quarta-feira, 6 de maio de 2015

POR QUE MORO ESQUECE OS TUCANOS?

Delator volta a delatar PSDB

De ‏@Tonilinhares no twitter

Costa apontou fatores que contribuíram para o caso de corrupção na Petrobras, alvo da Operação Lava-Jato


Em depoimento à CPI da Petrobras nesta terça-feira (5), o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, apontou fatores que contribuíram para o caso de corrupção na empresa, alvo da Operação Lava-Jato. 
Para ele, o financiamento empresarial de campanhas políticas e o modelo adotado na escolha de diretores da petroleira são alguns deles.

“Me foi dito com clareza por empresários que várias doações ilegais vieram de propina. Eu, na minha humilde posição, digo que precisamos passar o país a limpo. As empresas vão cobrar lá na frente o que elas doaram. E isso não cabe a mim. Cabe aos senhores. Não existe almoço de graça”, afirmou Costa.

O investigado citou uma declaração recente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para exemplificar o caminho percorrido até chegar a ocupar uma diretoria na Petrobras. De acordo com Costa, desde a época da gestão do PSDB havia indicações políticas na estatal e os nomes passavam por cargos altos antes de chegarem ao conselho para validação.

“Sempre foi colocado isso, que sem apoio político não se chega à diretoria da Petrobras. Nesse período que fui diretor fui com apoio político. Até então, vários locais importantes aos quais cheguei, cheguei sem apoio político”, continuou.

Em seu depoimento, Costa lembrou encontros que teve, no Rio de Janeiro, com o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE)  e com o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) para discutir valores que seriam usados para encerrar uma CPI da Petrobras em 2009. O pagamento teria partido da empreiteira Queiroz Galvão.

Em delação premiada em 2014, Costa já havia confirmado que Guerra (já falecido) recebeu propina de R$ 10 milhões para que a CPI fosse desbaratada.


Alisson Matos, editor do Conversa Afiada

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