domingo, 17 de março de 2013

SEM MILHO NÃO HÁ PAÍS

No ano de 2009, o governo do México autorizou o plantio experimental e limitado, de milho transgenico.
Um clamor de protesto se ergueu dos campos. Ninguém ignorava que os ventos se ocupariam de propagar a invasão, pelo pólen, até que o milho transgenico se transformasse em fatalidade do destino.
Alimentadas pelo milho, tinham crescido muitas das primeiras aldeias na América: o milho era gente, gente era milho, e o milho tinha, como as pessoas, todas as cores e sabores.
Poderão os filhos do milho, os que fazem o milho que os fez, resistir ao ataque da indústria química, que impõem no mundo sua venenosa ditadura? Ou terminaremos aceitando, em toda a América, esta mercadoria que diz que se chama milho mas tem uma cor só e não tem sabor nem memória?

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