Alguns farsantes como é o caso do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim e o membro da comissão ex-ministro da Justiça José Carlos Dias são adeptos da tese de que a Comissão da Verdade deve ouvir os dois lados da história das perseguições, das prisões, das torturas e dos assassinatos durante a ditadura. Ambos estão olhando a paisagem com binóculo invertido. O foco da comissão são os agentes do Estado que perpetraram as barbaridades a serviço dos governos da época ditatorial. Querer estender aos militantes de esquerda que lutaram contra a ditadura as investigações da Comissão da Verdade é mudar o foco. Os que lutam contra a ditadura, de todas as formas, quer protestando, quer pegando em armas, já foram punidos com a perda de emprego, com perseguições, com prisões, com tortura e morte. Defender a tese de apuração dos dois lados, isto sim, é revanchismo e querer punir novamente os já punidos que lutaram contra o regime ditatorial. O dever da comissão da verdade é apurar, investigar e averiguar tudo o que aconteceu com os nossos mortos enterrados e insepultos, bem como o caso dos diversos desaparecidos. Querer apurar o " outro lado" , o dos resistentes, é como se hoje os franceses a quisessem imputar à Resistência Francesa crimes contra à ocupação nazista de Paris ou defender que os judeus sentassem no banco dos réus no Tribunal de Nuremberger. É um despropósito! A Comissão da Verdade só tem um lado: averiguar os crimes da ditadura!
Sem comentários:
Enviar um comentário