A SOCIOLOGIZAÇÃO DO NARCOTRÁFICO

Vamos emitir nossa opinião numa área de grandes contradições, uma questão meandrosa: o narcotráfico do Brasil e suas ações. Posições que transcendem a sociologização do narcotráfico, onde até estudiosos marxistas se equivocam. Não podemos –e não devemos- sob a desculpa de “ repúdio ao revide violento das forças de segurança pública” , ficarmos ao lado dos narcotraficantes que usam, sob pressão e ameaça, as populações trabalhadoras onde eles atuam. É fácil usarmos essas pessoas, como massa de manobra – assim como o fazem os narcotraficantes- como personagens para dissertações de mestrado ou teses de doutorado, com análises acadêmicas empoladas, bem construídas estruturalmente; mas que não servirão para nada no dia-a-dia dos moradores das favelas, dos cortiços, enfim das populações que estão sendo exploradas e enganadas pelo narcotráfico.

O texto do deputado Marcelo Freixo faz uma boa contextualização dos fatos quanto diz que “é preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras,aeroportos clandestinos. O lucrativo negócios das armas e drogas é máfia internacional”. “(...) E, na origem da crise, há ainda a deseigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo...”.
Quem consome drogas? Gente que tem grana!

O combate, até que se mude essa estrtutura podre, carcomida da sociedade capitalista que produz uma policia corrupta e conivente com as drogas, com a máfia, tem que ser dado. É óbvio que numa” guerra” quem sempre mais sofre são os pobres, os deserdados, os explorados; como afirma o deputado Freixo “ como o “ inimigo” mora na favela, são os moradores que sofrem os efeitos colaterias da “ guerra” (...)” . E conclui “ quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no judiciário”. Infelizmente, a percentagem é grandérrima!

Repito o que já escrevi e ao longo de quatro décados venho insistindo: só uma transformação radical no sistema caba com isso. Vou dar tres exemplos que servem de modelo; em Cuba e na China o narcotráfico tem vez? Não! Na ex-URSS não existia máfia e tampouco narcotraficantes, agora com a “ liberdade” surgiu drogas, máfias, prostituição e outras “benesses” da ‘ liberdade” capitalista. Então não preciza muita e nada se sociologização do narcotráfico, é só lutarmos ardorosamente para derrotar o sistema capitalista; o resto, o resto “ são tertulhas flácidas para ninar bovinos” ; traduzindo “ é conversa mole pra boi dormir”.
Valdir Izidoro Silveira

Esclarecimentos e a Guerra contra o tráfico

Prezados(as)
O meu blog inicia com um texto crítico, já publicado, sobreum assunto ainda presente: as enchentes e cheias que atingem as populações de baixa renda. Aproveito para comentar A GUERRA CONTRA O TRÁFICO.
Os episódios do Rio de Janeiro retratam essa triste realidade que tem e deve ser combatida. O filme Tropa Elite 2 denuncia a conivência de goverantes, deputados e a policiais corruptos. Então a guerranão é só contra o narcotráfico; é contra o sistema.
A bandidagem tem que ser escorraçada, bem como o sistema policial corrupto. O povo trabalhador não pode ser prejudicado por bandidos e policiais safados. Tráfico, bandidagem e corruptos não se criam na China e tampouco em Cuba. Na China levam um tiro na nucã; em Cuba vão pro paredon. enquanto não mudarmos o sistemacapitalista temos que apoiar ações de confronto e exigir do Governo Federal uma ação forte, rija de apoio e pressão sobre as policias estaduais. Quem não seenquadrar; ferro neles!
Valdir Izidoro Silveira

AS INUNDAÇÕES: CULPA DO HOMEM E DOS GOVERNOS

A "TRAGÉDIA" , "CATÁSTROFE"  ou quaisquer outras adjetivações, que se abateu sobre Itajaí, Ilhota, Gaspar, Blumenau e vizinhanças tem alguns culpados, os órgãos governamentais, do Estado e Federal: FATMA e IBAMA e os parlamentares que querem flexibilizar, leia-se, burlar as leis ambientais,  especuladores imobiliários, os profissionais da engenharia e arquitetura que não fizeram seu dever de casa. Falo de cadeira, com autoridade de quem ao longo desses 35 anos vem escrevendo, denunciando e alertando sobre os descasos com o meio ambiente e com os desrespeitos as legislações existentes. Meu avô, pai do saudoso Humaitá, o Sr. Justino Bonifacio Martins navegava pelo rio Itajaí Açú até Blumenau. A sanha dos especuladores, dos ladrões da natureza os fez liquidar as Matas Ciliares, ocupar as encostas de morros, os banhados, enfim as áreas impróprias para urbanidade. Culpados: quem autorizou essas ocupações e quem foi conivente nas construções. Em 1981, com o título "Afinal, o que é ecologia" escrevi um artigo no nosso Diarinho - Jornal Diário de Camboriú, edição de 26/08/81, onde denunciávamos os desmates nos morros da Canhanduba e Ressacada e perguntávamos: "Já olharam a quantas anda o nosso Rio Itajaí-Açú e seus afluentes?" e mais "Já se analisou a quantidade de dejetos que são atirados no Rio Itajaí-Açú e outros rios menores?", etc. etc. Falei nesse artigo da Lei n. 4.771 de l5 de setembro de 1965 (Código Florestal) e da Lei n. 5.197 de 31 de janeiro de 1967 (Proteção da Fauna), que tanto a FATMA como o IBAMA fazem de conta que não existe; senão teriam enquadrado os infratores, os bandidos, canalhas desmatadores, que além de desmatar tocam fogo na vegetação que derrubaram.

Gostaria - e desafio- a FATMA e o IBAMA a verificarem de perto o que estão fazendo lá em Perequê -Porto Belo, onde constatei in locu o que fizeram com o morro as margens do mar, onde os pescadores criam marisco e ostra. Já reclamaram mais os safados da FATMA e do IBAMA, esses calhordas cúmplices dos ladrões da natureza, nada fazem. Por que? Porque são bacanas, ricos safados iguais a eles, que mancomunados com as imobiliárias locais, estão desmatando a vontade e ocupando os banhados, várzeas impróprias à urbanidade. Pensam, pensam!, esses incompetentes que a "técnica" , a famosa " tecnologia" , as mesmas desculpas dos vagabundos que defendem os transgenicos; resolve tudo. Governador Luiz Henrique,  amigo de cadeia durante o Golpe Militar de 64, dê um basta nessa canalha! Faça uma averiguação na vida pregressa dos funcionários da FATMA que atuaram e atuam na região, nos últimos 20 anos. Tenho certeza que estão muito bem de vida; aqueles que autorizaram esses desmates, essas construções.

Veja Governador e povo catarinense, morei em Floripa, na década de 60, quando conheci o estudante Luiz Henrique, fizemos política estudantil juntos e naquela época as águas vinham quase perto da Praça XV, onde tem a Figueira histórica; vinham até a Capitania dos Portos que hoje está no meio do asfalto, no seco! Ali tinha o Miramar, um local de tira-gosto, tipo barco, dentro d`água, as águas batiam num parapeito no Mercado Municipal. Onde estão as águas? Aterraram tudo e fizeram a Rodoviária. Pergunto as águas vão voltar ao seu leito natural? Respondo: SIM! Quem autorizou esse aterro? Fizeram Estudo de Impacto Ambiental (EIA)? Fizeram Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA)? Ali onde tem a Avenida Atlântica, que vai para as Praias da Ilha, ali nós nos banhávamos, após sair do futebol no campo do Colégio Catarinense, quando batíamos uma bolinha com o nosso amigo Padre Décio; que encontrei na Feira do Livro em Porto Alegre, recentemente. Vejam que estou relatando algo que vi, participei! Não sou mentiroso e semvergonha com essa turma que autorizou os desmates ou fez/faz vista grossa diante dessas barbaridades que agora causaram a morte, a destruição de famílias e da economia do nosso Estado, sim meu Estado porque nasci em Itajaí e hoje moro em Curitiba; mas não perdi minhas raízes!

Para concluir, uma paulada no professor Lino Fernando Bragança Peres, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, que em entrevista publicada no Jornal Gazeta do Povo de Curitiba- segunda-feira- Primeiro de dezembro, afirmou que "é muito caro para ocupar de forma adequada às encostas... há necessidade de um projeto para ocupar os morros, respeitando o planejamento urbano e não colocando a população em risco" (grifos meus). Ora, mestre Lino, "ocupar morro" para construir casa, habitação é uma baita putaria, pra não ser mais grosseiro! Além disso, quando é que OCUPAR MORRO respeita o "planejamento urbano" . Alias isso nem é planejamento! Isso é crime! Isso é sacanagem e safadeza! Tenho pena e medo dos alunos que sairão do curso com essa mentalidade jurássica!

Presidente Lula, chame os Ministros da Defesa, Meio Ambiente, Agricultura e os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, crie uma Força Tarefa para baixar na Amazônia, no Pará e no Mato Grosso para prender os Desmatadores, os Queimadores de floresta, os Carvoeiros e outros bandidos. Arranque-os pelos cabelos de lá! Quebrem todas as madeireiras, serrarias  e carvoeiras existentes! Pra que serve o SIVAM. o RADAM? Será que não conhecem a realidade dessas regiões. Estou INDIGNADO E ODEIO OS ASSASSINOS DA NATUREZA!

Essa é a indignação do Eng. Agrônomo Valdir Izidoro Silveira, nascido em Itajaí-SC, ex-perseguido político, ex-preso da ditadura militar, que não teme represálias.