A DEGRADAÇÃO DO SOLO AUMENTA O ÊXODO RURAL
Zoraida Portillo
Publicado em Rebelion
Zoraida Portillo
Publicado em Rebelion
Tradução e revisão: Valdir Izidoro Silveira
A degradação do solo traz um aprofundamento da migração rural para a cidade, afirmou em Lima uma cientista cubana durante um seminário internacional para analisar o processo de desertificação, degradação e seca enfrentados pelos países em desenvolvimento e as formas que se buscam, na América Latina, para lidar com o problema.
Nery Urquiza, do Centro de Informação, Gestão Ambiental e da Educação de Cuba, observou que uma avaliação realizada nas zonas mais secas da ilha, compreendidas entre Camagüey e Guantánamo, revela que 70% dos solos perderam a sua camada superficial, ou seja, os primeiros 25 centímetros, "que foram jogados ao mar."
Ela deu uma palestra magistral para uma platéia de especialistas internacionais em clima e ciências da terra, formuladores de políticas na América Latina e no Caribe, autoridades e representantes de organizações camponesas.
Ela mencionou que, nos lugares avaliadoso há uma acelerada desalinização dos solos. Disse que, diante dessa realidade, os agricultores estão se deslocando para as terras mais produtivas, onde a agricultura não é tão onerosa, ou migram para a cidade.
A degradação do solo traz um aprofundamento da migração rural para a cidade, afirmou em Lima uma cientista cubana durante um seminário internacional para analisar o processo de desertificação, degradação e seca enfrentados pelos países em desenvolvimento e as formas que se buscam, na América Latina, para lidar com o problema.
Nery Urquiza, do Centro de Informação, Gestão Ambiental e da Educação de Cuba, observou que uma avaliação realizada nas zonas mais secas da ilha, compreendidas entre Camagüey e Guantánamo, revela que 70% dos solos perderam a sua camada superficial, ou seja, os primeiros 25 centímetros, "que foram jogados ao mar."
Ela deu uma palestra magistral para uma platéia de especialistas internacionais em clima e ciências da terra, formuladores de políticas na América Latina e no Caribe, autoridades e representantes de organizações camponesas.
Ela mencionou que, nos lugares avaliadoso há uma acelerada desalinização dos solos. Disse que, diante dessa realidade, os agricultores estão se deslocando para as terras mais produtivas, onde a agricultura não é tão onerosa, ou migram para a cidade.
"As pessoas querem sair, ir para outros países que oferecem melhores oportunidades porque, nessas áreas secas e erodidas, produzir um alqueire de feijão lhescusta o dobro ou o triplo do que um agricultor que não enfrentar esses problemas, mas o preço final ao consumidor permanece o mesmo ", disse ela para dar um exemplo de como é complexa a questão, porque vai além dasimples degradação dos solos.
Precisamente porque o problema da degradação das terras é abordado em Cuba por vários ministérios: Ciência e Tecnologia, Agricultura, Açúcar, e grupos temáticos locais com diferentes perspectivas.
Cuba é dos países da América Central eleito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para implementar um sistema de medição da erosão do solo, que também está sendo testado na Argentina e países em desenvolvimento da Ásia e da África.
Conhecido nos círculos científicos como LADA, sigla em inglês de Land Degradation Assesment( Avaliação da Degradação do Solo), a ferramenta não demonstra apenas a ser útil para esta finalidade, mas identifica um certo número de questões necessárias para a formulação de políticas públicas relacionadas ao uso do solo e seus fatores sociais, econômicos e demográficos que podem ser replicadas em países com características semelhantes.
No caso de Cuba tem servido para criar uma ampla base de dados sobre uso do solo e outros recursos (hídricos, genéticos) da ilha; foram produzidos 23 mapas temáticos de apoio ao
diagnóstico de degradação; os estudos identificaram as tendências dos sistemas de uso e conservação; foram resgatadas práticas tradicionais e locais e foram tomadas medidas de mitigação.
Também questionou várias declarações, especialmente quanto aos efeitos da mudança climática. "É verdade que temos furacões mais intensos e freqüentes nos últimos anos, mas é um sinal das alterações climáticas ou o reforço da variabilidade climática existente no Caribe?", pergunta Urquiza.Para comprová-lo,cientificamente, o Instituto de Meteorologia está realizando um estudo sobre o comportamento dos furacões em Cuba durante os últimos 100 anos. Estes fenômenos "têm uma componente atmosférico de grande importância que é necessário validar cientificamente, assim, entretanto, preferimos falar de intensificação da variabilidade climática, antes de atribuí-la às alterações climáticas."
Algumas evidências mostradas pelo uso do LADA é que as áreas secas da ilha estão se tornando mais secas, as temperaturas têm aumentado e os recursos hídricos estão mais poluídos.
Este último, de acordo com Urquiza, cria problemas na disponibilidade de água ,” pois se estiverem contaminadas não podem ser usadas, é como se não existissem" .
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