domingo, 30 de novembro de 2014

O TERROR NA SIRIA

Cristãos massacrados na Síria por terroristas do Levante Islâmico


Na fronteira com a Turquia, cristãos sírios estão sendo massacrados pelo Levante Islâmico. Nas fotos, dezenas de cristãos massacrados, com as mãos amarradas, sob olhares de crianças.

Uma cena que não seria possível sem o dinheiro dos cristãos ocidentais que financiam os terroristas e mercenários. Atualmente aproximadamente 500 alemães, 600 franceses, 800 britânicos, todos mercenários e alguns fanáticos religiosos, estão promovendo terrorismo na Síria, financiados e patrocinados pelos governos dos EUA, Israel, França, Inglaterra, Turquia, Catar e Arábia Saudita.
Cristãos financiando o massacre de cristãos: mais uma estratégia c

sábado, 29 de novembro de 2014

CORRUPÇÃO E FRAUDES NO PROAGRO NA DITADURA E APÓS

Os mesmos falsos moralistas do agronegócio que hoje estigmatizam o PT, Lula e Dilma escondem as maracutaias, diga-se fraudes e corrupções que praticaram no programa PROAGRO, segundo a Folha de São Paulo de 08/10/1994 o programa PROAGRO teve um rombo de US$500 milhões - QUINHENTOS MILHÕES DE DÓLARES. Durante a ditadura, tivemos o escândalo da mandioca que custou aos cofres doi Banco do Brasil 1,5 bilhões de cruzeiros. Na época a mídia ficou muda. Dá pra entender?

OS PETISTAS, O GOVERNO E O PODER


 

Petistas criticam equipe econômica de Dilma

  

“ A presidente  Dilma Rousseff  esteve em Fortaleza para aplacar  as  críticas de setores do PT à escalação de sua equipe econômica. Reunidos na capital cearense, dirigentes se queixaram da escolha de Joaquim Levy para assumir o Ministério da Fazenda.

Apesar de o comando do partido já ter dado a indicação como "questão superada", o futuro ministro foi alvo de queixas que partiram de tendências mais à esquerda, como "O Trabalho", "Articulação de Esquerda" e "Mensagem ao Partido", que reúne entre seus quadros o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto, contado para assumir mais uma vez uma pasta na Esplanada.

Representante da Mensagem, Carlos Henrique Árabe afirmou que o escolhido para comandar a economia do país nos próximos anos "deveria ter sido um representante do projeto vitorioso, o que não aconteceu". Na visão do petista, Levy1 está muito mais próximos de políticas defendidas pela oposição do que pelo governo Dilma.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), também da Mensagem ao Partido, disse que as medidas da política econômica "não podem comprometer o projeto do PT", focado, segundo ele, principalmente na diminuição da desigualdade social. “
Escrevi um artigo em 20/07/2002, " Lula, o Governo e o Poder", onde entre outras coisas afirmei que " Alguns neófitos iludidos estão achando que se Lula for eleito o PT estará no poder. Não pensem que com lula no governo a classe operária estará ingressando  no paraíso. Muitos infernos astrais nos esperam!"
Agora alguns dirigentes petistas que não são neófitos, sim equivocados, pois beócios creio não serem, estão peitando Dilma sobre a formação dos ministérios. Pergunto aos dirigentes das diversas correntes, a correlação de forças permite  ministérios puro sangue à esquerda? Se no governo Lula não tiveram peito e tampouco coragem de botar o povo na rua para sustentar, no mínimo, a implantação da reforma agrária, como agora querem emplacar ministros de esquerda?
Em primeiro lugar o PT tem que sair do salto alto, da arrogância de não escutar as correntes de esquerda para que possamos montar uma Frente de apoio à Dilma. O presidente do PT, Rui Falcão, com quem estive preso na Ilha Presídio, situada no Rio Guaiba,, em Porto Alegre, não se digna responder um e-mail dos companheiros que estão dispostos a conversar e ajudar na governabilidade. Numa,  posição dogmática, igrejeira, se julgam os donos da verdade. Entretanto o que vemos na mídia, no dia-a-dia é o PT estrebuchando, sofrendo, penando nas mãos e nos braços da tal base aliada que não passa de uma aliança sobre um tapete de areia movediça. Ou o PT abre o " castelo" para os movimentos sociais ou vamos todos afundar juntos.

O TERRORISMO DOS EUA NA AMÉRICA LATINA

Fuerzas especiales de EEUU planean realizar “sabotajes en América Latina”, afirma la BBC

USSOCOMJEAN-GUY ALLARD – El Comando de Operaciones Especiales de Estados Unidos, “cuyas fuerzas élites fueron las que rastrearon y mataron a Osama bin Laden”, lanzó una propuesta al Pentagono para tener mayor libertad de desplazamiento de las fuerzas especiales (SOF, por sus siglas en inglés) y realizar operativos en América Latina, afirma la BBC.
“Tal autoridad dotaría a las SOF de mayor agilidad, rapidez y flexibilidad” para expandir sus operativos “sin tener que pasar por las vías normales de aprobación que exige el Pentágono”, afirma el reportaje firmado por William Márquez.
El periodista de la BBC señala que “algunos analistas sospechan que una mayor amplitud del alcance de estas fuerzas en América Latina podría degenerar en actividades cuestionables y dañar las relaciones de Estados Unidos con sus vecinos en el hemisferio”.
El Comando de Operaciones Especiales se creó en los años 80 para  rescatar a estadounidenses retenidos en Irán, une operación que terminó por un espectacular fracaso.
“EN AMÉRICA LATINA, NORMALMENTE…”
Increíblemente, la emisora estatal BBC reconoce toda una serie de actos de injerencia  de EEUU en América Latina: “En América Latina, normalmente, se ocupan de misiones de inteligencia de alta tecnología, sin reclutar recursos humanos pero sí brindando entrenamiento y haciendo ejercicios conjuntos”..
El autor de la nota cita a Stephen Donehoo, especialista en Seguridad Nacional del grupo McLarty Associates de Washington: casi siempre, afirma, “con pocas excepciones”, trabajan “en conjunto con las fuerzas armadas, policiales o de inteligencia del país”.
En Colombia, revela Donehoo, “asesoran operativos específicos en la lucha contra las rebeldes FARC” pero cuando tres contratistas de Estados Unidos cayeron en manos del grupo izquierdista “ellos tuvieron tropas en el terreno con el propósito de sacarlos”, con la operación “Jaque”.
En cuanto a Adam Isaacson, analista de política de seguridad nacional de WOLA, la “Oficina en Washington para Asuntos Latinoamericanos”, reconoce que “aunque naturalmente no se dan muchos detalles, uno se puede imaginar casi todo”.
En países “aliados” pueden “incluir operativos de inteligencia contra grupos, partidos o individuos que son vistos como amenaza contra EE.UU. aunque los mismos no estén haciendo nada ilegal en su país”.
Isaacson especula que “en los países con los que Estados Unidos no tiene muy buena relación”, enumerando específicamente paises del ALBA, Venezuela, Bolivia, Ecuador o Nicaragua,  ”podría haber hasta actos de sabotaje “.
GRUPOS ARMADOS ESTAN YA EN EMBAJADAS
Según BBC, el analista de WOLA revela “que ha habido antecedentes en el marco de la llamada guerra contra el terrorismo con la creación, hace unos 5 o 6 años, de pequeños grupos dentro las embajadas estadounidenses conocidos como Military Liaison Elements, elementos de enlace militar”.
“Eran grupos élites que, en algunos casos, se encontraban allí sin el conocimiento del embajador”, dijo Isaacson  a la radio del sistema informativo estatal británico.
“Andaban de civiles, completamente armados y el mundo llegó a saber de ellos cuando en Asunción, Paraguay, mataron a un ladrón en la calle”.
Isaacson indica que la búsqueda de una mayor actividad en América Latina obedece a la retórica de “algunos legisladores republicanos” – evidentemente Ileana Ros-Lehtinen, Connie Mack y demás congresistas vinculados a la mafia cubanoamericana – y centros de investigación conservadores que están hilando “una compleja idea de amenaza de seguridad”.
“Empieza con Irán y el grupo radical Hezbollah”, explica el experto en una referencia clara a las conspiraciones imaginadas por Roger Noriega y Otto Reich y difundidas internacionalmente en las redes noticiosas orientadas por el Departamento de Estados.
Aunque el analista considera que estos complots de la extrema derecha estadounidense es algo “un poco paranoico”, hay quienes “no lo consideran descabellado”
.”Los gobiernos se van a sentir violados. Aunque no haya fuerzas del SOF en un país, siempre va a haber sospechas y eso afectará la confianza mutua y la amabilidad de las relaciones”, reconoce Adam Isaacson.
Además de realizar misiones de inteligencia y reconocimiento, también tienen la capacitad operacional de “combate cinético”, básicamente “localizar, capturar y matar al enemigo”, señala la BBC.
Fonte: contrainjerencia

A FALSA LIBERDADEDEIMPRENSA...

Grande iniciativa pela democratização da mídia


José Reinaldo Carvalho *

Uma grande iniciativa no terreno da luta pela democratização dos meios de comunicação e nos esforços para aperfeiçoar a intervenção do movimento sindical nessa importante frente de combate acaba de ser tomada pela Federação Única dos Petroleiros, a FUP. 
Jornalistas especializados na Comunicação Sindical, lideranças nacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e dirigentes de sindicatos de petroleiros e petroquímicos do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Norte Fluminense, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte reuniram-se nesta semana durante dois dias no Rio de Janeiro, para debater o instigante tema com jornalistas e comunicadores de movimentos sociais e partidos políticos, no âmbito do seminário que levou o sugestivo título “A comunicação é tudo” e teve como um dos objetivos proclamados a criação de um coletivo de comunicação da entidade.

O valor da iniciativa está em que, além de contribuir para qualificar ainda mais a rica e variada experiência acumulada na área da comunicação sindical, agrega novos elementos para integrar os sindicalistas na luta pela democratização da comunicação em nosso país, tarefa urgente do combate político atual.

“Priorizar a comunicação como setor estratégico do movimento sindical”, afirmou Vitor Carvalho, da Executiva nacional da CUT; “Reforçar a parceria do movimento sindical com as mídias alternativas”, propugnou José Maria Rangel, o coordenador da FUP; “A velha mídia não nos serve”, asseverou Paulo Salvador, coordenador da Rede Brasil Atual. São frases enfáticas de alguns dos convidados, que somadas às perguntas e afirmações dos presentes no plenário, indicam o tom do discurso prevalecente no movimento sindical na abordagem do tema.

Representando o Portal Vermelho no seminário, destaco a importância da luta de ideias, tarefa que reputo prioritária para os partidos de esquerda e os movimentos sindicais, populares, juvenis, femininos e intelectuais.

Há uma guerra midiática não só no Brasil, mas em todo o mundo, conduzida pelo imperialismo, o sionismo e seus aliados, contra as ideias do progresso civilizacional. Desde que capitalismo transpôs uma etapa histórica e se transformou em imperialismo, a burguesia transformou em pó e cinza as bandeiras da liberdade, igualdade, fraternidade, desenvolvimento, soberania nacional e paz. Seu sistema nada tem a oferecer à humanidade, a não ser destruição de forças produtivas, guerras e ataque a direitos conquistados pelos trabalhadores e povos. Ao se tornar porta-voz desse sistema, a mídia o faz defendendo uma ideologia retrógrada, espelho do retrocesso civilizacional que a burguesia protagoniza.

Atualmente, a guerra midiática é praticada sob a forma de terrorismo midiático, exercida contra os povos, os trabalhadores, os países revolucionários e socialistas, as forças anti-imperialistas e em luta pela emancipação nacional e social. Uma guerra que tem a mentira como arma e norma, na qual a mídia elege alvos a demonizar e decreta que há apenas um modelo de organização da sociedade. É a mídia que prepara o ambiente favorável às intervenções e guerras ao arrepio do direito internacional e dos direitos humanos. Nesse sentido, a mídia naturaliza as guerras imperialistas, transforma a agressão aos povos em mero ato de rotina.

No Brasil a mídia faz parte do condomínio neoliberal e conservador, tendo dado nas últimas eleições suporte político e ideológico à coalizão liderada pelo PSDB e seu candidato derrotado Aécio Neves, da qual fizeram parte DEM, Rede, PPS e PSB. Preparou exaustivamente um golpe eleitoral e afanosamente lança-se à tarefa de fazer oposição sistemática à presidenta Dilma, recorrendo sempre a tergiversações e mentiras.

Entre as reformas estruturais democráticas que é indispensável fazer no Brasil, uma das mais urgentes é a dos meios de comunicação. Conquistar a pluralidade regional, combater o monopólio midiático, eliminar a propriedade cruzada, basear as concessões de TV no interesse público, expandir a rede de banda larga para universalizar o acesso à internet – são reivindicações do movimento pela democratização da mídia ao qual se somam as entidades sindicais e os veículos da mídia alternativa.


* * Jornalista, Diretor do Cebrapaz, membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e editor do Vermelho.

REPASSANDO...


O QUE O TERMO "PETROLÃO" DIZ SOBRE A IMPRENSA



O PT loteou a Petrobras e a empresa foi roubada, mas o termo "petrolão" tem conotação política e busca esconder parte importante da verdade
por José Antonio Lima — Carta Capital
O inquérito da Polícia Federal e o parecer do Ministério Público Federal sobre a Operação Lava Jato deixam poucas dúvidas a respeito de quão enrascado está o PT na investigação. O nome do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, é citado diversas vezes e ao menos dois ex-diretores da Petrobras – Renato Duque e Pedro Barusco – são apontados como pontes do PT para o desvio de recursos públicos. Outras diretorias da estatal estavam, segundo a PF e o MPF, nas mãos de PP e do PMDB, revelando como a estatal foi fatiada em feudos entre os aliados. Não há como esconder tudo isso, o que torna lamentável o fato de, na ânsia de denunciar a corrupção petista, alguns veículos de imprensa estarem negligenciando parte dos autos da Operação Lava Jato e, com eles, da verdade.
O anseio de enquadrar o PT tem como face simbólica o uso do termo “petrolão”. Ao que consta, a expressão foi cunhada pelo deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA), líder da oposição, mas foi atrelada por parte da imprensa, como as revistas Veja e Época e determinados colunistas, às investigações da Lava Jato. A ligação pode ter sido feita sem qualquer senso critico, mas pode, também, ter ocorrido por conta de um intuito político específico – o de reforçar a imagem, construída com base em retratos parciais da realidade, de que o PT é o único partido corrupto do Brasil. O termo “petrolão” tem essa capacidade por duas razões: porque é uma alusão ao “mensalão”, que levou petistas graúdos para a cadeia, e porque circunscreve a corrupção à Petrobras, há 12 anos administrada pelo Partido dos Trabalhadores.
Não seria exatamente uma novidade se por trás do termo existisse uma questão política. Há uma fração significativa da grande imprensa dedicada a tornar verdadeira a tese do PT como dono de um monopólio da corrupção. Questionar essa “realidade” dentro de uma redação nunca é fácil. Para repórteres e editores, costuma ser uma empreitada altamente sensível, quando possível. Para colunistas, é abrir a porta para os ataques pessoais, como demonstra um episódio recente, afinal, quem faz uma ponderação de alguma forma positiva para o PT só pode estar recebendo dinheiro sujo para tanto, não é mesmo?
Na sexta-feira 21, o empresário Ricardo Semler, filiado ao PSDB e ex-professor do MIT, publicou na Folha de S.Paulo artigo com o título “Nunca se roubou tão pouco”, no qual fazia ponderações a respeito da corrupção no Brasil. Semler afirmava que é impossível fazer negócios com a Petrobras sem pagar propina, que não votou em Dilma e que o “processo de cura” da corrupção é “do país, não de um partido”. Isso bastou para que, na mesma Folha no dia seguinte, o articulista Demetrio Magnoli, cujo alvo preferido é o PT, incluísse Semler no rol dos "áulicos” que desejam “normalizar o escândalo” e insinuasse que o autor só tem as opiniões expostas por ter um contrato com os Correios.
Corrupção pré-PT
De fato, lembrar a corrupção pregressa é uma ferramenta estratégica do PT. Serve para inflar a militância e reforçar a imagem de vítima (da elite, da imprensa e do sistema) que o partido tenta passar. Não funciona, entretanto, para esconder os absurdos que a Lava Jato revelou e ainda revelará – tudo indica que a fase “política” da operação, sob os cuidados da Procuradoria-Geral da República, acertará o PT em cheio.
Constatar os graves desvios do PT, entretanto, não impede, ou ao menos não deveria impedir, que se fale também na antiguidade e da abrangência da corrupção no Brasil. Por sua profundidade, a Operação Lava Jato é talvez a investigação mais relevante da história do País, por trazer em seu bojo, como mostram os autos – não os áulicos –, um retrato escancarado do sistema em vigor.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos principais delatores da Lava Jato, é também funcionário de carreira da estatal. À Justiça, ele contou que, há décadas, as indicações são políticas na companhia. "Desde que eu me conheço como Petrobras, as diretorias e a presidência da Petrobras foram sempre por indicação política. Eu dava sempre o exemplo (...) ninguém chega a general se não for indicado. Você, dentro (...) das Forças Armadas, [se não tiver indicação], para como coronel e se reforma como coronel. Então, as diretorias da Petrobras, quer seja no governo Collor, quer seja no governo Itamar Franco, quer seja no governo Fernando Henrique, quer seja nos governos do presidente Lula, foram sempre por indicação política, e eu fui indicado, realmente, pelo PP, para assumir essa Diretoria de Abastecimento", disse Costa.
Na mesma direção vai o parecer do MPF a respeito da Lava Jato. Ao pedir o bloqueio dos bens das empreiteiras, medida negada pela Justiça, os procuradores são taxativos. “Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobras, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva”, dizem.
Outros depoimentos indicam que Costa não mente e que o MPF está correto. Pedro Barusco, ex-diretor de Engenharia da Petrobras, confessou aos investigadores, segundo o jornal O Globo, que amealhou cerca de US$ 100 milhões em propinas desde que está na estatal, há 18 anos, bem antes, portanto, da primeira eleição de Lula. Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no negócio, afirmou em depoimento, diz O Estado de S.Paulo, que começou seus negócios com a Petrobras ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O empresário Leonardo Meirelles, um dos donos do Labogen, laboratório usado pelo doleiro Alberto Youssef para lavar dinheiro ilegal, disse acreditar que "o PSDB e eventualmente algum padrinho político do passado e provável conterrâneo ou da região do senhor Alberto" foram beneficiadosnos desvios de dinheiro da Petrobras.
O papel das empreiteiras
Cabe lembrar ainda que circunscrever o escândalo à Petrobras é um erro até mesmo para os que desejam culpar exclusivamente o PT, uma vez que a Lava Jato parece ter dado o pontapé inicial em investigações com potencial de fazer uma devassa no relacionamento de empresas privadas com o Estado. No inquérito da sétima fase da operação, a Polícia Federal é assertiva ao falar sobre a abrangência dos negócios de Alberto Youssef, verificados pelos investigadores ao quebrar o sigilo de suas empresas no exterior. Destaque-se, dizem os investigadores, "que os valores abrangem uma ampla gama de grandes empreiteiras e períodos, onde se infere que o esquema criminoso vai muito além das obras contratadas pela Petrobras, bem como evidencia-se que o mesmo apresenta continuidade mesmo após a demissão do então diretor Paulo Roberto Costa, o que deixa claro que o esquema é muito maior do que a mera Diretoria de Abastecimento da Petrobras, mas abrange sim uma estrutura criminosa que assola o país de Norte a Sul, até os dias atuais". A investigação, prossegue a PF, torna possível "concluir que as grandes empreiteiras pagam um 'pedágio' ou 'comissão', que é movimentado por intermédio de operadores como Alberto Youssef. E deve ser afirmado aqui que Youssef é apenas mais uma engrenagem dessa estrutura, que certamente contempla diversos outros operadores, ligados a outros grupos".
1800264_10152451088121430_8076885544862365268_n.jpgPor ora, a PF e o MPF têm foco restrito na Petrobras, mas cedo ou tarde a investigação vai se expandir. Quando foi preso, em março, em São Luís, Youssef carregava consigo uma lista de 750 obras nas quais estava envolvido. A tabela não vazou até aqui, mas outros contratos públicos apareceram nas investigações, como os dois realizados na gestão de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura de São Paulo e um firmado entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e uma empresa de fachada de Youssef. Como se sabe, as empreiteiras investigadas têm negócios em todos os estados e seria ingenuidade crer que só há pagamento de propinas em uma única empresa estatal, ainda que esta seja a maior do País.
Destrinchar esses contratos, envolvendo o PT ou não, deveria ser crucial para a imprensa pois a relação entre empreiteiras e órgãos públicos lesa o Estado. Surgida durante a ditadura, como conta o livro Estranhas catedrais, do pesquisador Pedro Henrique Pedreira Campos, essa relação se transformou hoje em parte do que o pesquisador do Insper Sergio Lazzarini chamou de "capitalismo de laços" em livro homônimo, uma união entre o Estado e determinados grupo privados que "reduz a competição em licitações e novos projetos, inibindo a participação novos investidores e empreendedores". É justamente a gênese do cartel investigado na Operação Lava Jato, que abastece prioritariamente políticos governistas, mas também os oposicionistas. Como contou em depoimento Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos presos pela PF em 14 de novembro, sua empreiteira mantinha uma relação estreita com arrecadadores de campanha do PT (o tesoureiro João Vaccari Neto) e do PSDB (o ex-executivo do Itaú Sérgio de Silva Freitas, conhecido como Dr. Freitas). Não à toa, uma consulta rápida à lista de doadores de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) mostra uma impressionante taxa de coincidência.
Está claro que a Lava Jato é um retrato triste e profundo do Brasil. Diante dela, é óbvio que a imprensa tem razão em destacar a corrupção do partido do governo. É impossível esquecer que o PT subiu ao poder em 2003 com a bandeira da ética em suas mãos e jogou parte de sua história no lixo ao dar prosseguimento a alguns dos mais pútridos esquemas vigentes. Destacar só a corrupção petista, entretanto, é papel da oposição, não do jornalismo. Para contribuir com o avanço do País, a imprensa deveria destacar o caráter endêmico da corrupção e mostrar que o combate a ela deve ter como foco a busca por transparência e instituições mais fortes e independentes, não a histeria. Simplesmente trocar a cúpula do esquema não é um caminho pródigo, como mostra o próprio histórico dos governos petistas.

UM COMENTÁRIO INTERESSANTE...

TERCEIRO TURNO? Faltou combinar com os eleitores


Ao analisar os seus resultados, as recentes eleições para o congresso e executivo apontaram para um desejo de continuidade, o ímpeto de mudança que teria dominado o país era mais um desejo dos comentaristas do que um diagnóstico preciso.
por Guilherme Scalzilli/Le Monde Diplomatique

O último processo eleitoral brasileiro foi marcado pela continuidade. A maioria absoluta dos deputados federais e estaduais reelegeu-se. (1) Metade dos senadores em fim de mandato alcançou o objetivo. Dos dezoito governadores que tentaram permanecer no cargo, onze conseguiram. Oitenta milhões de votantes endossaram a polarização entre PT e PSDB, rejeitando as candidaturas presidenciais alternativas. Cerca de 54 milhões optaram depois pela via situacionista, dando-lhe a quarta vitória seguida.
Os resultados frustraram as expectativas de renovação acima das médias históricas (2) e, principalmente, de uma derrota do governo federal. Isso aconteceu porque o ímpeto de mudança que teria dominado o país era mais um desejo dos comentaristas do que um diagnóstico preciso. Em outras palavras, a perspectiva de transformação do cenário político baseou-se na projeção de anseios setorizados e teve natureza essencialmente propagandística.
O equívoco nasceu nos consensos do campo midiático sobre as manifestações populares do ano passado. Ansiosos para domesticar a perigosa simbologia dos protestos e sua polêmica pauta original, certos observadores apressaram-se em acomodá-los sob um denominador comum. O suposto desejo coletivo de mudança foi então adotado como fator identitário e unificador do fenômeno heterogêneo e caótico das manifestações.
Essa leitura também ajudava a neutralizar ideologicamente a militância. Uma reação generalizada “contra tudo que está aí” dispensava plataformas e condicionantes sociais ou partidárias. Era a essência positiva de qualquer atitude rebelde, inclusive quando os seus argumentos se mostravam rasteiros, como nas falácias sobre os gastos com a Copa do Mundo. (3) O mesmo valia para a ilusão “tática” dos blocos mascarados. (4)
Logo a mídia passou a instrumentalizar a revolta com fins eleitorais. A condenação do radicalismo das ruas serviu para reforçar sua antítese pacífica e ordeira, a mudança pelo voto. O mantra apaziguador “a resposta será dada nas urnas em outubro” virou moda na imprensa corporativa, adquirindo uma tonalidade pedagógica de forte viés autoritário.
Claro que todos previam a influência desse discurso na disputa presidencial vindoura, fortemente plebiscitária e polarizada. A naturalização do mote novidadeiro disseminava e fortalecia o apelo de qualquer candidatura oposicionista que se tornasse competitiva. E conferia uma fachada isenta ao antipetismo preponderante nos veículos.
A jogada tinha algum respaldo histórico. Nas pesquisas de 1989, por exemplo, a mudança política foi o motivo mais citado para a decisão final de voto, particularmente a dos eleitores do vitorioso Fernando Collor. (5) Em 2002, a metáfora da esperança brandida por Luiz Inácio da Silva utilizou apelo semelhante. (6)
Ao longo de 2014, contudo, a novidade sucumbiu à vulgarização midiática. Repetido nos slogans de Dilma Rousseff (“Muda Mais”), Aécio Neves (“Muda Brasil”) e Marina Silva (“Coragem pra mudar o Brasil”), o conceito diluiu-se até perder o sentido. Serviu tanto para o governo acenar com melhorias quanto para a oposição amenizar seus elogios aos programas federais. Virou um rótulo camaleônico a serviço do oportunismo.
Parece inegável que as narrativas mudancistas do marketing eleitoral dialogavam com efetivas demandas da sociedade. Mas as versões jornalísticas desses anseios tomavam-nos como parte do legado subjetivo dos protestos, e não como suas causas, exagerando a possível influência deles sobre as urnas. Se as manifestações escancaravam a falência do sistema representativo, (7) dificilmente prenunciariam uma guinada institucional que dependesse da própria estrutura sufragista caduca.
Os prognósticos de renovação eleitoral falharam ao simplificar demais as motivações do voto no país. Fizeram de um fenômeno socioculturalmente delimitado um microcosmo representativo da maioria, ignoraram os enormes contingentes populares que não aderiram à febre reivindicatória e desconsideraram os estímulos morais e pragmáticos do chamado “eleitor não-racional”, decisivo em qualquer disputa. (8)
Misturando estratégia publicitária com análise conjuntural equivocada, a apologia da mudança pelo voto iludiu os círculos oposicionistas a ponto de comprometê-los moralmente com a fantasia redentora. O espírito vingativo que se apossou dos derrotados é consequência direta dessa perplexidade rancorosa contra os eleitores que baldaram suas previsões.
1 - http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1528106-camara-tera-em-2015-o-maior-numero-de-novos-deputados-desde-1998.shtml
2 - http://www.estadao.com.br/infograficos/a-renovacao-politica-nas-assembleias-legislativas,273210.htm
3 - http://guilhermescalzilli.blogspot.com.br/2014/07/manipulacao-impune.html
4 - http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1613
5 -Carreirão, Yan de Souza. “A decisão do voto nas eleições presidenciais brasileiras”. Florianópolis: Ed. Da UFSC; Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2002, p. 81-86.
6 - RUBIM, Antonio Albino Canelas. As imagens de Lula presidente, 2003. in FAUSTO NETO, Antonio (Org.s) Lula Presidente: televisão e política na campanha eleitoral. Porto Alegre: Hacker Editores / Unisinos, 2003. p.43.
7http://www.idelberavelar.com/archives/2014/04/o_enigma_de_junho_parte_iii_os_protestos_de_2013_e_a_quebra_do_pacto_lulista.php
8 - Silveira, Flavio Eduardo. “A decisão do voto no Brasil”. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 182-190.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

PAULO FRANCIS MORREU?

20/11/2014 - Paulo Francis, o jornalista que morreu por ter denunciado a corrupção na Petrobrás no governo FHC


Um fantasma nas redações
O jornalista Franz Paul Heilborn, que assinava sua coluna nos jornais e se apresentava na TV como Paulo Francis, morreu menos de um mês depois de ser informado por seus advogados de que não tinha como se defender no processo movido pela Petrobras na corte de Nova York. Como havia acusado sem provas, baseado em fontes que não podia revelar, entrou em depressão e sofreu um estresse que causou sua morte por um ataque cardíaco, segundo revelou sua mulher, a jornalista e escritora Sonia Nolasco.
A lembrança de sua denúncia vem agora assombrar antigos dirigentes da empresa petroleira e colocar a imprensa brasileira diante de um dilema: se persistir em circunscrever o escândalo aos fatos recentes, datando o processo a partir do ano 2013, o noticiário ficará marcado pelo partidarismo e a manipulação. Se for investigar as origens do escândalo, completando a pauta levantada por Paulo Francis há 17 anos, terá que reconhecer que a corrupção na Petrobras tem raízes mais profundas, e estará aberto o caminho para uma operação de larga escala contra a roubalheira. O ponto de partida dessa pauta é sua afirmação de que, em 1997, diretores da Petrobras engordavam contas bancárias na Suíça com dinheiro de propinas obtidas na compra de equipamentos.
O escritor e colunista Carlos Heitor Cony já havia feito pelo menos duas referências à sua história, em março e setembro deste ano, na própria Folha, mas nenhum jornal teve interesse em revisitar o passado. Cony e outros jornalistas que trabalharam com Francis, como este observador, sabiam que ele não era um repórter investigativo, mas tinha fontes poderosas. Os fatos que agora vemos expostos nos jornais demonstram que sua denúncia tinha fundamento.
A revelação de que policiais federais do Paraná envolvidos na Operação Lava Jato atuavam como cabos eleitorais do PSDB cria para a instituição um dever de honra: levar o inquérito aos níveis de uma “Operação Mãos Limpas”, acabando com o vazamento seletivo de informações.
Os jornais não poderão seguir com seu joguinho de mostra-e-esconde. O fantasma de Paulo Francis vai assombrar as redações.
( Luciano Martins Costa / Observatório da Imprensa)

Paulo Francis morreu ou foi a queima de um arquivo que sabia muito sobre a Petrobras da época de FHC?

A BOMBA DE EFEITO RETARDADO DOS TUCANOS

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO NOMEOU DELATOR NA PETROBRAS - PAULO ROBERTO COSTA É CRIA DOS TUCANOS

GRANDE ARTICULADOR DE POSSÍVEL ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS É FUNCIONÁRIO DE CARREIRA, NOMEADO PARA VÁRIOS CARGOS DE CONFIANÇA NOS GOVERNOS DO PSDB E INDICADO PELA SENADORA ANA AMÉLIA (PP/RS) PARA O CARGO QUE ACABOU DEMITIDO POR GRAÇA FOSTER


SÓ PARA CONSTAR, e mais uma vez, DE QUEM SE TRATA O SR. PAULO ROBERTO COSTA. ELE É CRIA DO PSDB, COISA QUE A GLOBO NÃO FALA.
Ex-diretor começou no primeiro governo de FHC (CADA MINUTO - 08/09/14).
A chamada “grande imprensa”, nas reportagens sobre a Operação Lava-Jato, omite dados importantes sobre um dos personagens principais. Há informações relevantes que a mídia tem sonegado à população brasileira.
Tem sido divulgado à opinião pública que Paulo Roberto Costa, agora no epicentro de um escândalo de corrupção, teria começado sua carreira na Petrobras em 2004 – portanto, no governo Lula –, quando foi nomeado diretor de Abastecimento.
Isso não é verdade.
Ele entrou na Petrobras muito antes, em 1979, quando participou da instalação das primeiras plataformas de petróleo na Bacia de Campos (RJ).
Suas primeiras indicações políticas dentro da estatal ocorreram quando o PSDB ganhou a presidência da República.
Em 1995, logo no primeiro ano da presidência de FHC, ele foi indicado como gerente geral do poderoso Departamento de Exploração e Produção do Sul, responsável pelas Bacias de Santos e Pelotas.
Nos anos seguintes, sempre sob gestão dos tucanos, Paulo Roberto Costa foi beneficiado por várias indicações políticas internas da Petrobras. Em 1996 foi gerente geral de Logística. De 1997 a 1999 respondeu pela Gerência de Gás. De maio de 1997 a dezembro de 2000 foi diretor da Petrobras Gás – Gaspetro. De 2001 a 2003 foi gerente geral de Logística de Gás Natural da Petrobras. E de abril de 2003 a maio de 2004 (agora, sim, no início do governo Lula), foi diretor-superintendente do Gasoduto Brasil-Bolívia.
Sua indicação para diretor de Abastecimento, em 2004, por indicação do PP (da Ana Amelia, da RBS-GLOBO, que queria ser governadora do RS ), na gestão Lula.
Fonte: blog do saraiva

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

POR ISSO OS EUA ODEIAM EVO MORALES...

Evo : En Bolivia ya no mandan los gringos, sino los indios

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BOLIVIA.COM – El presidente de Bolivia, Evo Morales, afirmó que en su país ya no mandan los gringos, sino los indios y la economía no la dirigen los “Chicago boys”, sino los “Chuquiago boys”, en alusión al nombre indígena de La Paz, Chuquiago Marka.
Morales, que dentro de dos meses cumplirá nueve años consecutivos como presidente, dijo estas palabras en la región central de Cochabamba en un acto en el que destacó que la “estabilidad social” en el país garantiza a su vez la estabilidad política y económica.
“Nuestro vicepresidente (Álvaro García Linera) dice que ahora ya no deciden los ‘Chicago boys’, sino los ‘Chuquiago boys’. Yo digo: ahora aquí ya no mandan los gringos, aquí mandan los indios. Es la verdad, nosotros decidimos políticas económicas con nuestros profesionales”, sostuvo.
Agregó que su país se liberó “de una dominación política” porque la embajada de Estados Unidos ya no decide sobre el futuro de Bolivia. ”No me arrepiento, más bien estoy muy contento de haber expulsado al embajador de Estados Unidos porque ese embajador estaba conspirando, pagando a los opositores, se iba a la Justicia boliviana a chantajear, a entregar plata por debajo”, aseveró Morales.
El gobernante aludió así a la expulsión de Bolivia, en septiembre de 2008, del embajador Philip Goldberg, bajo la acusación de conspirar contra el Gobierno de Morales en alianza con la oposición, lo que Washington siempre ha rechazado. El mandatario dijo que haberse liberado políticamente de EE.UU. permitió a Bolivia la “liberación económica” con la nacionalización de varias empresas, en particular las de hidrocarburos.
Según Morales, Bolivia también se liberó del Fondo Monetario Internacional (FMI), que ya no influye en la economía del país andino. Morales, que gobierna Bolivia desde 2006 y ha ganado en recientes elecciones un nuevo mandato hasta el 2020, ha defendido siempre que el modelo económico de su país permite un crecimiento gracias al control de sectores estratégicos y a políticas de redistribución.
El Gobierno proyecta para este año un aumento de su producto interno bruto (PIB) del 5,7 % y para el 2015 del 5,9 %. EFE
Fonte: contrainjerencia

E SE AUTOINTITULAM CAMPEÕES DA LIBERDADE...




EEUU: Multa de 2.8 millones a agencia argentina por viajes a Cuba


Estados Unidos impuso una multa de 2.8 millones de dólares a la agencia de viajes Despegar.com, con sede en Argentina por realizar transacciones que supuestamente violaron el bloqueo económico, financiero y comercial que Washington mantiene sobre Cuba desde hace más de medio siglo.
Esta acción fue tomada luego que la Oficina de Control de Bienes Extranjeros (Ofac) del Departamento del Tesoro de EEUU revelara que una sucursal de la agencia de turismo en el estado de Delaware aceptó el referido monto por operaciones que vincularon a Cuba entre 2009 y 2012, reseñó Cuba Debate.
Despegar.com brindó servicios a 17.834 personas que compraron boletos aéreos o realizaron reservaciones de hotel para estancias en Cuba o terceros países, supuestamente sin la autorización de la Ofac.
Las operaciones se desarrollaron entre el 2 de marzo de 2009 y el 31 de marzo de 2012, y sumaron un monto de 4.4 millones de dólares.Despegar.com es la segunda agencia turística, radicada fuera de EEUU, que fue multada por el Departamento del Tesoro en abril. Para ese mes, la firma holandesa Carlson Wagonlit Travel (CWT) canceló por términos de multa 5.9 millones de dólares por haber ofrecido servicios vinculados a viajes a Cuba a más de 44.400 clientes entre el 2009 y 2012.
El bloque que mantiene EEUU sobre Cuba, que ha sido rechazado por organismos internacionales, ha causado pérdidas a la economía de la isla por valor de 1 billón de dólares, de acuerdo con un documento presentado por la isla en septiembre de 2013
O terrorismo dos EUA é uma afronta ao direito de ir e vir das pessoas; esses farsantes ainda tem a pachorra de se dizerem defensores da liberdade!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

A LIBIA DEPOIS DA INVASÃO DOS EUA

E que fim levaram os ‘humanitários’ que iam salvar os líbios com bombas e drones?!


Gleen Greenwald e Murtaza Hussain, The Intercept – Tradução: Vila Vudu

Apenas três anos depois da intervenção militar pela OTAN contra a Líbia e com a intervenção elogiada pelos interventores como se tivesse sido retumbante sucesso, a Líbia é país em colapso total. A violência e a anarquia são de tal modo disseminadas, que “praticamente nenhum líbio consegue viver vida normal” – escreveu Stephen Kinzer, da Brown University, no Boston Globe, semana passada. 

Mês passado, o Parlamento líbio, sem exército funcional que lhe garanta proteção contra milícias fortemente armadas, foi obrigado a fugir de Trípoli e abrigar-se num barco grego.
O New York Times noticiou em setembro que “o governo da Líbia declarou (...) que perdeu o controle de seus ministérios para uma coalizão de milícias que tomou a capital, Trípoli, em mais um sinal claro do esfacelamento do estado.”
A luta sectária e atraso nos pagamentos destruíram quaisquer tentativas que EUA e Grã-Bretanha tenham feito para treinar soldados líbios, o que levou os dois países, semana passada, a abandonar completamente programas futuros: “nenhum único soldado foi treinado pelos EUA, porque o governo líbio não compareceu com o dinheiro prometido.” A Agência Associated Press noticia hoje que uma cidade inteira, Darna, rendeu-se e jurou fidelidade ao Estado Islâmico no Iraque e Levante [ing. ISIS], “tornando-se a primeira cidade fora do Iraque e da Síria a unir-se ao ‘califado’ anunciado pelo grupo extremista.”
Relatório distribuído pela ONG Anistia Internacional há duas semanas, documentava que “milícias foras-da-lei e grupos ilegalmente armados de todos os lados do conflito na Líbia ocidental, cometem cada vez mais e maiores crimes de abusos de direitos humanos, inclusive crimes de guerra.” Em suma, é quase impossível exagerar os horrores que os líbios são obrigados a enfrentar diariamente, e a miséria tomou conta do país.
Tudo isso leva a uma pergunta óbvia: que fim levaram todos os ‘humanitários’ que tanto insistiram que seriam movidos por profunda e nobre preocupação pelo bem-estar do povo líbio, quando clamavam a favor da intervenção pela OTAN? Quase sem exceção, os que advogavam a favor de ação militar da OTAN em campo na Líbia sempre disseram que a ação seria motivada, não por objetivos primariamente estratégicos, ou pelos recursos naturais líbios, mas por puro altruísmo.
Nicholas Kristof, do New York Times, escreveu: “A Líbia nos faz lembrar que às vezes é possível usar ferramentas militares para fazer avançar causas humanitárias.” Anne-Marie Slaughter, ex-assessora do governo Obama, clamava que a intervenção tinha a ver com manter “valores universais” os quais, por sua vez, encaminhariam na direção de alcançar os objetivos estratégicos dos EUA. Ao justificar a guerra ante os norte-americanos (mais de uma semana depois de os ataques já terem começado), o presidente Obama decretou: “Há nações capazes de fingir que não veem atrocidades em outros países. Os EUA, não. Os Estados Unidos da América são diferentes.”
O caso é que “fingir que não veem” as atrocidades atuais – e atualmente ainda muito piores que antes – na Líbia é, precisamente, o que fazem hoje os EUA, seus aliados e a grande maioria dos ‘humanitários’ que tanto pregaram guerras e mais guerras. De fato, depois que o bombardeio foi suspenso, os pró-guerra só se mantiveram interessados na sorte do povo líbio por tempo suficiente para se vangloriarem da própria ‘clarividência’ e para vingar-se dos que haviam discordado deles.
Slaughter teve sua ‘volta da vitória’ com uma coluna assinada no Financial Times do dia 24/8/2011, sob o título “Por que se comprovou que os céticos quanto à ajuda humanitária à Líbia sempre estiveram errados” [orig. Why Líbia sceptics were proved badly wrong]. Nessa coluna ela desqualifica todos que diziam que “ainda é cedo para avaliar” e que “em um ano, ou numa década, a Líbia corre o risco de desintegrar-se em conflitos tribais ou em insurgências islamistas, ou racha ao meio, ou apenas passa, de um ditador, para outro”. E insiste que nada jamais poderia ser pior que deixar Gaddafi no poder. Assim sendo, então, “a Líbia é a prova de que o ocidente, afinal, é capaz de fazer escolhas com sabedoria.”
Assim também Kristof aproveitou seu momento de fama para celebrar o quanto sempre acertara em suas avaliações e previsões e balanços, para visitar Trípoli no mesmo mês de agosto, e de lá anunciou que os norte-americanos eram vistos como heróis pelos líbios agradecidos. Embora toda sua coluna fosse carregada de ressalvas, sobre inúmeras coisas que ainda poderiam acabar terrivelmente mal, o colunista mesmo assim não se envergonhou de escrever que “essa foi das raras forças de intervenção militar movidas por razões humanitárias, e teve sucesso” e que “só em raros momentos há forças militares capazes de promover direitos humanos. A Líbia até aqui é modelo para esse tipo de intervenção.”

Quando a derrota de Gaddafi já era iminente, o blog Think Progress que apoia a Casa Branca explorou as emoções resultantes (exatamente como os Republicanos fizeram quando Saddam foi capturado), para provocar os Republicanos: “Será que John Boehner ainda acha que as operações militares dos EUA na Líbia são ilegais?” – Como se assassinar Gaddafi pudesse justificar aquela guerra, mesmo depois de o Congresso ter negado autorização para os ataques, ou, então, como se o assassinato de Gaddafi pudesse, só ele, assegurar resultado que favorecesse os líbios.
A mesma cena de patética autocongratulação repetiu-se também em outros países que participam da guerra. “No momento em que o Canadá encenava um espantoso desfile militar comemorativo da vitória na Líbia, com exibição de aviões da Força Aérea sobre o Parlamento em Ottawa, a Líbia mergulhava rapidamente na mais absoluta anarquia”, noticiou The Chronicle Herald.
Em setembro de 2011, o Christian Science Monitor narrou como “líderes ocidentais voam para Trípoli para celebrar a vitória dos rebeldes e oferecer apoio à nova Líbia, cujo sucesso eles veem como modelo para outras revoluções árabes. O presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro britânico David Cameron (na foto) mergulharam com prazer nos agradecimentos dos líderes favoritos da OTAN para a transição líbia, por terem combatido uma guerra “por razões exclusivamente humanitárias”. Manchete da revista alemã Der Spiegel do dia 15/9/2011, anunciava: “Sarkozy e Cameron na Líbia: Heróis por um Dia.” Finalmente, o ocidente encontrara sua Boa Guerra, após a qual podia sentir-se puro e orgulhoso.
O mais espantoso aqui não é o quanto, ou como, tudo na Líbia saiu tão terrivelmente, tão tragicamente errado. Que sairia muito errado sempre foi dolorosamente previsível: qualquer um que preste atenção superficial que seja, hoje, sabe que matar ‘O’ ditador-do-mal-do-momento (quase sempre algum ditador que os EUA apoiaram com muito empenho durante muito tempo) nada absolutamente gera, de bom, para o povo diretamente envolvido, a menos que, depois do fim da ditadura, venham anos e anos de apoio sustentado, para reconstruir as instituições civis. E mesmo assim, é difícil alcançar os melhores resultados. Esse, é claro, foi um dos principais argumentos de todos que se opuseram à intervenção Líbia: que nada se obteria de bom para o povo líbio, ao mesmo tempo em que a guerra custaria a vida de muitos líbios e geraria caos inenarrável.
O mais espantoso é o descaramento, a temeridade desses advogados pró-guerra, que absolutamente apagaram a Líbia do seu horizonte, no instante em que acabaram os mais excitantes bombardeios aéreos e tiveram fim as suas gloriosas danças de vitória na guerra. Com raras notáveis exceções – como Juan Cole, que visitou a Líbia – praticamente todos os destacados advogados pró-intervenção na Líbia, tanto no governo quanto no ‘colunato-comentariato’ midiático, esqueceram completamente a Líbia e o povo líbio – cujo bem-estar tanto os havia emocionado e comovido no plano humanitário: foi como se já não existissem! Com o país mergulhado em caos, violência, as ruas tomadas por milícias armadas, anarquia generalizada, resultado direto da intervenção pela OTAN, passaram a manifestar o mais total desinteresse: não buscaram, sequer, algo a fazer, alguma providência, alguma medida para conter ou para tentar reverter aquele colapso. O que aconteceu ao tal ‘humanitarismo’ tão profundamente sentido?! Onde se meteram todos aqueles ‘humanitários’?!
Há todos os tipos de motivos para opor-se às chamadas “intervenções humanitárias”. Para começar, porque virtualmente todas as guerras, até as mais visível e declaradamente agressivas guerras de conquista (como a Guerra do Iraque) sempre são mostradas em embalagem ‘humanitária’.
Além do mais, seria de esperar que surgissem dúvidas imensas quanto à capacidade do ocidente para usar bombas e força militar – em terras tão distantes, com culturas complexas e radicalmente diferentes –, de tal modo que, no fim, o ocidente ainda tivesse meios para manipular os desdobramentos políticos e sociais da guerra (exceto quando o objetivo das bombas é, precisamente, gerar o mais desgraçado caos, caso em que, sim, sempre se pode esperar que o ocidente seja bem-sucedido). Além disso, os custos da devastação e os custos humanos de pôr os poderosos militares norte-americanos a bombardear países distantes são imensos, e jamais seriam ‘compensados’ por supostos “benefícios”.
Mas a razão de mais peso pela qual se opor a essas guerras é que o ‘humanitarismo’ não é o que motiva os EUA ou a maioria dos governos a enviar soldados armados para outros países. Se você duvida, basta ver como aquela suposta preocupação humanitária pelos líbios sumiu instantaneamente, no momento em que acabou a diversão, a sensação de glória, a autossatisfação pelas bombas disparadas.
Se houvesse alguma autenticidade naquele ostentoso humanitarismo, não teríamos visto tanto grande empenho em consumir enormes quantidades de dinheiro para destruir a Líbia. Por que não se viu empenho algum em estabilizar e reconstruir a Líbia, nem antes, nem durante, nem hoje, nem nunca? Por que, afinal, ante todo o horror do sofrimento dos líbios, não se ouve falar de programas de ajuda, e tudo o que se vê e ouve é envio de mais e mais drones, mais prédios e pessoas que voam pelos ares e aquela risadinha pervertida, doentia, sociopática, do “nós” vimos, conquistamos e O Vilão morreu?
(...) No desfile privado da vitória que promoveu para si mesmo, Kristof, do New York Times, escreveu que “a questão da intervenção humanitária voltará a aparecer aos olhos do mundo e, quando isso acontecer, nos lembremos da lição da Líbia.” Nisso, pelo menos, está absolutamente certo...
Fonte: Jornal AguaVerde
A Líbia após a invasão dos EUA virou um caos; é só destruição. O que diz disso a mídia ocidental? 

VOCE SABIA?


10 impactantes datos que EE.UU. esconde y que el mundo no sabe

Publicado el 23/11/14 • en el tema EEUU Y CANADÁ

1.-Desde el año 1890 el gigante del norte ha invadido o atacado 149 países, además de las operaciones encubiertas.

Por ejemplo las intervenciones que hubo en Chile para la elección de Eduardo Frei Montalva en 1964 y el intento de boicotear la asunción de Allende en 1970.

En este punto, se cita que el ganador del Premio Nobel de la Paz en 2009, Barack Obama, es responsable del mayor presupuesto militar de EE.UU. desde la Segunda Guerra Mundial.

2- EE.UU. es el único país de la OCDE que no ofrece prestaciones por maternidad. Las mujeres estadounidenses no tienen derecho a días pagados antes o después de dar la luz.

3- Es el país con mayor población carcelaria del mundo.

4.-El 20% de los niños estadounidenses están malnutridos, es decir, viven sin ‘seguridad alimentaria’.

5- Es el país con la mayor cantidad de armas por persona. De cada diez estadounidenses nueve disponen de armas de fuego.

6- Todos los inmigrantes deben prestar el juramento de no ser comunistas para obtener residencia en EE.UU. Además, deben declarar que no tienen simpatías anarquistas y que no pertenecen ni apoyan a ninguna organización terrorista, además de que no son agentes secretos ni criminales nazis de la Segunda Guerra Mundial.

7- 125 estadounidenses mueren al día por no poder permitirse contratar un seguro médico. Unos 84 millones de estadounidenses no disponen de seguro de salud.

8- Durante siglos, los indios fueron perseguidos y asesinados por el Gobierno norteamericano. En el siglo XX EE.UU. inició un plan de esterilización forzada de mujeres indígenas.

9- El precio medio de un grado en una universidad pública es de unos 80.000 dólares. Dados los costes de la educación durante la última década la deuda total de los estudiantes ascendió a los 1,5 billones de dólares, aumentando un 500%.

10- Hay más estadounidenses que creen en el diablo que en Darwin. Por esta razón no debe sorprender que el exsenador Rick Santorum acuse a los académicos estadounidenses de estar controlados por Satanás.

Fonte: contrainjerencia

domingo, 23 de novembro de 2014

OPERAÇÃO LAVA JATO: A MÍDIA ESCONDE FATOS

Brasília - Domingo , 23 de Novembro de 2014  



Operação abafa está varrendo petrolão tucano para debaixo do tapete



 As investigações da operação Lava Jato são só para petistas e, no máximo, para os peemedebistas. Para tucanos, impera a Operação Abafa.
Antonio Lassance/Carta Maior
Primeiro, foi o mensalão. Agora, é o "petrolão". Em ambos os casos, o esquema de desvio de dinheiro público foi inventado desde o governo tucano de FHC - pelo menos -, mas só descoberto quando vieram os petistas. 
Estamos aguardando Aécio Neves, que além de Senador é agora comentarista político do Jornal Nacional, aparecer no estúdio para confessar que continua com a ideia fixa de que tudo o que o PT fez e ampliou começou com FHC.
Há gente muito otimista quanto ao desfecho do atual escândalo, na linha de que não sobrará pedra sobre pedra e que todos serão tratados igualmente pela Polícia Federal do Paraná, pelo Ministério Público e pela Justiça.
Poderíamos citar Dante e sua Divina Comédia para recomendar a todos que deixem a esperança na porta, ao entrar; mas a situação combina mais com o bordão do compadre Washington (aquele do "sabe de nada, inocente").
Pouco adianta a constatação do Ministério Público de que o esquema que assaltou a Petrobras existe há pelo menos 15 anos.
Se não houver a devida investigação para dar nome aos bois do período FHC, a constatação cai no vazio - ou melhor, na impunidade.
O problema não é se vai sobrar pedra sobre pedra, mas para onde serão dirigidas as pedradas, se é que alguém ainda tem alguma dúvida.
A apuração feita pela Operação Lava Jato não é neutra. Os investigadores da PF encarregados do caso não são neutros, muito pelo contrário.
A maioria é formada por um grupo de extremistas que foram flagrados em redes sociais vomitando comentários raivosos e confessando suas opções partidárias.
Se dependermos dessa gente diferenciada, não teremos Estado de Direito, mas Estado de direita.
O Código de Ética da associação nacional dos delegados da PF proíbe a seus membros a manifestação de preconceitos de ordem política. Mas alguém acha que esses vão sofrer qualquer reprimenda?
Alguém imagina que os deslizes, considerados ao mesmo tempo graves e primários por gente séria da própria PF, terão a punição que foi aplicada ao ex-delegado Protógenes Queiroz, que cometeu o crime hediondo de prender um banqueiro?
O PSDB tem sido zelosamente preservado nessa "investigação" que deveria feita na base do doa em quem doer. Balela.
A operação Lava Jato é só para petistas e, no máximo, para os peemedebistas. Para tucanos, impera a Operação Abafa.
O senador Álvaro Dias e o deputado Luiz Carlos Hauly, ambos tucanos do Paraná, citados por delatores, até agora estão absolutamente preservados.
O nome de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, já falecido, apareceu menos como uma revelação do que como um "boi de piranha". Guerra já não pode confessar nada nem sob tortura.
PT e PMDB têm seus operadores. O PSDB também, mas onde estará o infeliz? Certamente, por aí, limpando sua conta e seus rastros.
Quase metade da lista de políticos citados pelos delatores é formada por apoiadores da campanha de Aécio Neves em 2014 (confira aqui).
A sina persecutória dos delegados paranaenses chegou ao ponto de incriminar o atual Diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, sem qualquer prova, sem sequer testemunho. O crime do diretor estava apenas na pergunta dos investigadores.
Até mesmo um ex-diretor da PF nomeado por FHC considerou o episódio contra Consenza o cúmulo do absurdo, conforme relatado pelo jornalista Ilimar Franco em sua coluna.
Isso não se faz, a não ser com segundas e terceiras intenções. Não foi erro material", como os investigadores alegaram, nem mera trapalhada, foi obra do comitê eleitoral da campanha tucana de terceiro turno.
As tartarugas do ministro da Justiça
Das duas tartarugas que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tinha que cuidar, uma já fugiu; a outra está escondida debaixo de seu nariz.
A defesa da autonomia da Polícia Federal, que é de uma obviedade gritante, não resolve uma dúvida crucial: a PF do Paraná tem autonomia para varrer a sujeira do PSDB para debaixo do tapete, ao sabor da preferência partidária de alguns investigadores?
Está claro que o comando da PF no Paraná tem autonomia suficiente para não ser aparelhada pelo PT, nem pelo PMDB, mas pode gozar de autonomia para ser aparelhada pelo PSDB?
Se depender do ministro Cardozo, claro que sim - é para isso que serve a autonomia - para que qualquer órgão público faça o que bem entender, com base nas conveniências de seus servidores.
Por sorte, ao alargarem o tamanho do escândalo, para que ganhasse ares superlativos - suficientes para serem aproveitados por uma oposição que, incapaz de ganhar eleições presidenciais, só vê saída no impeachment -, os investigadores cometeram um erro crasso. Comprometeram todo o sistema político. Excelente ideia.
A rigor, todo aquele que recebeu doações de qualquer dos envolvidos no escândalo deveria ter seu mandato cassado.
Considerando que a Polícia Federal paranaense chegou à conclusão de que não existe almoço grátis, de cada 10 parlamentares eleitos, pelo menos 4 deveriam ser impedidos de assumir o mandato. Agora, ou vai ou racha.
A investigação que Gilmar Mendes determinou que se faça contra as contas da campanha de Dilma, com uma força tarefa formada por TCU, Receita Federal e Banco Central, deve ter uma similar para Aécio e todos os demais candidatos, à exceção dos do PSOL, PSTU e PCO - os únicos que se livraram do pavoroso expediente de receber "doações" de empresas.
É uma pena que o anticomunismo dos investidores encarregados da operação os impeça de chegar à conclusão, em seu relatório, de quem ninguém presta na política nacional, salvo os comunistas. Todos os demais partidos, nessa lógica, estão infestados de ladrões.
Se negarem vinculação com o PSDB e continuarem a recusar simpatia aos comunistas, aos delegados paranaeses restará apenas o movimento Punk - se for essa a opção, contarão doravante com meu respeito.
Anedotário do Gilmar
Em qualquer escândalo, quem quer desviar para longe o faro da impensa precisa dar carne aos leões. Só assim se consegue conduzir o olhar para longe de quem se quer proteger e em direção a quem se quer atacar.
Pela milésima vez, uma operação-abafa é feita para esconder a sujeira da corrupção praticada pelo PSDB para debaixo do tapete, tal como foi feita com os mensalões do PSDB e do DEM, com o apoio do oligopólio midiático.
No STF, o ministro Gilmar Mendes vai na mesma linha. Mantém trancada há sete meses uma decisão que já conta com maioria do STF para abolir o financiamento empresarial de campanhas. Com Natal, Ano Novo e Carnaval, a decisão sequestrada por esse pedido de vistas fará aniversário em breve.
Não satisfeito, o ministro ainda se deu ao luxo de nos brindar com a piada, contada com sua voz de coveiro, de que o mensalão deveria ter ido para o juizado de pequenas causas.
A gracinha ocupou as manchetes como se fosse um desabafo, quando não passa de deboche com as instituições.
O anedótico Gilmar Mendes finge que o problema não é com ele, nem com o financiamento de privado, nem com empreiteiras, nem com corruptos que são sócios de políticos e partidos. O único problema - dele, pelo menos - é com o PT. O resto pouco importa.
No exato momento em que Gilmar fazia sua graça, a segunda tartaruga sob os cuidados de José Eduardo Cardozo fugia velozmente em plena Esplanada dos Ministérios.
Enquanto isso, tucanos e democratas continuam se fazendo de freiras castas pregando no bordel, mas sem dispensar as notas dobradas das empreiteiras, presas em suas apertadas calcinhas.
Mas que fique bem claro: não são calcinhas vermelhas, são pretas. Aí pode, sem problema.