sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

QUEM FOI ARIEL SHARON



“pacifista, herói…” e carniceiro

Robert Fisk*  :: 31.01.14
A reescrita da história pessoal de Ariel Sharon não representou apenas um branqueamento dos crimes de guerra de que foi responsável. Representou uma manobra de branqueamento de todos os aliados e apoiantes do colonialismo sionista, responsáveis – eles também – pela tragédia do povo palestino e de todo o Médio Oriente

Qualquer outro líder de Médio Oriente que sobrevivesse oito anos em coma ter-se-ia tornado um tema favorito para todos os cartoonistas do mundo. Hafez el-Assad teria aparecido no seu leito de morte ordenando ao seu filho que cometesse massacres; Khomeini teria sido desenhado exigindo mais execuções enquanto a sua vida se prolongava infinitamente. Mas à volta de Ariel Sharon – o carniceiro de Sabra e Chatila para qualquer palestino – foi estendido um silêncio quase sagrado.
Maldito em vida como assassino por não poucos soldados israelitas, bem como pelo mundo árabe – que tem sido bastante eficaz em massacrar o seu próprio povo nos anos recentes –, Sharon foi respeitado nos seus oito anos de morte virtual: nenhum cartoon sacrílego danou a sua reputação, e receberá sem dúvida o funeral de um herói e de um pacificador.
Assim reescrevemos a história. Com que rapidez os trampolineiros jornalistas de Washington e Nova Iorque retocaram a imagem deste homem brutal. Logo após ter enviado a milícia libanesa de estimação do seu exército aos campos de refugiados de Sabra e Chatila, em 1982, onde foram massacrados cerca de 1.700 palestinos, a própria investigação oficial realizada por Israel anunciou que a Sharon cabia responsabilidade “pessoal” por esse banho de sangue.
Fora ele quem dirigira a catastrófica invasão israelita de Líbano três meses antes, impingindo ao seu primeiro-ministro a mentira de que as suas forças só avançariam uns quilómetros para além da fronteira, e afinal sitiando Beirute, ao custo de umas 17 mil vidas. Mas, reascendendo lentamente a perigosa escadaria política israelita, ressurgiu como primeiro-ministro, autorizando os assentamentos judeus na faixa de Gaza e portanto, em palavras do seu próprio porta-voz, colocando em “formaldeído” qualquer esperança de um Estado palestino.
Ao tempo da sua morte política e mental em 2006, Sharon – com a ajuda dos crimes de lesa humanidade de 2001 nos Estados Unidos e da afirmação, falsa mas com sucesso, de que Arafat tinha apoiado Bin Laden – convertera-se nem mais nem menos que num pacificador, enquanto Arafat, que fez mais concessões às reivindicações israelitas que qualquer outro dirigente palestino, era retratado como um superterrorista. O mundo esqueceu que Sharon se opôs ao tratado de paz de 1979 com o Egipto, votou contra uma retirada do sul de Líbano em 1985, se opôs à participação israelita na conferência de paz de 1991 en Madrid e ao voto do plenário do Knesset a favor dos acordos de Oslo de 1993, se absteve numa votação pela paz com a Jordânia no ano seguinte e votou contra o acordo de Hebron en 1997. Condenou o método de retirada de Israel do Líbano em 2000 e em 2002 tinha construído 34 novos colonatos judeus ilegais em terra árabe.
¡Um verdadeiro pacificador! Quando um piloto israelita bombardeou um bloco de apartamentos em Gaza, matando nove crianças juntamente com o seu objectivo do Hamas, Sharon descreveu a operação como um “grande êxito”, e os estadunidenses calaram-se, porque ele arranjou forma de intrujar os seus aliados ocidentais com a delirante noção de que o conflito israelo-palestino era parte da monstruosa batalha de George W. Bush contra o “terror mundial”, de que Arafat era um Bin Laden e de que a última guerra colonial do planeta era parte do confronto cósmico do extremismo religioso.
A pasmosa – e noutras circunstâncias, hilariante – resposta política perante a sua conduta foi a afirmação de Bush de que Ariel Sharon era um “homem de paz”. Quando chegou a primeiro-ministro os perfis nos media não destacavam a crueldade de Sharon, mas o seu “pragmatismo”, recordando insistentemente que era conhecido como O Buldózer.
E, evidentemente, buldózeres de verdade continuarão a limpar terreno árabe para colonatos judeus por muitos anos depois da morte de Sharon, garantindo dessa forma que nunca – por nunca ser - haverá um Estado palestino.
12.01.2014
*Robert Fisk é o correspondente do diário britânico The Independent no Médio Oriente

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

40 ÔNIBUS QUEIMADOS EM UM MÊS

O "manifestações" políticas(?) em São   Paulo , em um mês, foram 40 ônibus queimados. Quem usa ônibus em São Paulo e em todo o país?  O povão! Quem vai pagar essa conta? O povão. A quem interessa essa baderna? Aos fascistas, a direita. Não são protestos, são provocações orquestradas. Nós comunistas não apoiamos essas arruaças. Infelizmente alguns intelectuais e acadêmicos do PCB insistem em apoiar esses atos da direita. É preciso que esses intelectuais olhem para trás e vejam o que aconteceu com os militantes do partidão em função de posições - tomadas- equivocadas. Comunista que é comunista não põe lenha na fogueira da direita!

QUEM QUER O FECHAMENTO DO GAECO°?

Futuro do Gaeco será decidido hoje em reunião
Respondendo ao questionamento: só podem ser forças internas da policia que estão incomodadas com as ações do Gaeco. Se o governo fechar o Gaeco é porque está conivente com a corrupção na policia.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PANELAÇO E COPAÇO


Durante o governo socialista de Salvador Allende, no Chile, a direita golpista e setores extremistas de
 esquerda inventaram o panelaco para desestabilizar o governo Allende com intuito de golpeá-lo. Os resultados desse panelaço todos sabemos. Assassinaram Allende e implantaram o terror, uma ditadura facínora.
Aqui no Brasil os setores que nunca engoliram Lula e agora Dilma, apesar de algumas vantagens que obtiveram na aliança com o PT, principalmente no sistema financeiro e no agronegocio, esses setores insistem em golpear o "governo petista". Infelizmente no Brasil hoje, grupos minoritários de  esquerda equivocados e inclusive os comunistas  velho Partidão - o PCB-, estão jogando lenha na fogueira da direita, dos fascistas, em apoiando " manifestações" contra a Copa do Mundo, que na realidade são movimentos direitistas contra Dilma e o PT. No Chile tivemos o panelaço, agora no Brasil estamos tendo o copaço.
Se os partidos de esquerda, inclusive os comunistas eram contra a realização da Copa do Mundo no Brasil por que não se pronunciaram tão logo aprovaram a realização da Copa no país? Por que não levaram o povo às ruas para evitar os gastos que estão sendo realizados? Por que não instigaram o povo a destruir as novas instalações? Por que ninguém foi às ruas - com raríssimas exceções -  para protestar contra a destruição do Museu do Índio próximo ao Maracanã? Por que? Porque são setores fascistas, golpistas que estão instrumentalizando descontentamentos para criar o caos, a baderna com a finalidade de dar um Golpe de Estado. Infelizmente o  PCB está, equivocadamente, mais uma vez com a direita; como comunista não concordo com esse oportunismo, com esse viés da "doença infantil do esquerdismo". Assim como condenei o Panelaço no Chile,condeno o Copaço no Brasil!


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SIRIA: AS ESCARAMUÇAS DO IMPERIALISMO



A HISTERIA BELICISTA CONTRA A SÍRIA
Em 2003 o imperialismo promoveu uma campanha histérica acerca de supostas armas de destruição maciça possuídas pelo Iraque. Como se viu, aquela mentira flagrante, cínica e deliberada do governo dos EUA destinou-se a justificar a invasão e ocupação daquele país. Hoje, mais uma vez, o imperialismo encena uma campanha mundial acerca de supostas "armas químicas" que teriam sido utilizadas pelas Forças Armadas sírias. Obama não apresentou uma única prova que corroborasse tal afirmação, mas a campanha prossegue. Destina-se a preparar a opinião pública para uma eventual agressão direta contra a República Síria à semelhança daquela desencadeada contra a Líbia. Diz-se a agressão direta porque a indireta começou há vários anos com o armamento, treino e incentivo a bandos terroristas, os quais estão a ser derrotados pela Forças Armadas sírias. Tal como em 2003, os cães amestrados de Londres, Paris e Ancara ladram furiosamente a atiçar.
Por outro lado, a crise financeira capitalista intensifica-se. O seu sistema bancário está em ruínas, tanto nos EUA como na Europa. Os monstruosos resgates governamentais com o dinheiro dos contribuintes e com emissões monetárias (bail-outs) fracassaram, tendo desaparecido no buraco negro da banca – agora já planeiam resgates internos (bail-ins) com o dinheiro dos depositantes. O que tem isto a ver com uma eventual agressão à Síria? Muito. Historicamente o imperialismo sempre procurou na guerra a saída para as suas crises.  

Fonte: resistir.info
    


MOSANTO PERDE MAIS UMA DEMANDA




Agricultor chileno gana demanda contra Monsanto

Rebelion - 27/01/14


José Pizarro Montoya, 38 años, agricultor sin tierra, y ex productor de transgénicos en la temporada 2009-2010 en Melipilla (RM), es el primer chileno y quizás el único latinoamericano que le ha ganado una demanda a Monsanto/ANASAC por incumplimiento de contrato. El intentó revelar su caso en el seminario sobre transgénicos organizado en Casa Piedra el 22 de enero de 2014 por el cuestionado ministro de Agricultura Luis Mayol. Allí panelistas internacionales y nacionales predicaban las bondades de los cultivos genéticamente modificados. Pizarro sólo quería intervenir para decir que no le recomendaba a ningún campesino trabajar para Monsanto cultivando transgénicos de exportación, porque podía terminar arruinado igual que él, además de dañar la tierra. En Chile hay aproximadamente 30.000 hectáreas de semilleros de maíz, soya y raps transgénicos de exportación, comercializados por las transnacionales Monsanto, Pioneer y socios chilenos agrupados en ANPROS, la Asociación Nacional de Productores de Semillas. La campaña Yo No Quiero Transgénicos en Chile impulsa una moratoria a la posible expansión de estos cultivos al mercado interno y una estricta fiscalización a los semilleros.
 
En septiembre de 2013, María Elena Rozas coordinadora de la Red de Acción en Plaguicidas RAP-Chile y Lucía Sepúlveda conocieron la experiencia de Pizarro y pudieron observar de primera fuente los resultados de las malas prácticas ambientales y comerciales de Monsanto/ANASAC en Chile. “El agricultor no sabía exactamente qué sembraba, no tenía idea de qué era una semilla transgénica; en el contrato figura un nombre de fantasía: maíz Mon49. En el cultivo tenía que usar obligadamente y en forma intensiva, más de diez plaguicidas dañinos para la salud y el ambiente. El contrato que firmó lo obligaba a recurrir sólo a la Cámara de Comercio, no podía querellarse en tribunales. El nos explicó que muchos productores también han tenido problemas con Monsanto, pero no acuden a la Cámara porque es muy caro”, señala María Elena Rozas.

La sentencia contra Monsanto
 
La sentencia favorable a Pizarro en el juicio de rol 1385-11 caratulado como Agrícola Pizarro Ltda. con Agrícola Nacional S.A.C, fue dictada por el juez árbitro de la Cámara de Comercio, Francisco Gazmuri Schleyer. La Corte de Apelaciones de Santiago la confirmó en septiembre de 2013, rechazando el recurso de casación y queja presentado por la empresa. Pero durante los cuatro meses posteriores la demandada se negó a cumplir el fallo. Por esa razón el agricultor no dio a conocer previamente su caso. Sólo a fines de diciembre de 2013, Pizarro recibió los 37 millones de pesos que la Cámara le ordenó pagar al afectado, sin embargo esa suma no alcanza a cubrir los daños ocasionados. Los documentos del SAG de Declaración de Semilleros OVM incorporados en la demanda, identifican la solicitud de certificación como de ANASAC Chile (Monsanto) y fueron cuestionados por Pizarro, que acusa complicidad con la empresa.

En el proceso fue decisivo el peritaje del INIA (Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria), elaborado por el ingeniero agrónomo Gabriel Saavedra del Real sobre lo ocurrido. También fue determinante la comparecencia de Levi Manzur, académico de la Universidad Católica de Valparaíso y destacado genetista de Los Andes, cuyas conclusiones fueron en el mismo sentido de la denuncia del demandante.

Pérdidas millonarias
 
Pizarro perdió su casa, su máquina fumigadora, un tractor, y su camioneta. Lo abandonó su pareja y quedó a brazos cruzados. Debía 90 millones de pesos al Banco Santander (por acumulación de intereses) luego de cultivar en Melipilla maíz transgénico de Monsanto para ANASAC. María Elena Rozas comenta: “Lo ocurrido a este productor puede servir de ejemplo para centenares de pequeños productores agrícolas encandilados por promesas de grandes ganancias y trato justo, por parte de las empresas exportadoras de semillas transgénicas. Pero eso ocurre sólo al principio. La gran mayoría de los estafados no denuncia y se hace dependiente de lo que le ofrezca la empresa, que es cada vez menos. Y no hay muchas alternativas en el campo, no hay políticas públicas ni incentivos que favorezcan efectivamente la producción agroecológica; eso es lo que debemos cambiar”.
Pizarro proviene de una familia de agricultores de Los Andes (Región de Valparaíso), y por años trabajó con su hermano como hortalicero. Para sembrar transgénicos arrendó en Melipilla 33,07 hectáreas, que forman parte del fundo Rumay del empresario Manuel Ariztía (de la industria de Pollos Ariztía), para producir maíz transgénico para ANASAC (Monsanto). El “gran negocio” de los transgénicos ha sido para Pizarro prácticamente el fin de su vida como agricultor.
Nos explica: “Yo ahora soy un estudioso de los transgénicos, aprendo a través de Internet, y además he averiguado sobre Monsanto y su prontuario criminal.” Cuando tomó conciencia de lo que le había ocurrido, se dirigió a la Agrupación Ecologista de Aconcagua, organización de Los Andes que forma parte de nuestra campaña Yo No Quiero Transgénicos en Chile, estableciendo así contacto con RAP-AL Chile para dar a conocer su caso y denunciar a Monsanto.
Hoy José Pizarro está en la lista negra de la transnacional, y a su vez, para el agricultor, Monsanto pasó a la categoría de empresa corrupta, abusadora y depredadora. “Yo he visto que con el maíz transgénico había ratones muertos a la vera del camino, después que se comían los choclos”, denuncia.

Indicaciones erradas para la siembra
 
En dos temporadas anteriores Pizarro había obtenido grandes ganancias con el maíz transgénico y la empresa lo consideraba un excelente productor. Nunca antes él se preguntó qué riesgos ambientales o comerciales podía correr tratando con Monsanto. “El año 2009 ellos quisieron hacer un experimento conmigo. Eran 12 agricultores los que estábamos sembrando en Chile ese tipo de maíz y sólo a dos nos hicieron sembrar hileras de hembras (de semilla transgénica) y machos (de semilla híbrida) en proporción 4:1; los otros productores sembraron en proporción 4:2. El SAG estaba a cargo de fiscalizar y en mi opinión es cómplice de la empresa, porque en sus informes anotó que yo había sembrado 4:2, lo que estaba a la vista que no era así. Según sus informes, pareciera que yo hubiera sembrado con las mismas instrucciones que les dieron a los demás productores. Pero no, yo sembré a ciegas, hacía lo que ordenaba la empresa, ni me fijaba en lo que escribía el certificador del SAG porque el contrato me obligaba a seguir estrictamente sus instrucciones.”

Quemar con Roundup el maíz del vecino

Entre las instrucciones del SAG está asegurarse que no haya maíz criollo cerca, porque podría cruzarse con el cultivo transgénico y afectar su multiplicación. SAG vigila que no se perjudique la siembra de transgénicos, pero al productor convencional de esa especie no lo protege nadie. Siguiendo las recomendaciones de Monsanto, Pizarro pidió a un vecino que había plantado maíz, que lo sacara. Pero se trataba de una persona mayor, que no aceptó porque quería tener sus propios choclos para humitas en el verano. El productor informó a la empresa y el agrónomo Francisco Araya Vargas, le ordenó “Tírale Roundup” (el herbicida que mata cualquier planta que no sea transgénica). Pizarro prefirió cortar de noche las panojas del maíz del vecino para que no pudieran dar polen y multiplicarse. Lo cuenta con vergüenza.

Costos del juicio
 
ANASAC Chile /Monsanto a través de su gerente Rodrigo Malagüeño, aseguró en el juicio que ningún multiplicador de maíz transgénico los había demandado anteriormente. En general sólo las grandes empresas pueden ir a arbitraje a través de la Cámara de Comercio. Pizarro, que no estaba dispuesto a arruinarse en silencio, se arriesgó. “De partida tuve que pagar $700.000 para que me atendieran y luego $4.400.000 para financiar al juez. Puse una demanda por $218.000.000 y el juez finalmente falló en mi favor pero sólo saqué $37.000.000 que es muchísimo menos de todo lo que he perdido.”
Explica Pizarro: “Yo no recibí instrucciones adecuadas para la siembra y por eso la producción fue mala y por consiguiente la liquidación también. El precio se calcula sobre la base de la producción del mismo maíz por otros multiplicadores de la región del Maule, pero ellos recibieron instrucciones diferentes a las que me dieron a mí, y por eso produjeron mucho más que yo. Yo coseché 106.780 kg de maíz pero la producción real, seleccionada en la procesadora de Lo Espejo de acuerdo a los estándares requeridos por Monsanto, fue sólo de 38.509 kg”
La sentencia estableció que la empresa “incumplió una obligación de hacer, consistente en prestar los servicios de supervisión técnica de la siembra en forma diligente y dando estricto cumplimiento a las instrucciones del fabricante de la semilla Monsanto, cayendo en incumplimiento contractual negligente”.

La captación de productores rurales
 
A Pizarro lo buscó Monsanto. Llegaron hasta el predio donde él cultivaba hortalizas en Melipilla y le dijeron que por satélite lo habían ubicado porque el lugar se prestaba para cultivo de maíz transgénico pues no había otro maíz convencional cerca. El primer año (2008) le regalaron la semilla transgénica y el Roundup. Pizarro sólo tuvo que comprar abonos e insecticidas. Incluso le pagaron el arriendo del predio. El sólo debía cuidar el cultivo. Le ofrecieron pagarle tres millones de pesos por hectárea. En 2009 también le dieron la semilla “pero el veneno lo compré yo. Estuve dos días sembrando y a pesar que yo tenía máquinas la empresa me obligó a sembrar con las de ellos, que son más nuevas, eso fue un gasto enorme”, explica el productor rural. Ese mismo año Mosanto compró la división de maíz y soya de ANASAC. Los productores recibieron una nota diciendo que en adelante, debían seguir las instrucciones de ANASAC Chile, es decir de Monsanto, el nuevo dueño. Pero para los efectos comerciales y legales, curiosamente Pizarro debió entenderse con ANASAC SA, cuyo gerente es Rodrigo Malagüeño, una estrategia para no figurar abiertamente en la querella.

Incumplimiento de contrato
 
El arbitraje de la Cámara de Comercio estableció que ANASAC/Monsanto incumplió su obligación “consistente en prestar los servicios de supervisión técnica de la siembra en forma diligente y dando estricto cumplimiento a las instrucciones del fabricante de la semilla Monsanto”, incurriendo en incumplimiento contractual negligente. La Corte de Apelaciones de Santiago confirmó este fallo y no existen más instancias para este tipo de arbitraje. La sentencia de la Corte, firmada por Pilar Aguayo, Carlos Carrillo y la abogado integrante Claudia Schmat, también condenó a ANASAC a pagar los costos de la apelación.
 
José Pizarro concluye señalando: “Sólo quiero que otros campesinos no tengan que pasar por lo que yo viví. Yo nunca más voy a sembrar transgénicos”.

CIDADÃOS MANIPULÁVEIS



MAIORIA DOS DETIDOS EM PROTESTO É JOVEM DA PERIFERIA    
         


"A maioria dos detidos levados à delegacia dos Jardins durante a manifestação de sábado mora em bairros da periferia das zonas sul e leste. Mas o perfil dos fichados pela polícia é diversificado, e vai de um militante do PSOL a outro que disse ser do PSDB.
Dos 119 identificados no boletim de ocorrência, 62 têm entre 20 e 29 anos e 14 são menores de idade. Mas o leque é amplo: a detida mais nova tem 14 anos e o mais velho é um funcionário público de 59.
Funcionários públicos totalizam cinco. Há também um detido identificado pela polícia como oficial de Justiça.
Mas a maioria, no recorte por profissões, é de professores e educadores: 14. Há também operadores de telemarketing (2), metalúrgicos da Grande São Paulo (2), vendedores (6), quatro desempregados e um assessor da Câmara Municipal de Diadema.
Vinto e oito jovens disseram ser estudantes –sete deles do segundo grau e apenas um do primeiro grau. A maior parte é de universitários.
Entre esses, há um aluno da USP, uma da Unesp, um do Mackenzie e um da Unifesp -Vinícius Duarte, 26, o único que não foi levado à delegacia, pois saiu do hotel Linsor, na rua Augusta, e foi levado com ferimentos no rosto ao Hospital das Clínicas.
Identificada pela polícia como vice-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Katerine Oliveira, 23, também está entre os detidos.
A UNE é majoritariamente composta por jovens ligados ao PC do B –partido que comanda o Ministério dos Esportes e, portanto, defende a realização da Copa no Brasil.

Quatro pessoas declararam à Polícia Civil ter filiação partidária –informação pouco comum em boletins de ocorrência. Disseram ser do PSOL, do PSDB, do PCR (Partido Comunista Revolucionário) e um não discriminado.
Oito detidos moram no interior do Estado –desses, três são de Sumaré, município da região de Campinas.
De cidades da Grande São Paulo vieram 27, a maioria de Santo André e Guarulhos.
Na lista de objetos apreendidos com os manifestantes estão bandeiras, lenço preto, megafone, bumbo, caixas de repique e máscaras, além de canivete, estilingue e câmera. "
Esse é um perfil de gente, de jovens facilmente manipuláveis por pessoas interessadas na desestabilização institucional. Se forem fundo nas investigações encontrarão conexões. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

GUERRAS POR ÁGUA

Relendo, após 7 anos, o livro Guerras por água - privatização, poluição e lucro, da cientista/física indiana Vandana Shiva, pensadora e ativista ambientalista. reafirmo minha convicção e vontade de continuar lutando tenazmente contra os mafiosos que tentam nos subjugar. Vandana Shiva no livro referenciado faz uma análise e crítica contundente aos mercadores da água que na Índia, na África, enfim pelo mundo inteiro, tentam privatizar esse bem vital: a água.
Um mundo onde a cada dia morrem 4.500 crianças, com menos de cinco anos de idade, devido à falta de acesso à água potável e de saneamento básico. Vandana Shiva descreve e analisa o atual estágio de privatização da água e a ligação desta com uma agricultura comercial, que desconsidera os métodos tradicionais e autossustentáveis praticados por milênios, que são eliminados na ânsia por lucro e nada mais. O resultado dessa insanidade privativista das águas é a miséria, o deslocamento forçado de populações e, consequentemente, a fome. A socialização dos meios de produção é a solução!

MANIFESTANTE OU PROVOCADOR FASCISTA?

Grupos protestam pelo Brasil contra a realização da Copa do Mundo

De O Estado de S. Paulo:
SÃO PAULO – Os protestos contra a realização da Copa do Mundo, que tiveram início de forma pacífica, acabaram em confusão neste sábado. Em São Paulo, os manifestantes e a Polícia Militar entraram em confronto na Rua Barão de Itapetininga, na região do Theatro Municipal. Os manifestantes começaram a depredar estabelecimentos comerciais no centro de São Paulo, por volta das 20h.
A primeiro loja a ser atacada foi um McDonald’s. Os policiais fizeram uma barreira para tentar proteger o restaurante e os manifestantes começaram a correr e destruir agências bancárias pelo caminho. Somente na Rua 7 de Abril, a reportagem presenciou o ataque a três agências. Os manifestantes colocaram fogo em terminais de atendimento dentro das agências, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. Houve início de incêndio. Os black blocs correram em direção dos PMs e lançaram até coquetel molotov
É claro que são atos da direita fascista que, há muito, quer um golpe. Querem a volta dos milicos. O velho Partidão - PCB- mais uma vez errando diz que a Portaria nORMATIVA Nº 3.461 é um Ato Institucional. Mero oportunismo esquerdista barato o artigo do intelectual  marxólogo Mauro Iasi, ex-PT, e a Nota Política do PCB publicada no seu blog. Mais uma vez o PCB erra na análise e assim confunde os trabalhadores e se afasta mais do operariado.

sábado, 25 de janeiro de 2014

DAVOS E OS DESPOJADOS

Os mafiosos pertencentes ao Clube Bilderberg, estão reunidos em Davos (Suíça) no Foro Econômico Mundial. O Fórum é uma reunião elitista, da qual participam mais de 1.500 empresários e uns 40 Chefes de Estado convidados, onde decidem a sorte e os despojos do mundo. A sorte é deles, dos 1500 empresários, é claro. Os despojos ficam  para bilhões de seres humanos sem água, sem terra, sem teto, sem educação e sem direitos à cidadania. Esta na hora de darmos um basta nisso! A solução é o PAREDÓN para esses 1.500 empresários e seus lacaios. 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

SERÁ PRECONCEITO E RACISMO?

Tenho me questionado, frequentemente, sobre o comportamento da mídia e alguns segmentos de esquerda(?) az respeito de algumas figuras negras  de destaque. Entre eles Pelé,  o Wilson Simonal e agora Joaquim Barbosa. Tenho divergências com algumas posturas de Joaquim Barbosa, bem como de Pelé. Mas dai execrá-los, publicamente, como maus vai uma grande distância. Fico encucado porque não vejo as mesmas cobranças de figuras brancas de destaque; Roberto Carlos, por exemplo. Ninguém cobra um pronunciamento político de Roberto Carlos. No caso do futebol ninguém nunca cobrou uma posição política de Zito, Gilmar, Newton Santos e outros brancos mais velhos que Pelé. Por que só do negro Pelé? Na música e no rádio pouparam o dedo duro e reacionário Cesar de Alencar e concentraram críticas destruidoras contra Simonal, na época um negro de sucesso; está comprovado que foi tudo uma armação. Poderíamos citar muitos nomes de brancos famosos, em todos os segmentos, aos quais nunca se lhes cobraram ´posicionamentos políticos. Mas é só um negro se destacar todo mundo quer fazer cobranças do negrão! Será preconceito ou racismo?

sábado, 4 de janeiro de 2014

PORQUE A ÁFRICA ARDE!


Guerras do petróleo no coração de África*

Carlos Lopes Pereira
 
02.Jan.14 :: Colaboradores

Carlos Lopes PereiraO imperialismo, com os EUA e a França como as potências militarmente mais activas, prossegue a estratégia de reforço da sua dominação sobre o continente africano e de apropriação das suas riquezas. Às guerras desencadeadas já neste século juntam-se as que têm por palco a República Centro-Africana e o Sudão.


Duas «novas» guerras com a presença de tropas estrangeiras e cheiro a petróleo incendeiam o coração de África, provocando milhares de vítimas e incalculáveis prejuízos económicos.
Na República Centro-Africana (RCA), onde a França interveio militarmente no início de Dezembro, multiplicam-se as acções violentas entre duas facções no terreno. De um lado estão os ex-rebeldes da Séléka («Aliança»), alegadamente muçulmanos, que em Março derrubaram o presidente eleito François Bozizé e colocaram no poder o seu chefe, Michel Djotodia; e, do outro lado, milícias «anti-balaka» (anti-catanas), ditas cristãs, que exigem o afastamento dos golpistas e exercem represálias sobre a população islâmica.
No plano da segurança, de pouco tem valido a presença dos 1600 soldados franceses apoiados por blindados e helicópteros, no quadro da operação «Sangaris», ou dos 4000 homens da Misca, a força militar africana, uns e outros estacionados sobretudo em Bangui.
Para além da versão de um conflito entre cristãos e muçulmanos, divulgada pelos media dominantes, há outras interpretações para o que se passa na RCA.
Olivier Ndenkop desvenda, na revista «Afrique Asie», as razões ocultas da intervenção de Paris, cada vez mais o gendarme do imperialismo em África.
Rejeitando o «imperativo humanitário» invocado pelo «socialista» Hollande para justificar a agressão francesa, o artigo explica que a operação «Sangaris» pretendeu contrariar a crescente influência da China e garantir o controlo das reservas de ouro, diamantes e urânio no subsolo centro-africano. E, claro, do petróleo.
Ndenkop recorda que o ex-presidente Bozizé estabeleceu laços económicos com Pequim e entregou à empresa estatal CNPC (China National Petroleum Corporation) a exploração petrolífera de Boromata, no nordeste do país, antes concessionada à companhia estado-unidense Grynberg RSM – o que provocou a cólera de Paris e Washington.
O próprio Bozizé, outrora aliado dos franceses, revelou à rádio RFI as razões do seu afastamento: «Fui derrubado por causa do petróleo». Pouco antes do golpe, já tinha declarado: «Dei o petróleo aos chineses e isso tornou-se um problema».
Em suma: os Estados Unidos e a França não toleraram que um seu «protegido» tenha ousado estabelecer relações de cooperação com a China. Por isso, armaram um grupo de «rebeldes», derrubaram o governo de Bangui e inventaram um conflito «religioso»…
Conflito fratricida no Sudão.
Vizinho da RCA, o Sudão do Sul está desde 15 de Dezembro mergulhado numa guerra civil, que já causou milhares de mortos e de refugiados.
Travam-se combates entre tropas governamentais, leais ao presidente Salva Kiir, e forças ligadas ao antigo vice-presidente, Riek Machar, demitido em Julho e agora acusado de tentativa de golpe de estado. Os media têm sobrevalorizado a dimensão «tribal» do conflito, já que Kiir é da etnia dinka e Machar pertence ao grupo dos nuer.
As Nações Unidas e os países da região, liderados pelo Quénia e pela Etiópia, estão a tentar pôr termo à guerra, levando as partes beligerantes ao cessar-fogo e à mesa de conversações.
Há também tropas estrangeiras no país, independente desde 2011, quando se separou do Sudão, após um conflito armado de décadas. O Uganda já enviou 300 soldados para apoiar o presidente Kiir. A ONU reforçou a Minuss, elevando o contingente de «capacetes azuis» para mais de 12.500 militares. Também os Estados Unidos, principais padrinhos da independência do Sudão do Sul, enviaram para Juba, a capital, uma centena de fuzileiros para evacuar cidadãos norte-americanos.
E há, igualmente, o petróleo. O Sudão do Sul tem petróleo – a chinesa CNPC lidera a produção e pesquisa – e exporta-o pelo Mar Vermelho, através de oleodutos que passam pelo Sudão, o que transforma o «ouro negro» na principal fonte de receitas dos dois estados.
As tragédias que os povos centro-africano e sul-sudanês vivem nestes dias são exemplos das consequências de intervenções militares estrangeiras em África visando a neocolonização do continente, a intensificação da exploração dos seus trabalhadores e do saque das suas riquezas.
No quadro do agravamento da crise do capitalismo mundial, potências imperialistas como os Estados Unidos e a França, com o apoio de sectores corruptos das burguesias nacionais que elas alimentam, continuam hoje, também em África, a instigar divisionismos, acicatar conflitos étnicos ou religiosos, provocar golpes de estado, fomentar guerras civis – enfim, a recorrer ao seu vasto arsenal de armas e meios para dominar e pilhar os povos.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº2092, 31.12.2013

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

2014: A POBREZA VAI AUMENTAR


2014: un año más pobres
rebelion.org

Hemos entrado en el 2014 y lo hacemos un poco más pobres. Nuestros salarios se han congelado, si es que tenemos empleo, o incluso han disminuido, pocos son los que esperan el inicio del año nuevo con una subida del sueldo. Esto ya ha pasado a la historia. Nuevas tradiciones se imponen: el aumento de la tarifa de la luz, del transporte público, del agua. Y para que no se pierda la “costumbre” a veces el ritual incluso se repite durante el año.

El 2013 acabó con la polémica subasta eléctrica que amenazaba con incrementar el recibo de la luz un 11%, con un coste muy por encima de la media europea y situándose en la tercera electricidad más cara de Europa. Finalmente, el Gobierno intervino y lo frenó por decreto urgente. Como vemos, si el PP quiere, el PP puede. Pero, en general, no hay mucha voluntad de ir contra los intereses de las multinacionales de turno. Ahora, sin embargo, el Gobierno nos “cuela” una subida del 2,3%, por el momento, y aún tenemos que dar las gracias.

El aumento del precio del transporte público es otra de las estafas tradicionales de año nuevo. Se incrementa el precio del tren, casi un 2%, y en Barcelona, para no ser menos, el del metro, un abusivo 5% con la tarjeta más utilizada, la T-10. Sin embargo, si toman habitualmente el AVE, cosa “tan frecuente” entre la mayoría de los ciudadanos, no se preocupen porque su precio se ha congelado. Afortunados son también aquellos conductores de las autopistas de Castelldefels a Sitges y de Montgat a Mataró, donde la Generalitat de Catalunya ha reducido el peaje en un 30% y un 10% respectivamente, siempre y cuando utilicen tarjeta teletac, el sistema de pago automático. Así funciona CiU y el “Gobierno de los mejores”, rebajando el coste del transporte privado, mientras sube el del transporte público.

Y en Barcelona, seguimos acumulando subidas: el agua, también, se incrementa. Si aquí el dinero “nos sale por las orejas”, sobre todo al Ayuntamiento, ya lo vimos con la “macro-fiesta” de fin de año en Montjuïc. Así, los turistas están contentos. El agua subirá un 8,5% de media en el Área Metropolitana de Barcelona, gracias a los votos de CiU y PSC y la abstención de ERC. Si al final, aquellos que tanto critican los recortes son los primeros en afilar las tijeras. No lo olvidemos. Y todo esto a la espera de un nuevo incremento del recibo del agua, cuando en unos meses entre en vigor el alza del canon, recogido en los presupuestos 2014 de la Generalitat.

Mientras, el salario mínimo interprofesional sigue congelado, como el año anterior, en unos exiguos 645 euros mensuales, la retribución de los funcionarios aún lo está más, por cuarto año consecutivo su sueldo sigue bajo cero, es decir cobrando lo mismo que en 2010. Las pensiones, de esos diez millones de jubilados que trabajaron toda su vida, ya no se revalorizan con el IPC sino por muy debajo del IPC y este año sólo subirán un 0,25%, el mínimo establecido por el Gobierno. Un aumento que apenas da para un café.

Entramos en este 2014, un poco más pobres. Nuestro nivel adquisitivo cae paulatinamente, como quien no quiere la cosa. Y pasa un año y otro, y cada vez tenemos menos. Quieren que normalicemos la pobreza. ¿No recuerdan esos reportajes, de no hace tanto, sobre los mileuristas? Ese nuevo precariado. Hoy ofrezca un trabajo de mil euros y le lloverán los curriculums. Y aún algunos, como el presidente del Gobierno, se atreven a decir que con este 2014 llega “el inicio de la recuperación”. Sarta de ladrones y mentirosos.

*Artículo en Público.es, 02/01/2014.
Este artigo de Esther Vivas que reflete a situação da Espanha, pode ser uma referência para toda a América Latina explorada pelo agronegócio e grandes corporações internacionais.  

QUE TAL CONFISCARMOS ESSA GRANA ROUBADA?


Los multimillonarios ganaron 383.000 millones de euros más durante 2013


2013 ha sido un buen año para las mayores fortunas del planeta, según los datos hechos públicos este jueves por la mañana por el portal Bloomberg, que calcula que las 300 mayores fortunas sumaron 524.000 millones de dólares (unos 383.000 millones de euros) más durante el año pasado.
La fortuna que acumulan estos multimillonarios se calcula en 3,7 billones de dólares (2,7 billones de euros). De hecho, entre las 25 mayores fortunas solo el mexicano Carlos Slim ha visto disminuir su dinero, el resto ha ido aumentando.
Las causas de este aumento de la riqueza es el comportamiento de los mercados. Pese a la crisis económica, los índices bursátiles han subido este año, algo de lo que se han beneficiado algunos como Bill Gates, el hombre más rico del mundo con un patrimonio de 57.000 millones de euros (unos 11.500 más que el año pasado) o Sheldon Adelson, que cierra 2013 con 10.544 millones de euros más y se coloca como la 11ª fortuna del mundo.
El que ha visto menguar su fortuna es Carlos Slim, que pasa a ocupar el segundo lugar entre las personas más ricas del mundo después de que su riqueza se redujese por los problemas en los primeros meses del año de su compañía América Móvil.
Quien sigue en el tercer puesto es Amancio Ortega. El empresario del textil aumentó su fortuna en 6.500 millones durante 2013, que pasa a ser de 48.000 millones de euros. Ortega es el único español que aparece en la lista.
Entre las cien mayores fortunas solo hay ocho mujeres. Las dos primeras, Cristy Walton (en el puesto número 9) y Liliane Bettencourt (en el 15), viudas de dos magnates de la alimentación. En la lista también aparecen Jacqueline Mars (27), Elaine Marshall (47), Susanne Klatten (48), Iris Fontbona (60), Gina Rinehart (61) y Laurene Jobs (79).
Fuente: http://www.lamarea.com/2014/01/02/los-multimillonarios-ganaron-383-000-millones-de-euros-mas-durante-2013/

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

THE ECONOMYST NÃO SATISFEITO COM LUCROS DAS MULTINACIONAIS


“No way, Dilma”,
diz The Economist


Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist. Em especial de 14 páginas, revista britânica aponta os erros cometidos pelo governo da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade. Matéria da revista Veja.
A matéria só poderia ser da Veja, revista americanófila editada em portugues.

Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia.
O especial de quatorze páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado “voo de galinha” do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. “A economia estagnada, um estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo”, informa a publicação.
A Veja só não diz e não informa que o "Governo Dilma" , leia-se governo de coalizão neoliberal centro/direita,encabeçado por Dilma, está engessado e refém de um Congresso Nacional com maioria contra a Presidenta. A estagnação faz parte de um estratégia oposicionista para desestabilizar e desacreditar Dilma.
“Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior”, o The  Economist quer que o Brasil faça como os EUA, diminua os gastos com os pensionistas para dar mais lucros aos capitalistas. Num claro ato desrespeitoso a The  Economist chega a ironizar, chamando a presidente de “Dilma Fernández”, que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.
Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. “Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo”, escondendo o fato de que esses " desempenho da agricultura" beneficia só uma minoria de grandes agricultores e empresas multinacionais  que dominam o mercado de grãos e de insumos (smentes, fertilizantes e agrotóxicos).
A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a “mão na massa”. É a velha receita do FMI, " cortar gastos públicos". Investir em infraestrutura não é gasto público? A crítica ´que não se investe em infraestrutura, mas querem cortar gastos públicos. É claro que Dilma e o PT, ao não aceitarem uma Frente de Esquerda para avançar tem culpa no cartório!

O TERROR RACISTA CONTINUA EM VOGA


Mandela foi-se, mas o apartheid está bem vivo na Austrália

por John Pilger
Aborígenes australianos. No fim dos anos 1960 o editor-chefe do London Daily Mirror, Hugh Cudlipp, atribuiu-me mais uma missão. Devia retornar à minha pátria, a Austrália, e "descobrir o que está por trás da sua face radiante". O Mirror fizera uma campanha incansável contra o apartheid na África do Sul, onde havia relatado o que estava por trás da sua "face radiante". Como australiano, eu fora bem recebido naquela fortaleza da supremacia branca. "Admiramos vocês aussies ", diziam as pessoas. "Vocês sabem como tratar os seus negros".

Eu ficava ofendido, é claro, mas também sabia que apenas o Oceano Índico separava as atitudes raciais das duas nações coloniais. Do que eu não estava consciente era de como a semelhança provocou tamanho sofrimento entre o povo original do meu próprio país. Quando crescia, meus livros escolares haviam deixado claro, para citar um historiador: "Nós somos civilizados e eles não são". Recordo como a uns poucos talentosos jogadores da Aboriginal Rugby League foi permitido atingirem sua glória desde que eles nunca mencionassem o seu povo. Eddie Gilbert, o grande jogador aborígene de críquete, o homem que bateu Don Bratman com um resultado zero ( duck ) , foi impedido de jogar outra vez. Isso não era atípico.

Em 1969 voei para Alice Springs no coração vermelho da Austrália e encontrei-me com Charlie Perkins. Num tempo em que o povo aborígene nem sequer era contado no recenseamento – ao contrário dos carneiros – Charlie era apenas o segundo aborígene a obter um grau universitário. Ele tem feito bom uso desta distinção liderando "campanhas itinerantes" ("freedom rides") em cidades racialmente segregadas no sertão australiano da Nova Gales do Sul. Ele apanhou a ideia das campanhas itinerantes nas que se verificaram no Sul Profundo (Deep South) dos Estados Unidos.

Alugámos um velho Ford, apanhámos a mãe de Charlie, Hetti, uma anciã do povo aranda, e fomos para o que Charlie descreveu como "inferno". Era Jay Creeki, uma "reserva nativa", onde centenas de aborígenes eram encurralados em condições que eu só tinha visto na África e na Índia. De uma torneira do lado de fora pingava um líquido castanho; ali não havia instalações sanitárias; a comida, ou "rações", era fécula e açúcar. As crianças tinham pernas finas como palitos e barrigas inchadas pela desnutrição.

O que me impressionou foi o número de mães e avós enlutadas – desoladas pelo roubo de filhos pela polícia e autoridades do "bem-estar" que, durante anos, haviam levado aquelas crianças com pelo mais clara. A política era a "assimilação". Hoje, isto mudou apenas no nome e na racionalização.

Os rapazes acabariam a trabalhar em fazendas dirigidas por brancos, as meninas como serviçais em lares da classe média. Isto era trabalho escravo não declarado. Eles eram conhecidos como a Geração Roubada. Hetti Perkins contou-me que quando Charlie era criança ela teve de mantê-lo atado às suas costas e escondia-o sempre que ouvia o tropel dos cavalos da polícia. "Eles não o levaram", disse ela, com orgulho.

Em 2008, o primeiro-ministro Kevin Rudd pediu desculpas por este crime contra a humanidade. Os aborígenes mais velhos ficaram gratos; acreditaram que o primeiro povo da Austrália – a mais duradoura presença humana sobre a terra – podia finalmente receber a justiça e o reconhecimento que lhe fora negado durante 220 anos.

O que poucos deles ouviram foi o PS adicional das desculpas de Rudd. "Quero ser categórico acerca disto", disse ele. "Não haverá indemnização". Que a 100 mil pessoas profundamente ofendidas e marcadas pelo ódio racista – resultado de uma forma de movimento eugenista com ligações ao fascismo – não fosse dada qualquer oportunidade para restabelecerem suas vidas era chocante, embora não surpreendente. A maior parte dos governos em Canberra, conservadores ou trabalhistas, tem insinuado que os primeiros australiano são culpáveis pelo seu sofrimento e pobreza.

Quando o governo trabalhista na década de 1980 prometeu "plena reparação" e direitos à terra, o poderoso lobby mineiro avançou com o ataque, gastando milhões a fazer campanha de que "os negros tomariam nossas praias e cerca de arame farpado". O governo capitulou, muito embora a mentira fosse grotesca; o povo aborígene mal chega a três por cento da população australiana.

Hoje, crianças aborígenes estão outra vez a ser roubadas das suas famílias. As palavras burocráticas são "removidas" para "protecção da criança". Em Julho de 2012 havia 13.299 crianças aborígenes em instituições ou entregues a família brancas. Hoje, o roubo destas crianças é mais intenso do que em qualquer momento durante o último século. Entrevistei numerosos especialistas em cuidados infantis que encaram isto como uma segunda geração roubada. "Muitos dos garotos nunca vêem outra vez as suas mães e comunidades", disse-me Olga Havnen, autora de um relatório para o governo do Território do Norte. "No Território do Norte, foram gastos $80 milhões na vigilância e remoção de crianças e menos de $500 mil no apoio a estas famílias empobrecidas. Muitas vezes não é dado qualquer aviso às famílias e elas não têm ideia para onde os seus filhos foram levados. A razão apresentada é negligência – o que quer dizer pobreza. Isto é destruir a cultura aborígene e é racista. Se o apartheid da África do Sul tivesse feito isto, teria havido um alvoroço".

Na cidade de Wilcannia, Nova Gales do Sul, a esperança de vida dos aborígenes é de 37 anos – mais baixa do que na República Centro-Africana, talvez o país mais pobre da Terra, actualmente devastado pela guerra civil. Outra distinção de Wilcannia é que o governo cubano realiza ali um programa de alfabetização, ensinando jovens aborígenes a ler e escrever. É nisto que os cubanos são famosos – nos países mais pobres do mundo. A Austrália é um dos mais ricos do mundo.

Filmei condições semelhantes há 28 anos atrás, quando fiz meu primeiro filme acerca dos indígenas da Austrália, The Secret Country . Vince Forrester, um ancião aborígene que então entrevistei, aparece no meu novo filme, Utopia. . Ele levou-me a uma casa em Mutitjulu onde viviam 32 pessoas, na maior parte crianças, muitos deles a sofrerem otite média, uma doença infecciosa totalmente evitável que prejudica a audição e a fala. "Setenta por cento das crianças nesta casa está parcialmente surda", disse ele. Voltando-se directamente para a minha câmara, disse: "Australianos, isto é o que nós chamamos um insulto aos direitos humanos".

A maioria dos australianos raramente é confrontada com o segredo mais sujo da sua nação. Em 2009, o respeitado Relator Especial das Nações Unidas, Professor James Anaya, testemunhou condições semelhantes e descreveu as políticas de "intervenção" do governo como racistas. O então ministro para a Saúde Indígena, Tony Abbott, para "fazer algo útil" e parar de ouvir "a brigada da vítima". Abbott é agora o primeiro-ministro da Austrália.

Na Austrália Ocidental são escavados minérios da terra aborígene e despachados para a China com um lucro de mil milhões de dólares por semana. Neste, o estado mais rico e mais próspero, as prisões enchem-se com aborígenes esmagados, incluindo jovens cujas mães postam-se às portas da prisão, suplicando pela sua libertação. Aqui o encarceramento de australianos negros é oito vezes superior ao dos negros sul-africanos durante a última década do apartheid.

Quando Nelson Mandela foi enterrado esta semana, a sua luta contra o apartheid foi devidamente celebrada na Austrália, embora a ironia estivesse ausente. O apartheid foi derrotado em grande medida por uma campanha global da qual o regime sul-africano nunca se recuperou. Um opróbrio semelhante raramente deixou marca na Austrália, principalmente porque a população aborígene é tão pequena e porque os governos australianos têm conseguido dividir e cooptar uma liderança dividida com gestos e promessas vagas. Isso pode estar a mudar. Uma resistência está a crescer, apesar de tudo, nas terras centrais aborígenes, especialmente entre os jovens. Ao contrário dos EUA, Canadá e Nova Zelândia, que fizeram tratados com o seu povo original, a Austrália tem apresentado gestos muitas vezes incluídos nas leis. Contudo, no século XXI o mundo exterior começa a prestar atenção. O espectro da África do Sul de Mandela é uma advertência.
19/Dezembro/2013

Fonte:resistir.info

O original encontra-se no
London Daily Mirror e em johnpilger.com/...