Ontem começou em Rosário, Santa Fé, na Argentina, uma reunião organizada pela CIA como parte de uma ofensiva múltipla contra a Revolução Bolivariana na Venezuela e as lutas em ascenção em toda a América Latina. Muito mais do que um surto macarthista, o ataque contra artistas partidários da Revolução Bolivariana é o sinal do comportamento nazi-fascista da marcha da oposição.O nazismo e o fascismo surgiram após a Primeira Guerra Mundial, quando, após a vitoriosa Revolução Russa na Europa, os grandes partidos e sindiocatos socialistas e comunistas ameaçaram a continuidade do capitalismo. Afogada em sangue a Revolução Espanhola, a reação progrediu dessa maneira no resto da Europa.Este tem sido, até agora, nas experiências históricas da revolução e contra-revolução. Como tudo na Venezuela contemporânea, a originalidade do fenômeno exige uma visão própria e pontual.Desde o ano passado, os ataques ocorrem aqui contra cantores, artistas e atletas que se atreveram a se comprometer com o processo revolucionário em curso e com a figura do Comandante Hugo Chávez. Mas a situação se agravou quando um grupo de artistas se propos recuperar o sindicato dos artistas, formando um conselho para tal fim e proclamou seu apoio à campanha presidencial de Nicolas Maduro.Desde então, arrefeceu a campanha de difamação pelas assim chamadas "redes sociais", geralmente com foco em tais alinhamentos resultantes das grandes somas pagas aos envolvidos. Houve casos mais graves em que esses artistas recentemente alinhados com a revolução foram agredidos por palavras ou de fato nas ruas.Foi uma ação macartista. Porém é inexorável sua metamorfose em condutas nazi-fascistas cruas e duras, não já contra artistas, sim contra as massas que impulsionam a revolução. Dado o comprovado poder social, político e militar da Revolução Bolivariana, a marcha das classes dominantes para o fascismo não pode começar a partir da Venezuela. Vale a pena repetir: o fascismo consiste em atacar a revolução socialista a partir de um movimento de massa, organizado pela força do dinheiro e da violência nos setores mais desarticulado e inconsciente da sociedade. Mas, como na Venezuela, a maior parte desses setores adquiriu consciência revolucionária, refletida na organização em grande escala, e como a pequena burguesia não pode preencher como força de choque direta esse vazio, o imperialismo se esforça para criar um movimento fascista em toda a América Latina, com a expectativa de isolar a Venezuela e intervir desde ali no quadro local. Uma prévia deste comportamento é o uso de paramilitares colombianos para lançá-los em ação na Venezuela.Não é um sonho. Esta "Internacional fascista está acontecendo entre 8 e 11 de abril, na cidade de Rosario, província de Santa Fé, Argentina. Os organizadores autodenominados de "liberais", para encobrir a metamorfose que essa corrente de pensamento histórico sofreu desde os anos 1920 – contrataram escritores como é o caso de Mario Vargas Llosa, jornalistas de origem cubana publicamente associados com a CIA, ministros ex-ministros latinoamericanos, por exemplo Joaquín Lavín, chileno colaborador da ditadura de Augusto Pinochet , ex-presidentes como o fascista espanhol José María Aznar, ou figuras como Marcel Granier, conhecido na Venezuela, que agora assume o conciliábulo de bruxos Rosário.Um instrumento-chave para penetrar e financiar jornalistas e intelectuais na América Latina é a FAES (Fundação para a Análise e Estudos Sociais), liderada por Aznar.
Os leitores atentos poderão ver, antes e depois dessa reunião, uma campanha sistemática contra a Venezuela e os países da ALBA. E mesmo contra governos que, mesmo distantes destes, não estão totalmente alinhados a Casa Branca. Presumivelmente na Venezuela essa escalada está entremeada com ataques redobrados contra artistas incorporados nas fileiras da Revolução Bolivariana. Tal capacidade de difusão mundial está acompanhada de um enorme aporte financeiro: 15 Fundações Internacionais "lubrificam" com dólares a participação de 250 convidados de todo o mundo.
Fonte: Luis Bilbao, in rebelion.org
Fonte: Luis Bilbao, in rebelion.org
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