quarta-feira, 23 de abril de 2014

COMUNICAÇÃO OU ENGANAÇÃO?



                                              
                                                      

                                                       LaPampaExiste
                                                       Fonte: rebelion.org

sexta-feira, 18 de abril de 2014

GABRIEL GARCIA MARQUEZ E VARGAS LHOSA

Perdemos esse grande escritor, humanista e progressista Garcia Marquez; enquanto que esse direitista serviçal dos  EUA, Mario Vargas Llosa, continua conspirando contra a liberdade dos povos.

DIRCEU, FERNANDINHO BEIRAMAR E OUTROS BANDIDÕES



Pedido para rastrear Dirceu atinge até STF e Congresso

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Da Folha de S.Paulo:

"(...)Promotora Marcia Milhomens  Sirotheau Corrêa encaminhou a solicitação de rastreamento à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal em 27 de fevereiro, no escopo da investigação sobre o suposto uso de um telefone celular na prisão pelo ex-ministro José Dirceu.
Condenado pelo STF no processo do mensalão, Dirceu está preso desde novembro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Técnicos da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) confirmaram à Folha o alcance do pedido dela.
Em seu requerimento, a promotora apontou duas coordenadas geográficas sem indicar a que áreas correspondiam. Uma é a da Papuda e a outra cai diretamente no Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff despacha.
Ao tomar conhecimento da extensão do pedido, o governo reagiu imediatamente e entrou anteontem com uma reclamação disciplinar contra a promotora na Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público. O órgão tem o poder de avaliar a conduta de seus integrantes.
A AGU (Advocacia-Geral da União), órgão que representa juridicamente o governo federal, critica a solicitação “ampla, geral e irrestrita, sem qualquer explicação”.
Na reclamação disciplinar, à qual a Folha teve acesso, a AGU afirma que a quebra, se autorizada, configuraria uma “verdadeira devassa” de todos os Poderes da República.
O órgão diz, no mesmo documento, que as estações de rádio base que captam sinais de celulares usados no Palácio do Planalto são as mesmas que cobrem o Congresso Nacional e o STF.
Milhomens pediu para rastrear as ligações feitas entre os dias 1º e 16 de janeiro deste ano. Ela reafirmou ontem, por meio de sua assessoria, que só se manifestará sobre o caso nos autos do processo.
ALCANCE
Segundo a Folha apurou, a quebra do sigilo poderia listar ligações de deputados, senadores, ministros de Estado e até mesmo da cúpula do Ministério Público, instituição da própria promotora Márcia Milhomens, cuja sede fica a cerca de um quilômetro da praça dos Três Poderes.
O rastreamento, mesmo com coordenadas específicas, poderia incluir ainda outros locais próximos, como a Catedral de Brasília e o Tribunal de Contas da União.
Ou seja: pessoas comuns que fizeram ligações na região do Palácio do Planalto poderiam ser atingidas.
O requerimento da promotora pedia que operadoras de telefonia informassem as ligações efetuadas e recebidas, nas áreas indicadas, por meio das estações de rádio base –antenas usadas para chamadas que envolvem celulares(...)"

2 comentários:

  1. sergio silvestre
    quinta-feira, 17 de abril de 2014 – 11:36 hs
    Ai entra um presidente autoritário,fecha com as forças armadas um pacto para acabar com a esbornia de magistrados que mandam no Pais, fecha a zona que é o congresso , enche aviões bufados de tranqueiras e entulhos políticos e os jogam no mar, ai vão dizer que para limpar um Pais não precisa de uma ditadura sangrenta.
    Na verdade isso aqui deveria pedir uma evacuação dos pobres e trabalhadores em geral, mais velhos e crianças e bombardear tudo."
O texto acima é um resumo contido no blog do Fábio Campana.  Primeiro quero comentar o "comentário" nazifascista do tal sergio silvestre, não sei se esse é o seu nome ou um codinome porque os direitistas não gostam de se identificar como esse comunista que não se esconde; jogo às claras.
Segundo, não compreendo e não entendo essa perseguição ao Zé Dirceu; já foi condenado arbitrariamente, sem provas, na base da hipótese, do achismo, fato esse denunciado em artigo na Folha de São Paulo pelo famoso advogado tributarista, Ives Grandra Martins, insuspeito pelas suas posições conservadoras. Não deixam o Dirceu trabalhar, indo contra o que a lei presional faculta; agora estão implicando com ligações na prisão. Ora a bandidagem usa celular para tramar e orientar .assaltos, roubos, venda de drogas, enfim tráfico em geral, e ninguém faz nada.

HÁ ALGO DE ERRADO NISSO!

Dilma vai de 40% para 37% mas ainda ganha no primeiro turno, diz Ibope

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As intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) variaram de 40% em março para 37% neste mês, mas ainda assim ela venceria a eleição no primeiro turno se tivesse como adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) ou Aécio Neves e Marina Silva (PSB), além de outros sete candidatos de pequenos partidos, informa pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (17).
Um candidato vence uma eleição no primeiro turno quando a soma dos votos válidos dos rivais é inferior ao total de votos que ele recebeu. Para a Justiça Eleitoral, os votos válidos excluem brancos e nulos. As candidaturas para a eleição 2014 somente serão oficializadas em junho, mês em que os partidos terão de realizar convenções para escolher os nomes que concorrerão.
De acordo com o Ibope, Dilma acumula 37% tanto no cenário com Aécio e Campos quanto no cenário com Aécio e Marina – na última segunda-feira (14), o PSB anunciou a chapa com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos como pré-candidato a presidente e a ex-senadora Marina Silva como vice. Até 20 dias do primeiro turno da eleição, marcada para 5 de outubro, os partidos podem trocar de candidato.
No primeiro cenário, com Eduardo Campos, os números são os seguintes:
- Dilma Rousseff (PT): 37%
- Aécio Neves (PSDB): 14%
- Eduardo Campos (PSB): 6%
- Pastor Everaldo (PSC): 2%
- Denise Abreu (PEN): 1%
- Randolfe Rodrigues (PSOL): 1%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidélix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Eduardo Jorge (PV): 0%
- Brancos e nulos: 24%
- Não sabe/não respondeu: 13%
No segundo cenário, com Marina Silva como candidata do PSB, os percentuais são:
- Dilma Rousseff (PT): 37%
- Aécio Neves (PSDB): 14%
- Marina Silva (PSB): 10%
- Pastor Everaldo (PSC): 2%
- Denise Abreu (PEN): 1%
- Randolfe Rodrigues (PSOL): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidélix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Brancos e nulos: 23%
- Não sabe/não respondeu: 12%
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 140 municípios entre as últimas quinta (10) e segunda (14). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos – isso significa que a intenção de voto em um candidato com 10%, por exemplo, pode variar entre 8% e 12%. O levantamento tem nível de confiança de 95% e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-00078/2014.
saiba mais
Avaliação positiva do governo Dilma é de 34%, mostra pesquisa Ibope
Trio de candidatos
O Ibope também testou cenários em que apresentou aos eleitores uma lista somente com os prováveis candidatos de PT, PSDB e PSB, sem os nomes dos postulantes dos pequenos partidos.
Com Dilma, Aécio e Eduardo Campos, a presidente somaria 39%, contra 16% e 8% dos outros dois, respectivamente. Brancos e nulos seriam 26% e não sabe/não respondeu, 11%.
Contra Aécio e Marina, Dilma teria os mesmos 39%. O tucano com 15% e Marina, com 13%. Brancos e nulos somariam 23% e não sabe/não respondeu, 10%.
Espontânea
Na parte da pesquisa que avalia em quem o eleitor votaria sem que seja apresentada a ele uma lista de possíveis candidatos, 23% disseram espontaneamente que votarão em Dilma; 7% em Aécio; 6% em Lula; 4% em Marina; 2% em Eduardo Campos; 1% em José Serra; e 2% em outros candidatos com menos de 1% das intenções de voto. Na pesquisa espontânea, brancos e nulos somam 19% e não sabem/não respondeu, 37%.
Fonte: blog do Campana

Vejam que essas pesquisas nos dão duas interpretações da realidade:
1. Elas estão totalmente furadas ou manipuladas. Por que, para que ou para quem? Não sabemos!
2. Se a Dilma está baixando, por que os outros não sobem?

Desses fatos deduzimos que toda a campanha orquestrada pela turma do demo e da tucanalhada ( cruzamento de tucano com canalha) contra o PT e Dilma não está funcionando e que as armações não atingem Dilma, que vence no primeiro turno. Outro dado preocupante, o nosso PCB, o velho Partidão por estar equivocadamente, sectariamente batendo em Lula e na Dilma, junto com a direitona, não é nem lembrado nas pesquisa. Isso sinaliza no sentido do Partidão rever suas posições! 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

NOTICIAS QUEA MÍDIA MAFIOSA ESCONDE...



Guerra e morte do dólar americano?
Os EUA ou o mundo estão a chegar ao fim?


por Paul Craig Roberts [*]
2014 está a perfilar-se como o ano de ajuste de contas para os Estados Unidos.

Duas pressões estão a acumular-se sobre o dólar americano. Uma decorre da declinante capacidade do Federal Reserve para manipular o preço do ouro quando as reservas ocidentais encolhem e se espalha no mercado o conhecimento da ilegal manipulação de preços feita pelo Fed. É inequívoca a evidência de quantidades maciças de vendas a descoberto a serem despejadas no mercado de futuros do ouro numa altura em que a comercialização é fraca. Tornou-se óbvio que o preço do ouro está a ser manipulado no mercado de futuros a fim de proteger o valor do dólar das consequências da quantitative easing (QE).

A outra pressão provém das loucas ameaças do regime de Obama, de sanções contra a Rússia. Outros países já não estão dispostos a tolerar o abuso de Washington quanto ao padrão dólar mundial. Washington utiliza os pagamentos internacionais com base no dólar para prejudicar as economias de países que resistem à hegemonia política de Washington.

A Rússia e a China já estão fartas. Conforme noticiei e conforme Peter Koenig noticia, a Rússia e a China estão a desligar do dólar o seu comércio internacional. Daqui em diante, a Rússia efectuará o seu comércio, incluindo a venda de petróleo e de gás natural à Europa, em rublos e nas divisas dos seus parceiros do BRICS.

Isto significa uma grande quebra na procura de dólares americanos e uma queda correspondente no valor cambial do dólar.

Conforme John Williams ( shadowstats.com ) deixou claro, a economia dos EUA não recuperou dos maus tempos de 2008 e tem continuado a enfraquecer. A grande maioria da população americana há anos que está a ser fortemente pressionada pela falta de crescimento dos rendimentos. Como actualmente os EUA são uma economia dependente quanto a importações, uma queda no valor do dólar aumentará os preços nos EUA e fará baixar o nível de vida.

Todos os indícios apontam para o fracasso económico dos EUA em 2014, e é essa a conclusão do relatório de John William, de 9 de Abril.

Este ano também pode vir a assistir ao colapso da NATO e talvez mesmo da UE. O golpe imprudente de Washington na Ucrânia e a ameaça de sanções contra a Rússia empurraram os estados marionetes da NATO para um terreno perigoso. Washington avaliou mal a reacção na Ucrânia quando derrubou o seu governo democraticamente eleito e impôs um governo fantoche. A Crimeia separou-se rapidamente da Ucrânia e juntou-se à Rússia. Poderão seguir-se em breve outros territórios outrora russos.

Os descontentes em Lugansk, Donetsk e Kharkov estão a exigir referendos. Os descontentes promulgaram a República Popular de Donetsk e a República Popular de Kharkov. O governo fantoche de Washington em Kiev ameaçou dominar os protestos com a violência. ( rt.com/news/eastern-ukraine-violence-threats-405/ )

Washington afirma que as manifestações de protesto são organizadas pela Rússia, mas ninguém em Washington acredita, nem mesmo os seus fantoches ucranianos.

Notícias na imprensa russa identificaram mercenários americanos entre as forças de Kiev enviadas para dominar os separatistas na Ucrânia oriental. Um membro da extrema-direita, o neo-nazi Partido Patriota no parlamento de Kiev defendeu que os manifestantes fossem abatidos a tiro.

A violência contra os manifestantes provocará provavelmente a intervenção do exército russo e o regresso da Rússia aos seus antigos territórios na Ucrânia oriental que foram anexados à Ucrânia pelo Partido Comunista soviético.

Com Washington a aventurar-se a proferir ameaças em crescendo, Washington está a empurrar a Europa para duas confrontações altamente indesejáveis. Os europeus não querem uma guerra com a Rússia por causa do golpe de Washington em Kiev e entendem que quaisquer sanções contra a Rússia, se concretizadas, serão muito mais prejudiciais para eles próprios. Na UE, a crescente desigualdade económica entre os países, o alto desemprego, e a rigorosa austeridade económica imposta aos membros mais pobres têm provocado enormes tensões. Os europeus não estão dispostos a suportar o fardo dum conflito com a Rússia orquestrado por Washington. Enquanto Washington oferece à Europa guerra e sacrifícios, a Rússia e a China propõem comércio e amizade. Washington fará os possíveis para manter os políticos europeus comprados-e-pagos e alinhados com as políticas de Washington, mas para a Europa os riscos de alinhar com Washington são agora muito maiores.

Em muitas frentes, Washington está a surgir aos olhos do mundo como aldrabão, inconfiável e completamente corrupto. James Kidney, promotor público da Securities and Exchange Comission [SEC], aproveitou a ocasião da sua aposentação para revelar que superiores seus haviam arquivado os seus processos da Goldman Sachs e de outros "bancos demasiado grandes para falir", porque os seus patrões da SEC não estavam preocupados com a justiça mas "em arranjar empregos com altas remunerações após o seu serviço público", protegendo os bancos contra processos pelas suas acções ilegais. ( www.counterpunch.org/2014/04/09/65578/ )

A Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional foi apanhada a tentar usar meios de comunicação sociais para derrubar o governo de Cuba. ( rt.com/news/cuba-usaid-senate-zunzuneo-241/ )

Esta imprudência audaciosa aparece a seguir ao derrube do governo ucraniano incitado por Washington, ao escândalo da espionagem da NSA, ao relatório de investigação de Seymour Hersh de que o gás sarin na Síria foi um incidente clandestino organizado pela Turquia, membro da NATO, a fim de justificar um ataque militar dos EUA à Síria, a seguir à imposição de Washington de fazer aterrar e passar busca ao avião presidencial do presidente boliviano Evo Morales, às "armas de destruição maciça" de Saddam Hussein, à má utilização da resolução de zona de exclusão aérea da Líbia para um ataque militar, etc. etc. Essencialmente, Washington conseguiu minar de tal modo a confiança de outros países quanto ao discernimento e integridade do governo americano que o mundo perdeu a fé na liderança dos EUA. Washington está reduzido a ameaças e subornos e aparece cada vez mais como um agressor.

Estes tiros no pé reflectiram-se na credibilidade de Washington. O pior de todos é a crescente percepção generalizada de que a louca teoria de conspiração de Washington sobre o 11/Set é falsa. Grande número de especialistas independentes, assim como mais de cem prestadores de primeiros socorros contradisseram todos os aspectos da absurda teoria da conspiração de Washington. Nenhuma pessoa esclarecida acredita que meia dúzia de árabes sauditas, que não sabiam pilotar aviões, e a funcionar sem a ajuda de qualquer agência de informações, pudesse iludir todo o estado de Segurança Nacional, não apenas as 16 agências de informações americanas, mas também todas as agências de informações da NATO e de Israel.

Nada funcionou no 11/Set. A segurança do aeroporto falhou quatro vezes numa hora, mais falhas numa hora do que ocorreram durante as 116.232 horas do século XXI, todas juntas. Pela primeira vez na história, a Força Aérea dos EUA não conseguiu interceptar inimigos no chão e nos céus. Pela primeira vez na história, o Controlo de Tráfego Aéreo perdeu aviões comerciais durante mais de uma hora e não o comunicou. Pela primeira vez na história, incêndios de baixas temperaturas, de vida curta, nalguns pisos, provocaram o enfraquecimento e colapso de estruturas de aço maciças. Pela primeira vez na história, três arranha-céus caíram em queda livre acelerada, sem o benefício de demolição controlada que eliminasse a resistência por baixo.

Dois terços dos americanos acreditaram nesta patranha. A esquerda acreditou porque encarou-a como uma história de oprimidos a vingarem-se do império maléfico da América. A direita acreditou na história, porque interpretaram-na como de muçulmanos diabólicos a atacar a boa América. O presidente George W. Bush exprimiu muito bem a visão da direita: "Eles odeiam-nos por causa da nossa liberdade e democracia".

Mas mais ninguém acreditou nela, muito menos os italianos. Os italianos tinham sido informados, anos antes, de incidentes secretos, quando o seu presidente revelou a verdade sobre a secreta Operação Gládio . A Operação Gládio foi chefiada pela CIA e pelos serviços secretos italianos durante a segunda metade do século XX, para colocação de bombas que mataram mulheres e crianças europeias a fim de acusar os comunistas e, a partir daí, minarem o apoio aos partidos comunistas europeus.

Os italianos foram dos primeiros a fazer apresentações em vídeo contestando a história bizantina de Washington sobre o 11/Set. A última desta contestação é o filme "Zero", de 1 hora e 45 minutos.

Podem vê-lo aqui: www.youtube.com/watch?v=QU961SGps8g&feature=youtu.be

"Zero" foi produzido pela companhia italiana Telemaco como um filme de investigação sobre o 11/Set. Nele aparece muita gente ilustre, juntamente com especialistas independentes. Em conjunto, contestam todas as afirmações feitas pelo governo dos EUA, relativas à sua explicação do 11/Set.

O filme foi exibido no parlamento europeu.

É impossível que alguém que veja este filme acredite numa só palavra da explicação oficial do 11/Set.
A conclusão é que cada vez é mais difícil desmentir que elementos do governo dos EUA tenham feito ir pelos ares três arranha-céus de Nova Iorque a fim de destruir o Iraque, o Afeganistão, a Líbia, a Somália, a Síria, o Irão, e o Hezbollah, e de lançar o programa dos neoconservadores dos EUA para uma hegemonia mundial dos EUA.

A China e a Rússia protestaram mas aceitaram a destruição da Líbia embora tenha sido em seu próprio prejuízo. Mas o Irão é uma linha vermelha. Washington ficou bloqueado, por isso decidiu provocar grandes problemas à Rússia na Ucrânia a fim de desviá-la do programa de Washington noutros locais.

A China tem estado hesitante sobre os compromissos entre os seus excedentes comerciais com os EUA e o crescente cerco de Washington que lhe é feito com as suas bases navais e aéreas. A China chegou à conclusão de que a China e a Rússia têm o mesmo inimigo – Washington.

Pode acontecer uma de duas coisas: ou o dólar americano será posto de lado e o seu valor entra em colapso, acabando assim com a situação de superpotência de Washington e a ameaça de Washington à paz mundial, ou Washington empurrará os seus fantoches para um conflito militar com a Rússia e a China. O resultado duma guerra dessas será muito mais devastador do que o colapso do dólar americano.
10/Abril/2014

Do mesmo autor:
  • Washington Drives The World To War. CIA Intervention in Eastern Ukraine , 15/Abril/2014

    O original encontra-se em www.globalresearch.ca/... . Tradução de Margarida Ferreira.
  • A MEA CULPA DE JIMMY CARTER







    Jimmy Carter: “EEUU es el belicista Número Uno”

    jimmy carter
    RT – El sufrimiento que ha provocado la política norteamericana a nivel internacional ha hecho que el mundo perciba a EE.UU. como el máximo belicista, opina el trigésimo noveno presidente norteamericano, Jimmy Carter.
    El expresidente de EE.UU., que concedió una entrevista al periódico ‘Salon’ en relación con la publicación de su nuevo libro, ‘Llamada a la acción’ (‘A call to action’), manifestó que la comunidad internacional interpreta la política exterior de EE.UU. como una línea agresora y militarizada.”El resto del mundo, casi por unanimidad, ve a EE.UU. como el belicista n.º 1. Volvemos a los conflictos armados casi en un abrir y cerrar de ojos, y muy a menudo son deseados no solo por los líderes de nuestro país, sino que también son apoyados por el pueblo estadounidense”, declaró el político.

    Además, Washington muy rara vez reconoce las pérdidas y el sufrimiento que provocan “la excepcionalidad estadounidense” y “el deber de llevar su gran democracia al resto del mundo”, añadió Carter. Asimismo, el demócrata se mostró específicamente crítico con las “guerras de drones” aplicadas por EE.UU. que quitaron la vida de muchas personas inocentes tratadas como “daños colaterales”.
    “También hemos dado un paso atrás hacia un tremendo grado de castigo a nuestro pueblo en vez de ayudarle a reincorporarse a la vida”, indicó el político, señalando que EE.UU. tiene ahora 7,5 veces más personas en prisión que en el año 1981, cuando acabó su mandato.
    “Somos el único país de la OTAN que tiene pena de muerte; somos el único país de este hemisferio que tiene pena de muerte, y esta es la otra plaga de nuestro país en cuanto se refiere a la violencia injustificada, innecesaria y contraproducente”, declaró Carter.
    Fonte: Contrainjerencia

    JOHN KENNEDY: O DEMOCRATA?



    Kennedy discutiu o derrube de Goulart dois anos antes do golpe de 1964 no Brasil

    David Brooks*

    16.Abr.14


    Documentos desclassificados que acrescentam novos dados à longa história da ingerência imperialista. Historial que de Truman a Kennedy, de Bush a Obama, acumula os mais hediondos crimes contra os povos de todo o mundo. Neste caso com a particularidade de destacar de novo o papel da sinistra figura de Vernon Walters, com quem a Revolução de Abril teve também que se defrontar.


    O presidente John F. Kennedy e seus assessores discutiram o derrubamento do governo de João Goulart uns dois anos antes do golpe militar no Brasil perpetrado no 1º de Abril de 1964, opção que subsequentemente foi implementada pelo governo de Lyndon B. Johnson, segundo revelam transcrições da Casa Branca difundidas pela organização de investigação independente Arquivo de Segurança Nacional.
    Em Julho de 1962 Kennedy quis saber que tipo de relações mantinham os Estados Unidos com os militares brasileiros, e em Março de 1963 deu instruções aos seus assessores: “temos que fazer alguma coisa em relação ao Brasil” se Goulart não deixa de se entender com aquilo a que o presidente chamava “anti-estadunidenses ultra-radicais no governo brasileiro”.
    “Creio que uma das nossas tarefas mais importantes é fortalecer a coluna vertebral dos militares brasileiros”, respondeu Lincoln Gordon, embaixador estadunidense no Brasil, em reunião com Kennedy e o assessor presidencial Richard Goodwin na Casa Branca em 30 de Julho de 1962. Acrescentou que tinha de se “deixar claro, discretamente, que não somos necessariamente hostis a qualquer tipo de acção militar, seja ela qual for, se for claro que o motivo da acção militar é… que (Goulart) está entregando o país aos” …. “comunistas”, interrompeu Kennedy para acabar a frase, segundo a transcrição das gravações secretas de Kennedy das suas reuniões na Sala Oval.
    Foi nessa reunião que Kennedy e a sua equipa decidiram melhorar os seus contactos com os militares brasileiros, tarefa entregue ao então adido militar, tenente-coronel Vernon Walters, resume o Arquivo de Segurança Nacional (National Security Archive). Acrescenta que Walters se tornaria o actor clandestino chave nos preparativos para o golpe de Estado no Brasil, pouco menos de dois anos depois desta reunião.
    O Arquivo de Segurança assinala que os documentos oficiais – as novas transcrições juntamente com outros relatórios oficiais da Casa Branca anteriormente desclassificados – mostram que em finais de 1962 o governo de Kennedy tinha concluído que um golpe de Estado serviria os interesses estadunidenses se os militares brasileiros fossem encorajados a avançar com esse objectivo. A Casa Branca estava incomodada com a política exterior independente de Goulart durante a crise dos mísseis, e com a sua renitência em apoiar, entre outras coisas, o desejo de Washington de expulsar Cuba da Organização de Estados Americanos.
    Em 11 de Dezembro de 1962 o comité executivo do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca reuniu para avaliar três opções sobre o Brasil. A primeira: não fazer nada; a segunda: colaborar com elementos hostis a Goulart dentro do país com vista a impulsionar o seu derrubamento e; a última: mudar a orientação de Goulart e do seu governo. Optou-se pela terceira mas, segundo o relatório oficial desta reunião, aceitou-se que a opção de promover um golpe devia ser mantida como consideração activa e contínua.
    Pouco depois, em 17 de Dezembro de 1962, Kennedy enviou o seu irmão Robert para apresentar um ultimato a Goulart.
    Robert Kennedy informou Goulart de que Washington tinha sérias dúvidas sobre a futura relação com o Brasil dados os sinais de infiltração de comunistas e nacionalistas de extrema-esquerda em postos civis do governo do país, bem como a oposição que mantinha relativamente a políticas e interesses estadunidenses em geral.
    Em Março de 1963 Goodwin recomendava ao presidente que caso Goulart continuasse renitente em modificar a sua postura, os Estados Unidos deveriam preparar o mais prometedor clima possível para a sua substituição por um regime mais desejável, segundo transcrições das gravações.
    Numa reunião na Casa Branca em 7 de Outubro de 1963, o presidente debateu se os Estados Unidos necessitariam de derrubar Goulart, incluindo uma intervenção militar. Foram elaborados, sob a direcção do embaixador Gordon, vários planos de contingência destacando a possibilidade de uma intervenção armada, que foram transmitidos da embaixada a Washington em 22 de Novembro de 1963 – o dia em que Kennedy foi assassinado.
    Em Março de 1964, ao estalar a disputa entre Goulart e os generais brasileiros, o governo de Johnson promoveu e apoiou o crescente descontentamento militar. Segundo um documento secreto de uma reunião de responsáveis da CIA, o Departamento de Estado e a Casa Branca, manifestaram que: “não queremos que o Brasil vá a pouco e pouco pelo cano abaixo enquanto ficamos parados à espera das próximas eleições”.
    A Operação Irmão Sam já tinha sido autorizada por Johnson para permitir que os militares estadunidenses apoiassem os seus congéneres brasileiros, encoberta e abertamente, com armas e tropas se tal fosse necessário para apoiar o golpe.
    Peter Kornbluh, director do projecto sobre o Brasil do Arquivo de Segurança Nacional, comentou que as operações clandestinas de desestabilização política da CIA contra Goulart entre 1961 e 1964 constituem o buraco negro desta história, e apelou a que o governo de Barack Obama desclassifique os arquivos de inteligência desse período sobre o Brasil.
    Os documentos difundidos e analisados encontram-se em Arquivo de Segurança Nacional.
    Nova Iorque, 2 de Abril.

    *Correspondente (La Jornada, quinta-feira, 3 de Abril de 2014)

    segunda-feira, 14 de abril de 2014

    GILMAR MENDES E A " OPERAÇÃO BANQUEIRO"

    A mídia nacional e diversas revistas publicaram coisas sobre as relações de Gilmar Mendes com o safardana Daniel Dantas. Agora Gilmar está processando o jornalista autor do livro Operação Banqueiro , por esse tipo de relacionamento com gente suspeita estão pegando no pé de André Vargas! E as supostas relações de Gilmar com o orelhudo não são investigadas?

    QUEM FISCALIZA A UNIMED





                         MEDIPREV E UNIMED: A DIFERENÇA


     


    Paguei, por muito tempo, três convênios da UNIMED. Por péssimo atendimento cancelei dois – meu e da minha esposa-; só fiquei com o da minha mãe, de 94 anos, porque ela reside em Joinville e não tenho controle da situação. Por que cancelei os convênios com a UNIMED? Porque o atendimento da UNIMED é uma merda! No litoral do Paraná é uma via crucis se conseguir atendimento médico especializado. Minha esposa precisou de um ginecologista e não tinha um médico em Pontal do Paraná. O conveniado tem que ficar doente no dia que eles podem atender! Pode? Proponho ao Ministério da Saúde que descredencie os serviços(¿) médicos da UNIMED e em seu lugar coloque uma entidade cubana, a CUBAMED. A UNIMED faz propaganda enganosa dos seus (dês)serviços; o PROCON devia entrar em ação e fiscalizar esses mercenários da saúde.  Por que não o faz?
    Fiz uma credencial da MEDIPREV sem custo algum. As consultas e exames via MEDIPREV são atendidas com rapidez; já na UINIMED é uma demora lascada! Os custos nem se compara; na UNIMED é tudo mais caro. Precisei de uma cirurgia de vasectomia e além da burocracia para fazê-la, o médico não queria dar recibo dos serviços. São os mercenários da saúde!
    Quando o Ministério da Saúde e a Defesa do Consumidor vão dar um basta nisso?

    UM DOCUMENTO ATUAL





    ATUALIDADE  DO  MANIFESTO COMUNISTA


    Miguel Urbano Rodrigues


    Reli há dias o Manifesto Comunista.


    Transcorreram 165 anos desde que Marx e Engels divulgaram esse explosivo documento revolucionário.


     O mundo atual é muito diferente daquele que inspirou o Manifesto. Na época, a Revolução de 1948 alastrava pela Europa. O «espectro» do comunismo alarmava as classes dominantes, do Atlântico aos Urais. Mas somente em 1917, quase meio século após a Comuna de Paris, uma revolução vitoriosa e um partido comunista criaram o primeiro Estado socialista na Rússia. Mais de sete décadas durou a primeira experiência socialista triunfante. Findou com a trágica desagregação da União Soviética e o regresso do capitalismo à Rússia.


    Hoje, na Europa, o Poder é exercido pelas classes dominantes. Talvez com uma única exceção, burguesias arrogantes controlam os governos. Os políticos que as representam são neoliberais, social- democratas domesticados, ou saudosistas do fascismo. Neste contexto histórico tão sombrio, foi com surpresa que, ao reler o Manifesto Comunista, conclui que não perdeu atualidade. Continua carregado de ensinamentos para comunistas e não comunistas. Sinto que em Portugal, nomeadamente, é atualíssimo.


    A ESCOLA DA REVOLUÇÃO DE 1848


    Na Alemanha, então um conglomerado heterogéneo de reinos e principados quase feudais, a Revolução de 1848 foi uma grande escola de política para Marx e Engels.  Ambos sabiam que a teoria sem a prática não abre o caminho para vitórias revolucionárias. A Revolução de Fevereiro em França lançara o pânico na Europa das monarquias quando Lamartine proclamou a Republica em Paris.
    Mas foi somente quando regressaram à Alemanha que Marx e Engels se aperceberam em dois dramáticos anos, no quadro da revolução que abrasava a Europa, das dificuldades insuperáveis que na época impediam a concretização em prazo previsível do projeto comunista de que a Nova Gazeta Renana era o mensageiro mais prestigiado.


    Engels afirmou na velhice que o Manifesto era «o produto mais amplamente divulgado, mais internacional, de toda a literatura socialista, o programa comum de muitos milhões de operários de todos os países, da Sibéria à Califórnia».


    «Este pequeno livrinho-escreveu Lénine - vale por tomos inteiros: inspira e anima até hoje o proletariado organizado e combatente do mundo civilizado». Segundo o grande revolucionário russo, o Manifesto «expõe, com uma clareza e um vigor geniais, a nova conceção do mundo, o materialismo consequente, aplicado também no domínio da vida social, a dialética como a doutrina mais vasta e mais profunda do desenvolvimento, a teoria da luta de classes e do papel revolucionário histórico universal do proletariado, criador de uma sociedade nova, a sociedade comunista». Inovador, o Manifesto esboçou o quadro do desenvolvimento do capitalismo e iluminou as contradições internas que conduzirão ao seu desaparecimento.


    Marx e Engels estavam conscientes de que era indispensável para a conquista do poder criar um partido capaz de assumir o papel de vanguarda da classe operaria. Internacionalistas, advertiram, porem, que a luta da classe operária teria de se desenvolver em primeiro lugar em cada nação. Ambos consideraram extremamente perigosas as organizações reformistas e contra elas lutaram sempre com tenacidade.


    Pensando na União Europeia e mais especificamente em Portugal, impressiona verificar como essas preocupações e advertências permanecem atuais e facilitam a compreensão de grandes desafios do presente.  Na Alemanha, a ausência de condições subjetivas favoráveis foi determinante para a alteração da relação de forças, abrindo caminho à repressão, comandada pela Prússia.


    Os autores do Manifesto esbarraram com obstáculos intransponíveis na tentativa de criar o partido revolucionário de novo tipo. Seria Lenine o seu criador na Rússia, muitas décadas depois.  Mesmo em Colônia, sede do núcleo duro da Liga dos Comunistas, os conflitos entre facções e personalidades foram permanentes, incluindo entre alguns dirigentes políticos que pretendiam ser comunistas, mas atuavam como oportunistas.


    Marx e Engels tiveram de enfrentar problemas – ambições, invejas, vaidades, etc. - na própria redação da Nova Gazeta Renana. Até no debate sobre a legalidade ou ilegalidade da Liga dos Comunistas. A imaturidade do movimento revolucionário alemão contribuiu decisivamente para a derrota da revolução democrática burguesa. Mas a prática da luta revolucionária, como sublinhou Marx, foi uma excelente escola para a educação política dos operários.


    A reflexão de Marx e Engels sobre os acontecimentos de 1848/49 é identificável em trabalhos que escreveram sobre a complementaridade teoria-prática. A derrota do proletariado francês em junho de 48 foi o prólogo da vaga de repressão que varreu a Europa. A revolução democrática burguesa foi esmagada na Áustria, na Boêmia, na Itália, na Alemanha, na Hungria (em Budapeste com a ajuda militar da autocracia russa). Mas, apesar de derrotadas, essas Revoluções confirmaram a opinião dos autores do Manifesto sobre o papel fulcral que a luta de classes desempenha no choque entre opressores e oprimidos. Na sua obra A Luta de Classes em França, Marx demonstra ter assimilado as lições do insucesso da insurreição do proletariado francês na insurreição de junho.


    Há um limite para que os inimigos do povo governem contra ele. Marx e Engels recordam essa evidência no seu atualíssimo – repito - Manifesto Comunista. O direito de rebelião contra a tirania é inerente à condição humana.


     Vila Nova de Gaia, 10 de Abril de 2014


    LIÇÕES PARA O BRASIL


    A releitura  do Manifesto, conclui que ele funciona como um manual para a luta contra os equívocos praticados pelos “ governos”  petistas – Lula e Dilma – bem como aos sectarismos  das oposições. O atual governo brasileiro tem sido pífio em relação aos projetos de transformação estruturais, como são os casos da reforma agrária e do sistema financeiro, bem como em se desatrelar do agronegócio multinacional.


    No Manifesto há parágrafos, na denúncia do desprezo pelos trabalhadores, da sobre-exploração da força de trabalho, e da desumanização e arrogância do capital, que se ajustam como uma luva à estratégia devastadora do brasileiro. Este diferencia-se de ditaduras tradicionais porque atua sob a fachada de uma democracia formal. Mas a máscara institucional não ilude as vítimas de uma política criminosa, nem sequer personalidades e estamentos sociais que o apoiaram inicialmente.


    O MST é um exemplo de estamento social que sempre apoiou o governo e hoje exige a implantacão de uma verdadeira reforma agrária no país, bem como a proibição dos OGMs-Organismos Geneticamente Modificados, mais conhecidos como transgênicos. Os trabalhadores manifestam-se diariamente exigindo melhor saúde, mais saneamento e mais habitação.


    Entretanto, são conquistas que só serão conseguidas com o povo nas ruas respaldando o governo contra a direita fascista e exploradora.

    domingo, 13 de abril de 2014

    "DIÁLOGO À VENEZUELA"



    O titulo acima é o editorial da Folha de São Paulo(12/04/14) que comenta a convocação do presidente venezuelano Nicolás Maduro para um diálogo entre oposição e governo. A Folha, numa posição totalmente favorável ao golpe e aos interesses dos EUA em querer tomar conta das reservas de petróleo da Venezuela, critica a convocação de Maduro dizendo que " trata-se de uma bazófia, quando se toma conta a dura realidade de um país que vive apenas de um produto... e tem crônicos problemas de desabastecimento." A Folha desconhece os méritos do governo, desde a época de Chavez, em resolver os problemas sociais e investir na agricultura. Os " problemas  de desabastecimento" são provocados pela direita fascista, pelos empresários donos de supermercados e setores do abastecimento de alimentos. A origem da crise venezuelana não está no governo, sim nos boicotes, nas destruição do patrimônio público e instalações sociais do governo feitas pelos fascistas a serviço dos EUA. No meu entendimento Maduro está muito mole; tem que confiscar todos os produtos de abastecimento daqueles que praticam o boicote. Pau neles Maduro!

    ONU: ORGANIZAÇÃO SERVIÇAL DOS EUA

    A ONU ao aceitar a negativa dos EUA de autorização para que  um iraniano seja embaixador do país naquela organização, com sede em Nova York, transformou-se num covil dos EUA. Os EUA vetou o nome de Hamid Abutalebi por suspeita de que ele tenha participado do grupo que sequestrou diplomata dos EUA em 1979. O Irã classificou a decisão de " lamentável". Está na hora de nos vetarmos também diplomatas dos EUA, como o caso da atual embaixadora no Brasil; uma golpista juramentada!

    O QUÊ OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NÃO DIZEM



    Venezuela: El partido de López es una organización terrorista

     PINTO
    RADIOMUNDIAL – El líder fundador del Movimiento Revolucionario Tupamaro, José Pinto, aseveró durante su intervención en el diálogo de paz entre Gobierno y oposición, realizado en el Palacio de Miraflores, que Voluntad Popular es una organización terrorista.
    “La violencia en el país partió de Leopoldo López y Voluntad popular“, expresó Pinto, al tiempo que calificó al partido opositor de “terroristas”,
    Pinto recordó que el 9 de abril de 2014 introdujo un recurso de amparo ante el TSJ para pedir la disolución del partido de Leopoldo López.
    Pinto recordó a Ramos Allup, al principio de su alocución, que la memoria histórica es importante para saber cómo proyectar al futuro ese proceso histórico que se ha vivido. “A ustedes se les olvida que existieron dos Gobiernos durante más de 40 años que persiguieron, asesinaron, secuestraron y desaparecieron estudiantes”, dijo el representante del MRT.
    “Vivimos en un marco de contradicciones pero que son necesarias, aquí se presentan dos modelos de país y nosotros decimos con esto somos contradictorios pero podemos sentarnos y llegar a acuerdos”, añadió Pinto.
    Para el representante del movimiento Tupamaro el antagonismo político solo conduce a la violencia, y criticó que los “actores opositores” están involucrados y siguen involucrados en la violencia.
    “Hicieron una guerra mediática internacional contra los Tupamaros, y como no pudieron demostrarlos cambiaron el discurso hacia los colectivos, yo más bien quiero felicitar a los colectivos, esos que fueron agredidos durante más de cuarenta años”, subrayó.
    Fonte: contrainjerencia

    SE A OPOSIÇÃO VENEZUELANA FOSSE FRANCESA...



         


    por Salim Lamrani [*]
    Cartoon de Vicman. O que aconteceria se a oposição venezuelana fosse francesa? O caso da deputada María Corina Machado é revelador pois a Justiça da França seria implacável com ela

    Desde Fevereiro de 2014 a Venezuela sofre com a violência orquestrada pela extrema-direita golpista. Ao contrário do que mostram os meios de comunicação ocidentais, ela se limita a nove dos 335 municípios do país e reina a tranquilidade na imensa maioria do território nacional, particularmente nos bairros populares. Alguns estudantes procedentes dos bairros abastados tomam parte em graves acções criminosas – e não em manifestações pacíficas como afirmam os media ocidentais. Mas eles estão longe de serem maioritários. Na verdade, a maioria das pessoas detidas tem graves antecedentes criminais e vários, inclusive, são procurados pela Interpol. [1]

    A oposição dirige esses novos sectores abastados. Ainda que a violência tenha sido limitada em termos geográficos, está a ser mortífera. De facto, pelo menos 37 pessoas perderam a vida, algumas em condições particularmente atrozes: seis pessoas que circulavam de moto foram degoladas por cabos de aço estendidos nas ruas. Por outro lado, cinco membros da Guarda Nacional Bolivariana e um promotor da República foram assassinados por esses grupúsculos, e outras oito pessoas que tentavam abrir caminho nas ruas e desmontar as barricadas foram executadas. Cerca de 600 pessoas foram feridas, dentre elas 150 membros das forças da ordem. [2]

    Os danos materiais são incontáveis e superaram os 10 mil milhões de dólares, com a multiplicação de actos de terrorismo e de sabotagem que miram tudo o que representa a Revolução Bolivariana, democrática e social: autocarros incendiados, estações do metro saqueadas, uma universidade — a UNEFA — completamente destruída pelas chamas, dezenas de toneladas de produtos alimentícios destinados aos mercados públicos reduzidos a cinzas, edifícios públicos e sedes ministeriais saqueadas, instalações eléctricas sabotadas, centros médicos devastados, instituições eleitorais destruídas etc. [3]

    Cartoon de Vicman: O discurso da sra. Corina. María Corina Machado é uma das autoras intelectuais desses actos criminosos. Deputada da oposição, ao invés de respeitar a legalidade constitucional do país lançou numerosos apelos públicos à violência: "O povo da Venezuela tem uma resposta: 'Rebeldia, rebeldia'. Alguns dizem que devemos esperar eleições dentro de alguns anos. Podem esperar os que não conseguem alimentos para os seus filhos? Podem esperar os funcionários públicos, os camponeses, os comerciantes, de quem tiram o direito ao trabalho e à propriedade? A Venezuela não pode esperar mais". [4]

    Corina Machado pôs-se mesmo ao serviço de uma potência estrangeira hostil ao representar o Panamá durante uma reunião da Organização dos Estados Americanos, em flagrante violação dos artigos 149 e 191 da Constituição. O primeiro estipula que "os funcionários públicos não poderão aceitar cargos, honras ou recompensas de governos estrangeiros sem a autorização da Assembleia Nacional". O segundo, por sua vez, enfatiza que "os deputados ou deputadas da Assembleia Nacional não poderão aceitar ou exercer cargos públicos sem perder seu mandato, salvo em actividades docentes, académicas, acidentais ou assistenciais, que não suponham dedicação exclusiva.". [5]

    A deputada acaba de perder a imunidade parlamentar e o seu mandato no Parlamento. [6] Ela nega-se a aceitar a sua nova situação jurídica, afirmando que seu mandato só pode ser revogado em caso de "morte, renúncia, extinção ou destituição resultante de sentença tribunal" [7] . A lei, no entanto, é muito clara: segundo o Regulamento Interno e de Debates da Assembleia Nacional, a imunidade parlamentar pode ser revogada pelo voto maioritário dos deputados, o que foi o caso. Em relação ao seu cargo de deputada, ela o anulou automaticamente ao violar os artigos 149 e 191. [8]

    O que aconteceria se María Corina Machado fosse francesa? Seria investigada sob os rigores da lei penal. De facto, a deputada destituída atentou contra os interesses fundamentais da nação, isto é, contra a "forma republicana de suas instituições" (artigos 410-1), ao convocar uma ruptura violenta da ordem constitucional [1] .

    Da mesma maneira, o artigo 411-4 estipula que "o facto de manter [relações de] inteligência com uma potência estrangeira, com uma empresa ou organização estrangeira ou sob controle estrangeiro ou de seus agentes, com vistas a suscitar hostilidades ou actos de agressão contra a França é sancionável com 30 anos de detenção criminal e 450 mil euros de multa. Sanciona-se com as mesmas penas o facto de proporcionar a uma potência estrangeira, a uma empresa ou organização estrangeira ou [que esteja] sob o controle estrangeiro ou de seus agentes, os meios de empreender hostilidades ou realizar actos de agressão contra a França". De fato, Corina Machado tem-se reunido regularmente com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, o qual desempenha um papel chave na desestabilização da Venezuela.

    Corina Machado também teria infringido o artigo 412-2 do Código Penal francês e seria acusada de complô: "Constitui um complô a resolução tomada entre várias pessoas de cometer um atentado, quando essa resolução se concretiza mediante um ou vários actos materiais. O complô é punido com dez anos de prisão de 150 mil euros de multa. As penas chegam a vinte anos de detenção criminal e a 300 mil euros de multa, quando uma pessoa depositária de autoridade pública comete a infracção."

    Corina Machado também teria violado os artigos 412-3 e 412-4 do Código Penal. Estes, estipulam que "constitui um movimento insurreccional toda violência natureza de colectiva que ponha em risco as instituições da República ou atente contra a integridade do território nacional. É punido com quinze anos de detenção criminal e 250 mil euros de multa o facto de participar de um movimento insurreccional: 1. Edificando barricadas, trincheiras ou todo tipo de obra com o objectivo de impedir ou colocar entraves à acção da força pública; 2. Ocupando abertamente ou mediante ardil ou destruindo todo edifício ou instalação; 3. Assegurando o transporte, a subsistência ou as comunicações dos insurgentes; 4. Provocando agrupamentos de insurgentes, qualquer que seja a forma; 5. Empunhando uma arma. 6. Substituindo uma autoridade legal".

    Se a ex-parlamentar María Corina Machado fosse francesa, estaria na prisão e seria acusada de graves crimes contra o Estado e as instituições da República. Aconteceria o mesmo aos principais líderes da oposição venezuelana que participaram das violências mortíferas desde Fevereiro de 2014.
    [1] Agencia Venezolana de Noticias, "Delincuentes buscados por Interpol manejaban 18 barricadas en Táchira", 18 de março de 2014;  Agencia Venezolana de Noticias , " Guarimbas: Instrumento de la ultraderecha que ha cobrado 36 vidas ", 25/Março/2014; Romain Migus, " Venezuela: la fabrique de la terreur ", Março/2014. http://www.romainmigus.com/2014/03/la-fabrique-de-la-terreur.html (site consultado em 31/Março/2014).
    [2] Agencia Venezolana de Noticias, "Violencia derechista en Venezuela ha generado 37 muertos y 559 heridos", 31/março/2014; Telesur, "Más de 10 mil millones de dólares en pérdidas materiales por guaribas", 27/Março/2014.
    [3] Agencia Venezolana de Noticias, "Violencia derechista en Venezuela destruye 12 centros de atención médica y electoral", 27/Março/2014.
    [4] Salim Lamrani, "25 verdades sobre las manifestaciones en Venezuela ", Opera Mundi, 23/Fevereiro/2014.
    [5] Constitución de la República Bolivariana de Venezuela. http://www.tsj.gov.ve/legislacion/constitucion1999.htm (sítio consultado em 31/Março/2014)
    [6] EFE, "Parlamento venezolano ratifica pérdida de investidura de diputada María Corina Machado", 26/Março/2014.
    [7] Agence France Presse, "Opositora Machado regresa el miércoles a Caracas y teme ser detenida", 24/Março/2014.
    [8] Asamblea Nacional de la República Bolivariana de Venezuela, "Reglamento Interior y de Debates de la Asamblea Nacional". www.asambleanacional.gob.ve/... (sítio consultado dia 31/Março/2014).
    [9] Code pénal français. www.legifrance.gouv.fr/affichCode.do?cidTexte=LEGITEXT000006070719 (sítio consultado dia 31 de março de 2014).


    [*] *Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos, Salim Lamrani é professor-titular da Universidade de la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro é Cuba. Les médias face au défi de l'impartialité , Paris, Editions Estrella, 2013, com prefácio de Eduardo Galeano.
    Contacto: lamranisalim@yahoo.fr , Salim.Lamrani@univ-reunion.fr
    Página no Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

    sábado, 12 de abril de 2014

    ESTÃO FRITANDO O PT

    O PT está sofrendo um massacre da mídia e dos partidos de oposição não porque está fazendo tudo errado, sim porque está fazendo tudo aquilo que sempre foi feito- e continua sendo- na politicalha brasileira. O PT, principalmente os do Paraná, sempre foi muito patrulheiro; fiscalizavam até eleições em associações. Fui vítima dessa patrulha em eleições da AEAPR- Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e FAEAB- Federação das Associações dos Engenheiros Agrônomos, onde na composição de chapas me acusavam de " fazer frente com a UDR". Eram entidades de categoria profissional; não eram partidos. Hoje o PT, agremiação  partidária, pratica tudo aquilo que criticava nos outros; ai um dos motivos da fritura. Hoje o PT se abraça com Maluf, com a turma do falecido - felizmente- ACM e segundo a Folha de São Paulo - 12/04/14 - " PT terá vices de partidos de 'direita' em seis  Estados". O PT está comendo o pão amargo que amassaram ao longo da sua trajetória política. O PT não é pior e tampouco está fazendo mais  cagadas que os outros partidos republicanos; sim está  sendo fritado pelos confrontos que fez e por tudo aquilo que todos os partido fizeram - e continuam fazendo, nesse pais de parlamentares vendilhões, mercenários e chantagistas. Mensalão sempre existiu e existirá enquanto prevalecer essa politicalha baseada na compra, no " toma lá, dá cá". As campanhas dos parlamentares são financiadas por grandes empresas, banqueiros. doleiros, bicheiros, gente do tráfico de drogas, etc. Agora só PT é que é o criminoso. Por que? Porque as eleições estão ai! O PT está sendo fritado por ter colocado em prática, lá atrás, o patrulhamento e a intolerância na política, tudo isso aliado a incompetência e a falta de preparo para enfrentar as velhas raposas da politicagem nacional. É uma pena assistirmos esse massacre sob o olhar pasmo da "militância" petistas

    terça-feira, 8 de abril de 2014

    FASCISTAS INFLUENCIAM PCC



    A policia descobriu um plano do pcc- fação criminosa conhecida como primeiro comando da capital, que tinham um plano de explodir a ponte sobre a represa do Capivari. Vejam que o Sul do pais ficaria isolado. O pcc está sendo influenciado pela turma dos black blocs, dos anarquistas e trotskistas a serviço do fascismo. A economia de três estados- PR,SC e RS- , a população e os trabalhadores seriam prejudicados por esse plano macabro. Presidenta Dilma, isso é caso para paredón. Pegue os envolvidos e os mande bater continência para São Pedro!

    PERGUNTA AO MINISTÉRIO PUBLICO E JUSTIÇA DO PARANÁ...

    Como está o processo de Abib Miguel, o famigerado Bibinho, que desviou milhões dos cofres públicos e seus asseclas os deputados Nelson Justus e Alexandre Curi? Vão deixar caducar? Vão leva-los ao decurso de prazo? Perguntar não ofende, né?

    domingo, 6 de abril de 2014

    UMA PORCARIA A MENOS NO MUNDO...



    McDonald’s cierra sus restaurantes en Crimea… ¿ y pronto en Rusia ? (0)


    La cadena estadounidense de comida rápida McDonald’s anunció el cierre de sus 3 establecimientos en Crimea –en las ciudades de Sebastopol, Simferopol y Yalta. Al comentar el anuncio, el líder del Partido Liberal Demócrata (nacionalista) ruso, Vladimir Jirinovski, declaró que McDonald’s haría bien en decidirse a cerrar también sus establecimientos en el resto de la Federación Rusa, alrededor […]

    JOSE WILKER: MORTE GLORIOSA



                                                                  
    Wilker morreu de infarto, aos 67 anos, enquanto dormia na casa da namorada, de sexta-feira para sábado.
    Morte gloriosa, na cama da namorada; grande Wilker, morreu de prazer!

    AS GARRAS DO TIO SAM



    Revelações de um ex-agente da CIA

    Os planos da CIA na Venezuela e no mundo

    por Raúl Capote
    Raul Capote. Raúl Capote é cubano. Mas não um cubano qualquer. Na sua juventude foi cooptado pela Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. Ofereceram-lhe uma quantidade sem limite de dinheiro para conspirar contra Cuba. Mas surgiu algo inesperado para os EUA. Capote, na realidade trabalhava para a segurança nacional cubana. Desde então, actuou como um agente duplo. Conheça a sua história através de uma entrevista exclusiva com Chávez Vive, que concedeu em Havana.

    "EU ERA O LÍDER DE UM MOVIMENTO ESTUDANTIL E A CIA CAPTOU-ME"

    Como foi o seu processo de recrutamento ?
    Foi um processo de muitos anos, de vários de anos de preparação e de cooptação. Eu era o líder de um movimento de juventude em Cuba que, na época, deu origem a uma organização, a Associação Cultural de Hermanos Saiz, uma associação de jovens criadores, jovens pintores, escritores, artistas. Eu trabalhava numa cidade do sul de Cuba, centro-sul de Cuba, Cienfuegos, cujas características, para o inimigo, eram muito interessantes, porque era uma cidade onde na época se estava construindo um grande centro industrial. Estava-se construindo uma central eléctrica, a única que se ia instalar em Cuba e havia muitos jovens a trabalhar na obra. Uma cidade com muitos jovens engenheiros formados na União Soviética. Estamos falando do final dos anos oitenta, quando houve todo aquele processo da perestroika. Muitos engenheiros cubanos, que chegaram a Cuba naquela época, graduados lá, eram pessoas que vinham com a ideia de perestroika. Portanto, era um território interessante, onde havia muita gente jovem. E o facto de eu ser um jovem líder de uma organização cultural, que movimentava um sector importante dos engenheiros que estavam interessados nas artes, foi interessante para os americanos que começaram a frequentar as reuniões a que nós assistíamos. Nunca se identificando como inimigos, nem como agentes da CIA.

    Eram vários ou sempre a mesma pessoa?
    Vários. Nunca se apresentavam como agentes da CIA nem como pessoas que viessem para prejudicar.

    - E quem vocês supunham que fossem?
    Apresentavam-se como pessoas que vinham nos ajudar no nosso projecto, e que tinham a possibilidade de financiá-lo. Que tinham a capacidade de o tornar realidade. A proposta, como tal, parecia interessante porque, bem, um projecto no mundo da literatura exige que se conheça um editor, que se tenham relações editoriais. É um mercado muito complexo. E vinham em nome de editoras. O que acontecia é que durante o processo de contacto connosco, parecia bastante claro o que eles realmente queriam. Porque, uma vez que faziam o contacto, uma vez que começavam a frequentar as nossas reuniões, que começavam a prometer os financiamentos, vinham, em seguida, as condições para sermos financiados.

    A CIA TEM UM ORÇAMENTO INFINITO

    Que condições exigiam?
    Diziam-nos: temos a capacidade de colocar o mercado à vossa disposição, de levá-los ao mercado do livro, ou do filme, ou das artes plásticas ou qualquer outra coisa, mas queremos a verdade, porque o que se vende no mercado é a imagem de Cuba. A imagem de Cuba tem que ser uma visão realista, das dificuldades, do que acontece no país. Queriam viciar a realidade de Cuba. O que estavam pedindo é que fizéssemos uma critica da revolução, com base nas linhas de propaganda contra Cuba, que eles manejavam.

    A quanto pode ascender o orçamento dessa gente?
    Eles vinham com uma quantidade infinita de dinheiro, porque a origem do dinheiro, é claro, com o tempo conseguimos saber de onde vinha. Por exemplo, havia a USAID, que era o maior patrocinador, a maior contratadora de todo o orçamento, que era canalizado através de ONGs, que muitas vezes eram inventadas para Cuba. Eram ONGs que não existiam, que foram criadas exclusivamente para esse tipo de trabalho em Cuba e estamos a falar de milhares e milhares de dólares. Eles não trabalhavam com orçamentos pequeninos. Para dar um exemplo, num dado momento, a mim ofereceram-me dez mil dólares, apenas para incluir elementos de propaganda contra Cuba no romance em que eu estava trabalhando.

    De que ano estamos falando?
    Estamos em 1988, 89.

    Quantas pessoas poderiam ter sido contactadas por essa gente ou cooptadas?
    Realmente não tiveram muito sucesso, porque em Cuba havia uma cultura de confronto para tais coisas e as pessoas tinham muito presente que poderia haver algo por trás dessa história de querer-nos ajudar. Não era novo na história do país e, por isso, era muito difícil chegarem a nós. Num dado momento, já em 92, tivemos uma reunião com todos os membros da organização e foi decidido expulsá-los. Não permitir mais a assistência a qualquer das nossas reuniões. Essa gente, que já estava chegando com propostas concretas e também condicionando a ajuda financeira que nos estavam dando. O que acontece é que, quando fizemos isso e os rejeitámos, os expulsámos da sede da associação, em seguida, começaram a particularizar. Começam a visitar-me, a mim em particular e a alguns camaradas jovens. Com alguns foram bem sucedidos, ou seja, alguns deles conseguiram, inclusive, levá-los para fora do país.

    Que perfil procuravam eles, mais ou menos, se se pode especificar um perfil?
    Eles queriam, especialmente naquela época, apresentar Cuba como um país que estava no caos. Que o socialismo em Cuba havia falhado em atender às necessidades da população e que Cuba era um país que o socialismo levara à pobreza absoluta e que, como modelo, não agradava. Foi a chave para o que se pretendia, especialmente naquela época.

    NA VENEZUELA TRABALHOU UMA AGENTE EXPERIENTE EM DERRUBAR GOVERNOS

    Quanto tempo esteve como agente da CIA?
    Estivemos nessa história até ao início do ano de 94. Porque em 94 eu venho para Havana, volto para a capital e aqui, vou trabalhar no Sindicato dos Trabalhadores da Cultura, um sindicato que representa os trabalhadores da cultura na capital, o que me tornou ainda mais interessante para eles, porque deixava de ser um líder de uma organização de jovens com 4.000 membros, para passar a liderar uma organização sindical com 40.000 membros. Ou seja, uma união com 40.000 membros, apenas na cidade de Havana. Então isso tornou-se muito mais interessante. Eles continuaram os contactos. Naquele momento apareceu um novo professor universitário que veio com a missão de promover a produção de meu trabalho literário, para se tornar o meu agente, para organizar eventos.

    Pode dar o nome ?
    '. Não, porque usavam pseudónimos. Nunca nomes reais. E esse tipo de trabalho, de me promover como escritor, era no que eles estavam muito interessados, porque queriam tornar-me uma personalidade dentro desse mundo. Promovendo-me agora, e comprometendo-me com eles de maneira não directa. E então, em 2004, chega aqui a Havana uma pessoa que é bem conhecida na Venezuela, Kelly Keiderling . Kelly chega a Havana para trabalhar como Chefe do Gabinete de Imprensa e Cultura. Preparam uma reunião. Preparam um cocktail e neste cocktail eu tenho uma reunião com doze funcionários norte-americanos e europeus. Não eram só americanos. Todos pessoas que tinham experiência, alguns com experiência mesmo dentro da própria União Soviética, outros tinham participado em acções de formação e preparação de gente na Jugoslávia, nas Revoluções coloridas, e estavam ansiosos por me conhecer. Kelly torna-se uma pessoa muito próxima. Começa a preparar-me. Começa a instruir-me. Eu começo a receber dela uma formação muito sólida: a criação de grupos alternativos, a criação de grupos independentes, a organização e formação de jovens líderes, especialmente em projectos culturais, mas que foram sempre alternativos, que não participaram nos trabalhos das instituições culturais. Isso foi no ano de 2004-2005. Kelly sai praticamente de cena em 2005-2006. E começo a trabalhar, ela apresenta-me, coloca-me em contacto directo com funcionários da CIA. Supostamente, eu já estava comprometido com eles, estava pronto para a próxima missão, e colocam-me em contacto com Renee Greenwald, um responsável da CIA que começa a trabalhar comigo directamente, e com um senhor chamado Mark Waterhein que era, naquele tempo, o chefe do Projecto Cuba, da Fundação Pan-americana para o Desenvolvimento.

    CENTENAS DE JOVENS VENEZUELANOS FORAM COOPTADOS PELA CIA

    '. Esse senhor Mark , além de dirigir o Projecto Cuba, tinha uma ligação directa com Cuba, na questão do financiamento de projectos contra a Revolução e também estava envolvido em tarefas contra a Venezuela. Quero dizer, ele era um homem que, como muitos de sua equipe, funcionários do famoso projecto, também trabalhou contra a Venezuela na época. Eles estavam intimamente ligados. Às vezes tinha dificuldade em diferenciar quem trabalhava com Cuba, e quem não, pois muitas vezes alternavam. Por exemplo, havia venezuelanos que vinham trabalhar comigo, que trabalhavam em Washington, que estavam subordinados à Fundação Pan-Americana e à CIA e vinham a Cuba para treinar-me e trazer suprimentos. Daí sai a ideia de criar uma fundação, um projecto, que se chamou Génesis.

    Génesis é, talvez, a matriz, como ideia, de muitas das coisas que aconteceram no mundo de hoje, agora mesmo, porque Génesis é um projecto destinado a estudantes universitários cubanos. Estavam fazendo algo semelhante na Venezuela. Porque, o que acontece? A ideia era transformar as universidades – que sempre tinham sido revolucionárias, que tinham produzido revolucionários, de onde haviam saído muitos dos revolucionários de ambos os países – e convertê-las em fábricas de reaccionários. Então, como fazer isso? Formando líderes. O que começaram a fazer na Venezuela? Enviavam estudantes para a Jugoslávia, financiados pelo Instituto Republicano Internacional (IRI) , que era financiado pela USAID e pelo Instituto Albert Einstein, enviados em grupos de dez, com o seu professor.

    Conhece os nomes dos venezuelanos?
    Não, estamos falando de centenas. Eu falava com o professor e via que um grupo se seguia a outro. Porque eles estavam trabalhando a longo prazo. O plano era o mesmo contra Cuba. Génesis promovia, dentro da universidade, um sistema de bolsas para a formação de líderes para alunos cubanos e professores cubanos. O plano era muito similar. Mesmo em 2003, eles prepararam, aqui em Havana, um curso na Secção de Interesses dos Estados Unidos, chamado "Derrubando um líder, derrubando um ditador", que se baseava na experiência da Otpor para afastar Milosevic do poder. E é a ideia, dentro da universidade cubana, de que estão trabalhando a longo prazo, porque todos esses projectos sempre têm um longo prazo, para ter resultados. Por isso, também começaram cedo na Venezuela. Eu acho, embora não tenha provas, mas acredito, que na Venezuela começou antes do governo Chávez, porque o plano de transformar as universidades latino-americanas, que sempre foram centros de processos revolucionários em universidades reaccionárias, é mais velho que o processo venezuelano para reverter a situação e criar uma nova direita.

    A CIA TRABALHA EM TODA A VENEZUELA

    A CIA só trabalha em Caracas?
    Não, em toda a Venezuela. Naquela época, Génesis tinha em Cuba um plano de bolsas para formar líderes. Propunham aos estudantes uma bolsa de estudos numa universidade dos EUA, ou uma grande universidade europeia para os treinar como líderes, com tudo pago. Pagavam as despesas, pagavam bolsas completas. Estamos falando do ano de 2004-2005. Era muito evidente. Então, esses líderes voltariam para a universidade em algum momento. São estudantes. Vão acabar a sua carreira. Esses líderes, quando terminem as suas carreiras, vão ocupar diferentes cargos, diferentes possibilidades, como engenheiros, como graduados em diferentes sectores da sociedade cubana, mas outros vão ficar constantemente preparando líderes dentro da universidade. Uma das missões mais importantes dos líderes da universidade, era ocupar a liderança das principais organizações de jovens. No caso de Cuba, nós estamos falando da União de Jovens Comunistas e da Federação Estudantil Universitária, ou seja, não se tratava na época da criação de grupos paralelos, mas tornarem-se líderes de organizações que já existiam em Cuba. Simultaneamente, formar um grupo de líderes nas estratégias de golpe suave. Ou seja, treinar gente para quando o momento fosse oportuno, no momento certo, poder efectuar as famosas revoluções coloridas ou guerras não violentas que, como se sabe muito bem, de não violentas, não têm nada.

    Que perfil procuram num professor, para ser cooptado?
    Professores é muito fácil. Identificar na universidade professores que eram pessoas descontentes com a instituição, pessoas frustradas, por considerarem que a instituição não lhes garantia, ou não reconhecia o seu mérito. Se eram mais velhos, ainda melhor. Não especificavam. Escolhem pessoas mais velhas, para que as selecciones. Se lhe envias um plano de bolsas de estudo, ou ele recebe um convite para participar de um grande congresso internacional de determinada ciência ele vai ficar-te eternamente grato, porque foste o único que descobriu o seu talento, que nunca havia sido reconhecido pela universidade. Então, a esse homem que tu, que estás na sua universidade, levaste a estudar fora, a participar de um grande evento e lhe vão publicar a obra e lhe constroem um currículo, quando esse homem voltar para Cuba, regressa com um enorme currículo, porque ele participou de um evento científico de primeira classe, passou em cursos nas principais universidades e o seu currículo quase atingiu o tecto, portanto, a influência que poderia ter na universidade era maior, porque poderia ser reconhecido como uma figura no seu campo, embora na prática o homem fosse um ignorante.

    REALMENTE EU NÃO ERA UM AGENTE DA CIA, ERA UM AGENTE DA SEGURANÇA CUBANA

    E qual a eficiência e eficácia de tais cooptações, dessas missões que eles vinham promover aqui?
    No caso de Cuba, não lhes deu muito resultado. Primeiro, porque havia uma razão importantíssima: quem estava liderando o projecto era eu e eu realmente não era um agente da CIA, era um agente da Segurança Cubana, portanto, todo o projecto passou pelas minhas mãos, e deveria ser o único a executá-lo e o plano passava sempre pelo trabalho que eu podia fazer e o que fizemos foi entorpecê-lo ao máximo ao termos conhecimento do que estava sendo planeado. Mas note-se que eles estavam calculando o fim do seu plano para o momento em que desaparecessem as figuras históricas da Revolução. Eles estavam calculando um período de cinco ou dez anos, para Fidel desaparecer da cena política e desaparecerem de cena Raul e as figuras históricas do país. Era esse o momento que estavam à espera e quando acontecesse eu devia sair da universidade, com todo o apoio da imprensa internacional e com o total apoio de ONGs, USAID e todas essa gente que trabalhava em torno do dinheiro norte-americano da CIA, e emergiria uma organização para se apresentar ao público como uma alternativa ao que estava fazendo a Revolução. Isso é o que estava acontecendo com a Fundação para a Liberdade Génesis.

    Que Fundação é essa?
    A Fundación Génesis para la Libertad devia ter um discurso aparentemente revolucionário, porque a ideia era confundir as pessoas. A ideia era dizer que eram revolucionários, que queriam fazer mudanças no governo, mas quando se ia para a prática, quando se ia para a essência do projecto, quando se perguntava, o que é o projecto? O discurso e o projecto eram exactamente os mesmos que os da direita tradicional, porque as mudanças que promoviam eram as mudanças que a direita, até há algum tempo, estava promovendo no país. Na prática, quase se lhes dá uma grande oportunidade, no critério deles, em 2006, quando saiu a notícia na televisão de que Fidel, por causa da doença, deixava as responsabilidades que tinha no governo e eles sempre tinham dito que a Revolução Cubana caia no dia em que Fidel morresse. Porque a Revolução era Fidel e no dia em que Fidel não estivesse cá, se morresse ou deixasse o Governo, no dia seguinte, a Revolução caía, e calcularam que haveria confrontos internos, que ia haver descontentamento com isto e com aquilo. Cálculos, que não sei de onde raio os tiraram, mas em que acreditavam. E nesse momento eles acreditavam que era hora de começar a agir.

    CIA: O MELHOR QUE PODE ACONTECER É QUE MATEM UM OPOSITOR

    Estamos falando de 2006. E qual era o plano?
    Chamam-me automaticamente. Reunimo-nos, o chefe da estação da CIA, aqui em Havana, também apareceram funcionários diplomáticos e um disse-me: "Vamos organizar uma provocação. Vamos organizar um levantamento popular num bairro no centro de Havana, que haja uma pessoa disposta a erguer-se pela democracia, e vamos executar um conjunto de provocações, em lugares diferentes, de modo a que as forças de segurança cubanas sejam forçadas a actuar contra essa gente e então vamos montar uma grande campanha de imprensa". E começa explicando como tudo isso iria funcionar. A coisa interessante e que chamava muito a atenção, era como seria possível que um funcionário da Secção de Interesses dos Estados Unidos tivesse o poder de convocar a imprensa e que as pessoas obedecessem com esse servilismo. Foi muito marcante. A ideia era, e eu disse-lhe mesmo, "o que estás dizendo é um disparate. Quero dizer, esse homem que me mencionaste, chamado Alci Ferrer – o jovem que tinham escolhido; um agente jovem, médico, tinha sido escolhido para ser o líder da revolta – eu disse que esse rapaz não moverá ninguém. Ninguém se vai levantar no centro de Havana. A data escolhida é, nada mais nada menos, que o aniversário de Fidel e querem esse dia! Olha amigo, se esse homem, nesse dia, aparece fazendo proclamações, ou a querer levantar alguma coisa no centro de Havana, as pessoas vão reagir forte, inclusive, é possível que esse homem seja morto. Porque, como é num bairro de trabalhadores humildes, para fazer essas coisas, os vizinhos..." E ele diz-me, literalmente, "a melhor coisa que nos pode acontecer, a nós, é que o homem seja morto; se matam esse homem, será perfeito", e explica o que vai acontecer. "Só é preciso que ele provoque. Que saiam à rua e haja aí um confronto. Se isso acontecer, a imprensa será encarregada de construir o resto". E disse, "vamos montar uma grande campanha de mediática para mostrar que em Cuba há caos, que em Cuba há ingovernabilidade, que em Cuba Raul é incapaz de manter as rédeas do governo, que está matando civis, que está reprimindo os estudantes na rua, as pessoas na rua e a polícia está cometendo crimes". Qualquer semelhança com a Venezuela, não é por acaso. É assim.

    Então, o que deveria acontecer em tais circunstâncias?
    Uma vez criadas todas as matrizes de opinião e que todos os meios de comunicação tivessem construído essa imagem, que o mundo inteiro tivesse a visão de que em Cuba havia uma grande confusão e estavam matando as pessoas, que estava acabando tudo, então, a minha organização deveria cumprir a tarefa final.

    A CIA TRABALHA DIRECTAMENTE COM AS EMBAIXADAS DOS EUA NA AMÉRICA LATINA

    Qual era a tarefa final?
    Bem, chamar a imprensa internacional e, na minha qualidade de professor universitário, na minha condição de escritor, na qualidade de líder dessa organização, eu vinha publicamente pedir ao Governo dos Estados Unidos a intervenção em Cuba, para garantir as vidas de civis e para trazer paz e tranquilidade ao povo cubano. Falar ao país em nome do povo cubano. Imagine-se!

    Esse plano fracassa. Não deu resultado, mas é quando se vê, mais tarde, como se arma a guerra na Líbia e a maneira como ela é construída. Mais de 80% da informação que vimos, foi construída, foi fabricada. Fazem o mesmo na Síria e o mesmo estão a fazer na Ucrânia. Eu tive a oportunidade de conversar com muitos ucranianos, que estavam na base. Pessoas que são a favor da adesão à Europa. Procurei falar com eles nesses dias. Procurando, perguntando, como são esses processos? E eles ficaram impressionados com as imagens que o mundo transmitiu. O que passou em Miami, e eles mesmos dizem, nós estávamos reclamando aí, mas essas coisas que aparecem na televisão, isso era um grupo, ou seja, havia sectores, havia lugares onde havia grupos de direita, de muito extrema direita, onde havia este tipo de incidentes e onde se incendiava, mas a maioria das manifestações, não tinha tais características. Ou seja, esta é, mais uma vez, a repetição do esquema, usando todos os meios de comunicação.

    Então a relação entre a CIA e as embaixadas dos respectivos países são directas?
    Sim, completamente. Em cada embaixada na América Latina, todas as embaixadas americanas têm agentes da CIA trabalhando dentro delas, usando a fachada de funcionários diplomáticos.

    Pelo que conhece, onde há maior presença da CIA na região?
    Bem, num determinado momento, o Equador foi uma potência forte na matéria onde havia uma forte concentração e, claro, Venezuela, porque em 2012, quando eu assisto à Feira do Livro em Caracas, toda essa gente que tinha trabalhado comigo em Cuba, todos esses agentes da CIA, incluindo Kelly Keiderling, estavam em Caracas nesse momento. E eu participo num programa de televisão, na Venezolana de Televisión, onde discutimos esta questão, tendo muito cuidado, porque estávamos falando de dois países que têm relações. Esse não é o caso de Cuba, ou seja, Cuba não tem relações com os Estados Unidos. Esse é um inimigo declarado. Mas estávamos falando de funcionários que tinham relação diplomática e era muito complicado fazê-lo, sem ter provas concretas que pudesse apresentar. No entanto, a entrevista foi realizada e a denúncia do que estava acontecendo foi feita. Kelly Keiderling é uma especialista neste tipo de guerra. Eu não tenho a menor dúvida. Basta ver o percurso que ela tem. Os países onde esteve e quando esteve nesse tipo de conflito.

    AS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS DE NOTÍCIAS SÃO INFILTRADAS PELA CIA

    Ela tem um percurso por uma série de países onde ocorreram situações semelhantes à que tentou criar na Venezuela. E quando se analisa a Venezuela e o que aconteceu nos dias de hoje e a forma como eles agiram, eu acho que na Venezuela a característica é que eles têm sido extremamente agressivos na manipulação da informação. A tal ponto que há imagens que são óbvias que não são na Venezuela. Eu estava olhando para uma muito famosa, onde aparece um soldado com um jornalista com uma câmara, que são coreanos. Esta é uma imagem da Coreia. São asiáticos. Não se parecem nada com venezuelanos. Até pelos uniformes usados. Eles têm sido muito agressivos com a imagem que é projectada para o mundo sobre o que está acontecendo na Venezuela. Eles controlam a comunicação. A imagem que maioria das pessoas no mundo está vendo é a imagem que eles estão interessados em dar.

    Eles controlam os meios de comunicação. Você conhece algum caso de algum jornalista, conhecido ou desconhecido, que tenha visto nos processos de treino?
    Não.

    CNN , por exemplo?
    Não. Houve um individuo que teve um vinculo comigo num dado momento, que serviu de ligação para conhecer um agente da CIA, que foi Antony Golden, que era da Reuters, mas um membro independente da Reuters. A CNN sempre esteve intimamente ligada a todas estas coisas. A CNN, desde o seu primeiro período de trabalho, especialmente nesta última etapa, e, especialmente, a CNN em espanhol, foi uma ferramenta inestimável para o trabalho dessa gente, mas o problema é que tem que se entender uma coisa, para compreender o que está acontecendo: para montar uma campanha destas, hoje, não existe nenhuma cadeia de televisão que actue por si só. Existem conglomerados e grupos de comunicação. Quem os dirige? Quem é o proprietário, por exemplo, da Time Warner e AOL e todos essas grandes empresas de comunicação, TV cabo, filmes de televisão, televisão em geral? Ah! é a Westinghouse, é a General Electric. As mesmas que fabricam um avião de combate. A mesma indústria de armas dos EUA são os mesmos que possuem hoje as cadeias de televisão, das produtoras de cinema, dos jornais, a gente que produz livros. Então, os mesmos tipos que produzem um avião de combate, um doce que vais comer à noite, que te apresenta um artista, são os mesmos que dirigem os jornais em todo o mundo. A quem responde essa gente?

    Quando você vê o que está acontecendo na Venezuela e compara com o que se planeou aqui, a que conclusão pode chegar?
    É uma estratégia nova, que foram desenvolvendo com a experiência que tiveram no mundo, mas eu estou convencido que só lhes deu resultado nos lugares onde as pessoas não apoiavam a revolução. Conseguiram-no com Milosevic, porque Milosevic era um líder na Jugoslávia que tinha muito fraca imagem, pelas coisas que haviam acontecido na Jugoslávia. É o mesmo na Ucrânia, porque Yanukovich era um homem que tinha muito pouco apoio popular e deu resultado em outros lugares, pelo fraco apoio que tinham os governantes. Onde quer que tenha havido um governo legítimo, um governo forte e pessoas para defender a revolução, o plano falhou.

    EUA CONTINUARÃO CONSPIRANDO E APERFEIÇOANDO A SUA CAPACIDADE DE DESTRUIR

    E que fase se segue quando esse plano falhar?
    Vão continuar a fazê-lo, vão continuar a aperfeiçoar. Nós somos o inimigo. Por outras palavras, Venezuela, Cuba, tudo o que está sendo feito na América Latina como alternativa. Nós somos os dissidentes do mundo. Vivemos num mundo onde o capitalismo domina. Onde domina esta nova maneira de ser do capitalismo, que já nem sequer se pode chamar imperialista, é algo novo, algo que vai muito além do que os estudiosos do marxismo escreveram, anos atrás. É algo novo, uma novidade. É um poder praticamente global, das grandes transnacionais, dos megalopólios que foram criados. Então, o inimigo somos nós. Estamos apresentando um projecto alternativo. A solução que o mundo nos propõe não é isso. Sabemos como fazê-lo e Cuba, Venezuela, os países da ALBA, têm demonstrado que se pode fazer. A Revolução Cubana tem 55 anos de existência. Está validada por 55 anos de existência e, com vontade política, tem conseguido coisas que os EUA, mesmo com todo o dinheiro do mundo, não conseguiram fazer. Então, isso é um mau exemplo.

    Eu dizia aos meus alunos "vocês imaginam que os Indignados da Espanha, que milhares e milhões de trabalhadores que não têm trabalho em Espanha, que os gregos, que todas as pessoas em todo o mundo, sabem o que estamos fazendo? Imaginam que as pessoas sabiam quem era Chávez? Ou, quem é Fidel? Ou as coisas que estamos fazendo aqui? E as coisas que estamos fazendo com tão poucos recursos, apenas com a vontade de fazer a revolução e repartir a riqueza? O que aconteceria com o capitalismo? Quanto duraria o capitalismo, que tem que gastar milhares de milhões de dólares todos os dias, para construir a sua imagem e enganar as pessoas? E se as pessoas soubessem quem realmente somos? O que é realmente a Revolução Cubana e o que é, realmente, a Revolução Venezuelana?" Falas com um espanhol e perguntas por Chávez e ele dá uma opinião péssima de Chávez, porque é o que construíram na sua mente; e encontras uma pessoa desempregada que diz que Chávez é um tipo terrível, porque a Comunicação Social o tem convencido que assim é, mas se as pessoas soubessem o que é realmente... Então eles não podem permitir que inimigos tão formidáveis, como nós, possam estar ali à porta.

    Do ponto de vista da soberania nacional dos nossos povos, como se pode travar o trabalho da CIA? Já falámos da consciência do povo, que é fundamental neste tipo de acção, mas, em concreto, como se pode prever o trabalho da CIA? O que se pode fazer? Que recomendações faria ?
    Eu acho que há uma coisa que disse Chávez, e Fidel sempre disse, que é a chave para derrotar o Império, que é a unidade. Não é um slogan, é uma realidade. É a única maneira que se tem de derrotar um projecto como este. Projecto surgido a partir dos Serviços Especiais e surgido a partir do capitalismo. Somente se pode conseguir com a unidade do povo.

    Estaríamos falando do cívico-militar ?
    Sim, a unidade em todos os sentidos. A unidade baseada na diversidade, nos povos, mas a unidade como nação, a unidade como projecto. Onde quer que as pessoas estejam divididas, há outra realidade.

    KEIDERLING COMO AGENTE DA CIA CHEGOU BEM LONGE NA VENEZUELA

    Onde temos que nos concentrar? Em que área terá que se concentrar a força para nos defendermos deste tipo de acções, desse tipo de ataque?
    O exército para derrotá-lo é o povo. Eu acho que a experiência cubana o ensinou muito bem. Há experiências no mundo que marcam muito. O que aconteceu no mundo quando o povo não foi o protagonista da defesa da revolução? E quando os povos têm sido o protagonista, o que aconteceu? É o caso de Cuba. Conseguimos derrotar a CIA e o Império milhões de vezes, porque o povo tem sido o protagonista.

    A CIA usa as bases de dados de redes sociais e esse tipo de coisas, para definir os seus planos ?
    Eles são os proprietários. Bem, aí estão as denúncias de Snowden e tudo o que saiu do Wikileaks, que não são segredo para ninguém, porque se suspeitavam, mas agora está demonstrado. Mostra-se que os servidores internet, são deles. Todos os servidores do mundo acabam por morrer nos servidores norte-americanos. São a mãe da Internet e todas as redes e serviços são controlados por eles. Eles têm acesso a toda a informação. E não se perecebe no momento da gravação. O Facebook é uma base de dados extraordinária. As pessoas colocam tudo no Facebook. Quem são os amigos, o que gostam, que filmes vêem, o que bebem. E isso é uma fonte de informações em primeiríssima mão.

    Já esteve em contacto com Kelly Keiderling depois do que aconteceu na Venezuela?
    Não, não tive contacto com ela. Não sei qual foi o seu destino final depois do que aconteceu (Foi expulsa da Venezuela por reunir-se e financiar terroristas).

    Com a experiência que ela tem, até que ponto poderia ter penetrado na Venezuela e nas universidades venezuelanas?
    Eu tenho a certeza de que chegou bem longe. É uma agente muito inteligente, muito bem preparada, muito capaz e muito convencida do que está fazendo. Kelly é uma pessoa convencida do trabalho que está sendo realizado. Convencida da justeza, do seu ponto de vista, do que está fazendo. Porque é uma representante incondicional do capitalismo. Porque provem da elite do capitalismo. É parte da acção que está fazendo. Não há nenhuma contradição. E, com base na experiência do seu trabalho, na sua capacidade, eu tenho a certeza de que chegou muito longe, conseguiu ir muito longe e deu continuidade a um trabalho que não é novo, é um trabalho que vem fazendo desde há muito tempo para reverter o processo nas universidades venezuelanas. Até que ponto o conseguirão, a longo prazo, é o que vai mostrar o processo bolivariano, à medida que as pessoas estejam cientes do que pode acontecer. Se essa direita fascista se tornar incontrolável, vai alcançar o poder novamente.

    TEMOS QUE TREINAR OS NOSSOS LÍDERES

    Qualquer pessoa com contactos, que tenha como chegar ao povo, como um activista de um movimento, pode ser cooptado pela CIA?
    Vão encontrá-lo, vão tentar fazê-lo. Se é jovem e é um líder, vão tentar cooptá-lo para os seus interesses. Temos que formar os nossos líderes. Não podemos deixar isso à espontaneidade, nem podemos deixar isso para o inimigo. Se deixarmos isso ao inimigo é o inimigo que ocupa os espaços. Projecto alternativo que nós deixemos sem vigilância, projecto alternativo que não estejamos conscientes da necessidade de abordá-lo, é um projecto em que o inimigo vai tentar, por todos os meios, que seja feito por ele. Usando a grande quantidade de dinheiro que tem para isso, que não tem limite, em termos de recursos para usar, porque se eles estão jogando o futuro, sobretudo, os jovens são a chave.

    A coisa boa é que os jovens são o presente da América Latina. A revolução latino-americana que está aí, que está em toda parte, é jovem. Se não, bem, nunca iria resultar e se conseguires que esses jovens pensem diferente, se conseguires que estes jovens acreditem que este capitalismo selvagem é a solução para todos os seus problemas, então não há revolução para a América Latina. Tão simples como isso.


    Ver também:
  • ZunZuneo, provocación anticubana en las redes sociales
  • La NED, tapadera de la CIA y el golpismo en Venezuela

  • Venezuela ante la ofensiva imperial

    O original encontra-se em www.aporrea.org/actualidad/n247624.html . Tradução de Guilherme Coelho.


    Esta entrevista encontra-se em http://resistir.info/ .