No dia 4 de Julho a ONU e a Aliança Cooperativa
Internacional comemoraram o Dia Internacional das Cooperativas. No entanto, em
alguns países, como no caso de Portugal, o Dia Internacional das Cooperativas foi marcado por uma das
maiores ofensivas contra as cooperativas, os seus princípios e o seu patrimônio.
No mundo o movimento
cooperativo está associado à luta dos trabalhadores e das camadas populares
pela sua emancipação e satisfação das suas necessidades, como forma de
assegurar a melhoria das suas condições de vida. Foi assim que muitas
cooperativas surgiram e se desenvolveram em meios operários e populares tanto
na passagem do século XIX para o século XX.
No Paraná foi através da
criação e desenvolvimento de cooperativas que asseguram a criação e manutenção
de empregos na produção e nos serviços, permitem o desenvolvimento de produções
agrícolas e das pescas, a sua transformação e escoamento, e a satisfação de
necessidades sociais e coletivas de consumo, ensino, cultura e inserção social.
Apesar das contradições
resultantes da ausência de políticas que apoiem e promovam o movimento
cooperativo e dos interesses dos grupos monopolistas em reconstituição, as
cooperativas foram construindo significativos patrimônios e, em muitos casos,
assumiram-se como importantes empresas econômicas de propriedade social que
ultrapassam a dimensão e os interesses próprios dos respectivos cooperadores.
Não será difícil verificar
que, em ramos como o agrícola, o crédito agrícola, o consumo, a habitação, a
solidariedade social, a cultura e educação, etc., os patrimônios das
cooperativas são muito cobiçados pelos grupos monopolistas, nomeadamente pelos
que concentram a sua atividade em setores como o financeiro e a grande
distribuição.
Os interesses da
generalidade dos cooperadores são coincidentes com as aspirações dos
trabalhadores e do povo de ruptura com o atual rumo de apropriação monopolista
e de empobrecimento das populações.
Por isso é importante o
fortalecimento do sistema cooperativista como forma de garantir melhor
qualidade de vida para os produtores.
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