A exministra da agricultura da França Corinne Lepage, em recente visita a Espanha denunciou que a "mafia" da industria transgenica na Europa " representa uma ameaça à saúde e para agricultura". Durante sua visita a Madri, Lepage divulgou seu livro A verdade sobre os transgenico e reiterou seu apoio a aliança estatal contra os transgenicos. Segundo Corinne Lepage durante anos as transnacionais dos transgenicos e os governos que as apoiam tem construido um mito de que " os cultivos transgenicos são os alimentos mais avaliados da história e tem o aval de comitês científicos independentes e responsáveis". Lepage contesta tal mito dizendo que " se se analisa a composição e o trabalho destes comitês, tanto no âmbito da Espanha como da UE, fica demonstrado que esse mito é falso.
Além disso Corinne sublinha que as decisões em torno dos transgenicos são opacas e tomadas de forma precipitada, bem como respondem aos interesses das grandes multinacionais e contrárias às preocupações dos consumidores.
Lepage também constata que o lobby dos transgenicos, infelizmente, nestes anos, tem conseguido desviar a atenção da população sobre os impactos dos alimentos genéticamente modificados sobre a saúde.
É preciso frisar que diversos organismos internacionais,bem como cientistas e pesquisadores não comprometidos com a industria dos transgenicos tem manifestado que os transgenicos não apresentam vantagens para os consumidores e que as dúvidas sobre os efeitos na saúde são muito preocupantes, assim como a perda da variedade genética e a "impossibilidade" de escolhermos livremente nossa alimentação.
A grande catástrofe é que "os transgenicos destróem o modelo de agricultura social e sustentável" e provocam a perda da soberania alimentar, além de prejudicar o direito de dicidir o quê comer e plantar.
Na sua visita à Madri, Corinne Lepage lamentou que 90% da produção de milho transgenico de uso comercial se concentre na Espanha, onde também se realizam 67% dos experimentos a campo em toda a Europa.
Lepage disse, entretanto, estar contente porque paises como a França, Alemanha, Italia, Polonai, Grecia, Bulgaria, Luxemburgo, Suiça, Irlanda, Hungria e Austria proibiram estes cultivos em seus territórios ao suscitar sérias dúvidas sobre seus efeitos na saúde e no meio ambiente.
Fonte: http://www.ecoagricultor.com
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