Temos constatado no chamado
Campo das Esquerdas uma crítica sistemática e sectária contra o “governo” Dilma
– entre aspas sim, porque não é um governo do PT-, crítica essa que se soma no
mesmo tom, na mesma matriz ideológica feita pela direita golpista e fascista.
Lula não governou com o PT e tampouco agora
Dilma. É um governo de coalizão centro-direita – só um idiota ou analfabeto em
política não percebe- por má fé ou interesses inconfessos. O poder, ora o
poder...continua sob o controle dos de sempre. Mas ainda existem alguns
ignorantes, ou safados políticos, que insistem em dizer que o PT está no poder.
Pode!
Lula e o PT não entraram no
governo através de uma revolução e tampouco Dilma. Mas existem alguns analistas políticos de
botequim e, infelizmente, até comunistas que insistem dizer que o “governo” do
PT – que burrice!- , de Dilma está avançando pouco.Ficam assistindo de camarote
a direita ocupar espaços e até avançar numa posição cômoda de críticos ácidos e
até sectários. Nenhuma ação proativa no sentido de respaldar alguma mudança
substancial. Elementar - meu caro Watson, já disse Sherlock -, mudanças
estruturais radicais só com revolução!
Pergunto: no atual estágio
brasileiro alguém, algum partido, tem condições de fazer uma revolução? Só
algum maluco responderá afirmativamente!
Entonces, Que Hacer?
Perguntaria o velho Lenin!
Ir fustigando, avançando,
ocupando espaços, organizando os trabalhadores da cidade e do campo;
conscientizando os operários e a população a não votar em candidatos canalhas
vendidos às elites. Isso requer trabalho incessante de agitação e propaganda,
de denúncia sistemática contra o modelo, contra o sistema político vigente; sem
descuidar de ocupar espaços no parlamento até a vitória final.
Antes que algum atrevido
venha com graçinhas sobre reformismo, esclareço que a vitória final é a
Revolução Socialista.
De qualquer forma é
necessário aprofundar um pouquinho mais essa questão. A revolução, os despertar
do povo para quebrar os grilhões do regime capitalista não se dará num passe de
mágica! Mesmo porque não estamos na Russia da época czarista, não vivemos na
China e Mao Tse Tung e tampouco na Cuba do facínora Batista derrotado pelos
barbudos comandados por Fidel!
Os tempos são outros; é
outra a realidade! Revoluções não se exportam e nem se importa! Não o adianta intelectuais marxólogos
vomitarem conhecimentos, teorias sobre o marxismo leninismo com textos densos e
pesados que os operários não conseguem ler e, tampouco, entender. É preciso
conhecer e se comunicar com o trabalhador do campo e da cidade na linguagem que
eles entendem: o beabá da saúde mercantilizada e em frangalhos, do ensino
também mercantilizado e de baixo nível, dos banqueiros exploradores, da falta
de saneamento básico, da falta d’água, da falta de moradia e/ou habitatações em
lugares sujeitos as enchentes da não execução da reforma agrária, da falta de
punição para os grandes ladrões, etc. etc.
É sobre isso que temos de
conversar, diuturnamente, com o povo. Exigir dessa igrejas mediáticas que antes
de pedir dinheiro para o povo, eles tem que denunciar os que estão roubando do
povo. As igrejas não podem continuar a mesma matriz ideológica que Marx
denunciava: a de ser o ópio do povo!
Não podemos mais persistir
com belos diagnósticos da nossa realidade, aliás a ditadura também tinha ótimos
diagnósticos só que os engavetava, não os usava para mudar; infelizmente como
está acontecendo.
Recentemente, recebi por
correio eletrônico, o texto Liberalismo
ou imperialismo? de Adriano Benayon, com 29 tópicos, cheio de constatações
e ótimos diagnósticos. Não li, entre os 29 tópicos, quaisquer propostas claras
de mudanças, não li nenhuma citação de que tudo o que ele criticou tem uma
solução: a luta constante pelo socialismo.
Para não ser injusto com o
Benayon vou citar os dois últimos tópicos do seu artigo, que são:
Tópico 28: De fato, não
existe democracia sob regimes que não estabelecem limite à concentração
econômico-financeira(...);
Tópico 29: “ Portanto, nossa sobrevivência depende de os brasileiros não mais se
deixarem pautar pela agenda e pelos conceitos do império (grifos meus)
(...)”
Antes de ousar pautar algumas propostas é preciso
algumas observações:
Primeiro: um regime só pode
estabelecer limites à concentração econômico-financeira se tiver respaldo no
parlamento e apoio popular;
Segundo: Uma pauta de agenda
para que os brasileiros(as) não sejam mais influenciados pelos conceitos do império
e se libertem do seu jugo só pode ser montada pelos partidos que defendem, de
verdade, o socialismo e com total
respaldo popular, com o povo nas ruas exigindo o cumprimento da pauta.
Senão serão tertulhas flácidas para ninar bovinos! (
Conversas moles pra boi dormir).
As propostas são óbvias:
- Reformulação do total no
gerenciamento da saúde;
- Um programa nacional de
saneamento básico;
- Uma revolução no sistema
de habitação com o fim da especulação imobiliária; (um levantamento sério das
áreas sujeitas a alagamento e um programa de solução desse secular problema)
- Um choque de alta potência
no sistema financeiro(bancário);
- Um basta na exploração dos
cartórios;
- Implementação URGENTE de
uma reforma agrária que não se paute só em distribuição de terras, sim num
projeto integrado de exploração do uso da terra, habitação, estradas, energia
elétrica e beneficiamento dos produtos agrícolas; e outras que os
companheiros(as) poderão sugerir.
Enfim é ora de passarmos à
prática. Passado o período da copa, mãos à obra. Temos que ir às ruas para
respaldar essas propostas e exigir do “ governo” Dilma , com todo o nosso
respaldo popular, sua execução. Se o Congresso Nacional se opor VAMOS
DERRUBÁ-LOS.
É IMPORTANTE FRISAR: IR ÀS
RUAS NÃO É BADERNA PAT, NÃO É QUEBRAR PATRIMÔNIOS, PÚBLICOS OU PRIVADOS.
Conclamamos os
Partidos de Esquerda, os socialistas, os estudantes, os os sindicatos não
apelegados, a população de um modo geral
e, PRINCIPALMENTE OS TRABALHADORES para durantes as manifestações tomarem todos
os cuidados para identificar os provocadores fascistas.
VAMOS MONTAR UMA
TROPA DE CHOQUE SOCIALISTA, UM COMANDO DE CHOQUE para conter e expulsar, no
cacete se for preciso, todos os baderneiros fascistas. NOSSA PROPOSTA É DE
AVANÇO, NÃO DE RETROCESSO.
Estou com 71 anos e desde 1962, com 19, estou defendendo a implantação do socialismo
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