Ebola: Centro de investigação biológica de Fort Detrick, responsável pelo surto?
publicada em 14 de agosto de 2014
Ebola: Centro de investigação biológica de Fort Detrick, responsável pelo surto?
Káren Méndez *
Tudo leva a supor que Fort Detrick, das Forças Armadas dos EUA, está por traz do surto de ebola.
Tudo leva a supor que Fort Detrick, das Forças Armadas dos EUA, está por traz do surto de ebola. A CNN se encarregou de gerar o alarme em torno desse surto e anunciar um tratamento milagroso desenvolvido por uma companhia com sede em San Diego, chamada Mapp Biopharmaceutica, cuja equipe científica trabalha com o exército dos EUA em Fort Detrick e que há um ano inoculou o vírus em uma população de macacos. Isto é grave delito ante toda a legislação mundial, porém a impunidade com que atuam esses terroristas estadunidenses parece ser absoluta.
Já fizeram algo similar com a gripe aviar, que beneficiou diretamente a uns laboratórios vinculados ao vice-presidente Dick Cheney. Tudo para a elite, assassinando pessoas e animais e destruindo o planeta para que uns quantos se enriqueçam cada vez mais.
O que se pode esperar de quem mantém a base de Guantánamo, os sequestros, assassinatos seletivos, os bombardeios a populações civis, os que destruíram o Iraque, Afeganistão, Líbia…?
O vírus vem pelo ar.
No sítio da RT há um amplo e valente artigo escrito por Káren Méndez, que investigou o tema, publicado em 7 de agosto.
A correspondente de RT Káren Méndez investiga que relação tem o centro de investigações biológicas estadunidense Fort Detrick com o recente surto de ebola na África e a quem essa pandemia tem beneficiado ao longo da história.
O alarme difundido na população mundial por corporações midiáticas, especialmente a CNN, sobre o surto de ebola nos países da África e logo sua insistência sobre a vacina descoberta para curar essa enfermidade, deixou a descoberto muitas coisas.
Em 4 de agosto, CNN lançou uma exclusiva dizendo que as autoridades estadunidenses ofereciam um tratamento não provado ainda em humanos para curar o ebola. Além disso informaram que o medicamento tinha sido administrado ao médico estadunidense Kent Brantly, afetado pela enfermidade na África, e que os efeitos no paciente tinham sido “milagrosos”. Depois se soube, por eles mesmos, que o medicamento era desenvolvido pela companhia biotecnológica com sede em San Diego, EUA, chamada Mapp Biopharmaceutica, cuja equipe científica trabalha com o exército estadunidense em Foryt Ketrick, e que há um ano inocularam o vírus ebola em um grupo de macacos.
O que ‘Fort Detrick?
O Fort Detrick, situado em Maryland, EUA, é um centro de investigação biológica e de desenvolvimento de armas químicas que há mais de 50 anos se dedica a detetar enfermidades através de “manipulada engenharia da infecção”.
O Fort Detrick, situado em Maryland, EUA, é um centro de investigação biológica e de desenvolvimento de armas químicas
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Fort Detrick desenvolveu intensa pesquisa sobre guerra biológica supervisionada por George Merck, um grande aliado de Hitler e presidente de uma das maiores industrias farmacêuticas dos EUA.
É que uma das tantas coisas que o governo estadunidense copiou do nazismo foi seu programa de guerra biológica desenvolvida durante o Terceiro Reich. Através da Operação Paperclip, os serviços de inteligência militares dos EUA levaram secretamente para os EUA uns 700 cientistas nazistas para extrair deles todos seus segredos em armas químicas e experimentos médicos.
Foi assim como, em 1946, o governo de Harry Truman recrutou os principais cientistas que trabalharam para Hitler. Uma das principais fichas nazistas foi Eric Troub, responsável da seção de armamento biológico do Terceiro Reich. Este especialista em enfermidades por vírus chegou aos EUA em 1949 e desde então trabalhou na Marinha dos EUA, onde começou a pesquisar as 40 cepas mais virulentas do mundo, além de oferecer assessoria a membros da Cia e os chamados bioguerreiros do Fort Detrick.
Há denúncias de que do Fort Detrick foram inocupados vírus como o HIV, Ébola, Peste bubônica, Antrax e Vírus do Nilo Ocidental.
O vírus do ebola
Nos anos 1970 o Fort Detrick mudou de nome. Agora se chama instalações Frederick para Investigação sobre o Câncer, que é supervisionado pelo Departamento de Defesa, o Departamento de Segurança Interna, Cia e Instituto Nacional do Câncer.
Na cidade Maryland mais de 500 famílias afetadas de câncer suspeitam que a causa de sua doença se deve às experiências químicas que fazem no Quartel Detrick, próximo de suas moradias.
Em setembro de 2010, a cadeia Fox divulgou reportagem em que entrevistam moradores das cercanias das instalações de Fort Detrick, em Maryland.
Um dos testemunhos é o agricultor Bill Krantz, que leva toda uma vida residindo próximo do Fort Detrick. Ele diz que desde criança via que “do quartel saiam helicópteros, aviões e balões aerostáticos, espargindo produtos químicos nos campos”. Krantz também conta que falou com o chefe de segurança do Fort Detrick e ele lhe assegurou que o que caia sobre suas terras e de sua família era inofensivo. Porém, com os anos vários familiares de Krantz têm câncer.
Outro morador da zona diz nessa reportagem audiovisual da FOX que “mudei para Frederick em 19982. Casei com Deborah Cross em 1993 e estivemos casados 19 anos. Minha filha Kristen René Hernández morreu de câncer no cérebro”. Diz que fizeram provas com os produtos químicos em torno da base militar e que são os mesmos dióxidos encontrados no sangue de sua filha e esposa, com a mesma característica molecular de uns tantos produtos extraídos nos arredores do lugar.
Longo expediente de bioterrorismo
Em 2011, o ex-presidente da Guatemala, Álvaro Colom, denunciou que Estados Unidos inoculou doenças venéreas em 696 guatemaltecos durante 1946 e 1948. Diante de tal escândalo, a única coisa que os EUA fez foi pedir “desculpem-nos”. Porém. Guatemala não foi o único país vítima dessas aberrações científicas dos EUA e é longa a lista de crimes de lesa humanidade cometido por esse país em sua guerra biológica.
Em 1931, Cornelius Rhoads, patrocinado pelo Instituto Rockefeler e que fez parte da Comissão de Energia Atômica dos EUA, infectou a centenas de cidadãos porto-riquenhos com células cancerígenas enquanto realizava experimentos médicos.
Em 1951, EUA utilizou penas de aves infectadas com Antrax para provocar peste na Coreia do Norte e depois inocular a febre amarela nesse país.
Em 1962 UA contaminou uma embarcação com cana-de-açúcar que fez escala em Puerto Rico com destino à União Soviética.
Em 1966, o Pentágono fez com que quebrassem várias ampolas de Bacillus Subtilis nas grades de ventilação do metrô de Nova York expondo a mais de um milhão de pessoas a essa bactéria.
Em 1970, o Fort Ketrick desenvolveu técnicas de biologia molecular para produzir retrovírus, hoje conhecido como HIV.
Ainda na década de 1970, EUA desenvolveu a Operação Mangosta. A Cia inoculou em Cuba diferentes vírus, como Epifitia Roya da cana para afetar zonas canavieirass do país, febre porcina africana, que obrigou a sacrificar a mais de 700 porcos e o mofo azul do tabaco que destruiu mais de 85& dessas plantações.
Em 1981, em Cuba, introduziram o vírus da Dengue Hemorrágica que custou a vida a 158 cubanos, entre eles 61 crianças.
Em 1990, em Los Angeles aplicaram de maneira experimental a vacina do sarampo em bebês negros e hispânicos.
Em 1995, o governo dos EUA admitiu que ofereceu a criminosos de guerra e cientistas japoneses grandes quantidades de dinheiro e imunidade em troca de informação sobre as pesquisas que realizavam sobre a guerra biológica.
Uma semana depois do ataque às Torres Gêmeas, EUA sofreu um estranho ataque com Antrax. Em junho de 2008, Bruce Irvins, cientista do exército estadunidense se suicidou antes de ser acusado por esses atentados. Irvins, no entanto, não é o único cientista que perdeu a vida em estranhas circunstâncias.
Em julho de 2003, o cientista britânico David Kelly foi encontrado morto, dentro de sua casa, depois de ter dado uma entrevista secreta à BBC de Londres em que confessa que era totalmente falto que Iraque tivesse armas de destruição em massa e que simplesmente era uma desculpa para invadir e saquear esse país. Este fato gerou inúmeras interrogantes, porém também deixou a descoberto o perverso mundo das guerras biológicas de Estados Unidos e Grã Bretanha.
Embora as Convenções sobre Armas Químicas e Biológicas tornam ilegal o armazenamento e uso de armas biológicas, Estados Unidos mantém os maiores arsenais dessas armas de destruição em massa e foi o primeiro país a utilizá-las. Nunca poderemos esquecer o que fizeram com o povo vietnamita e cambojano com o tristemente lembrado “Agente Laranja”, fabricado pelo governo dos Estados Unidos e a farmacêutica Bayer.
Desde 2001, EUA gastou uns 50 bilhões de dólares em armas biológicas. Antes de partir, o ex presidente George Bush aprovou para o ano fiscal 2009, quase 9 bilhões de dólares a mais para gastos em bioarmas, ou seja, 39% mais do aprovado para o ano de 2008.
Também há denuncias de que essas bioarmas foram parar em mãos irresponsáveis. Foi o que ocorreu no caso de Cuba, quando agentes da Cia entregaram a membros do grupo terrorista “Ômega 7” armas bacteriológica para serem introduzidas em Cuba e acabar com a revolução. O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, denunciou em seu momento à ONU, porém, passaram muitos anos para que o mundo pudesse confirmar a veracidade dessas denúncias.
Não obstante, ex funcionários estadunidenses foram além. O ex presidente do Banco Mundial e ex secretario de Estado de EUA, que ordenou o bombardeio massivo contra o Vietnam, e foi membro do Programa Ampliado de Imunização, Robert McNamara, disse a um jornal francês, certa vez: “Há que tomar medidas draconianas de redução demográfica contra a vontade das populações. A redução da taxa de natalidade tem demonstrado ser impossível ou insuficiente. Por conseguinte devemos aumentar a taxa de mortalidade. Como? Por meios naturais. A fome e as doenças”.
Aumentam as vítimas, sobem as ações na bolsa
Enquanto aumentam as vítimas do Ebola, agudiza-se a paranoia nas corporações midiáticas (que também tem permitido distrair a atenção internacional sobre os verdadeiros massacres como os executados pelo governo de Israel contra Palestina), sobre as ações das farmacêuticas nas bolsas.
Uma notícia da CNN em espanhol, com o título “O Ebola valoriza a farmacêutica na Bolsa” confirma. O informe jornalístico diz textualmente:
“As ações de uma companhia com base em Vancouver que trabalha em um medicamento para frear a doença subiram 40% na última semana (…) Tekmira Pharmaceuticals teve um aumento maior que o usual porque os investidores esperam que as agências de saúde de Estados Unidos aprovem um medicamento conhecido como TKM-Ebola”.
E como se não bastasse, o cientista estadunidense que supostamente inventou a vacina contra o Ebola no Fort Detrick, Larry Zeitlin, assegura que “o principal obstáculo, pelo menos pra nós, é o apoio econômico. Recebemos financiamento do governo dos EUA, mas chega aos borbotões (pouco a pouco), o que torna muito difícil desenvolver rapidamente um fármaco”.
Essa história faz lembrar o que ocorreu anos atrás com as conhecidas gripe aviar e gripe porcina, que depois de se expandir por diferentes países do mundo, apareceu a farmacêutica estadunidense Gilead Science promovendo um tratamento com o chamado Tamiflu. E enquanto milhares de pessoas se desesperavam buscando o Tamiflu, Donald Rumsfeld sorria. Por que sorria? O documentário “Operaçao Pandemia” de Julián Altrini responde.
Alternini deixa claro em seu documentários que Donald Runsfeld foi o presidente da Gilead Science até o ano de 2001, quando o ex presidente George Bush o nomeou secretario de Defesa, posto do qual Rumsfeld aprovou, no ano 2005, um orçamento do qual 1.2 bilhões de dólares foram destinados a sua ex companhia para elaborar 20 milhões de doses do Tamiflu, um dos medicamentos autorizados pela Organização Mundial de Saúde para tratar tanto a gripe aviar como a porcina.
Tudo parece indicar que a história se repete e que o alarme gerado pela CNN sobre o Ebola é impulsionado por grandes empresas farmacêuticas que dizem ter a cura e só com esse anúncio já conseguiram valorizar suas ações na bolsa.
A realidade é que essas grandes farmacêuticas juntamente com o Fort Detrick são responsáveis, como demonstra a história, de inocular e propagar diversos tipos de doenças pelo mundo para assim maximizar seus lucros a custa da vida dos demais, quase sempre os africanos que são sempre utilizados para suas experimentações. A história já demonstrou que por trás de cada surto desse tipo de doença está o cartel das farmacêuticas, uma das indústrias mais poderosas, influentes e perversas do mundo.
*Original de RT/Actualidad – As declarações e opiniões expressadas neste artigo são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
Experimentos com humanos
O projeto da Cia Mkultra, pretendia encontrar métodos para controlar a mente, pagou ao médico Donald Ewen Cameron, que encabeçou as experiências no marco do Subprojeto 68. Em seu Instituto Memorial Allen, em Montreal, o médico submetia os pacientes com depressão bipolar ou transtornos de ansiedade a uma “terapia” que lhes deixou sérios danos e alterou suas vidas de maneira irreparável. Tudo isso perpetrou contra cidadãos canadenses porque a Cia provavelmente considerava demasiado arriscado realizar essas práticas em estadunidenses.
Câmaras de gás mostarda
Provavam máscaras ante gás e roupas de proteção encerrando os soldados em câmaras de gás, uma prática que evoca as imagens da Alemanha nazista. Entre os agentes utilizados se encontrava a Lewisita, composto que facilmente penetra a roupa e inclusive a borracha. Em contato com a pele o gás imediatamente provoca dor extrema, coceira, inchaço e erupção. O gás também é cancerígeno.
Pulverização de cidades
As forças armadas de EUA e a Cia realizaram série de simulações de ataques químicos e biológicos contra várias cidades estadunidenses em meados do século passado para entender os efeitos em caso de ataque real. Realizaram os seguintes ataques:
- A Cia dispersou o vírus de tosse ferina na baía de Tampa, usando barcos. Como consequência houve uma epidemia d tosse ferina que deixou 12 mortos.
- A Marinha de guerra pulverizou San Francisco com bactérias patógenas e por isso muitos cidadãos tiveram pneumonia.
- O Exército soltou milhões de mosquitos portadores da febre amarela e da dengue sobre Savannah, estado da Georgia e Avon Park, Florida. O enxame produziu muitos problemas respiratórios, febre tifoide e crianças nascidas mortas.
- Depois desses ataques, chegavam militares disfarçados de trabalhadores sanitários nas zonas afetadas. Enquanto ajudavam as vítimas, sua intenção secreta era estudar e registrar os efeitos a longo prazo das enfermidades.
LSD
A Cia realizou entre os anos 1953 e 1964 experiências com milhares de civis e militares estadunidenses com a droga alucinógena LSD e outras substâncias sem que soubessem que estavam sendo utilizados.
Segundo documentos filtrados recentemente da agência e do Exército, algumas experiências foram realizadas em praias, bares e restaurantes onde colocavam narcótico nas bebidas dos clientes. Algumas das vítimas sofreram convulsões e paranoia enquanto outras morreram.
Agente laranja em presos
Além de usar amplamente como desfolhante o produto tóxico durante a Guerra contra o Vietnam, que produziu enfermidades e mutações genéticas em gerações subsequentes, o governo estadunidense provou o agente laranja em presos voluntários de um cárcere de Filadélfia, disfarçada de pesquisa dermatológica.
As experiências foram realizadas entre 1951 e 1974, foram encabeçadas pelo médico Albert Kligman. Os presos recebiam pagamentos por permitir a aplicação de injeções de dioxina, um dos componentes do agente laranja. Entre os efeitos que sofreram os presos estavam as erupções (cloracne) nas bochechas, atrás das orilhas, axilas e região inguinal.
*Original de RT/Actualidad
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