terça-feira, 30 de novembro de 2010

A SOCIOLOGIZAÇÃO DO NARCOTRÁFICO

Vamos emitir nossa opinião numa área de grandes contradições, uma questão meandrosa: o narcotráfico do Brasil e suas ações. Posições que transcendem a sociologização do narcotráfico, onde até estudiosos marxistas se equivocam. Não podemos –e não devemos- sob a desculpa de “ repúdio ao revide violento das forças de segurança pública” , ficarmos ao lado dos narcotraficantes que usam, sob pressão e ameaça, as populações trabalhadoras onde eles atuam. É fácil usarmos essas pessoas, como massa de manobra – assim como o fazem os narcotraficantes- como personagens para dissertações de mestrado ou teses de doutorado, com análises acadêmicas empoladas, bem construídas estruturalmente; mas que não servirão para nada no dia-a-dia dos moradores das favelas, dos cortiços, enfim das populações que estão sendo exploradas e enganadas pelo narcotráfico.

O texto do deputado Marcelo Freixo faz uma boa contextualização dos fatos quanto diz que “é preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras,aeroportos clandestinos. O lucrativo negócios das armas e drogas é máfia internacional”. “(...) E, na origem da crise, há ainda a deseigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo...”.
Quem consome drogas? Gente que tem grana!

O combate, até que se mude essa estrtutura podre, carcomida da sociedade capitalista que produz uma policia corrupta e conivente com as drogas, com a máfia, tem que ser dado. É óbvio que numa” guerra” quem sempre mais sofre são os pobres, os deserdados, os explorados; como afirma o deputado Freixo “ como o “ inimigo” mora na favela, são os moradores que sofrem os efeitos colaterias da “ guerra” (...)” . E conclui “ quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no judiciário”. Infelizmente, a percentagem é grandérrima!

Repito o que já escrevi e ao longo de quatro décados venho insistindo: só uma transformação radical no sistema caba com isso. Vou dar tres exemplos que servem de modelo; em Cuba e na China o narcotráfico tem vez? Não! Na ex-URSS não existia máfia e tampouco narcotraficantes, agora com a “ liberdade” surgiu drogas, máfias, prostituição e outras “benesses” da ‘ liberdade” capitalista. Então não preciza muita e nada se sociologização do narcotráfico, é só lutarmos ardorosamente para derrotar o sistema capitalista; o resto, o resto “ são tertulhas flácidas para ninar bovinos” ; traduzindo “ é conversa mole pra boi dormir”.
Valdir Izidoro Silveira

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