quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O QUE A NOSSA(?) MÍDIA NÃO PUBLICA


DA VERDADE E DA MENTIRA
"Uma mentira não se torna verdade devido à sua propagação multiplicada, nem uma verdade se torna mentira porque poucos a vêem". A citação, de Gandhi, vem a propósito da enxurrada de mentiras propagadas pelo Prémio Nobel da Paz (!) Obama, pelo sr. Kerry, pelo secretário-geral da OTAN, pelos governos britânico, francês e outros acerca de supostas armas químicas que teriam sido utilizadas pelo governo sírio. Nem sequer quiseram esperar pelo resultado da missão de inspecção da ONU para vomitarem as suas mentiras (em que eles próprios não acreditam) seguidas de ameaças de agressão. Nesta campanha de desinformação maciça tem um papel preponderante os media corporativos que se auto-proclamam serem "referência". Isto é particularmente evidente em Portugal neste momento – repetem todos a voz do dono.
A HISTERIA BELICISTA CONTRA A SÍRIA
Em 2003 o imperialismo promoveu uma campanha histérica acerca de supostas armas de destruição maciça possuídas pelo Iraque. Como se viu, aquela mentira flagrante, cínica e deliberada do governo dos EUA destinou-se a justificar a invasão e ocupação daquele país. Hoje, mais uma vez, o imperialismo encena uma campanha mundial acerca de supostas "armas químicas" que teriam sido utilizadas pelas Forças Armadas sírias. Obama não apresentou uma única prova que corroborasse tal afirmação, mas a campanha prossegue. Destina-se a preparar a opinião pública para uma eventual agressão directa contra a República Síria à semelhança daquela desencadeada contra a Líbia. Diz-se a agressão directa porque a indireta começou há vários anos com o armamento, treino e incentivo a bandos terroristas, os quais estão a ser derrotados pela Forças Armadas sírias. Tal como em 2003, os cães amestrados de Londres, Paris e Ancara ladram furiosamente a atiçar.
Por outro lado, a crise financeira capitalista intensifica-se. O seu sistema bancário está em ruínas, tanto nos EUA como na Europa. Os monstruosos resgates governamentais com o dinheiro dos contribuintes e com emissões monetárias (bail-outs) fracassaram, tendo desaparecido no buraco negro da banca – agora já planeiam resgates internos (bail-ins) com o dinheiro dos depositantes. O que tem isto a ver com uma eventual agressão à Síria? Muito. Historicamente o imperialismo sempre procurou na guerra a saída para as suas crises.
Fonte: resistir.info

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