terça-feira, 24 de junho de 2014

UMA PROPOSTA CONCRETA: DA CRÍTICA À AÇÃO


            



Temos constatado no chamado Campo das Esquerdas uma crítica sistemática e sectária contra o “governo” Dilma – entre aspas sim, porque não é um governo do PT-, crítica essa que se soma no mesmo tom, na mesma matriz ideológica feita pela direita golpista e fascista.

 Lula não governou com o PT e tampouco agora Dilma. É um governo de coalizão centro-direita – só um idiota ou analfabeto em política não percebe- por má fé ou interesses inconfessos. O poder, ora o poder...continua sob  o controle  dos de sempre. Mas ainda existem alguns ignorantes, ou safados políticos, que insistem em dizer que o PT está no poder. Pode!

Lula e o PT não entraram no governo através de uma revolução e tampouco Dilma.  Mas existem alguns analistas políticos de botequim e, infelizmente, até comunistas que insistem dizer que o “governo” do PT – que burrice!- , de Dilma está avançando pouco.Ficam assistindo de camarote a direita ocupar espaços e até avançar numa posição cômoda de críticos ácidos e até sectários. Nenhuma ação proativa no sentido de respaldar alguma mudança substancial. Elementar - meu caro Watson, já disse Sherlock -, mudanças estruturais radicais só com revolução!

Pergunto: no atual estágio brasileiro alguém, algum partido, tem condições de fazer uma revolução? Só algum maluco responderá afirmativamente!

Entonces, Que Hacer? Perguntaria o velho Lenin!

Ir fustigando, avançando, ocupando espaços, organizando os trabalhadores da cidade e do campo; conscientizando os operários e a população a não votar em candidatos canalhas vendidos às elites. Isso requer trabalho incessante de agitação e propaganda, de denúncia sistemática contra o modelo, contra o sistema político vigente; sem descuidar de ocupar espaços no parlamento até a vitória final.

Antes que algum atrevido venha com graçinhas sobre reformismo, esclareço que a vitória final é a Revolução Socialista.

De qualquer forma é necessário aprofundar um pouquinho mais essa questão. A revolução, os despertar do povo para quebrar os grilhões do regime capitalista não se dará num passe de mágica! Mesmo porque não estamos na Russia da época czarista, não vivemos na China e Mao Tse Tung e tampouco na Cuba do facínora Batista derrotado pelos barbudos comandados por Fidel!

Os tempos são outros; é outra a realidade! Revoluções não se exportam e nem se importa!  Não o adianta intelectuais marxólogos vomitarem conhecimentos, teorias sobre o marxismo leninismo com textos densos e pesados que os operários não conseguem ler e, tampouco, entender. É preciso conhecer e se comunicar com o trabalhador do campo e da cidade na linguagem que eles entendem: o beabá da saúde mercantilizada e em frangalhos, do ensino também mercantilizado e de baixo nível, dos banqueiros exploradores, da falta de saneamento básico, da falta d’água, da falta de moradia e/ou habitatações em lugares sujeitos as enchentes da não execução da reforma agrária, da falta de punição para os grandes ladrões, etc. etc.

É sobre isso que temos de conversar, diuturnamente, com o povo. Exigir dessa igrejas mediáticas que antes de pedir dinheiro para o povo, eles tem que denunciar os que estão roubando do povo. As igrejas não podem continuar a mesma matriz ideológica que Marx denunciava: a de ser o ópio do povo!

Não podemos mais persistir com belos diagnósticos da nossa realidade, aliás a ditadura também tinha ótimos diagnósticos só que os engavetava, não os usava para mudar; infelizmente como está acontecendo.

Recentemente, recebi por correio eletrônico, o texto Liberalismo ou imperialismo? de Adriano Benayon, com 29 tópicos, cheio de constatações e ótimos diagnósticos. Não li, entre os 29 tópicos, quaisquer propostas claras de mudanças, não li nenhuma citação de que tudo o que ele criticou tem uma solução: a luta constante pelo socialismo.

Para não ser injusto com o Benayon vou citar os dois últimos tópicos do seu artigo, que são:

Tópico 28: De fato, não existe democracia sob regimes que não estabelecem limite à concentração econômico-financeira(...);

Tópico 29: “ Portanto, nossa sobrevivência depende de os brasileiros não mais se deixarem pautar pela agenda e pelos conceitos do império (grifos meus) (...)”

Antes de  ousar pautar algumas propostas é preciso algumas observações:

Primeiro: um regime só pode estabelecer limites à concentração econômico-financeira se tiver respaldo no parlamento e apoio popular;

Segundo: Uma pauta de agenda para que os brasileiros(as) não sejam mais influenciados pelos conceitos do império e se libertem do seu jugo só pode ser montada pelos partidos que defendem, de verdade,  o socialismo e com total respaldo popular, com o povo nas ruas exigindo o cumprimento da pauta.

Senão serão tertulhas flácidas para ninar bovinos! ( Conversas moles pra boi dormir).

As propostas são óbvias:

- Reformulação do total no gerenciamento da saúde;

- Um programa nacional de saneamento básico;

- Uma revolução no sistema de habitação com o fim da especulação imobiliária; (um levantamento sério das áreas sujeitas a alagamento e um programa de solução desse secular problema)

- Um choque de alta potência no sistema financeiro(bancário);

- Um basta na exploração dos cartórios;

- Implementação URGENTE de uma reforma agrária que não se paute só em distribuição de terras, sim num projeto integrado de exploração do uso da terra, habitação, estradas, energia elétrica e beneficiamento dos produtos agrícolas; e outras que os companheiros(as) poderão sugerir.

Enfim é ora de passarmos à prática. Passado o período da copa, mãos à obra. Temos que ir às ruas para respaldar essas propostas e exigir do “ governo” Dilma , com todo o nosso respaldo popular, sua execução. Se o Congresso Nacional se opor VAMOS DERRUBÁ-LOS.

É IMPORTANTE FRISAR: IR ÀS RUAS NÃO É BADERNA PAT, NÃO É QUEBRAR PATRIMÔNIOS, PÚBLICOS OU PRIVADOS.

Conclamamos os Partidos de Esquerda, os socialistas, os estudantes, os os sindicatos não apelegados, a população de um modo  geral e, PRINCIPALMENTE OS TRABALHADORES para durantes as manifestações tomarem todos os cuidados para identificar os provocadores fascistas.

VAMOS MONTAR UMA TROPA DE CHOQUE SOCIALISTA, UM COMANDO DE CHOQUE para conter e expulsar, no cacete se for preciso, todos os baderneiros fascistas. NOSSA PROPOSTA É DE AVANÇO, NÃO DE RETROCESSO.
Estou com 71 anos e desde 1962, com 19, estou defendendo a implantação do socialismo


 


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