QUEM QUEBROU O BRASIL FOI O GEISEL, AFIRMA DELFIM
A
resistência do ex-presidente Ernesto Geisel em abrir a exploração do petróleo à
iniciativa privada quando comandou a Petrobras, no governo Médici, levou a
economia brasileira à falência no fim da década de 70. A afirmação é do economista Antonio Delfim
Netto, ex-ministro de diversas pastas da área econômica durante o regime
militar. "Quem quebrou o Brasil foi o Geisel", diz Delfim.
Folha -
Na sua opinião, o que levou ao golpe de 1964?
Antonio
Delfim Neto - O Brasil estava uma balbúrdia tão grande que era claro que alguma
coisa ia acontecer. Havia uma desorganização total, passeatas na rua, mentiras
de toda a natureza, boatos. O Jango abandonou o governo. Essa é que é a
verdade. Não foi uma surpresa o que aconteceu. As instituições todas estavam
ameaçadas, sob enorme risco. Nem sei se o risco era verdadeiro ou não, é que o
governo era uma balbúrdia. .
A que o
senhor atribui o chamado milagre econômico?
Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem
causa. O crescimento do Brasil naquele período foi consequência do trabalho dos
brasileiros, basicamente da grande arrumação que houve no setor econômico,
produzido no governo Castelo Branco. (...)
E o
aumento da concentração de renda incomodava?
A distribuição de renda incomoda porque, no
fundo, o homem tem alguns desejos, alguns valores que são fundamentais. Então, a desigualdade, ela incomoda. Todos
melhoraram só que uns melhoraram mais do que os outros e a distância entre nós
estava crescendo. O que não é uma coisa agradável.
Como o
senhor via a questão da repressão durante o governo militar?
No governo você não tinha a menor informação.
Você tinha uma separação completa entre o governo e as instituições, as forças
armadas. Nunca teve nenhuma interferência. Na verdade, nós víamos nos jornais
alguma coisa. Uma vez eu perguntei ao
presidente Médici e ele disse: não, não há. Ele me disse: "é uma guerra, Delfim. Mas
não há tortura". Tortura é uma coisa deplorável. Quando o sujeito está sob
a guarda do Estado é que ele tem de ser protegido.
O importante é: o governo nunca teve a menor interferência
militar.
O texto acima, em vermelho, é parte de uma entrevista de Delfim Neto na Folha de São Paulo - 05/04/2014-, onde Delfim, o todo poderoso ministro do regime militar, o famoso economista da Teoria do Crescimento do Bolo. bolo esse que os brasileiros até hoje não viram nem a cor da farofa! O homem é de uma cretinice, de uma canalhice, sem igual. Apesar de tentar dar uma de Pilatos ele tropeça na própria língua, nas entre linhas da sua entrevista defende o golpe militar; não é à toa que o serviu por muitos anos! Mas como todo serviçal é um pobre sabujo e hoje, a serviço do PMDB, atacar Geisel vira o cocho onde sempre comeu a ração e se locupletou por muitos anos.
Logo na primeira pergunta diz que " O Brasil estava uma balbúrdia tão grande que era claro que alguma coisa ia acontecer. Havia uma desorganização total, passeatas na rua, mentiras de toda a natureza, boatos. O Jango abandonou o governo. Essa é que é a verdade. Não foi uma surpresa o que aconteceu. As instituições todas estavam ameaçadas, sob enorme risco. Nem sei se o risco era verdadeiro ou não, é que o governo era uma balbúrdia. " Mentira! Não havia balburdia, sim liberdade de manifestação, inclusive para os golpistas a serviço da embaixada dos EUA. Jango não abandonou o governo; FOI APEADO, FOI GOLPEADO.
Quando foi perguntado pelo "milagre", respondeu: " Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa. O crescimento do Brasil naquele período foi consequência do trabalho dos brasileiros, basicamente da grande arrumação que houve no setor econômico, produzido no governo Castelo Branco. (...)" De fato não houve milagre, sim um crescimento econômico conseguido nas costas dos trabalhadores, nos arrochos salariais, no abandono da educação e no medo imposto ao povo. Delfin admitiu que "todos melhoraram só que uns melhoraram mais do que os outros e a distância entre nós estava crescendo. O que não é uma coisa agradável. "
Delfim disfarça, tenta dar uma de ingênuo quando afirma que No governo você não tinha a menor informação. Você tinha uma separação completa entre o governo e as instituições, as forças armadas. Nunca teve nenhuma interferência. O importante é: o governo nunca teve a menor interferência militar. Ora, ele não sabia que o Governo era militar?
É por isso que tudo, na entrevista que pode ser lida na integra na Folha de São Paulo, não passa de canalhices e cretinices do Sr. Delfim Neto.
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