Dilma
Rousseff toma posse para segundo mandato, sob pressão das elites
A presidenta Dilma Rousseff
desfilará em carro aberto para sua posse ao segundo mandato de presidenta da
República do Brasil. Entretanto, desta vez ela está sob pressão das elites.
Depois de vários recuos para
"acalmar o mercado" e "garantir a governabilidade" – com as
indicações do neoliberal Joaquim Levy, na Fazenda, e da ruralista Kátia Abreu,
na Agricultura, George Hilton para o Esporte e do sionista Jaques Wagner para a
Defesa, entre outros nomes difíceis de engolir –, a presidenta Dilma demonstra
que acusou o golpe das elites no resultado apertado da última eleição.
Por muito pouco o Partido
dos Trabalhadores - isto é, o que restou dele - não foi derrotado, após
enfrentar campanha terrorista da mídia golpista, das elites, do governo dos EUA
e seus cúmplices europeus. Foi uma campanha eleitoral suja sob todos os
aspectos, onde o ódio e a discriminação foram usados como estratégia nos
principais veículos de imprensa e na propaganda do horário eleitoral gratuito.
Mesmo após a apertada
vitória nas urnas, Dilma enfrentou ameaças de impeachment orquestradas por
setores da elites mais reacionárias instaladas na mídia e no Congresso
Nacional. O clima ficou tão tenso que chegou às raias da ingovernabilidade, com
boicotes e chantagens até na base governista.
Entre capitular e enfrentar
situação semelhante à da Venezuela, Dilma preferiu capitular, se rendendo aos
interesses das elites brasileiras, nomeando ministros de confiança do sistema
financeiro internacional (Joaquim Levy) e entregando o Ministério da Defesa
para um sionista militante, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner. Após essas
duas decisões, melhor dizendo, capitulações, a mídia deixou de atacar a
presidenta e o sistema financeiro voltou à tranquilidade, com exceção da
campanha para destruir a Petrobras, levada a cabo pela imprensa mercenária
contratada por petroleiras estrangeiras.
O nosso repúdio à nomeação
de Jaques Wagner, um nome da "cota" do ex-presidente Lula, não é
racismo gratuito, apenas pelo fato do novo ministro ser judeu; longe disso. Para
nós o judaísmo é uma religião como outra qualquer, sem qualquer discriminação.
O que ocorre, entretanto, é que Jaques Wagner é judeu sionista, e o sionismo já
foi reconhecido pela Nações Unidas como uma espécie de racismo. Trata-se de
nacionalismo judaico extremista que atua para exterminar o povo palestino, e
neste sentido é o maior retrocesso político-ideológico na história do Brasil.
Ora, o Brasil sempre apoiou o povo palestino em sua heroica história de
resistência, e agora entrega a defesa do país a um ministro que defende os
interesses traiçoeiros de Israel. Não é apenas contrassenso: é traição. Traição
à história do Partido dos Trabalhadores. Traição ao povo brasileiro que apoia a
paz na Palestina ocupada, e repudia o extermínio do povo palestino. Caso o novo
ministro fosse um apoiador do movimento judeu Naturei Karta, por exemplo, que
defende a sobrevivência e o respeito ao povo palestino, ele receberia os
aplausos de todos os movimentos que hoje repudiam sua nomeação, porque não se
trata de condenar o judaísmo, trata-se de condenar o extremismo judaico racista
que hoje domina o governo israelense.
Não temos muitas
expectativas com o novo governo Dilma. Esperamos que essas capitulações sejam
apenas recuos estratégicos, e não uma tendência para manter a governabilidade à
qualquer custo.
Movimento Democracia Direta
do Paraná
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