domingo, 17 de abril de 2011
CRISE ECOLÓGICA?(I)
Contrario ao que sugere a falsa, porém popular metáfora da Ilha de Páscoa proposta por Jared Diamond, as atuais degradações ambientais não são comparáveis as produzidas em outros periodos históricos. As diferenças não são só quantativas( a gravidade e a globalização dos problemas ecológicos) sim, sobretudo, qualitativas: enquanto todas as crises ambientais do passado provinham de endencias sociais da subprodução crônica, do temor a penuria, os problemas atuais tem sua origem na tendencia inversa: asuperprodução e o sobre consumo, próprios de um sistema baseado na produção generalizada de mercadorias. Por isso, concordo que o termo Crise Ecológica está mal colocado. Não é a natureza que está em crise, sim o que está em crise é uma relação histórica entre a humanidade e o meio ambiente. Esta crise não se deve a naturezada espécie humana, sim ao modo de produção imposto, até agora, aproximadamente por dois séculos; o capitalismo, o modo de consumo e a sua mobilidade. Os graves e crescentes danos que sofre o ecossistema( mudanças climáticas, contaminação química, declínio acelerado da biodiversidade, degradação dos solos, destruição das florestas tropicais, etc.) são parte da\crise sistêmica global. Todas, em seu conjunto, expressam a incompatibilidade entre o capitalismo e o respeito aos limites naturais. A razão fundamental dessa incompatiblidade é simples: sob o incentivo da competição, todo proprietário do capital busca, incansavelmente, substituir trabalho vivo por trabalho morto, isto é, substituir mão-de-obra por máquinas mais produtiva.. Operação cujo objetivo não é outro que eliminar a competição inundando o mecado com mercadorias Neste modo de produção a inovação tecnológica não tem por objetivo aliviar a carga do trabalho sim a acumulação .do capitalPor outro lado a busca do beneficio, do lucro, rápido que impulsiona a mecanização favorece ao mesmo tempo uma economia crescente na utilização dos recursos naturais.O rescimento capitalista é destruidor: implica, inevitavlemente, um consumo crescente de recursos que é irreconciliável com a renovação dos mesmos e com os limites da natureza.
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