Os atos de1 de Maio, em todo o mundo, lembram a memória daqueles mártires de Chicago que foram imolados pela injustiça norte-americana, acusados e condenados à pena capital por um crime que não cometeram.
Uma das reivindicações básicas dos trabalhadores era a jornada de 8 horas. Fazer valer a máxima: “ oito horas para o trabalho, oito horas para o sono e oito horas para a casa”. Desde aquele acontecimento ocorrido em 1º de maio de 1886, que terminou em assassinatos, poucas coisas essenciais mudaram nos países submetidos às selvajarias do capitalismo. Se a greve foi o instrumento esgrimido pelos trabalhadores norte-americanos e os mártires de Chicago, com um saldo de morte para seus protagonistas, ainda hoje as notícias pontuam os caminhos da classe trabalhadora em busca de justiça e ígualdade.Eis as palavras de um dos condenados, Georg Engel, antes de morrer:
“ Este mundo não me parece justo; e eu tenho lutado, e agora eu luto com a morte, para criar um mundo mais justo. Que me importa que minha morte seja um assassinato judicial?Cabe em um homem que abraçou uma causa tão gloriosa como a nossa, desejar viver quando pode morrer por ela? "
Assim ocorreram aqueles acontecimentos de Chicago que selou o destino daqueles mártires cujo cotejo funebre , no seu dia, foram acompanhados por centenas de seus companheiros e simpatizantes. Foram eles: Georg Engel, alemão, 50 anos, tipógrafo; Adolf Fischer, alemão, 30 anos, jornalista; Albert Parsons, EUA, 39 anos, repórter, se entregou para estar com seus companheiros e foi julgado por igual; Hessois Auguste Spies, alemão , 31 anos, jornalista e Louis Linng, alemão, 22 anos, carpinteiro. Este último para não ser executado, cometeu suicídio em sua cela. Sempre se justifica lembrar esses homens apaixonados pelo seu desejo de justiça, pois as idéias que defendiam se concretizaram em muitos países e reconhecidas internacionalmente como direitos humanos , embora muito ainda falta para se conquistar neste campo, porque como já se expressou José Marti: "toda boa idéia carrega dentro de si a sua realização. "
Enquanto por todo o mundo os trabalhadores saem às ruas para protestar contra a destruição das leis trabalhistas que aumentam a exploração capitalista pela retiradas de direitos dos operários; no Brasil as Centrais Pelegas fazem festa em distribuindo brindes e sorteando motos, carros,tvs, etc. O ex-sindicalista, já falecido, Joaquinzão era fichinha perto dessa pelegada de resultado!
Vale a máxima de Marx e Engels: " os operários de todo o mundo nada tem a perde, há não ser seus grilhões"!
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