quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O IMPÉRIO E A ÉTICA DA GUERRA



O QUE É PIOR EJACULAR NUMA VAGINA ERRADA OU BOMBARDEAR UM PAÍS?

Luis     Martin Cabrera
Rebelion

Os professores universitários , por vezes, tendem a complicar as coisas desnecessariamente. Algumas coisas são brutalmente simples, simples violentamente. É famosa a citação de Bertolt Brecht em pergunta:” o que é roubar um banco comparado com fundá-lo? Acho que podemos nos apropriar da citação e reformula-la para definir o que está acontecendo com o caso da recente demição  do diretor da CIA, David Petraeus: “ O que é ejacular na vagina errada em relação ao bombardeio de um país?” É isso, certo de que há sujeira por todos os lados, como as  críticas do  Chefe  do Estado de Israel, maso essencial é que  ejacular numa vagina não santificada por alguma  igreja ou sancionada pelo Estado é uma intolerável falta que expressa(define) claramente  a sujeira da alma do acima mencionado e, portanto, a sua incapacidade para ocupar cargos públicos. Quem disse que havíamos saido  da Idade Média?

Há algo de profundamente perverso, transparentemente perverso, neste escândalo de  meninas da “fraternidade”  puxadas pelos cabelos  por seu macho  favorito. Tudo isso seria grotesco e risível, mas pela podridão moral que aparenta: que para a classe dominante deste país é mais condenável  uma infidelidade que ordenar bombardeios ​​de drones, construir  prisões secretas, deter  indefinidamente  a prisioneiros de  Guantánamo, desestabilizar países e muitas outras formas de violência aprovadas e não aprovadas. Viva o heterossexismo fundamentalista ! Pior perseguir seu desejo, embora ilegal, mesmo que seja pecado, mesmo que seja um adultério, que  conduzir a máquina de matar mais poderosa do mundo.

Em conclusão: a única coisa que tenho a dizer é que isto  é assunto esposa de Petraeus se é que ela  não sabia das  indiscrições de seu marido; para os outros isso é absolutamente irrelevante: o que é ejacular  fora de lugar  comparado com  dirigir uma guerra? . Nada, menos do que nada, um momento perdido na eternidade do desejo. Desculpem  por não ter nada mais complicado ou de interessante para dizer, às vezes a brutalidade requer  respostas  brutalmente simples.
Fonte: rebelion.org
Tradução e adaptação: Valdir Silveira

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