O
DIA NACIONAL DO ÍNDIO
Muitas comemorações, muitos programas radiofônicos e televisivos, hipócritas, sobre a vida dos
índios. NADA A COMEMORAR.
Assistimos uma curta entrevista com Ailton Krenak, uma
grande liderança indígena. Ailton foi curto e grosso, como dizemos na linguagem
comum, quando afirmou que “ os madeireiros estão presentes todos os dias nas
florestas, desmatando o ano inteiro; a FUNAI aparece uma vez por ano”. Precisa
dizer mais?
Segundo Ailton Krenak, “ pensar num meio ambiente entre quem
mora num prédio de 100 metros e um índio que vive na floresta, querer
entrelaçar essas duas visões de mundo, é um absurdo”. Acrescentou que “ na nossa cultura tudo é efêmero, transitório;
por isso os índios estão sempre mudando sua lavoura, suas habitações; para não
destruir o meio ambiente.”
É isso que os diferencia do homem branco que pensa só no
estático, na visão de gaveta.
Na realidade a FUNAI, sucessora do SPI- Serviço de Proteção aos Indios, excluindo o CIMI-Conselho Indigenista Missionário, da CNBB, está a serviço dos
grandes desmatadores e mineradores.
A FUNAI faz vistas grossas, isto é comporta-se como sabuja,
genuflexa diante dos canalhas assassinos, desmatadores e mineradores que
invadem as reservas indígenas , destroem as nossas florestas e poluem os nossos
rios com mercúrio.
A Amazônia ,e outras regiões de madeira e mineração, transformou-se num canteiro de garimpeiros,
desmatadores, caçadores de pássaros e animais silvestres e, principalmente, de
assassinos de índios; essa a realidade do Brasil de hoje.
Por isso no Dia do Índio, NADA A COMEMORAR. Só nos resta a indignação contra a
hipocrisia!
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