sábado, 26 de outubro de 2013

OS VAMPIROS DO CAPITALISMO (III)

OS 161 VAMPIROS DO CAPITALISMO (PARTE III)

A OTAN está a emergir rapidamente como a força policial ao serviço da classe capitalista transnacional. Quando a CCT emergiu mais plenamente na década de 1980, coincidindo com o colapso da União Soviética, a OTAN começo operações mais vastas. A OTAN primeiro aventurou-se nos Balcãs, onde permanece, e a seguir para o Afeganistão. A OTAN arrancou com uma missão de treino no Iraque em 2005, recentemente efectuou operações na Líbia e em Julho de 2013 estava a considerar ação militar na Síria. A utilização da OTAN pela super-classe para a sua segurança global faz parte de uma estratégia de expansão para a dominação militar dos EUA em todo o mundo, pela qual o império militares EUA/OTAN-indústria-média operam ao serviço da CCT para a protecção do capital internacional em qualquer parte do mundo.
[16]

O trabalho mais recente sobre a CCT é The Making of a Transnational Capitalist Class (2010), de William K. Carroll.
[17] O trabalho de Carroll focou a consolidação das redes de políticas corporativas transnacionais entre 1996 e 2006. Ele utilizou uma base de dados os conselhos de administração das 500 maiores corporações, mostrando a interligação concentrada de corporações chave e uma diminuição do número de pessoas envolvidas. De acordo com esta análise, a dimensão média dos conselhos de administração caiu de 20,2 para 14,0 nos dez anos do seu estudo. Além disso, organizações financeiras estão cada vez mais no centro destas redes. Carroll argumentou que a CCT nos centros destas redes beneficiam de laços extensos entre si, proporcionando portanto tanto a capacidade estrutural como a consciência de classe necessária para solidariedade política efectiva.

Um estudo de 2011 da Universidade de Zurique, terminado por Stefania Vitali, James B. Glattfelder e Stefano Battiston no Swiss Federal Institute of Technology relatou que um pequeno grupo de companhias – principalmente bancos – exerce enorme poder sobre a economia global.
[18] Aplicando modelos matemáticos – habitualmente utilizados para modelar sistemas naturais – às corporações transnacionais na economia mundial, o estudo descobriu que 147 companhias controlavam cerca de 40 por cento da riqueza do mundo. [19]

Embora teóricos da sociologia efetuem estudos da elite do poder mundial, estes investigadores raramente identificam membros específicos da classe capitalistas transnacional, preferindo ao invés construir teoria para outros acadêmicos lerem e discutirem, se bem que evitando os pormenores de quem está realmente envolvido.

As mídias corporativas do mundo não prestam absolutamente nenhuma atenção a conceitos acadêmicos como "classe capitalista transnacional". Assim, uma pesquisa no LexisNexis de cobertura de noticiários, completada em 3 de Junho de 2013, utilizando a expressão "classe capitalista transnacional", retornou apenas três notícias na última década – duas de media estrangeiros e a terceira uma carta ao editor de Leslie Sklair. O conceito de uma classe capitalista transnacional está ausente de cobertura nos noticiários corporativos, os quais tão pouco tratam de quem constitui esta elite principal, o grupo poderoso.

Pensamos que o mundo precisa saber quem inclui a CCT e portanto quem toma as decisões financeiras respeitantes ao capital global. Isto é realmente um razoavelmente direto – ainda que de trabalho intensivo – esforço de investigação: a maior parte da informação não é pública como também está online. Começamos com as dez principais companhias mais centralizadas a partir do estudo suíço de 2011 já citado.
[20] Isto identificou as mais centralizadas e interconectadas organizações financeiras do mundo. Também quisemos considerar aqueles grupos que administram os maiores volumes de capital financeiro, de modo que acrescentamos as dez principais firmas de administração de ativos de 2012 ao nosso conjunto de dados. [21] A tabela a seguir mostra as classificações em trilhões de dólares de ativos administrados pelas 35 principais firmas de administração de ativos do mundo.





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