quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
EVO CHAMA DE TERRORISMO AS SANÇÕES DOS EUA
O presidente da Bolivia, Evo Morales, qualificou de “terrorismo econômico” os embargos e bloqueios econômicos impostos pelos Estados Unidos e outros países ocidentais contra alguns Estados do mundo.
“As pressões e sanções econômicas são utilizadas como terrorismo econômico, porque fracassam em tentar golpes militares e outras formas de golpes, que tem sofrido todos os países nestes anos recentes”, afirmou Morales numa entrevista publicada no diario mexicano ´La Jornada´.
Denunciou também que a recente queda do preço do petróleo é uma conspiração estadounidense que tem como objetivo desestabilizar as economías da Venezuela e da Rússia.
Além disso, insistiu na necessidade de impulsionar a unidade entre os países latinoamericanos para encarar a “ofensiva” de Estados Unidos contra a região.
A juízo de Morales, esta ofensiva inclui a chamada guerra contra o narcotráfico aplicada por Washington e que utiliza contra dirigentes populares de América Latina.
Os EUA. “deve entender que já não somos parte dessa divisão imperial que eles tinha com nós. Isso terminou e agora, quando fazem terrorismo econômico contra os países, não há medo nas lideranças”, reiterou o mandatario boliviano.
Por último, o chefe de Estado boliviano advogou pelo fortalecimento da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) como o grupo de integração com maior definição política, ideológica e antimperialista que pode satisfazer as necessidades dos povos latinos.
Fonte:HispanTV
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
A GUERRA DOS EUA CONTRA AS DROGAS É UMA CORTINA DE FUMAÇA
O presidente da Bolívia, Evo
Morales, condenou a "criação de modelos fracassados do livre mercado
" como a que tem afetado alguns países da região, e defendeu a necessidade
de implementar uma unidade sólida que ultrapasse todas as diversidades ante a
ofensiva dos EUA , o que certamente pretende
" avançar sobre nós."
Em declarações ao jornal La
Jornada, durante a recente cúpula do Mercado Comum do Sul em Paraná, Entre
Rios, Argentina, argumentou que a guerra contra as drogas é uma outra maneira para
que os Estados Unidos entre nos países e a use para agir
contra líderes populares, contra os povos da região. "Deve entender (os
Estados Unidos), que já não somos mais parte desse negócio imperial que tiveram
com a gente. Isso terminou e agora, quando fazem terrorismo econômico aos
países, não há medo nas lideranças. O tempo destes medos se findou, terminou. Com
sua guerra contra as drogas, que lidam com fins geopolíticos e agora tratam de
acusar os governos e terminá-los dessa forma. A mim, inclusive, me chamaram de Bin Laden andino e nos acusaram de terroristas
e narcotraficantes , quando o primeiro país que impulsiona e favorece o tráfico de drogas é os Estados
Unidos.
"O grande negócio do
capitalismo
"A droga parece ser o
grande negócio do sistema capitalista. Um país tão desenvolvido, com tanta
tecnologia, o que mais consome drogas : como não é capaz de controlar o tráfico
de drogas? Como antes mandavam
assassinar líderes políticos ou sociais e os acusavam de comunistas, de vermelhos, ou derrubavam governos
que não controlavam, agora aos presidentes e aos povos anti-imperialistas os acusam
de narcotraficantes, de terroristas. Penso que o país que impulsiona o comércio de drogas
é o EUA, um grande negócio; é o maior negócio ilegal do sistema
capitalista ", explicou Evo Morales.
Há algum tempo, o presidente
Morales denuncia esta situação perante o mundo e argumenta que "quando eles
terminem com esse mercado (das drogas), não
haverá os que desviem a coca transformada em cocaína. Não estão interessados em acabar com o
tráfico de drogas, mas com os nossos agricultores, nossos povos . Essa é a
diferença real entre nós. "
Também Morales, ao condenar
as sanções impostas à Venezuela (a entrevista foi realizada antes da
confirmação deste fato) por violação dos direitos humanos, disse que "os
mesmos países que estão reconhecendo os
crimes cometidos por seus soldados querem punir a Venezuela para se defender. Nós não os vamos aceitar na América
Latina. "
Criticou duramente que os Estados Unidos continue ", como se
nada tivesse acontecido", com sua política de agressão.
Reiterou que a redução no
preço do petróleo causada pelos Estados
Unidos visa atacar economicamente a Venezuela e a Rússia. Considerou que as pressões e sanções
econômicas são usadas como terrorismo econômico, porque eles não conseguem implementar
golpes militares e outras formas de golpes, que sofreram todos os países nestes
últimos anos.
" Esquecem que estamos
em tempos de integração e unidade da América Latina e que esta integração é um
processo libertador", disse Evo Morales.
O presidente participou da
Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da América Latina e do Caribe
(Alba), realizada em Havana, Cuba, antes de sua viagem a Entre Rios.
Considerou a ALBA "o
grupo de integração com maior definição político ideológica e anti-imperialista,
respondendo ao pensamento e à necessidade dos povos. A Rússia quer fazer
parte da Alba; isso seria um problema para os Estados Unidos. China e Rússia
oferecem toda a sua cooperação ".
Reflexionou, também, sobre o
que acontece no continente, em que "conseguimos libertar-nos
politicamente, que é uma maneira de libertar-nos economicamente e decidir
nossos destinos. Eles queriam nos dominar politicamente para nos roubar, mas
isso terminou, mudou. Queriam nos dividir e dominar. E nós estamos cada vez
mais unidos e não dependemos, agora das
decisões políticas que vêm do Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional,
mas têm outras novas formas de tentar nos dominar, com provocações, agressões,
como o que está acontecendo agora com a Venezuela, ou na Argentina, com estes
fundos abutres, que ameaçam com embargos, ainda. Mas há reações em nossos povos
e nos solidarizamos com os nossos
irmãos. Deve ser uma solidariedade ativa.
"O que mais é
necessário para lidar com estas situações?
-Todos estamos ameaçados: a
Alba, os outros processos de integração. Os Estados Unidos fracassaram na
maioria dos golpes que tentaram, em sua conspiração contra os verdadeiros
democratas. Agora estão com suas
conspirações econômicas, com essas organizações não governamentais que
trabalham todos os dias contra os nossos governos. Na Bolívia expulsamos aqueles
que estavam trabalhando para nos dividir, nos derrotar até nos matar. E na Bolívia pensamos que
quando há provocação política, econômica ou militar, os governos nunca os pode enfrentar sozinhos, e por isso o mais importante da consciência dos nossos
povos. Não há nada que um homem, um governo só pode fazer. Pedimos a participação
do povo, a inclusão dos que representam os movimentos sociais, que são
organizações dos povos. Se não fosse assim, não seria uma democracia
participativa, e isso é o que dizemos a
todos para não ser ambiciosos. Alguns políticos e setores continuam a acreditar
em si mesmos e não nos outros, em todos,
no país. Isso também tem que mudar.
Fonte: La Jornada
AS PROFECIAS DE FIDEL...
DISCURSO HISTÓRICO DE FIDEL
Fidel Castro Ruz
Embora, formalmente, melhorem
um dia as relações entre Cuba socialista e o império, não por isso cessaria o
império em sua ideia de esmagar a Revolução Cubana, e não o esconde, explicam seus teóricos , os defensores da filosofia do império . Há alguns que dizem
que é melhor fazer certas mudanças na política em relação a Cuba para
penetrá-la, para enfraquece-la, para destruí-la, se possível, até mesmo de
forma pacífica; e outros que pensam que quanto mais beligerante contra Cuba,
mais ativa e eficaz será Cuba nas suas lutas
no cenário da América Latina e no mundo. Então, alguma coisa tem de ser a
essência do pensamento revolucionário cubano, algo deve ser absolutamente claro
na consciência do nosso povo, que tem tido o privilégio de ser o primeiro
nestes caminhos, e tem a consciência de
que nós nunca poderemos , enquanto exista o Império ,baixar a guarda, negligenciar a defesa (aplausos).
Digo isso porque talvez
alguns possam perguntar se não seria melhor gastar as energias, esses esforços
e esses recursos para a construção do socialismo, o desenvolvimento do país, respondo e qualquer um pode responder que sim,
que seria melhor gastar esses fundos , essas energias e os recursos para o desenvolvimento
do país, porém não deixaria de ser mais
que uma ilusão, uma grave ilusão, uma criminosa
ilusão , porque esse é o preço que tem que pagar o nosso povo por sua
revolução, por sua liberdade, por sua independência, pelos seus direitos mais
sagrados; é o preço que, inclusive, ao longo da história tiveram de pagar
muitos povos pelo seu direito de existir. E, neste caso, não só existem, mas sim
existem por algo e para algo.
Não podemos ignorar as
realidades, e não acho que possa jamais perdoar o nosso povo, nem poderia deixar de
pagar um preço muito alto e fatal, se algum dia se esquecer desta realidade. E não é que estamos
pessimistas, somos simplesmente realistas;
não é que somos contra a paz e distenção; não é que somos contra a coexistência
pacífica entre diferentes sistemas políticos e sócio- econômicos, é que somos e
temos de simplesmente ser realistas, e realismo nos diz que enquanto exista o
império e, enquanto exista um povo digno nesta ilha, um povo revolucionário
nesta ilha, haverá perigo para o nosso país, a não ser que um dia nos rebaixemos
tanto ou sejamos tão indignos como para renunciar a nossa independência, a nossa
liberdade, os nossos mais sagrados e
belos direitos (aplausos e gritos de "Não " e de " Fidel, Fidel
", e ainda: " Fidel, seguro, aos ianques dá-lhes duro "!).
Discurso no ato pelo XXXII Aniversário do Desembarque do Granma,
fundação das Forças Armadas Revolucionárias e proclamação da "Lista para a defesa na primeira
etapa", Cidade de Havana, 05 de dezembro de 1988, na Praça da Revolução
"José Martí".
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
O IMPÉRIO AMARICANO MATA SEUS FILHOS " HERÓIS"
NOTICIAS DA MÍDIA DE ALUGUEL
"Combustível da insensatez
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014 – 8:51 hs
O Brasil tem muito petróleo e a inteligência para governar é inesgotável. É só tirar Graça Foster da presidência da Petrobras
Gabriel Garcia
O Brasil só tem dois patrimônios: Pelé e a Petrobras. Antes do Natal, o Rei do Futebol e a estatal estavam na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Pelé saiu, graças à equipe do Albert Einstein e a um eficiente plano de gestão de crise, que exagerou na dose, chegando a mostrar o craque tocando violão no hospital.
A Petrobras vai virar o ano em coma induzido. Há 90 dias sangra em praça pública: perda, pela metade, de valor de mercado e de credibilidade, falta de expectativa de reação e presença excessiva nas páginas policiais – sem falar nos problemas financeiros, na queda do preço do produto que vende, na imagem internacional em frangalhos; no futuro para lá de incerto. Tudo é ruína no prédio da Avenida República do Chile, nº 65, no Rio de Janeiro."
O texto acima faze parte do contexto midiático mafioso; da mídia comprada, a serviço das industrias petrolíferas interessadas em desmoralizar, desgastar a nossa Petrobrás, para depois PRIVATIZÁ-LA. Esses canalhas não conseguirão o que querem!
Gabriel Garcia
O Brasil só tem dois patrimônios: Pelé e a Petrobras. Antes do Natal, o Rei do Futebol e a estatal estavam na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Pelé saiu, graças à equipe do Albert Einstein e a um eficiente plano de gestão de crise, que exagerou na dose, chegando a mostrar o craque tocando violão no hospital.
A Petrobras vai virar o ano em coma induzido. Há 90 dias sangra em praça pública: perda, pela metade, de valor de mercado e de credibilidade, falta de expectativa de reação e presença excessiva nas páginas policiais – sem falar nos problemas financeiros, na queda do preço do produto que vende, na imagem internacional em frangalhos; no futuro para lá de incerto. Tudo é ruína no prédio da Avenida República do Chile, nº 65, no Rio de Janeiro."
O texto acima faze parte do contexto midiático mafioso; da mídia comprada, a serviço das industrias petrolíferas interessadas em desmoralizar, desgastar a nossa Petrobrás, para depois PRIVATIZÁ-LA. Esses canalhas não conseguirão o que querem!
POR QUE ERA IMPORTANTE PARA CASA BRANCA ELIMINAR O CHÊ
Publicado el 28/12/14 • en el tema EL MUNDO EN CRISIS
FEDERICO STRIFEZZO / PERFIL.COM – “Se cumplieron los 11 meses de nuestra inauguración guerrillera sin complicaciones, bucólicamente”. Con estas palabras, escritas el 7 de octubre, el Che Guevara comienza la última entrada de su diario de Bolivia. Al día siguiente, el grupo guerrillero que comandaba sería emboscado por tropas bolivianas en la Quebrada del Churo. Durante el combate, el Che recibió el impacto de una bala en su pierna izquierda y cayó preso. Finalmente, el 9 de octubre, siguiendo instrucciones del gobierno boliviano, de la CIA y de Washington, fue asesinado en una pequeña escuela de la localidad de La Higuera.
Cuarenta y siete años más tarde, con la publicación de ¿Quién mató al Che? Cómo logró la CIA desligarse del asesinato, los abogados norteamericanos Michael Steven Smith y Michael Ratner demuestran que fue la CIA la que mató al Che y lo hacen a partir de documentos desclasificados que obtuvieron gracias a la Ley de Libertad de Información que rige en los EE.UU.
En diálogo con Perfil, Michael Steven Smith, abogado y miembro del Center for Constitutional Rights, cuenta cómo se orquestaron los hechos ocurridos entre el 8 y el 9 de octubre de 1967 y señala que la CIA es “una organización que comete asesinatos sin responder a ningún tipo de legislación”.
—¿Quién mató al Che?
—A pesar de que fue el sargento boliviano Mario Terán el que le disparó balas norteamericanas al Che, la pregunta que debemos responder es quién dio la orden. Durante muchos años se sospechó que la CIA había asesinado al Che. Sin embargo, no podíamos demostrarlo. Ahora, con la publicación de este libro y los documentos que pudimos obtener, podemos afirmar sin ninguna duda que fue la CIA la que mató al Che operando a través del gobierno “títere” del general Barrientos.
—¿De qué manera operó la CIA antes y durante el 8 y el 9 de octubre de 1967?
—El Che Guevara fue capturado por una unidad del ejército boliviano entrenada por los Estados Unidos que tenía un servicio de inteligencia a cargo de dos agentes de la CIA: Gustavo Villoldo y Felix Rodriguez. Luego de que el Che fuera herido, desarmado y capturado, Felix Rodriguez se contactó con los generales de La Paz que le transmitieron la orden de ejecutarlo. Sin embargo, había un acuerdo previo entre la CIA y René Barrientos según el cual, en caso de ser capturado, el Che debía ser ejecutado. Otro detalle no menor es que junto al cuerpo ya sin vida del Che está parado Gustavo Villoldo, es decir el principal hombre de la CIA en Bolivia y quien acordó con Barrientos su muerte.
—El 10 de octubre, un responsable del Consejo de Seguridad Nacional escribió una carta en la que informaba que no era seguro que el Che estuviera muerto. Esto, a pesar de que en La Higuera había personal de la CIA. ¿Cómo explica esta supuesta desconexión entre la CIA y Washington?
—En ese entonces, la CIA no quería que la Casa Blanca conociera sus actividades. El propio Richard Helms, director de la CIA en aquel entonces, dijo que nunca le habían informado al presidente sobre las actividades delictivas de la agencia ya que no querían ponerlo en una situación embarazosa.
—¿Qué es la negación plausible y qué rol cumple en esta historia?
—La historia de la “negación plausible”, que es un término orwelliano para justificar la mentira y encubrir el quebrantamiento de la ley, se retrotrae a 1948, un año después de la creación de la CIA, cuando el Consejo de Seguridad Nacional aprobó una directiva secreta, la NSC 10/2, que transformó a la CIA en una organización paramilitar. Dado que gran parte de sus acciones eran ilegales, era necesario crear excusas. En el caso del asesinato del Che, lo que hicieron fue responsabilizar al gobierno boliviano. Pero esto es curioso porque el gobierno boliviano era una criatura de los Estados Unidos.
—¿Por qué creen que la muerte del Che fue un asesinato a sangre fría y que se trató de un crimen de guerra?
—Según la ley estadounidense y la ley internacional, matar a un prisionero de guerra, y esto incluye a un guerrillero, es un crimen, un asesinato. No hay ningún tipo de prescripción de derechos en cuanto a un prisionero de guerra. Todos aquellos que ordenaron o encubrieron el asesinato del Che son igualmente culpables. Sin embargo, Gustavo Villoldo y Felix Rodriguez viven hoy en Miami. Los dos tienen una buena vida gracias a las jubilaciones que les paga el pueblo estadounidense con sus impuestos. Si Estados Unidos fuera una Nación que estuviera bajo el imperio de la ley, estos hombres deberían ser llevados a la Justicia.
—¿Por qué era importante para la Casa Blanca deshacerse del Che?
—El gobierno estadounidense estaba aterrado frente a la posibilidad de que la Revolución Cubana se expandiera por América. Este ejemplo era en esencia el de un pueblo tomando control de sus propios recursos. Temían que la cordillera de los Andes se convirtiera en una nueva Sierra Maestra que llevara la revolución a Argentina, a Chile y a otros países. Ellos sabían que cualquier actividad revolucionaria debía ser arrancada desde
el tallo.
—En el libro se muestra cómo EE.UU. le hizo creer al mundo que fue el gobierno boliviano el que asesinó al Che. ¿Qué rol cumplen los medios de comunicación en este contexto?
—Los medios de comunicación amplifican las mentiras del gobierno de EE.UU. e intentan darles credibilidad a partir de la doctrina del jefe de propaganda nazi, Joseph Goebbels, quien decía que una mentira podía transformarse en verdad si era lo suficientemente grande y se repetía una y otra vez.
Cuarenta y siete años más tarde, con la publicación de ¿Quién mató al Che? Cómo logró la CIA desligarse del asesinato, los abogados norteamericanos Michael Steven Smith y Michael Ratner demuestran que fue la CIA la que mató al Che y lo hacen a partir de documentos desclasificados que obtuvieron gracias a la Ley de Libertad de Información que rige en los EE.UU.
En diálogo con Perfil, Michael Steven Smith, abogado y miembro del Center for Constitutional Rights, cuenta cómo se orquestaron los hechos ocurridos entre el 8 y el 9 de octubre de 1967 y señala que la CIA es “una organización que comete asesinatos sin responder a ningún tipo de legislación”.
—¿Quién mató al Che?
—A pesar de que fue el sargento boliviano Mario Terán el que le disparó balas norteamericanas al Che, la pregunta que debemos responder es quién dio la orden. Durante muchos años se sospechó que la CIA había asesinado al Che. Sin embargo, no podíamos demostrarlo. Ahora, con la publicación de este libro y los documentos que pudimos obtener, podemos afirmar sin ninguna duda que fue la CIA la que mató al Che operando a través del gobierno “títere” del general Barrientos.
—¿De qué manera operó la CIA antes y durante el 8 y el 9 de octubre de 1967?
—El Che Guevara fue capturado por una unidad del ejército boliviano entrenada por los Estados Unidos que tenía un servicio de inteligencia a cargo de dos agentes de la CIA: Gustavo Villoldo y Felix Rodriguez. Luego de que el Che fuera herido, desarmado y capturado, Felix Rodriguez se contactó con los generales de La Paz que le transmitieron la orden de ejecutarlo. Sin embargo, había un acuerdo previo entre la CIA y René Barrientos según el cual, en caso de ser capturado, el Che debía ser ejecutado. Otro detalle no menor es que junto al cuerpo ya sin vida del Che está parado Gustavo Villoldo, es decir el principal hombre de la CIA en Bolivia y quien acordó con Barrientos su muerte.
—El 10 de octubre, un responsable del Consejo de Seguridad Nacional escribió una carta en la que informaba que no era seguro que el Che estuviera muerto. Esto, a pesar de que en La Higuera había personal de la CIA. ¿Cómo explica esta supuesta desconexión entre la CIA y Washington?
—En ese entonces, la CIA no quería que la Casa Blanca conociera sus actividades. El propio Richard Helms, director de la CIA en aquel entonces, dijo que nunca le habían informado al presidente sobre las actividades delictivas de la agencia ya que no querían ponerlo en una situación embarazosa.
—¿Qué es la negación plausible y qué rol cumple en esta historia?
—La historia de la “negación plausible”, que es un término orwelliano para justificar la mentira y encubrir el quebrantamiento de la ley, se retrotrae a 1948, un año después de la creación de la CIA, cuando el Consejo de Seguridad Nacional aprobó una directiva secreta, la NSC 10/2, que transformó a la CIA en una organización paramilitar. Dado que gran parte de sus acciones eran ilegales, era necesario crear excusas. En el caso del asesinato del Che, lo que hicieron fue responsabilizar al gobierno boliviano. Pero esto es curioso porque el gobierno boliviano era una criatura de los Estados Unidos.
—¿Por qué creen que la muerte del Che fue un asesinato a sangre fría y que se trató de un crimen de guerra?
—Según la ley estadounidense y la ley internacional, matar a un prisionero de guerra, y esto incluye a un guerrillero, es un crimen, un asesinato. No hay ningún tipo de prescripción de derechos en cuanto a un prisionero de guerra. Todos aquellos que ordenaron o encubrieron el asesinato del Che son igualmente culpables. Sin embargo, Gustavo Villoldo y Felix Rodriguez viven hoy en Miami. Los dos tienen una buena vida gracias a las jubilaciones que les paga el pueblo estadounidense con sus impuestos. Si Estados Unidos fuera una Nación que estuviera bajo el imperio de la ley, estos hombres deberían ser llevados a la Justicia.
—¿Por qué era importante para la Casa Blanca deshacerse del Che?
—El gobierno estadounidense estaba aterrado frente a la posibilidad de que la Revolución Cubana se expandiera por América. Este ejemplo era en esencia el de un pueblo tomando control de sus propios recursos. Temían que la cordillera de los Andes se convirtiera en una nueva Sierra Maestra que llevara la revolución a Argentina, a Chile y a otros países. Ellos sabían que cualquier actividad revolucionaria debía ser arrancada desde
el tallo.
—En el libro se muestra cómo EE.UU. le hizo creer al mundo que fue el gobierno boliviano el que asesinó al Che. ¿Qué rol cumplen los medios de comunicación en este contexto?
—Los medios de comunicación amplifican las mentiras del gobierno de EE.UU. e intentan darles credibilidad a partir de la doctrina del jefe de propaganda nazi, Joseph Goebbels, quien decía que una mentira podía transformarse en verdad si era lo suficientemente grande y se repetía una y otra vez.
A LINGUAGEM DA TORTURA
ROBERT FISK / PAGINA 12 / REBELION – Gracias a Dios por Noam Chomsky. No por su vida de denunciar ataques sobre nuestra hipocresía política, sino por su lingüística. Mucho antes de que yo lo conociera, el Fisk estudiante trabajaba en su curso de lingüística de la universidad, donde el trabajo de Chomsky fue el que primero me alertó sobre el peligroso uso del idioma. Condenó la semántica vil del Pentágono y de la CIA. No sólo la obscena frase “daños colaterales”, sino el lenguaje de la tortura.
O, como los muchachos que torturan en nuestro nombre lo llaman, “técnicas de interrogatorio mejoradas”. Echemos un vistazo más de cerca a eso. “Mejorado” es una palabra que sugiere algo mejor, más culto, incluso menos costoso. Por ejemplo, “medicina mejorada” presumiblemente implica una forma más racional de mejorar tu salud. Al igual que “la escolarización mejorada” podría sugerir una educación más valiosa para un niño. “Interrogatorio” por lo menos insinúa que se trata todo esto. Hacer preguntas y obtener, o no, una respuesta. Pero “técnicas” les gana a todas. Una técnica es una habilidad técnica, ¿no es así? Por lo general, me dice mi diccionario, en la obra artística.
Por lo tanto, los que llevan a cabo los “interrogatorios” tienen habilidades especiales –que implica capacitación, trabajo aprendido, el producto del cerebro–. Que supongo, en cierto modo, es de lo que trata la tortura. No es simplemente la forma en que normalmente yo describiría el proceso de golpear a la gente contra las paredes, ahogándolas en agua e introduciendo hummus por el recto. Pero en caso de que eso sea demasiado gráfico, los muchachos y muchachas de prensa de Estados Unidos llegaron a referirse a ello en una forma familiar. Todo el proceso de “técnicas de interrogación mejoradas” se llama ahora EIT. Al igual que las armas de destrucción masiva (las llamadas WMD) –otra mentira en nuestro vocabulario político– todo el sucio asunto está envuelto en una abreviatura de tres letras.
Y luego nos enteramos de que todo esto es parte de un “programa”. Algo cuidadosamente planeado, un programa, una actuación, debidamente aprobado, incluso teatral. Mi viejo y fiel American College Dictionary incluso define “programa” como “un entretenimiento con referencia a sus piezas o números”, que es lo que supongo que los psicópatas en la CIA estaban disfrutando frente a sus víctimas. Atenlo, con trapos sobre el rostro, viertan el agua, no demasiadas burbujas por favor. Ah, bueno, golpéenlo contra la pared. Un programa por cierto.
Dick “Lado Oscuro” Cheney usó la palabra “programa” cuando condenó el informe del Senado estadounidense sobre torturas de la CIA. Curiosamente, sin embargo, su descripción del documento como “lleno de mierda” contenía un efecto secundario no deseado del proceso que aplaudía. Para aquellos que bajo tortura suelen orinarse y defecar y, como sabemos por los que sufrieron estos “programas”, la CIA a menudo deja a sus víctimas paradas desnudas, lo cual hizo que las víctimas se defecaran sobre ellas mismas. Cheney quiere que creamos, por supuesto, que estos pobres hombres obtuvieron información importante de las viles criaturas que los estaban torturando. Eso es exactamente lo que las inquisiciones medievales descubrieron cuando acusaron a los inocentes de brujería. Las víctimas admitieron que habían volado por los aires. Tal vez eso es lo que Khalid Sheikh Mohammed, después de ser sometido al submarino 183 veces, les dijo a sus torturadores de la CIA. Que podía volar por el aire. Un avión humano terrorista. Supongo que debe ser el tipo de “información vital” que Cheney afirma que las víctimas le dieron a la CIA.
Por supuesto, se dejó al director de la CIA, John Brennan, que tal vez sintiera la respiración en su nuca de algunos abogados de derechos humanos, decir que algunas de las “técnicas” –sí, esa es la palabra que utilizó– no estaban no autorizadas y eran “abominables”. Y así hábilmente presentó una nueva versión de los crímenes de la CIA. AIT –Abominables Técnicas de Tortura– “debe ser repudiadas por todos” –pero no, al parecer, las buenas EIT–. Como dijo Cheney, la tortura era “algo que cuidadosamente evitamos”. Tomo nota de las palabras “cuidadosamente”. Y me estremezco.
El bueno de Brennan nos dijo que “nos quedamos cortos cuando se trató de responsabilizar a algunos oficiales”. Pero es perfectamente claro que los torturadores –u “oficiales”– no van a ser considerados responsables. Tampoco lo es Brennan. Tampoco Dick Cheney. Y tampoco, me atrevo a mencionar esto, son los regímenes árabes donde la CIA consideraba que aquellas víctimas que merecen un trato aún más vil que el que podían dispensar en sus propias prisiones secretas. Un pobre chico, Maher Arar, ciudadano canadiense, un conductor de camiones incautados por la CIA en el aeropuerto JFK de Nueva York, partió a Siria para recibir un poco de AIT –no EIT, que quede claro– a petición de los estadounidenses. Metido en un agujero poco más grande que un ataúd, su primer contacto diario con AIT era la picana.
Así Cheney y sus muchachos satisfacían su sadismo, hasta el punto en que esas “técnicas de interrogatorio” ahora indignan tanto a Occidente que se está pidiendo el derrocamiento del régimen sirio (junto con el derrocamiento de Isis y Jabhat al-Nusra), a favor de los “moderados” recientemente armados que, supuestamente, participan sólo en EIT no en AIT.
Pero como mi colega periodista Rami Khouri señaló, los 54 países del “programa” de la CIA de entregas incluyen Argelia, Egipto, Irán, Irak, Jordania, Marruecos, Arabia Saudita, Siria, Turquía, los Emiratos Arabes Unidos y Yemen. Usted puede agregar la Libia de Khadafi a esa lista. De hecho, la policía secreta italiana incluso ayudó a la CIA a secuestrar a un imán en las calles de Milán y mandarlo a El Cairo por un poco de AIT a manos de los interrogadores de Mubarak. Lo que probablemente explica por qué el mundo árabe y musulmán estuvo un poco tranquilo desde que el informe del Senado fue publicado la semana pasada.
* De The Independent de Gran Bretaña. Especial para Página/12CUBA E A JOGADA DE OBAMA
O que leva um desacreditado presidente dos EUA a negociar com Cuba, na fase final do seu segundo mandato, a troca dos últimos 3 heróis ainda presos nos EUA por alguns espiões norte-americanos, a acordar uma futura troca de embaixadores em substituição dos atuais escritórios de interesses e a comprometer-se a dar passos para o levantamento do criminoso bloqueio que há mais de 52 anos os EUA impõem ilegitimamente a Cuba?
Não se pode esquecer que, apesar de ter uma maior capacidade intelectual diferente da do seu antecessor, George W. Bush, e de apresentar um discurso fluente, bem elaborado e ritmado, Barack Obama apresenta a mesma mentalidade imperial, e a crença fundada na fé que os EUA são o Estado eleito, pelo que podem intervir sempre que «os [nossos] interesses básicos o exigirem, quando o [nosso] povo for ameaçado, quando os [nossos] modos de vida estiverem em jogo, quando a segurança dos [nossos] aliados estiver em perigo», como ele próprio afirmou aos jovens oficiais saídos da Academia de West Point em 28 de Maio último.
É cedo para tirar conclusões.
Quem poderá hoje avaliar o efeito da multiplicação explosiva de turistas americanos em Cuba, por exemplo?
E como afirmou Raúl Castro fica por resolver o principal obstáculo à normalização das relações entre os dois países: o levantamento do bloqueio comercial, econômico e financeiro a Cuba, que os EUA mantêm ilegal e ilegitimamente há mais de 52 anos, mas também a revogação da Lei de Ajuste Cubano, da Lei Torricelli e da Lei Helms Burton, sem o que o bloqueio não é verdadeiramente levantado.
Estes fatos e a nova realidade, no entanto, não podem apagar a importância do que já foi acordado nem, principalmente, o grande mérito de Fidel Castro que, perante a incredulidade e a descrença de quase todos, em Setembro de 1998, profetizou em jeito de promessa: «Voltarão»!
Os Editores de odiario.infoMARX E A FABULA DO ESCORPIÃO
Conta uma velha fábula que o
escorpião pediu à rã para ajudá-lo a
atravessar um rio. No meio da travessia cravou-lhe no dorso o seu ferrão,
dizendo enquanto ambos se afogavam: «Que queres?, eu não posso fugir à minha
natureza».
O capitalismo, instalado nas
costas do mundo, está fazendo como o escorpião da fábula: Que querem? Ele não
pode fugir à sua natureza…
Marx e Engels, no seu
«Manifesto do Partido Comunista», essa obra que marcou a nossa época, já
apontavam a natureza maléfica do capitalismo:
A burguesia – dizia o Manifesto – «é incapaz
de assegurar ao seu escravo (o assalariado) a própria existência no quadro da
escravidão, porque é obrigada a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de
ser ela a alimentá-lo em vez de ser alimentada por ele». A sua dominação –
concluía – «já não é compatível com a sociedade».
Basta um mergulho na
história do capitalismo para lhe sentir a natureza exploradora, farejadora de
lucros, com o internacionalismo latente, permanente e determinado de ladrão
profissional.
O capital não possui
qualquer ideal que vise o bem-estar da sociedade. Nos dias de hoje, como se
está vendo, a sua principal produção é a pobreza.
Desde o século XVI ele é o
grande roubador da riqueza feita de atividade humana. Roubando trabalho e
ideias, que também são trabalho.
Faz promessas eufóricas a
quem aceite obedientemente a sua natureza: explorar para uns poucos privilegiados;
ser explorador para a esmagadora maioria produtora do trabalho real que faz
mover o mundo.
Obviamente, o capital
concentra no socialismo o alvo preferencial da sua raiva, promovendo com ódio
campanhas anticomunistas, que pretende utilizar como vacina pelo terror,
caluniando-o como ideia utópica de sonhadores loucos, levada à prática por
ditadores cruéis.
Campanha que abocanhou
raivosamente a experiência breve de construção do socialismo em menos de um
século, enquanto o capitalismo, após quatro séculos de dominação arrasta o
mundo para o seu afogamento: o que querem, ele não pode fugir à sua natureza...
Que o nosso mundo não se
resigne a ser a rã transportando docilmente no seu dorso o escorpião
capitalista.
domingo, 28 de dezembro de 2014
OTAN: UM TIGRE DE PAPEL
por Alexander Zapolskis
A expressão chinesa "tigre de papel" significa algo que parece forte mas realmente é fraco.
Recordei-me disso quando li a análise comparativa das capacidades militares da OTAN e da Rússia feitas pela rede polaca TVN24.
No papel, a OTAN comparada à Rússia é como um elefante comparado com uma pulga. Tome-se por exemplo os orçamentos militares: a aliança gasta US$950 mil milhões por ano, enquanto a Rússia gasta menos de US$90 mil milhões.
Ou a força numérica total das forças armadas: 3,5 milhões de pessoal da OTAN contra 766 mil da Rússia. A aliança do Norte Atlântica parece superior à Rússia em todas as contagens. Mas será realmente o caso? Afinal de contas, no papel, em Fevereiro de 2014 o exército da Ucrânia era o sexto maior do mundo em mão-de-obra e equipamento.
E ainda assim foi derrotado pelas forças de auto-defesa de Donetsk, comandadas por músicos, trabalhadores de escritório e até um fã de reencenações históricas ( historical reenactment ).
Mas se se tomarem todos os indicadores chave das forças armadas da OTAN e listá-los num gráfico, o quadro parece algo diferente. À primeira vista, parece muito bem. Há 28 países no bloco com uma população total de 888 milhões de pessoas. Eles têm 3,9 milhões de soldados entre sim, mais de 6.000 aviões de guerra, cerca de 3.600 helicópteros, 17.800 tanques, 62.600 veículos de combate blindados (VCBs), 15.000 peças de artilharia, 16.000 morteiros, 2.600 sistemas de lançamento múltiplo e 302 navios de guerra (todas as grandes classes, incluindo submarinos). O truque, contudo, é que isto inclui mais do que apenas a OTAN. Há aqui alguma contagem enganosa.
Tome-se a França, por exemplo. Suas forças armadas são muitas vezes acrescentadas ao total, apesar do facto de que o país abandonou a estrutura militar da OTAN há muito tempo e, mesmo no cenário mais favorável, somente alugaria um par de corpos esqueléticos.
Isto reduz imediatamente os números totais em 64 milhões de pessoas, 654.000 em pessoal, 637 tanques, 6.400 veículos de combate blindados e assim por diante. Não parece muito.
Mesmo sem as 600 armas francesas, a OTAN ainda tem 14.000. Mas isso só é verdade se se ignorar o facto de que a maior parte destas armas estão inactivadas e localizadas em instalações de armazenagem. A Ucrânia tem mais de 2.500 tanques de vários tipos. Mas chegado o momento da guerra, verificou-se que cerca de 600 estavam prontos para combate e mais uns tantos podiam ser activados num espaço de tempo relativamente curto. Os tanques remanescentes eram inúteis.
Espero que a Alemanha (858 tanques de batalha de 2.002 veículos de combate blindados) e a Espanha (456 tanques e 1.102 VCBs) tomem mais cuidado com o seu equipamento em armazém, mas mesmo isso não mudaria muito.
Tomando tudo em conjunto, os números são gritantes. No papel, a OTAN tem 55.600 (62.000 menos os 6.400 da França) VCBs de vários tipos, incluindo 25.300 veículos estado-unidenses, dos quais 20.000 estão em armazém há longo tempo. A seguir, verifica-se que o maior número de "reservas" VCB – 11.500 – está concentrado em países que têm forças armadas com menos de 100.000 homens. Por exemplo: a Bulgária tem uma força de 34.970 e herdou 362 tanques e 1.596 VCBs do Pacto de Varsóvia. Assim, praticamente todos eles estão em armazém.
A situação na República Checa é basicamente a mesma. No papel, ela tem um exército de 17.930 homens, com 175 tanques e 1.013 VCBs. Em suma, mesmo sem entrar em complicações de logística, peças sobressalentes e as óbvias dificuldades de ter reservistas do Reino Unidos a operarem tanques T-72 de fabrico soviético, verifica-se que praticamente todos os números de veículos blindados e artilharia podem ser facilmente divididos por quatro.
Isto deixa-nos com 4.450 dos 17.800 tanques, mas só a metade deles está realmente operacional. A segunda metade ainda está em armazém sob uma espessa camada de graxa, a qual leva algum tempo para remover. Para perceber quanto tempo, a Ucrânia levou quatro meses para mobilizar o seu exército e isso foi feito praticamente sob condições ideais, sem qualquer interferência.
A Ucrânia recorda-nos outra lição importante. Um exército é mais do que apenas a soma do seu pessoal, rifles, tanques e veículos blindados. O exército, acima de tudo, é estrutura. Contudo, nem todas as forças armadas dos seus países membros são estruturalmente parte da OTAN, apenas um terço delas. E então este terço também é dividido em três categorias muito diferentes. Cerca de 15% das formações (isto é, 15% os 30% dos exército nacionais que são "adstritos à aliança") constituem as chamadas forças de disposição rápida (rapid deployment forces). Elas são mantidas a 75-85% dos seus níveis de pessoal em tempo de guerra e são preparadas para efetuarem uma missão de combate dentro de sete dias após a emissão de uma ordem. Outros 25% são mantidos num estado de "prontidão operacional" (60% do nível de mão-de-obra do tempo de guerra) e podem ser deslocadas em três ou quatro meses. Os restantes 60% das unidades exigem não menos do que 365 dias para serem postas em alerta. Todas as outras sub-unidades dos exércitos dos países membros são mantidas aos níveis de pessoal estipulados nos seus programas de defesa nacional. Dada a constante redução de orçamentos militares, muitas delas são mantidas com níveis de força reduzidos.
Isto aplica-se primariamente a estados do Leste europeu. Se 1,5 milhão de americanos e 350.000 franceses forem subtraídos aos 3,6 milhões de soldados ativos, isto deixa 1,75 milhão, dos quais a Alemanha, o Reino Unidos e a Itália representam 654.300. Os exército grego e espanhol (156.600 e 128.200 soldados, respectivamente) podem ser facilmente deixados fora da equação. Também grandes pontos de interrogação acerca do exército da Turquia (510.000).
À luz dos recentes acordos gasista e militar, Istambul dificilmente estará ansiosa para demonstrar sua unidade Euro-Atlântica. Assim, constata-se que além da 100.000 "baionetas polacas", os outros 500.000 soldados são proporcionados pelos 19 estados com forças armadas que vão dos 73.000 homens (Roménia) a 4.700 (Estónia). E não vamos esquecer as Forças Armadas de Luxemburgo: 900 homens!
Revela-se portanto que a "velha" OTAN, representada pelos primeiros 12 estados membros, está a exagerar a auto-promoção. No passado, os factos e números nos panfletos da OTAN reflectiam a realidade. Em 1990, após a queda do Muro de Berlim, a Bundeswehr sozinha tinha 7.000 tanques, 8.900 veículos blindados e 4.600 armas. Mais 9.500 tanques estado-unidenses e 5.700 VCBs, 2.600 sistemas de artilharia e 300 aviões de guerra. Hoje, já não há nada disso em solo alemão.
Em 2016, o último soldado alemão voltará para casa. Só duas brigadas esqueléticas sem mão-de-obra e equipamento e menos de 100 aviões das forças dos EUA permanecem ali.
Entretanto, a própria Bundeswehr contraiu-se para 185.500 homens. Isto é 2,5 vezes menos soldados do que exército turco, 5,2 vezes menos VCB e 2,2 vezes menos tanques. Há mais tanques e veículos blindados em armazém na Polónia do que na Alemanha! Os polacos têm 946 tanques e 2.620 VCBs, a comparar com os, respectivamente 858 e 2.002 da Alemanha.
Ironicamente, os estados do Leste europeu e do Báltico que querem aderir à OTAN fazem-no primariamente a fim de ficar sob guarda-chuva dos EUA, Alemanha, Reino Unidos e Itália e escapar ao oneroso fardo dos gastos militares. Uma situação paradoxal tem-se desenvolvido no começo do século XXI. A aliança inclui mais de duas dúzias de países mas as suas capacidades de defesa continuam a depender dos sonhos da superioridade militar alemã em terra e da superioridade da Grã-Bretanha no mar. Exemplo: a retórica e comportamento cada vez mais agressivos dos líderes de alguns estados bálticos ainda se baseia na confiança em que se algo acontecesse todos os 800 Leopards alemães correriam em defesa de, digamos, Vilnius.
Verificaram-se mudanças drásticas na OTAN ao longo dos últimos 15 anos. Bruxelas basicamente admite-o sem meias palavras: a disponibilidade de recursos do bloco será suficiente para apenas duas categorias de missões: participação limitada numa operação humanitária (isto é, sem ação militar) e operações para impor um embargo – e no segundo caso, apenas em relação a um país pequeno e fraco, não a Rússia. Mesmo missões tão limitadas como a evacuação de civis, apoio a uma operação de contra- terrorismo e demonstrações de força já não são mais possíveis, tanto devido às capacidades limitadas das suas próprias forças como a perdas inaceitavelmente pesadas. Quanto a missões de "gestão de crises" e "intervenção direta", elas estão para além da capacidade do bloco.
Sim, na década passada a OTAN esteve envolvida num grande número de operações militares: Iraque, Afeganistão, Médio Oriente. Mas na realidade, apenas forças dos EUA combateram por toda a parte. As forças da OTAN apenas estavam "presentes" ali. O truque era que a Alemanha e o Reino Unidos enviavam pequenos contingentes ao Afeganistão mas eles basicamente cultivavam aquelas guerras para lituanos, letões, estonianos, checos, polacos e outros "parceiros": um pelotão aqui, uma companhia ou batalhão acolá e isso era mão-de-obra suficiente para efetuar missões de combate no lugar dos alemães e britânicos.
Isto também responde à pergunta que cada vez mais irrita os ucranianos. Por que os EUA e a OTAN lhes prometeram tantas coisas bonitas no Inverno passado mas a Ucrânia ainda está a fazer todo o combate por si mesma? É simples. Porque a OTAN existe no papel, não na realidade. Pode o antigo poder militar ser restaurado? Certamente que pode, mas só pela redução dos padrões de vida europeus em 20-25 por cento.
A defesa tem um preço. Ela não produz nada mas consome muito, tanto diretamente, na forma de gasto orçamental na manutenção e conservação, como indiretamente, desviando pessoas do trabalho no sector privado onde elas são pagadoras de impostos ao invés de "consumidoras de impostos". Os países da UE não estão excitados com esta perspectiva. Os membros da OTAN recém admitidos querem juntar-se à aliança precisamente a fim de não pagar pelas suas próprias forças armadas e para terem algum outro exército a protegê-las – alemão ou português. Mas nessa altura os portugueses não estão ansiosos por abandonarem o seu pão e a sua manteiga para defender alguns estados bálticos, os quais poucos europeus podem sequer apontar num mapa.
Já é tempo de os estados bálticos e a Ucrânia, entre outros, enfrentarem esta realidade. A OTAN é um tigre de papel preocupado com seus próprios problemas internos. Tudo o mais é só para obter aplausos frente a câmaras da TV.
O original encontra-se em www.regnum.ru/news/polit/1874722.html e a versão em inglês em en.ukraina.ru/analytics/20141213/1011486963.html Recordei-me disso quando li a análise comparativa das capacidades militares da OTAN e da Rússia feitas pela rede polaca TVN24.
No papel, a OTAN comparada à Rússia é como um elefante comparado com uma pulga. Tome-se por exemplo os orçamentos militares: a aliança gasta US$950 mil milhões por ano, enquanto a Rússia gasta menos de US$90 mil milhões.
Ou a força numérica total das forças armadas: 3,5 milhões de pessoal da OTAN contra 766 mil da Rússia. A aliança do Norte Atlântica parece superior à Rússia em todas as contagens. Mas será realmente o caso? Afinal de contas, no papel, em Fevereiro de 2014 o exército da Ucrânia era o sexto maior do mundo em mão-de-obra e equipamento.
E ainda assim foi derrotado pelas forças de auto-defesa de Donetsk, comandadas por músicos, trabalhadores de escritório e até um fã de reencenações históricas ( historical reenactment ).
Mas se se tomarem todos os indicadores chave das forças armadas da OTAN e listá-los num gráfico, o quadro parece algo diferente. À primeira vista, parece muito bem. Há 28 países no bloco com uma população total de 888 milhões de pessoas. Eles têm 3,9 milhões de soldados entre sim, mais de 6.000 aviões de guerra, cerca de 3.600 helicópteros, 17.800 tanques, 62.600 veículos de combate blindados (VCBs), 15.000 peças de artilharia, 16.000 morteiros, 2.600 sistemas de lançamento múltiplo e 302 navios de guerra (todas as grandes classes, incluindo submarinos). O truque, contudo, é que isto inclui mais do que apenas a OTAN. Há aqui alguma contagem enganosa.
Tome-se a França, por exemplo. Suas forças armadas são muitas vezes acrescentadas ao total, apesar do facto de que o país abandonou a estrutura militar da OTAN há muito tempo e, mesmo no cenário mais favorável, somente alugaria um par de corpos esqueléticos.
Isto reduz imediatamente os números totais em 64 milhões de pessoas, 654.000 em pessoal, 637 tanques, 6.400 veículos de combate blindados e assim por diante. Não parece muito.
Mesmo sem as 600 armas francesas, a OTAN ainda tem 14.000. Mas isso só é verdade se se ignorar o facto de que a maior parte destas armas estão inactivadas e localizadas em instalações de armazenagem. A Ucrânia tem mais de 2.500 tanques de vários tipos. Mas chegado o momento da guerra, verificou-se que cerca de 600 estavam prontos para combate e mais uns tantos podiam ser activados num espaço de tempo relativamente curto. Os tanques remanescentes eram inúteis.
Espero que a Alemanha (858 tanques de batalha de 2.002 veículos de combate blindados) e a Espanha (456 tanques e 1.102 VCBs) tomem mais cuidado com o seu equipamento em armazém, mas mesmo isso não mudaria muito.
Tomando tudo em conjunto, os números são gritantes. No papel, a OTAN tem 55.600 (62.000 menos os 6.400 da França) VCBs de vários tipos, incluindo 25.300 veículos estado-unidenses, dos quais 20.000 estão em armazém há longo tempo. A seguir, verifica-se que o maior número de "reservas" VCB – 11.500 – está concentrado em países que têm forças armadas com menos de 100.000 homens. Por exemplo: a Bulgária tem uma força de 34.970 e herdou 362 tanques e 1.596 VCBs do Pacto de Varsóvia. Assim, praticamente todos eles estão em armazém.
A situação na República Checa é basicamente a mesma. No papel, ela tem um exército de 17.930 homens, com 175 tanques e 1.013 VCBs. Em suma, mesmo sem entrar em complicações de logística, peças sobressalentes e as óbvias dificuldades de ter reservistas do Reino Unidos a operarem tanques T-72 de fabrico soviético, verifica-se que praticamente todos os números de veículos blindados e artilharia podem ser facilmente divididos por quatro.
Isto deixa-nos com 4.450 dos 17.800 tanques, mas só a metade deles está realmente operacional. A segunda metade ainda está em armazém sob uma espessa camada de graxa, a qual leva algum tempo para remover. Para perceber quanto tempo, a Ucrânia levou quatro meses para mobilizar o seu exército e isso foi feito praticamente sob condições ideais, sem qualquer interferência.
A Ucrânia recorda-nos outra lição importante. Um exército é mais do que apenas a soma do seu pessoal, rifles, tanques e veículos blindados. O exército, acima de tudo, é estrutura. Contudo, nem todas as forças armadas dos seus países membros são estruturalmente parte da OTAN, apenas um terço delas. E então este terço também é dividido em três categorias muito diferentes. Cerca de 15% das formações (isto é, 15% os 30% dos exército nacionais que são "adstritos à aliança") constituem as chamadas forças de disposição rápida (rapid deployment forces). Elas são mantidas a 75-85% dos seus níveis de pessoal em tempo de guerra e são preparadas para efetuarem uma missão de combate dentro de sete dias após a emissão de uma ordem. Outros 25% são mantidos num estado de "prontidão operacional" (60% do nível de mão-de-obra do tempo de guerra) e podem ser deslocadas em três ou quatro meses. Os restantes 60% das unidades exigem não menos do que 365 dias para serem postas em alerta. Todas as outras sub-unidades dos exércitos dos países membros são mantidas aos níveis de pessoal estipulados nos seus programas de defesa nacional. Dada a constante redução de orçamentos militares, muitas delas são mantidas com níveis de força reduzidos.
Isto aplica-se primariamente a estados do Leste europeu. Se 1,5 milhão de americanos e 350.000 franceses forem subtraídos aos 3,6 milhões de soldados ativos, isto deixa 1,75 milhão, dos quais a Alemanha, o Reino Unidos e a Itália representam 654.300. Os exército grego e espanhol (156.600 e 128.200 soldados, respectivamente) podem ser facilmente deixados fora da equação. Também grandes pontos de interrogação acerca do exército da Turquia (510.000).
À luz dos recentes acordos gasista e militar, Istambul dificilmente estará ansiosa para demonstrar sua unidade Euro-Atlântica. Assim, constata-se que além da 100.000 "baionetas polacas", os outros 500.000 soldados são proporcionados pelos 19 estados com forças armadas que vão dos 73.000 homens (Roménia) a 4.700 (Estónia). E não vamos esquecer as Forças Armadas de Luxemburgo: 900 homens!
Revela-se portanto que a "velha" OTAN, representada pelos primeiros 12 estados membros, está a exagerar a auto-promoção. No passado, os factos e números nos panfletos da OTAN reflectiam a realidade. Em 1990, após a queda do Muro de Berlim, a Bundeswehr sozinha tinha 7.000 tanques, 8.900 veículos blindados e 4.600 armas. Mais 9.500 tanques estado-unidenses e 5.700 VCBs, 2.600 sistemas de artilharia e 300 aviões de guerra. Hoje, já não há nada disso em solo alemão.
Em 2016, o último soldado alemão voltará para casa. Só duas brigadas esqueléticas sem mão-de-obra e equipamento e menos de 100 aviões das forças dos EUA permanecem ali.
Entretanto, a própria Bundeswehr contraiu-se para 185.500 homens. Isto é 2,5 vezes menos soldados do que exército turco, 5,2 vezes menos VCB e 2,2 vezes menos tanques. Há mais tanques e veículos blindados em armazém na Polónia do que na Alemanha! Os polacos têm 946 tanques e 2.620 VCBs, a comparar com os, respectivamente 858 e 2.002 da Alemanha.
Ironicamente, os estados do Leste europeu e do Báltico que querem aderir à OTAN fazem-no primariamente a fim de ficar sob guarda-chuva dos EUA, Alemanha, Reino Unidos e Itália e escapar ao oneroso fardo dos gastos militares. Uma situação paradoxal tem-se desenvolvido no começo do século XXI. A aliança inclui mais de duas dúzias de países mas as suas capacidades de defesa continuam a depender dos sonhos da superioridade militar alemã em terra e da superioridade da Grã-Bretanha no mar. Exemplo: a retórica e comportamento cada vez mais agressivos dos líderes de alguns estados bálticos ainda se baseia na confiança em que se algo acontecesse todos os 800 Leopards alemães correriam em defesa de, digamos, Vilnius.
Verificaram-se mudanças drásticas na OTAN ao longo dos últimos 15 anos. Bruxelas basicamente admite-o sem meias palavras: a disponibilidade de recursos do bloco será suficiente para apenas duas categorias de missões: participação limitada numa operação humanitária (isto é, sem ação militar) e operações para impor um embargo – e no segundo caso, apenas em relação a um país pequeno e fraco, não a Rússia. Mesmo missões tão limitadas como a evacuação de civis, apoio a uma operação de contra- terrorismo e demonstrações de força já não são mais possíveis, tanto devido às capacidades limitadas das suas próprias forças como a perdas inaceitavelmente pesadas. Quanto a missões de "gestão de crises" e "intervenção direta", elas estão para além da capacidade do bloco.
Sim, na década passada a OTAN esteve envolvida num grande número de operações militares: Iraque, Afeganistão, Médio Oriente. Mas na realidade, apenas forças dos EUA combateram por toda a parte. As forças da OTAN apenas estavam "presentes" ali. O truque era que a Alemanha e o Reino Unidos enviavam pequenos contingentes ao Afeganistão mas eles basicamente cultivavam aquelas guerras para lituanos, letões, estonianos, checos, polacos e outros "parceiros": um pelotão aqui, uma companhia ou batalhão acolá e isso era mão-de-obra suficiente para efetuar missões de combate no lugar dos alemães e britânicos.
Isto também responde à pergunta que cada vez mais irrita os ucranianos. Por que os EUA e a OTAN lhes prometeram tantas coisas bonitas no Inverno passado mas a Ucrânia ainda está a fazer todo o combate por si mesma? É simples. Porque a OTAN existe no papel, não na realidade. Pode o antigo poder militar ser restaurado? Certamente que pode, mas só pela redução dos padrões de vida europeus em 20-25 por cento.
A defesa tem um preço. Ela não produz nada mas consome muito, tanto diretamente, na forma de gasto orçamental na manutenção e conservação, como indiretamente, desviando pessoas do trabalho no sector privado onde elas são pagadoras de impostos ao invés de "consumidoras de impostos". Os países da UE não estão excitados com esta perspectiva. Os membros da OTAN recém admitidos querem juntar-se à aliança precisamente a fim de não pagar pelas suas próprias forças armadas e para terem algum outro exército a protegê-las – alemão ou português. Mas nessa altura os portugueses não estão ansiosos por abandonarem o seu pão e a sua manteiga para defender alguns estados bálticos, os quais poucos europeus podem sequer apontar num mapa.
Já é tempo de os estados bálticos e a Ucrânia, entre outros, enfrentarem esta realidade. A OTAN é um tigre de papel preocupado com seus próprios problemas internos. Tudo o mais é só para obter aplausos frente a câmaras da TV.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
UM TERRORISTA A SERVIÇO DO PENTÁGONO
MERCENARIOS DEL IMPERIO
GUILLERMO NOVO SAMPOLL
TERRORISTA, COMPLICE DEL ASESINATO DEL EX MINISTRO CHILENO ORLANDO LETELIER, TORTURADOR DEL PLAN CONDOR, ASESINO DE DOS DIPLOMATICOS CUBANOS EN ARGENTINA, COMPLICE DE LUIS POSADA CARRILES Y CONDENADO POR TERRORISMO EN PANAMA. RADICADO EN MIAMI
Fonte: contrainjerencia
sábado, 27 de dezembro de 2014
A OFENSIVa MIDIÁTICA DE DIREITA
Não há dúvida de que, no Brasil
vivemos momentos de agudo confronto ideológico
, que se expressa, em termos gerais, de apoio ou oposição às reformas e ao
Programa de Governo proposto pela
presidente Dilma. Além disso, como é de
conhecimento público, estamos a assistir a uma campanha da direita, especialmente
o PSDB e setores fascistas aliados a grupos militares descontentes com as
conclusões da Comissão da Verdade, que por qualquer meio, tentam desacreditar o
processo de reformas, incluindo nesta campanha difamatória, especulações sobre
o alegado prejuízo para a classe média e os mais pobres, previsões
catastróficas sobre o futuro da economia, cada vez mais recorrendo ao ataque
direto e desmedido a Presidente da
República .
É uma campanha sistemática, que
não é apenas um produto do capricho de alguns líderes esclarecidos. Não, esta é
uma campanha desenvolvida profissionalmente por especialistas, onde cada passo
é bem medido e cada ator executa uma determinada ação, a fim de ampliar o
impacto de uma direita cada vez mais golpeada no orgânico e político.
Prova disso é a intenção de golpe
que pretendiam dar no período pré
eleitoral; perderam as eleições, daí os
ataques destemperados de Aécio Neves e sua tropa de choque, com intenções
oportunistas e presumidas de "rebelião".
Qual a origem dessas campanhas?
Nos Estados Unidos e,
especialmente, desde serviços e
instituições ligadas a grandes corporações transnacionais - quando trata-se de defender
seus interesses - no seu próprio território ou em outros países, implantam o que
é conhecido como "Métodos de Guerra Não Convencional " para combater
a influência ou processos que estão sendo implementadas pelos governos, partidos políticos ou
movimentos sociais que afetam seus interesses globais.
É a aplicação de elementos como a
"subversão ideológica" e a "hegemonia da influência política a
médio prazos", conhecido como o "poder inteligente", aos quais
poderiam somar-se ações desestabilizadoras radicalizadas na busca
de uma "mudança de regime ".
A "mudança de regime"
visa criar as condições mínimas para garantir os objetivos da transnacional.
Nesta qualidade, usar sua influência em cada país, a mobilização local,
negócios e atores políticos subordinados.
Infelizmente, nesse processo,
nesse “ Método de Guerra Não Convencional”, até partidos ditos de esquerda e,
inclusive, comunistas, estão envolvidos por equívoco, oportunismo e/ou traição.
Como atua no Brasil esta Guerra
Não Convencional? As vésperas da posse do
novo governo , já estão estabelecidos e
conotados midiaticamente alegados erros objetivos políticos ou vulnerabilidades
objetivas dos novos ministros, enfatizando os "erros" das reformas
que "levarão ao caos econômico." Aproveitando muito bem ciclo de
desaceleração da economia, principalmente por fatores externos.
Da mesma forma e com a mesma
intensidade se tem levado a cabo uma
campanha mediática = sem precedentes desde o fim da ditadura- para destacar as diferenças entre os partidos
e líderes da oposição no Congresso Nacional, a fim de enfraquecer o processo e,
inclusive, efetivas fraturas.
Em relação ao anterior, vemos uma
intensa manobra de desinformação e deformação
dos fatos com os quais se pretende
radicalizar e polarizar a sociedade tentando impedir ou neutralizar as suas
ligações com o governo, com o processo de reforma e com os partidos que as
apoiam.
Podemos garantir que no Brasil
assistimos a uma extraordinária e bem organizada cobertura da mídia nacional,
dos grandes meios de comunicação de massa, que são coordenados a partir de um
centro de orientação, mas, ao mesmo tempo concorrentes - porque tudo é negócio -, mentindo descaradamente e exagerando as contradições
sociais e supostas deficiências do
governo, num esforço para desacreditar as autoridades, líderes políticos e
sociais, impondo uma matriz de "
crescente impopularidade " destes.
O rigoroso controle editorial
exercido pelos grandes capitais da direita controladores de 95% da grande mídia - concentração da propriedade dos meios de
comunicação mais altos na América Latina - torna quase incontrolável estas
campanhas e deixa, particularmente, o Brasil numa posição em que a liberdade de
expressão e do direito à informação dos cidadãos, são distorcidos pelo mercado.
Tal como acontece com os direitos
à saúde e à educação, o direito à comunicação universal (como garante a consecução
de outros direitos), não podem ser garantidos pelo mercado, mas pela existência
de uma diversidade de meios que hoje não existe. O férreo duopólio da
mídia impressa , um oligopólio de
emissoras de televisão com capital
estrangeiro e mais de 45% do mercado das rádios concentradas nas mãos de um
conglomerado multinacional , são o cenário perfeito para se usar a comunicação
como aparelho armado da Direita.
Mas os meios de comunicação, como
armas de luta ideológica, não são suficientes para a Direita e seu plano de
desestabilização. Não os basta, por isso
comecem a implementar o recrutamento e
preparação de "líderes naturais" – amostras fiéis da penetração ideológica do modelo – que contribuam
para organizar uma espécie de força de
choque social, para desencadear protestos "populares". São os Black
Blocs da vida!
Também se trata de realizar
adiante por mãos alheias, portanto,
também a Direita insiste em inflar midiaticamente ações de oposição que
poderiam ser localizadas na "Esquerda", para precisamente
desacreditar a esquerda que está no governo e, especificamente, ao Partido
Comunista, que apoia as reformas como um aspecto decisivo de sua presença ativa
no governo e no movimento social.
Os inimigos dos que implementam esta
Guerra Não Convencional são o trabalho de construção política que devemos desenvolver
no movimento social e, nesse quadro, o desenvolvimento de trabalhos de
comunicações alternativos, em redes e novas tecnologias e meios de comunicação
locais e de base, que permitam explicar cada uma das reformas do Programa de
Governo, no marco da grande luta pela
garantia ao direito a uma comunicação
universal e urgente pluralidade dos meios de comunicação no Brasil.
É também o principal inimigo da
Guerra Não Convencional, a unidade das forças de esquerda, a vontade política da
Presidente e do Governo de realizar e
cumprir o programa, a capacidade de resolver os problemas que a sociedade
enfrenta de um quadro de desigualdade social, a prática do diálogo com a
sociedade para explicar o conteúdo e os
objetivos reais das reformas.
Só assim poderemos destruir a
ofensiva midiática da direita de padrão internacional, cuja matriz ideológica está
na Casa Branca, nos EUA, que insufla, que compra e corrompe jornalistas que, a
seu serviço, tentam desestabilizar governos que não se enquadram na cartilha do
Pentágono.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
PARANÁ SEM MINISTÉRIOS
O Paraná, o sexto maior colégio eleitoral do país, ficou fora dos ministérios da presidente Dilma. O fato de o doleiro Alberto Youssef ser do Paraná pesou na decisão. Por medida de precaução a presidente Dilma está adiando a substituição do petista Jorge Samek na presidência da Itaipu Binacional. Samek, em 12 anos na presidência de Itaipu, não cometeu nenhum deslize que manchasse o seu curriculum de homem público. Dai a preocupação de Dilma em colocar alguém em seu lugar que possa ter máculas no currículo. Que fique o Samekão que o Paraná estará bem representado no ministério de Dilma! Afinal ,Itaipu é um grande ministério!
QUANTOS POBRES CUSTA UM RICO?
Estudo aponta que as 85 pessoas mais
ricas do mundo têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o que equivale ao
patrimônio de 3,5 bilhões de pessoas, as mais pobres do mundo
Um relatório da ONG britânica Oxfam recentemente mostra que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do mundo
equivale às posses de metade da população mundial. Segundo o documento chamado
Working for the Few ("Trabalhando Para Poucos", em tradução livre),
as 85 pessoas mais ricas do mundo têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o que
equivale ao patrimônio de 3,5 bilhões de pessoas, as mais pobres do mundo.
O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% das pessoas mais ricas do mundo equivale a um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza total da metade mais pobre da população mundial. A Oxfam observou em seu relatório que, nos últimos 25 anos, a riqueza ficou cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.
"Este fenômeno global levou a uma situação na qual 1% das famílias do mundo são donas de quase metade (46%) da riqueza do mundo", afirmou o documento. "No último ano, 210 pessoas se tornaram bilionárias, juntando-se a um seleto grupo de 1.426 indivíduos com um valor líquido combinado de US$ 5,4 trilhões", destaca o relatório. "É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenham mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares", afirmou Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.
O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% das pessoas mais ricas do mundo equivale a um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza total da metade mais pobre da população mundial. A Oxfam observou em seu relatório que, nos últimos 25 anos, a riqueza ficou cada vez mais concentrada nas mãos de poucos.
"Este fenômeno global levou a uma situação na qual 1% das famílias do mundo são donas de quase metade (46%) da riqueza do mundo", afirmou o documento. "No último ano, 210 pessoas se tornaram bilionárias, juntando-se a um seleto grupo de 1.426 indivíduos com um valor líquido combinado de US$ 5,4 trilhões", destaca o relatório. "É chocante que no século 21 metade da população do mundo - 3,5 bilhões de pessoas - não tenham mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares", afirmou Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.
Para Byanyima, "em países desenvolvidos e em desenvolvimento estão cada vez mais vivendo em um mundo em que as taxas de juros mais baixas, a melhor saúde e educação e a oportunidade de influenciar estão sendo dadas não apenas para os ricos mas para os filhos deles também". "Sem um esforço concentrado para enfrentar a desigualdade, a cascata de privilégios e de desvantagens vai continuar pelas gerações. Em breve vamos viver em um mundo onde a igualdade de oportunidades é apenas um sonho", acrescentou. Publicado dias antes do Fórum Econômico Mundial em Davos, o relatório detalha o impacto da crescente desigualdade em países desenvolvidos e outros em desenvolvimento.
América Latina e Brasil
O relatório da Oxfam apontou que alguns países, especialmente na América Latina, estão conseguindo ir contra esta tendência, diminuindo a desigualdade na última década. "Entre os países do G20, as economias emergentes geralmente eram aquelas com maiores níveis de desigualdade (incluindo África do Sul, Brasil, México, Rússia, Argentina, China e Turquia) enquanto que os países desenvolvidos tendiam a ter níveis menores de desigualdade (França, Alemanha, Canadá, Itália e Austrália)", afirmou o documento. "Mas até isto está mudando, e agora todos os países de alta renda do G20 (exceto a Coreia do Sul) estão vivendo o crescimento da desigualdade, enquanto o Brasil, México e Argentina estão vendo um declínio nos níveis de desigualdade". A Oxfam destaca o caso brasileiro, apontando que o país teve "sucesso significativo na redução da desigualdade desde o início do novo século".
"Em parte devido ao crescente gasto público social, uma ênfase no gasto com saúde pública e educação, um programa de transferência de renda de larga escala que impõe condições para o recebimento (Bolsa Família) e um aumento no salário mínimo que subiu mais de 50% em termos reais desde 2003", afirmou o relatório. A Oxfam alerta que a "democracia ainda é frágil e a desigualdade ainda é muito alta na região, mas a tendência mostra que problemas que eram insolúveis, as enormes disparidades de renda, podem na verdade ser enfrentados com intervenções políticas".
A Oxfam também fez uma pesquisa em seis países (Brasil, Espanha, Índia, África do Sul, Grã-Bretanha e Estados Unidos) e mostrou que a maioria dos entrevistados acredita que as leis são distorcidas para favorecer os ricos. Entre os países pesquisados, a Oxfam destaca a Espanha, onde oito em cada dez pessoas concorda com essa afirmação sobre as leis. A ONG também destaca outro grande problema relacionado ao dinheiro que não paga impostos, ficando em paraísos fiscais.
"Globalmente, os indivíduos e companhias mais ricos escondem trilhões de dólares dos impostos em uma rede de paraísos fiscais no mundo todo - estima-se que US$ 21 trilhões estão escondidos sem registros", informou a ONG em seu relatório. Segundo a ONG, que vai enviar representantes a Davos, os participantes do Fórum Econômico Mundial têm o poder de reverter o aumento da desigualdade.
A Oxfam pede que os participantes do fórum se comprometam a não sonegar impostos em seus países ou em países onde têm investimento, não usar a riqueza econômica para conseguir favores políticos que prejudiquem a democracia, apoiar os impostos progressivos sobre patrimônio e renda, enfrentar o sigilo financeiro e sonegação de impostos entre outras recomendações. Além disso, a ONG também recomenda o estabelecimento de uma meta global para acabar com a desigualdade econômica extrema em todos os países, uma regulamentação maior dos mercados para promover crescimento sustentável e igualitário e a diminuição dos poderes dos ricos de influenciar os processos políticos.
" Já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à penúria absoluta, para produzir um rico?
Recordei esta pergunta feita pelo escritor português Almeida Garret no seu livro " Viagens na minha terra" quando li esse relatório da Osfam.
A concentração da riqueza não se verifica apenas à escala planetária, registra-se também em cada país capitalista, como os EUA ou a Inglaterra, que na União Europeia disputa com Portugal o primeiro lugar no fosso entre pobres e ricos.
É o funcionamento "normal" do sistema capitalista que reproduz estas situações e as agrava compulsivamente se não tem quem lhe faça frente.
Por isso, os comunistas, são contra o sistema mundial do capitalismo.
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