  com a política e discutir o futuro do seu país. Apoiar revolução está muito arrasigada, mas o mesmo pode ser dito do ódio dos ricos e da classe média. Fui  testemunha do veneno que os meios privados  praticam  dia  após  dia contra o governo, mas não vi muita evidências de censura. Vi muitos soldados nas ruas, mas a maioria não portava armas e estavam  acompanhado de civis. Todos os dias, durante um mês,  vivi em um país multifacetado.

Na véspera de minha partida o país foi atingido  uma grande  tempestade tropical. Foi nos arredores de Caracas, na casa de  Tony, um dos meus  novos  amigos venezuelanos.

. Corremos para escapar da morte, mas a  avalanche, milagrosamente, parou  diante da casa em frente. Eu molhado  pedi  desculpas  para ir  e deixar a família em paz, mas Tony deu uma escancarada risada venezuelana.  "Amigo, a casa está de pé. Estamos vivos e há uma manhã. E se pomos música cantamos? É claro, a música não foi outra senão:  “Chávez Coração do Povo.”
Fonte: rebelion.org
Tradução e adaptação: Valdir Silveira