FAO e BERD promovem uma agricultura que destrói a agricultura camponesa?
Espanto e indignação nos causou o artigo com assinatura de José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, e Chakrabarti Suma, presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, publicado em 06 de setembro pelo Wall Street Journal. Nesta publicação ambas as autoridades convocam os governos do mundo para abraçar o setor privado como motor e líder de poder global.
Embora se referindo especificamente a Europa Oriental e Norte da África, os diretores de ambas as instituições internacionais também fazem um chamado para que os investimento e a grilagem de terras se generalizem para todo o mundo. Como justificativa, qualificam o setor privado como eficiente, dinâmico e os convocam à dobrar seus investimentos em grilagem de terras, enquanto aponta para o setor camponês e as poucas políticas de proteção que ainda regem a agricultura , como um fardo que não permite avançar o desenvolvimento da agrícola e que deve ser eliminado. Para isso, apelam aos governos para facilitar a grandes empresas privadas na agricultura. Isso no contexto de uma chamada do Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva que qualificou o encontro como a maior e mais importante das reuniões de empresas e representantes do agronegócio com representanrtes de instituições públicas e internacionais, incluída a FAO e que foi realizado na Turquia no dia 13 de setembro.
Espanto e indignação nos causou o artigo com assinatura de José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, e Chakrabarti Suma, presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, publicado em 06 de setembro pelo Wall Street Journal. Nesta publicação ambas as autoridades convocam os governos do mundo para abraçar o setor privado como motor e líder de poder global.
Embora se referindo especificamente a Europa Oriental e Norte da África, os diretores de ambas as instituições internacionais também fazem um chamado para que os investimento e a grilagem de terras se generalizem para todo o mundo. Como justificativa, qualificam o setor privado como eficiente, dinâmico e os convocam à dobrar seus investimentos em grilagem de terras, enquanto aponta para o setor camponês e as poucas políticas de proteção que ainda regem a agricultura , como um fardo que não permite avançar o desenvolvimento da agrícola e que deve ser eliminado. Para isso, apelam aos governos para facilitar a grandes empresas privadas na agricultura. Isso no contexto de uma chamada do Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva que qualificou o encontro como a maior e mais importante das reuniões de empresas e representantes do agronegócio com representanrtes de instituições públicas e internacionais, incluída a FAO e que foi realizado na Turquia no dia 13 de setembro.
Os Srs. Graziano da Silva e Chakrabarti fizeram, no artigo, uma série de afirmações preconceituosas e que escondem a real situação da agricultura e alimentação. Apresentando a Rússia, a Ucrânia eo Kasakhstan como exemplos de sucesso do agronegócio que permitiram a estes países a deixar de ser "as terras baldias dos 90" , a ser atualmente " os grandes exportadores de grãos," não mencionam em nenhum momento que os números oficiais mostram que nos tres países mencionados a produtividade é muito maior em terras rurais nas mãos dos camponeses que aquelas nas mãos do agronegócio..
Os pequenos agricultores da Russia produzem mais da metade do produto agrícola com apenas um quarto da área agrícola, na Ucrânia são a fonte de 55% da produção agrícola com apenas 16% da terra, enquanto no Cazaquistão entregam 73% da produção agrícola com apenas metade da
terra. Na verdade, são os pequenos produtores e especialmente as mulheres, que alimentam a população desses países. Tampouco mencionam que - quando há dados oficiais a respeito, como na UE, Colômbia e Brasil - é mostrado mais uma vez que a agricultura camponesa é mais eficiente e mais
produtiva do que a empresarial, o que também foi confirmado por diversos estudos na Ásia, África e América Latina.
Isso mostra que ao contrário do que é indicado pelo Diretor-Geral da FAO, quem tem a real capacidade de alimentar o mundo são mulheres agricultoras e agricultores em todo o mundo. O avanço do agronegócio apenas exacerbou a pobreza, destruiu a capacidade da agricultura para fornecer trabalho, aumentou a poluição e a destruição do meio ambiente, trouxe de volta o flagelo do trabalho escravo etem provocado as crises alimentares e climáticas das últimas décadas. .
Para os movimentos sociais e as camponesas e camponeses do mundo é inaceitável e até inexplicável que o Director-Geral da Organização para a Alimentação e Agricultura promova a destruição da agricultura camponesa e avanço da grilagem de terras. É particularmente grave que isto ocorra depois de três anos de arduo trabalho no qual as organizações colocaram todas as suas habilidades e vontades para a construção de diretrizes voluntárias para os proteger contra a grilagem de terras e depois que o Sr. Graziano da Silva, durante sua campanha a Diretor Gerral, expressou várias vezes ante as organiozações camponesas seu compromisso de promover e validar a importância da agricultura camponesa e sua necessária participação na produção de alimentos.
Nos espanta a linguagem ofensiva dos Srs. Graziano da Silva e Chakravarti, c quando se referem a "fertilizar as terras com dinheiro" ou "tornar a vida mais fácil para os famintos do mundo." Isso nos leva a questionar a capacidade da FAO para fazer o seu trabalho com o rigor necessário e independência frente as grandes empresas do agronegócio e assim cumprir o mandato da ONU para erradicar a fome e melhorar as condições de vida dos povos do campo.
Perguntamos qual é realmente a validade do "Ano Internacional da Agricultura Familiar", se o diretor-geral da FAO estima que o que coloca um freio na produção agrícola são os "níveis relativamente elevados de protecção, a falta de irrigação, pequenas propriedades e anti-econômicas”. Esta visão e a subordinação da FAO aos mecanismos econômicos e aos interesses de investidores gananciosos certamente coloca um fim ao trabalho de reconciliação entre as organizações de agricultores e a FAO que temos feito nos últimos anos. E isso nos faz perguntar por que a FAO não desenvolveu uma proposta de ação real e eficaz para proteger a produção camponesa e familiar, como uma ferramenta fundamental contra crise alimentar que - hoje de novo - está enriquecendo os grandes bancos e corporações multinacionais. Também nos perguntamos onde irão as famílias camponesas se este programa de conversão para a agricultura industrial centrada em mega-fazendas é realizado?
As ameaças não surgem só do abandono da FAO de sua missão. Também é grave que o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento promova e invista na grilagem de terras e a entrega da agricultura ao agronegócio, especialmente quando hoje expandiu sua área de trabalho ao norte de África.
O que a agricultura e o planeta necessitam atualmente é exatamente o oposto do que os propostos pelos Srs. Graziano da Silva e Chakrabarti. O que a humanidade e os que padecem de fome no mundo necessitam é de apoio às c agro-culturas do campo, que são formas de vida da metade da humanidade e tornam possível a agricultura camponesa. Porque é mais eficiente e produtiva, porque ainda produz pelo menos metade da oferta global de alimentos e grande parte do trabalho no campo, porque ajuda a resfriar o planeta, a agricultura camponesa deve ser fortalecida e protegida.
La producción de alimentos y las formas de vida campesinas e indígenas no pueden ser destruidas para crear una nueva fuente de mega negocios en manos de un grupo ínfimo de personas. Las tierras y territorios deben dejar de ser una mercancía y volver a las manos de los pueblos del campo; necesitamos reformas agrarias profundas, integrales y efectivas, sin acaparamientos de la tierra por inversionistas que solo buscan el lucro. Necesitamos más comunidades y familias campesinas e indígenas desarrollando su agricultura con dignidad y respeto y no agronegocios.
A produção de alimentos e os meios de vida dos camponeses e indígenas não podem ser destruídos para criar uma nova fonte de megas negócios em mãos de um pequeno grupo de pessoas. As terras e territórios deve deixar de ser uma mercadoria e voltar às mãos dos povos do campo; precisamos de uma reforma agrária profunda, abrangente e eficaz, sem grilagem de terras por investidores que buscam apenas o lucro. Precisamos de mais comunidades e famílias camponesas e indígenas desenvolvendo sua agricultura com dignidade e respeito e não agronegócios.
OS CAMPONESES E CAMPONESAS ALIMENTAM O MUNDO O AGRONEGÓCIO ABOMINA
OS CAMPONESES E CAMPONESAS ALIMENTAM O MUNDO O AGRONEGÓCIO ABOMINA
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