A revolução militar é uma das causas da origem da modernidade, segundo o historiador da economia o alemão Werner Sombart que, significativamente pouco antes da Primeira Guerra Mundial, em seu estudo " Guerra e Capitalismo"(1913), abordou minuciosamente essa questão. Outros tantos historiadores falaram no assunto e todos concordam que " as conquistas positivas da modernização trouxeram sempre o estigma dessas origens", isto é, a industria do armamento, da guerra. Segundo Robert Kurz, " A industrialização do século 19, tanto no aspecto técnológico quanto no traço histórico das organizações e das mentalidades, foi uma herdeira das armas de fogo, da produção e armamentos no inicio da modernidade e do processo social que a seguiu." Kurz afirma ainda que " a moderna democracia ocidental é incapaz de ocultar o fato de ser herdeira da ditadura militar e armamentista do inicio da modernidade- e isso não só na esfera tecológica, mas também em sua estrutura social". Atrás dos discursos políticos em defesa de um cidadão aparentemente livre, encontramos o monstro de um aparato e práticas da economia monetária total e da economia de guerra a ela vinculada até hoje. É o que presenciamos nas políticas externas dos EUA, onde temos como exemplo o Iraque, o Afeganistão, a Libia e demais regiões do mundo onde se plantam o terror para vender armas. Em nenhuma sociedade da história houve tão grande percentual de funcionários públicos e administradores de recursos humanos, soldados e policiais; nenhuma jamais desbaratou uma parcela tão grande de seus recursos em armamentos e exército como a atual. Robert Kurz conclui que "A economia da morte permanecerá o inquietante legado da sociedade moderna fundada na economia de mercado até que o capitalismo assassino destrua a si próprio", ou que nós o destruamos construindo uma sociedade socialista.
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