domingo, 28 de junho de 2015

POR QUE A RUSSÍA E A CHINA SÃO IMBATÍVEIS?


Apesar de todos os maus presságios e as análises mais bizarras por parte de alguns "especialistas" analistas econômicos e políticos que até recentemente se grande respeito, a China e a Rússia têm sido capazes de resistir a todas as provocações nos últimos anos vêm se orquestrando dos Estados Unidos e da União Europeia. Nenhum desses "especialistas" dos EUA e economistas europeus têm sabido explicar o como faz a Russia  para  resistir às ilegais  e não menos terroristas sanções impostas pelo bloco ocidental contra o pais  *, e que procuram destruir a economia russa, mas também a China  para manter seu  impressionante crescimento.

Os analistas previam  o colapso da economia russa, mas as sanções estão obrigando  Moscou a recuperar  sua própria indústria nacional que havia sido desmontada(desmantelada)  com a ajuda do Ocidente depois do colapso fatal da União Soviética, mas também a desenvolver  profundas parcerias (alianças) com os países da Ásia ( principalmente com a China) e a América Latina que lhe permitiu continuar a crescer economicamente.

 Em 2014 a Rússia registrou um superávit em sua balança comercial de 142,00 bilhões de euros, 8,54% do PIB, superior ao superávit  alcançado em 2013 que foi de 134,81 bilhões de euros, enquanto o rublo (moeda russa) continua se fortalecendo em 2015 apesar das sanções, deixando sem alento os  que prognosticavam  seu colapso, publica a prestigiosa agencia Bloomberg. A realidade do gigante russo está longe de  como desenha o senador John McCain, e muitos como ele, que consideram a Rússia como "um posto de gasolina  disfarçado de país" e que "as sanções econômicas por ter sido um passo muito importante".

Enquanto isso, em 2015, a China tem mantido a sua taxa de crescimento econômico de 7% do PIB, tal como estava programada para o primeiro trimestre deste ano. Recorde-se que em 2014 a China registrou um superávit em sua balança comercial de 287,886 bilhões de euros, 2,81% do PIB, superior ao superávit alcançado em 2013, que foi de 195,198 bilhões de euros [5]. Nesse mesmo ano, a China ultrapassou pela primeira vez na história os EUA em termos de Produto Interno Bruto (PIB) em paridade de poder aquisitivo (PPA), totalizando 17,6 bilhões de dólares, enquanto os EUA foi de 17, 4 bilhões.

 

 

Portanto, a verdadeira ameaça para a economia e a paz mundial não está na Rússia ou China, mas no próprio Estados Unidos cuja dívida pública ultrapassa 18 bilhões de dólares (103% do PIB anual do país) e seu déficit fiscal  em 2.014  ultrapassou 500 bilhões de dólares. Em outras palavras, EUA está em falência porque cada americano deve 56.714 dólares. No entanto, a falência dos Estados Unidos afeta diretamente seus maiores compradores ou detentores de títulos do Tesouro, incluindo: China, Japão, França, Alemanha e Rússia. Cabe destacar que a China detém títulos americanos no valor de cerca de 1,3 bilhões de dólares. E o Japão tem 1,14 bilhão investidos em títulos do Tesouro.

Então, a quem realmente prejudicam as sanções contra a Rússia? É o que realmente preocupa os Estados Unidos?

Hoje, vários países da União Europeia apoiam a ideia de levantar as sanções injustas e contraproducentes em relação à Rússia. Entre eles destacam-se: Áustria, Hungria, Itália, Chipre, França, Grécia e República Checa, que foram mais atingidos pela mesma, cujos presidentes, nos últimos meses, tem reuniões realizadas com a líder russo Vladimir Putin com esse propósito.

Enquanto a China dá novo impulso ao temido Banco Asiático de Desenvolvimento em Infra- estrutura para torná-lo a maior entidade financeira do mundo que tende a deslocar o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) , ao mesmo tempo, prepara-se para incluir o yuan (a sua moeda) na carteira de Direitos Especiais de Saque (DEG) deste último organismo (FMI), para obter os mesmos direitos que o dólar, euro, iene. O gigante asiático também tem  desenvolvido  o comércio com a Rússia, o Irã e a Índia com base em suas mesmas moedas (cesta de moedas ou ouro), e pretende  fortalecer ainda mais as relações com a potencia   russa em todos os domínios, a fim de atingir a meta de 100 bilhões de dólares em 2015 e 200 bilhões em 2020 . Sabe-se também que a Rússia e a China têm aumentado as suas reservas de ouro nos últimos anos, e que ambos os países compõem o grupo das principais economias emergentes do mundo: os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que  estão sepultando o G7.

As hienas imperialistas sabem que os dias "felizes" de hegemonia dos EUA já passaram  para a  lixeira  da história.

* Em 17 de março de 2014, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas contra  a Rússia após o referendo aprovado na Criméia que permitiu independência e a incorporação da mesma   à Federação Russa.
Fonte: rebelion.org
Tradução e adaptação: Valdir Silveira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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