BUROCRACIA: UM CANCER A SER
EXTIRPADO
A burocracia está incrustada,
encalacrada em todos os segmentos do Estado capitalista. Mas, infelizmente, ela
está mais sedimentada, mais presente, no Congresso Nacional – Câmara e Senado-,
onde os parlamentares, dessas duas casas de leis, usam de todos os meios e
subterfúgios para sabotar os projetos que trazem melhorias às populações. Criam-se
comissões e mais comissões e nada evolui, nada prospera, só enrolação! Há
projetos engavetados há mais de décadas;
que passaram por diversos mandatos e não saem do papel, isto é, não saem das gavetas
empoeiradas do Congresso Nacional.
Por que? Porque a burocracia
parlamentar dos deputados e senadores está a serviço das elites, do poder econômico
corrupto que não quer e não permite que as coisas
andem, evoluam e aconteçam.
Chegando aos governos, estaduais e federal, a burocracia e pior. São secretarias
de Estado e Ministérios , bem como todas
as suas estruturas que criam escaninhos de burocracia onde os papeis mofam e quando
não passam dezenas de vezes pela mãos de funcionários com seus “ despachos” .
São diversos pareceres, diversas comissões de faz de conta, que, ao final, matam um projeto, uma solicitação, uma
ação efetiva.
Um dos inimigos mais
perigosos para o progresso, para as mudanças, é o burocratismo.
Os burocratas infiltrados no
Estado – que servem aos inimigos do Estado -, bloqueiam, amarram e boicotam, a
maioria dos projetos, enfim tudo o que possa trazer mudanças. Os burocratas são
especialistas em criar “panelinhas”, “ igrejinhas” e “ grupelhos” dentro do
Estado cuja finalidade e impedir que a
máquina ande. Tudo com o intuito de desmoralizar o Estado.
A melhor arma contra os
burocratas é o firme e sistemático controle, a vigilância constante de quem
está no comando. Infelizmente as vezes os responsáveis pelo processo burocrático são os
comandos superiores de secretarias, departamentos, instituições e outros
segmentos do Estado, são pessoas que se apossam
do público para privatizá-lo, para colocá-lo a serviço dos interesses
particulares. Ai é preciso usar da burocracia para emperrar a máquina
estatal, criar dificuldades para
conseguir facilidades.
Esta burocracia é a porta de entrada para a corrupção.
É possível diminuir e até
acabar com a burocracia? Respondo, com toda a convicção, que sim!
Durante o governo de José
Richa, 1982-1986, fui Diretor Técnico da COPASA – Companhia Paranaense de Silos
e Armazéns, uma empresa que era vinculada a Secretaria da Agricultura, hoje
fundida com outras que deram origem a CODAPAR. Verifiquei, certa feita, ao
examinar alguns despachos e pareceres que o documento em pauta, continha 10
despachos de uma mesma pessoa. Acabei com essa farra de despachos inoperantes
que prejudicavam o andamento dos processos. Determinei que as pessoas, os
técnicos se reunissem em volta de uma mesa e resolvessem o problema de uma só
vez, com um só despacho.
A população contribuinte não
pode ser prejudicada por essa malfadada burocracia, que não passa de uma burrocracia!
Há resistências? Sim e
muitas, porque sãs “panelinhas”, as “igrejinhas” e os “ grupelhos”, a serviço
de interesses que não o do Estado, se rebelam, se revoltam. Daí surgem as pechas de “ autoritário”, “
ditador”, etc. etc. Onde passei, pela COPASA, IPE e CLASPAR era conhecido como carne de pescoço, autoritário e stalinista.
Temos que ser duros com quem
boicota, mina e conspira contra o Estado.
Foi o que aconteceu na antiga URSS, no período de implantação do socialismo; os
inimigos do socialismo, principalmente na Ucrânia, a serviço do imperialismo e
da Alemanha nazista de Hitler conspiravam. O que aconteceu? Stalin os eliminou,
os extirpou como um câncer. Medida acerta a do camarada Stalin! Até hoje o
chamam de tirano! É assim que os burrocratas traidores picham os que batem
pesado nas suas atitudes destrutivas.
Por que proliferam pelo país
afora, nos Estados e municípios, instalações, construções, máquinas e
equipamentos em total abandono?
Vejam o Caso da BR 101, em
Santa Catarina que há décadas está emperrada, paralisada, causando sérios prejuízos
à nação?
Tudo porque a burocracia ,mãe
da corrupção, prolifera - e tal como o câncer,
tem metástase -, em diversos segmentos de governo. São Diretores, Gerentes,
Chefes de Departamentos e diversos responsáveis menores incompetentes e, principalmente,
de mal caráter, que querem desmoralizar o que é publico. E o que é pior assim
agem para propiciar a corrupção, o encarecimento de obras, os famosos “
aditivos de contratos”.
Há que se punir , que se responsabilizar
essa gente! Com esse tipo de gente temos de ser duros, autoritários, tiranos,
stalinista e carne de pescoço!
Porque esse desmanche dos
bens públicos representam recursos, muito dinheiro, jogados fora, no lixo, e
que faltam para alavancar projetos sociais, recursos para a saúde, educação,
moradia, saneamento básico, enfim para melhorar a qualidade de vida da
população que mais necessita da intervenção do Estado, que muitos canalhas
incompetentes e traidores querem destruir.
Afirmo que é fácil resolver,
porque assim agir por onde passei. Vou dar um exemplo emblemático, quando
assumimos a DiretoriaTécnica da COPASA
em 1983, encontramos uma casa comparada a uma viúva velha e pobre; armazéns destruídos,
caindo aos pedaços, abandonados. Paranaguá era um grande exemplo desse
abandono! Transformamos a viúva idosa e pobre numa mulher viçosa e rica.
Reformulamos a velha, arcaica e burocrática concepção de gerenciamento da coisa
pública numa versão moderna, ética e de compromisso com a transparência. Fomos
muito atacado pelo jornal O Estado do Paraná, na sua Coluna Austeridade por causa
da nossa ação dura, de “terror” – assim falava o jornal O Estado do Paraná- , “
tirana” e “ autoritária. Felizmente, meses depois, O Estado do Paraná se
retratou publicando e exibindo ao Paraná as fotos das barbaridades que
encontramos na COPASA.
Com disciplina, com
fiscalização, com firmeza, sem burocracia, com compromisso pela moralidade
pública, é possível acabar com a burocracia, com as safadezas que proliferam no
setor público.
É possível sim porque o
Estado somos nós, aquelas pessoas que o administram, que o dirigem.
O Estado não é uma entidade
fantasma, não é um véu de fumaça enigmático, não é algo idealístico, que não se
pode avaliar, tocar. O Estado é uma entidade materializada, de pessoas e, se
ele o Estado vai mal é porque as pessoas, os dirigentes, são incompetentes,
aéticos, desleais ou corruptos. Então
vamos acabar com esse papo furado de que tudo o que é do Estado não presta!
Quem
não presta são aqueles que “ tocam” com irresponsabilidade o Estado.
É preciso punir quem está à
frente do Estado e quem permitem esse desmonte. Pau neles! Sejamos, duros, “ tiranos” , e até “ autoritários” com eles!
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