segunda-feira, 25 de agosto de 2014

TERIA SIDO MESMO UM ACIDENTE?



Valter Xéu*
Teria sido sabotagem o trágico acidente aéreo que vitimou o candidato do PSB à Presidência da República?
A história nos mostra uma série de casos e deixa motivos de sobra para suspeitarmos de que a queda do avião, no qual estava o presidenciável Eduardo Campos, não tenha sido acidental.
Se vasculharmos o histórico de assassinatos de líderes políticos que, de certa forma, poderiam prejudicar os interesses estadunidenses no mundo, podemos (num rápido raciocínio) concluir que a queda do avião pode ter sido uma sabotagem.
Há, por traz de muitos interesses, o medo de uma vitória petista. As classes dominantes preferem ver e ter no poder alguém de fácil manobra, que facilite, sem incômodo, as suas respectivas especulações diárias. Os ilegais acordos internacionais, como a entrega da Petrobras definitivamente ao capital internacional, a privatização do Banco do Brasil e da Caixa, dentre outros, são exemplos visíveis desses interesses.
Todos sabem que o governo dos Estados Unidos possui um nítido interesse em derrubar o PT, tirando-o do poder. Já que assim, segundo a sua crença, todos os governos populares no continente ficariam a deriva e de fácil dominação por parte das elites simpáticas ao Tio Sam. Isso, claro, com o grandessíssimo apoio da mídia que serve, em sua totalidade, ao capital. Nesse contexto, até colunistas que se dizem anarquistas deixam latente todo o seu caráter de vira-latas. As virtudes do mundo civilizado são sempre destacadas por estes colunistas que esquecem (esquecimento por conveniência) que as desgraças do mundo são esses países que lhes causam extrema admiração, mas que provocam massacres diários em várias partes do mundo.
Mas, voltemos a nossa temática principal que é a queda do avião, a consequente morte de Eduardo Campos e o impacto que isso poderá causar na política brasileira, num momento de eleição presidencial.
Uma vitória Petista reforçaria os governos populares da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, do Equador, da Venezuela, da Nicarágua e de El Salvador no continente, coisa que os Estados Unidos da América (EUA) não querem. O EUA trabalha, diuturnamente, com suas embaixadas e as agências de inteligências, no sentido de desestabilizar esses governos, acreditando que com a derrota do PT no Brasil haverá um efeito dominó em toda América Latina. Com a derrota do PT, o enfraquecimento a estes governos hostis a Washington, será iminente.
Eduardo Campos tinha, em sua vice (Marina Silva), uma candidata que despontava numa posição melhor nas pesquisas. E mesmo com a simpatia e com algumas alianças com Aécio - em um provável segundo turno - o PSB, ou uma boa parte dele, marcharia com o PT.
E então, qual a fórmula para mudar essa possibilidade?
Troca-se de candidato, de modo que não traumatize o país, mas que crie uma situação de comoção, levando à direita boa parte dos inocentes úteis da esquerda, para apoiar Marina Silva.
Dessa forma, mesmo em um eventual segundo turno - caso aconteça - com o PSDB enfrentando o PT, Marina poderá ser o diferencial na balança, mesmo que não apóie abertamente Aécio Neves - bastando apenas se mostrar neutra, como fez na eleição passada durante o segundo turno entre Dilma e Serra.
Serra, aos que não lembram, foi o candidato que fez Exame de Corpo de Delito por ter recebido uma bola de papel na testa - fato noticiado, em exaustão, por uma mídia desonesta que demonstra defender seus próprios interesses, deixando de lado os direitos do Brasil.
O governo americano não quer correr riscos. E com o apoio dessa direita, que está mais a serviço de governos que lhes pagam bem do que dos verdadeiros interesses nacionais, acredita-se que a candidatura de Aécio, que não decolou, dificilmente decolará. E aliado ao fato de que o PSDB paulista odeia o mineiro, a saída seria buscar uma candidatura que mais agrade aos seus interesses e que seja muito fácil de manobrar. E, nesse aspecto, Marina vem a ser a candidata ideal.
Cabe ressaltar que, primeiro, é necessário que haja segundo turno. Depois, eles vão vendo com quem fazem acordos.
A dúvida não está entre ser Marina ou Aécio - é preciso ter o segundo turno. Quem lá chegar, será cercado e instruído para fazer o papel de capital internacional. Não importa quem seja, já que os dois são aptos para tal enredo. O império trabalha sempre com muitos players - seja Simon, Jarbas, Freire, e até mesmo os que estão dentro do PSB, ligados ao sionismo.
O Brasil é conhecido por conta de acidentes nunca esclarecidos com políticos.
O acidente de Castelo Branco segue ainda no rol dos insolúveis e até hoje há suspeita de que houve trama contra o Castelo, que tinha a idéia fixa de fazer eleições diretas e entregar o poder de volta a um civil. Essa idéia desagradava à Casa Branca, ficando claro por meio de um telegrama do Lincoln Gordon ao Roberto Marinho. No telegrama, Castelo era considerado um ingênuo que queria fazer eleição direta, sem perceber que JK iria levar de barbada.
Outros atentados como o do Rio Centro; a morte de Jango; a tentativa de explodir o gasômetro do Rio de Janeiro, comandado pelo brigadeiro Burnier; a morte de Lacerda; de Juscelino; de Tancredo; a queda do helicóptero em que viajava o deputado Ulisses Guimarães; a queda do avião em que morreu o Marcus Freire – o sério, porque o outro que não passa de um oportunista e traidor esta ai “Vivinho da Silva”, como reza o ditado.
Tudo isso gera a suspeita de que se você está no caminho atrapalhando, de certa forma, o interesse de poderosos daqui, corre um sério perigo de vida.
Chávez que o diga.
 Ousou mexer em interesses da classe dominante - que é aliada aos interesses da Casa Branca - e rapidinho lhe arrumaram um câncer que lhe tirou a vida, aos 51 anos.
 

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