Hoje
é um dia onde, em todo o mundo, muitas demagogias e hipocrisias são difundidas.
Apesar dos avanços conquistados no século XX e nos últimos anos, as mulheres
ainda continuam sendo vilipendiadas, exploradas em diversos segmentos,
principalmente no mercado de trabalho.
As
mulheres que mais sofrem estão na zona rural e nas comunidades mais distantes
das zonas urbanas, onde enfrentam todo o tipo de violência: falta de água,
falta de saneamento básico, falta de assistência médica, ausência de energia
elétrica, moradias insalubres, etc., etc.
A
prostituição ainda é um grande estigma que acompanha as mulheres desde a tenra
idade. A prostituição é uma dessas práticas nas quais, com certeza, podemos
afirmar que é uma aliança de morte entre o capitalismo neoliberal e o
patriarcado. Todos os recortes em políticas públicas influem negativamente na
vida das mulheres. No mercado de trabalho as mulheres ganham sempre menos que
os homens. O trabalho de cuidado dos filhos e o doméstico são realizados
majoritariamente pelas mulheres. A maioria dos salários de pobreza estão entre
as mulheres, o trabalho informal é feito, em grande parte, pelas mulheres,
assim como o trabalho em tempo parcial. Os trabalhos exercidos sem contratos
são, na grande maioria, exercidos pelas mulheres. A malandragem, as sacanagens
e a exploração da terceirização atingem principalmente
as mulheres.
Infelizmente
existem um segmento feminino que está sendo cooptado pelo sistema em
participando dessa exploração através das passarelas, dos bigbrothers da vida,
da propaganda maliciosa que usa como mote o corpo da mulher. Cabe as feministas
de hoje vincular o feminismo, a luta pela libertação da mulher, às ideias
emancipadoras do socialismo, só assim poderão dar resposta à feminização da
pobreza. Uma das funções principais nesta época marcada pela globalização é
identificar e lutar contra a política sexual do neoliberalismo.
Nesse
dia de hoje – Dia Internacional da Mulher- não estou cumprimentando as
mulheres, sim me solidarizando, protestando e manifestando minha revolta contra
a exploração capitalista que atingem todos os seres humanos e, principalmente,
as mulheres. Fora com o capitalismo responsável e culpado pela prostituição e
exploração das mulheres! Hoje não é um dia de comemoração, sim um dia de luta.
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