Miguel Altieri e Victor M. Toledo(2011), em trabalho recente, revelam e descrevem o que se conhece como “revolução agro ecológica” na América Latina. Se bem que na região continuam aumentando as agroexportações e o ouso de biocombustíveis com suas conseqüências no aquecimento global, os conceitos de soberania alimentar e rural surgidos da perspectiva agroecológica estão captando cada vez mais a atenção. Assim, é que as novas propostas científicas e tecnológicas relacionadas com a ciência da agroecología e com os saberes indígenas estão sendo cada vez mais aplicadas por um número importante de agricultores , ONG’s, governos e instituições acadêmicas. Isto está permitindo ganhos transcendentes em temas como a soberania alimentar baseada na conservação dos recursos naturais e o fortalecimento local, regional e nacional de organizações e movimentos de agricultores.
Uma avaliação de varias iniciativas latino americanas mostra que a aplicação do paradigma agroecológico pode trazer benefícios ambientais, econômicos e políticos de pequenos produtores e as comunidades rurais, assim como à população urbana.
No documento Altieri e Toledo mostram o potencial da agroecologia para promover mudanças sociais e agrárias transcendentes encaminhadas à sustentabilidade a partir de projetos, iniciativas e movimentos de inspiração agroecológica no Brasil, na região Andina, no México, América Central e Cuba.
Com base no tripé “revolução agroecológica”, epistemológica,técnica e social, estão se gerando novas mudanças no sentido de restaurar a auto suficiência local, a conservar e a regenerar a agrobiodiversidade, a produzir alimentos sadios com baixos insumos e a fortalecer as organizações de produtores.
Estas mudanças abrem novos caminhos políticos para as sociedades agrárias da América Latina e conformam uma alternativa totalmente oposta às políticas neoliberais sustentadas na agroindústria e nas agro-exportações.
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