James Petras diz que as manifestações em Hong Kong foram protagonizadas por aquilo a que a imprensa burguesa chama de pró democracia. Segundo Petras, é outra a intenção desse tipo de manifestações, estimuladas e apoiadas pelo imperialismo. Não é que o sistema de Hong Kong seja democrático, mas não é menos democrático que os sistemas que temos no mundo ocidental, nos EUA, Inglaterra, Europa, etc.
Por exemplo: há voto universal, mas os candidatos e partidos que podem apresentar-se estão restringidos. Mas nos EUA os republicanos e democratas controlam o processo eleitoral há 150 anos e sobretudo agora as restrições são financeiras, pois para ser eleito deputado a tarifa mínima é de 20 milhões de dólares e para ser eleito senador pode chegar a 100 milhões de dólares. Isso elimina qualquer opção que não seja democrata ou republicana e elimina qualquer candidato que não tenha o apoio do grande capital. O mesmo se passa na Inglaterra, onde tens trabalhistas e conservadores. E algo semelhante se passa em todo o continente, com alguma diversificação aqui ou ali, mas na realidade há sempre dois blocos.
E a China está sempre a repetir os padrões dos países ocidentais. É curioso que estes manifestantes, quando estiveram durante cem anos sob o regime colonial britânico, em que não tinham nenhum direito eleitoral, não se mobilizavam, não protestavam. Estavam sob o comando colonial inglês, controlado autocraticamente e não se mostravam nas ruas. Mas agora, de repente, quando a China começa a estender o voto, permite a participação, eles protestam pela democracia total.
Mas diga-me onde está a democracia total. Onde temos aqui nos EUA acesso aos meios de comunicação de massas? Onde temos meios financeiros para competir?
São algo suspeitas estas manifestações. Creio que outra daquelas revoluções coloridas, que estão organizadas simplesmente para desprestigiar o governo chinês e talvez provocar alguma repressão, que pudesse mobilizar a opinião pública mundial para boicotar ou restringir o comércio com a China. Creio que é isso que está por trás destes chamados "protestos".
Por exemplo: há voto universal, mas os candidatos e partidos que podem apresentar-se estão restringidos. Mas nos EUA os republicanos e democratas controlam o processo eleitoral há 150 anos e sobretudo agora as restrições são financeiras, pois para ser eleito deputado a tarifa mínima é de 20 milhões de dólares e para ser eleito senador pode chegar a 100 milhões de dólares. Isso elimina qualquer opção que não seja democrata ou republicana e elimina qualquer candidato que não tenha o apoio do grande capital. O mesmo se passa na Inglaterra, onde tens trabalhistas e conservadores. E algo semelhante se passa em todo o continente, com alguma diversificação aqui ou ali, mas na realidade há sempre dois blocos.
E a China está sempre a repetir os padrões dos países ocidentais. É curioso que estes manifestantes, quando estiveram durante cem anos sob o regime colonial britânico, em que não tinham nenhum direito eleitoral, não se mobilizavam, não protestavam. Estavam sob o comando colonial inglês, controlado autocraticamente e não se mostravam nas ruas. Mas agora, de repente, quando a China começa a estender o voto, permite a participação, eles protestam pela democracia total.
Mas diga-me onde está a democracia total. Onde temos aqui nos EUA acesso aos meios de comunicação de massas? Onde temos meios financeiros para competir?
São algo suspeitas estas manifestações. Creio que outra daquelas revoluções coloridas, que estão organizadas simplesmente para desprestigiar o governo chinês e talvez provocar alguma repressão, que pudesse mobilizar a opinião pública mundial para boicotar ou restringir o comércio com a China. Creio que é isso que está por trás destes chamados "protestos".
[*] Entrevista à rádio CX36, de Montevideo, em 29/Setembro/2014. A entrevista pode ser ouvida aqui: www.ivoox.com/...
O original encontra-se em www.lahaine.org/mundo.php/en-hong-kong-intentan-otra
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