Lugo: O fascismo “é como o camaleão, toma várias formas para infiltrar-se”
Segundo Lugo o imperialismo norteamericano, portador e forjador do fascismo latinoamericano deu um golpe criminoso contra a democracia e ao projeto social de Salvador Allende.
Lugo comentou que o fascismo é na realidade o filho bastardo do capitalismo. O fascismo não pode ser entendido fora do capitalismo e de suas crises históricas.
Fernando Lugo afirmou ainda que “para os EE UU e as oligarquias locais é de importancia capital reapropiar-se dos Estados latinoamericanos, remodelá-los e construir-los sobre a derrota política, militar e ideológica dos movimentos populares e partidos de esquerda".
Lugo: o neofascismo não dá golpes militares, sim econômicos
Lugo que se encontra em Caracas participando do I Encontro Internacional Antifascista afirmou que neofascismo não tem a expressão militar que o caracterizou na velha Europa, mas que agora se abriga em grupos econômicos que comandam golpes de Estado executados por fatores políticos a seu serviço. Tudo, com o objetivo de restaurar o modelo neoliberal fracassado.Citou o caso do Paraguay, país no qual se levou a cabo um julgamento parlamentar que o destituiu em 2012 para ser sucedido por um presidente do Partido Colorado, organização política composta por latifundiários e oligarquias locais.
Segundo Lugo “a característica essencial é que não ha tomada do poder por forças militares, mas fatores políticos comandandos por grupos económicos”.É o que se vê hoje no Brasil,quando setores fascistas se infiltram nas manifestações de rua para mudar o tom das reivindicações.
O ex-presidente paraguaio disse que no Paraguay se instaura a visão econômica conservadora de um modelo “com bases políticas e econômicas aliados as Estados Unidos e hostis aos projetos de soberanía e independencia”.
O neofascismo tem como projeto o achatamento do Estado para privatizar a energía, reduzir o invesimento social e com isto fomentar desigualdades logo promovidas com conceitos como “meritocracia”, “unidade nacional”, “harmonía de classes”,bem como com a defesa da repressão aos que se opõem ao seu projeto.
Por isso se mimetizam, se infiltram em organizações de "esquerda" e até mudam o discurso.
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