sábado, 30 de novembro de 2013

AS RIXAS INTERNAS DA DIREITA NOS EUA


  Fascismo nos Estados Unidos? O Caso do Tea Party.
Vicenç Navarro*
30.Nov.13
Quando vemos as características e a actuação prática do actual poder nos EUA, pode custar a crer que haja sectores da direita norte-americana que se lhe oponham de forma radical. Mas existem, como sucede com a extrema-direita organizada no Tea Party, cujos membros estão na sua maioria convencidos de que Obama quer instaurar o socialismo nos EUA.


Existe uma percepção generalizada nos maiores meios de informação espanhola de que o Tea Party dos Estados Unidos é um movimento social de sensibilidade libertária que surgiu em resposta ao que se entendia em amplos sectores da população norte-americana como um aumento de intervenção do Estado federal nos Estados Unidos sob a presidência de Barack Obama. O correspondente António Caño  do El Pais nos Estados Unidos foi o promotor dessa visão, que é também a deste movimento e dos meios conservadores e ultraliberais que com ele simpatizam. Mas a realidade é bem diferente. Tanto os seus dirigentes como a sua prática actual apresentam outro tipo de movimento, que tem por objectivo defender os interesses económicos e financeiros de grupos empresariais concretos (que incluem desde empresas tabaqueiras a companhias de seguros, banca e empresas petrolíferas). É um movimento cuja base social é a classe média de renda alta e sectores de classes de poder, que acham que os seus impostos vão sustentar as minorias pobres do país. Está extraordinariamente bem financiado, com grande riqueza de meios procedentes de grupos financeiros e económicos que gozam de grandes recursos políticos e mediáticos. O seu poder político deriva de controlarem o sistema eleitoral através da redefinição dos distritos eleitorais desenhados pelas câmaras legislativas dos Estados controlados pelo Partido Republicano, favorecendo a eleição de políticos ultraliberais, sem nenhuma sensibilidade democrática. Os seus membros têm características comuns com o nacional catolicismo espanhol. Consideram-se parte de uma pátria escolhida por Deus, num nacionalismo extremo que tem também a missão de salvar os Estados Unidos de «ideologias antiamericanas», libertando-os  do governo federal controlado agora por um Anticristo. 62% dos membros do Tea Party  (segundo sondagens oficiais) acha que o Presidente Obama quer instaurar o socialismo nos Estados Unidos; 42% acham que o Presidente Obama é muçulmano e quer impor a lei muçulmana no sistema judicial americano; e 21% acham que o governo federal está a matar gente para estimular o medo às armas (sim, leu bem a frase) e muitas outras falsidades óbvias, transmitidas por um imenso sistema de doutrinação, quase como ter 20 Losantos — em horário nobre — em todo o território norte-americano. Rush Limbaugh, Glenn Beck, Michael Savage e a Fox News. O dinheiro que esta aparelhagem tem à sua disposição é imenso. É o movimento da ultradireita, mais próxima do fascismo europeu, ainda que tenha as suas características próprias, que o separam. O seu poder vem do controle sobre grandes recursos (financiados por esses grupos empresariais) e de grande número de câmaras legislativas dos estados que são, como já foi dito, as que definem os distritos eleitorais das eleições federais. Isso explica que, embora o Partido Democrático tenha ganho as últimas eleições no Congresso (mais de um milhão e meio de votos sobre os Republicanos), hoje o Congresso esteja nas mãos do Partido Republicano, controlado pelo Tea Party. A sua eficácia deve-se também ao profundo sentido de militância e à sua participação activa no processo eleitoral. Como a abstenção é enorme nas eleições para o Congresso (uma das instituições mais desprestigiadas dos Estados Unidos), um grupo muito minoritário, como o Tea Party, pode ganhar facilmente as eleições. Nas eleições para o Congresso só 30% do eleitorado vota (nas eleições presidenciais, que coincidem com as do Congresso, votam 52%, com o qual, um grupo muito motivado pode acabar (com 16% do voto) controlando os canais legislativos do Estado e do Congresso. A sua motivação é muito acentuada, pois tem um fanatismo religioso que sustenta a sua crença de que estão a lutar contra o anti Cristo, sendo altamente manipuláveis pelos grupos económicos que os financiam. O seu fanatismo é complementado por uma grande ignorância pois acham, por exemplo, que a paralisia do governo federal e a sua inviabilidade de pagar a dívida melhoraram a economia norte-americana. Daí que o seu controlo do Congresso via Partido Republicano represente uma ameaça para o sistema económico dos Estados Unidos, e inclusivamente para o sistema económico mundial. A situação referente à dívida pública é um exemplo, mas estão a tentar chantagear o presidente Obama para acabar com as reformas da saúde da Administração democrata e as pensões públicas do país. O seu discurso é semelhante ao utilizado pelos governos europeus e espanhol que, sob a desculpa de diminuir o défice público, está a eliminar a Assistência Social, impondo políticas que beneficiam o mundo empresarial e as classes de poder.

*Vicenç Navarro é catedrático de Política Pública na Universidade Pompeu Fabra e professor de Política Pública na Universidade John Hopkins.
Fonte:odiario.info  

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CIA INSTIGA A DIREITA VENEZUELANA


A exemplo do "panelaço" chileno, na época de Allende, a CIA está instigando o "sumiço" de produtos alimentares, usando traidores venezuelanos para aprontar um golpe de estado. Não conseguirão porque Maduro vai cortar a cabeça dos traidores.
Abaixo texto publicado em www.contrainjerencia.com.

Presidente Maduro: La derecha quiere violencia y quiere muertos

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El presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Nicolás Maduro, hizo un llamado al pueblo venezolano a estar alerta ante los nuevos planes desestabilizadores que pretende ejecutar la burguesía parasitaria para ocasionar violencia y zozobra en el país.
“Están muy nerviosos y está muy peligrosa la derecha fascista. Están inventando, quieren violencia y quieren muertos. Aquí va a seguir habiendo paz, yo voy a proteger la paz del pueblo de Venezuela”.
El Gobierno Bolivariano garantiza la paz en el país mediante el trabajo diario que se realiza junto al pueblo: “¿Cuándo un gobierno en este país, antes de que llegara el comandante Chávez, estaba con el pueblo gobernando en una plaza pública ejerciendo el poder y el gobierno popular?”.
El jefe de Estado y de Gobierno dijo que las actuaciones de la oligarquía responden al acto desesperado de defensa de quienes especulan y roban al pueblo mediante la usura y el sobreprecio en los productos que expenden en sus comercios.
Sobre el caso del diputado a la Asamblea Nacional (AN) por el estado Carabobo, Miguel Cocchiola, reiteró que más temprano que tarde llegará la justicia, al tiempo de informar que el presidente de la AN, Diosdado Cabello, tiene el expediente con todas las pruebas, lo que resta es “que la Fiscalía ejerza las acciones y así pague los delitos que ha cometido en contra del pueblo trabajador”.
Ante las pretensiones desestabilizadoras de la derecha apátrida expresó que el Gobierno continuará con la batalla en contra de la guerra económica, porque no permitirá el ladronismo contra quienes trabajan dignamente para recibir sus remuneraciones.
Sobre este tema reiteró que el día viernes 29 de noviembre informará sobre nuevas acciones complementarias para consolidar los precios justos.

 

USAID: O FALSO HUMANITARISMO

Um relatório elaborado pela Câmara de Comercio dos EUA em Espanha reconhece que as Ilhas Canárias “reforçaram o seu papel como base estratégica para as empresas norte-americanas”

odiario.info

 

A USAID, inequivocamente identificada como braço “humanitário” da CIA, instalou-se nas Ilhas Canárias com o subserviente acordo do governo de Rajoy. O imperialismo coloca os seus peões onde o deixam: o governo de direita em Espanha como os governos da política de direita em Portugal.


A Agencia Central de Inteligência (CIA) dos EUA, com o recorrente pretexto da “ajuda” aos países subdesenvolvidos, conseguiu instalar-se de forma permanente na ilha da Grande Canaria através de uma das suas mais activas organizações de fachada. A Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Mais conhecida pelo seu acrónimo em inglês, USAID.
Faz agora justamente um ano alertávamos nas páginas do Canarias Semanal para o desembarque desta instituição norte-americana no Porto de Las Palmas, a partir do qual tinha começado a controlar o envio de víveres para a África ocidental. Uma das regiões em processo de recolonização económica e militar que Washington actualmente disputa com outras potências ocidentais, e algumas emergentes, como a China.
Desde então os barcos que partiram do Porto de la Luz com alimentos para o continente vizinho fizeram-no - por exigência expressa da USAID - sob bandeira estado-unidense. A mesma que acompanha os sacos de comida com os quais a Administração Obama pretende incrementar a penetração das multinacionais ianques em países que, em alguns casos, estão a alcançar ritmos de crescimento anual de 12 %.
Desta forma, segundo reconhecia um relatório elaborado pela Câmara de Comercio dos EUA em Espanha, as Ilhas “reforçaram o seu papel como base estratégica para as empresas norte-americanas”.
Esta componente “humanitária” da estratégia do Imperio, que combina conforme a conjuntura política a agressão ou a ameaça militar, a chantagem, o bloqueio económico e a “colaboração” com os países que se mostram submissos perante os seus planos expansionistas, foi nesta altura convenientemente subscrito por um dos seus mais dóceis governos vassalos.
No passado 25 de Outubro o Executivo Rajoy subscrevia com a USAID um acordo que permitirá aos estado-unidenses operar em Porto de la Luz durante todo um ano. O prazo, no entanto, é prorrogável e o próprio Governo ultraconservador de Madrid já anunciou que trabalha para que a Agencia continue em Grande Canaria nos próximos mandatos.
“Estamos muito contentes e continuaremos a trabalhar com a USAID sempre que eles o queiram” - reconheceu neste sentido Francisco Quesada, membro do gabinete da Secretaria Geral de Cooperação para o Desenvolvimento.
MAS, ¿O QUÉ É REALMENTE A USAID?
A USAID, encarregada de distribuir a maior parte da “ajuda” de carácter não-militar dos Estados Unidos, define-se como um “organismo independente” que, paradoxalmente, não nega que recebe as suas “directrizes estratégicas” do Departamento de Estado, para reforçar a política externa de Washington.
E a dar-se o caso de o carácter destas orientações não ser suficientemente diáfano, as próprias autoridades do organismo chegaram a reconhecer também o seu apoio e financiamento a forças políticas opositoras aos governos “díscolos” da América Latina.
A verdade é que a USAID não é particularmente conhecida por lutar contra a fome no mundo, mas é-o por actuar como um apêndice da CIA, utilizando os seus ingentes fundos para desestabilizar os governos rebeldes aos ditames dos EUA. Esta Agencia começou a ser gerada no Escritório de Segurança Pública (OPS), criado em 1957 pelo presidente Dwight Eisenhower para treinar forças policiais sipaias em outros países. Mas foi em 1961 que John F. Kennedy a criou como entidade dedicada à “ajuda humanitária”, convertendo-se assim no organismo oficial destinado a operar em nações com “inclinações antidemocráticas”. Quer dizer, naquelas onde o domínio norte-americano pudesse ver-se questionado.
Diversos investigadores têm divulgado suficientes dados contrastados sobre a forma como a USAID actua em mais de 100 países e, particularmente, acerca das suas operações na América Latina. Os próprios documentos desclassificados da CIA revelam que milhões de dólares do seu orçamento são canalizados por meio desta agência para uma rede de instituições e grupos políticos que são utilizados para levar a cabo acções clandestinas. Através dos seus mais de cem escritórios em nações do chamado Terceiro Mundo a USAID coopta organizações privadas, grupos indígenas, associações profissionais, religiosas, etc., e subvenciona grupos de “dissidentes” ao serviço dos interesses norte-americanos. Mantém, para além disso, relações com mais de 3.500 empresas e 300 organizações privadas do seu próprio país, e outorga subsídios a pretensas ONG’s igualmente vinculadas à CIA, como os Repórteres sem Fronteiras.
Só em Cuba a Agencia dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional destinou mais de 197 milhões de dólares ao financiamento de grupos contra-revolucionários e a diversos programas de subversão.
Com a arrogância habitual de umas elites que assumiram plenamente a doutrina do “destino manifesto da ‘América’”, em Dezembro de 2009 um alto funcionário da USAID reconhecia também, em declarações efectuadas a The New York Times, que a CIA utilizava o nome dessa Agencia para não aparecer directamente envolvida na “doação” de fundos e no estabelecimento de contratos.
Não pode restar qualquer dúvida portanto acerca da instituição estado-unidense “de ajuda” que, com o inexplicável silêncio das organizações de esquerda do Arquipélago, se instalou na Grande Canaria com a aparente pretensão de ficar definitivamente nesta ilha.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

MOTORISTA CANALHA


O motorista que atropelou a senhora idosa e depois postou mensagens sacanas é um safado canalha.Se a senhora fosse minha mãe eu ia atrás desse canalha; lhe dava uma grande sova e lhe causaria os mesmos danos. Os filhos dessa senhora devem deixar de lado a máxima carola de " dar a outra face para bater" e dar um corretivo nesse motorista, desrespeitoso, covarde e canalha. Ou não é assim!?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A VIDENTE E AS IGREJAS MIDIÁTICAS

 A mídia, jornais, rádios e televisão noticiou com sensacionalismo o caso da taróloga sensitiva,médium e vidente que  botou a mão na grana de alguns trouxas. Vejam que uma BB-Bacana Boba, chegou a dar 381 mil reais, trouxa da alta sociedade, para prejudicar o próprio filho. Sifu.. Quem deveria ir para a cadeia são os babacas que ainda acreditam em papai noel e que coelho põe ovo. Essa "vidente" não é diferente do bispo Macedo da igreja universal e tampouco do bispo Valdomiro da Mundial e tantas outras. Ambos também deveriam estar atrás das grades por estelionato, juntamente com "os fiéis" bocós.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

EMIR SADER ACORDOU TARDE...

O sociólogo e politicólogo esquerdista Emir Sader escreveu,recentemente, para o jornalLa Jornada, onde pergunta: Por qué el Foro Social Mundial se ha agotado? ( Por que o Foro SocialMundial se esgotou?). Antes de quaisquer considerações já respondo: Porque o FSM foi/é um evento estimulado pelos neoliberaisque financiam ONGs serviçais,reacionárias que não querem mudanças estruturais. São estudantes, profissionais liberais e intelectuais; uns alienados, outros safados que estão a serviço do capital. É gente que defende a cartilha do Clube de Bilderberg!

POR QUE PERMITIR A PRODUÇÃO DE CARROS VELOZES?


Feriado da República: 369 acidentes nas rodovias do Paraná

Veículo foi flagrado a 145 km/h no trecho da BR-158 onde o limite é de 80 km/h; infração é gravíssima (Foto: Polícia Rodoviária Federal / Divulgação)
Do G1 PR
O feriado da Proclamação da República teve 369 acidentes nas rodovias federais e estaduais em todo o Paraná. O balanço foi feito pelas polícias rodoviárias estadual e federal entre quinta-feira (14) e madrugada desta segunda (18). Do total, 217 colisões ocorreram nas rodovias federais que cortam o estado. Seis pessoas morreram e 113 ficaram feridas.
A foto acima é a prova tácita da irresponsabilidade daqueles que autorizam a fabricação de carros com alta velocidade. Se existem regras que controlam os índices de velocidade, cuja média não pode ultrapassar 80km/h; por que permitir que se fabrique carros com velocidades acima de 300km/h?

GUANTANAMO: DESRESPEITO A SOBERANIA


Guantánamo: La paradoja increíble

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“Imaginen si nosotros los estadounidenses, luego de haber derrotado a los británicos en nuestra Revolución de Independencia, les hubiéramos dejado mantener unos miles de soldados y un puñado de acorazados en la bahía de Nueva York. ¡Increíble!” Lo anterior lo escribió el cineasta Michael Moore en un memorable trabajo titulado “Breve historia de la contrarrevolución cubana”, publicado en el año 2004. Aún la Base Naval que Estados Unidos mantiene en la bahía cubana de Guantánamo, en contra de la voluntad del pueblo y gobierno de la Isla, no había alcanzado notoriedad por ser centro de torturas y penal sin ley. Hoy se sabe que desde hace más de una década permanecen allí prisioneros sin juicio, muchos de ellos obligados a ingerir alimentos en contra de su voluntad, y cerrar Guantánamo se ha convertido en la promesa incumplida que más se le recuerda al presidente Barack Obama.
El enclave de Guantánamo surgió como resultado de la intervención militar estadounidense de 1898 que frustró la independencia cubana y colocó un apéndice injerencista en la Constitución, conocido como Enmienda Platt, y se mantuvo con el agrado de los gobiernos que EE.UU controló en la Isla hasta 1959. Con posterioridad al triunfo de la Revolución cubana, los sucesivos gobiernos de Washington se han negado a aceptar el reclamo de devolver a Cuba el derecho sobre ese territorio.
Se dice que Estados Unidos tiene en todo el mundo entre 700 y 800 bases militares, dispersas en alrededor de 150 países, un tema del que se hablará estos días en el III Seminario Internacional por la Paz y la Abolición de las Bases Militares Extranjeras, en la ciudad cubana de Guantánamo. En 2007 el escritor Juan Gelman citaba fuentes del Pentágono para establecer 32.327 cuarteles, hangares, hospitales y otros edificios en sus bases del extranjero, además del alquiler de 16.527 instalaciones, con casi 200.000 uniformados y un número igual de empleados y funcionarios civiles, a lo que habría que añadir 80 000 extranjeros contratados en esos territorios. En total, alrededor de medio millón de personas en el negocio norteamericano de exportar la guerra. Nadie sabe cuántos de esos lugares se han utilizado como prisiones secretas, lugares de tortura, incluyendo el uso de médicos con esos fines, según se conoció recientemente.
Lo increíble es que la razón que enarbola Estados Unidos para no negociar con Cuba, el país al que el gobierno estadounidense se niega a devolverle el territorio que utiliza en Guantánamo para preparar la guerra y encubrir la tortura, es la supuesta violación por el gobierno de la Isla de los Derechos Humanos. Más paradójico aún es que Cuba, a pesar de su pequeño tamaño y el bloqueo económico que le aplica Washington, emule con Estados Unidos en un despliegue mundial pero, en vez de militares, de médicos maestros y hospitales. (Publicado en CubAhora)
Fuente: http://lapupilainsomne.wordpress.com/2013/11/18/guantanamo-la-paradoja-increible/

domingo, 10 de novembro de 2013

A HISTÓRIA QUE O GOVERNO DOS EUA ESCONDE


Um manifesto pela verdade

por Edward Snowden [*]
Em frente ao Capitólio, em Washington. Num espaço de tempo muito breve o mundo aprendeu muito acerca de agências secretas irresponsáveis e acerca de programas de vigilância muitas vezes ilegais. Algumas dessas agências tentam, deliberadamente, ocultar a sua vigilância até mesmo de altos responsáveis e do público. Apesar de a NSA e o GCHQ [1] parecerem ser os piores transgressores – é isto que sugerem os documentos actualmente disponíveis – não devemos esquecer que a vigilância em massa é um problema global que precisa de soluções globais.

Tais programas não são uma ameaça apenas à privacidade, eles também ameaçam a liberdade de discurso e as sociedades abertas. A existência de tecnologia de espionagem não deveria determinar a política. Temos um dever moral de assegurar que nossas leis e valores limitem programas de monitoragem e protejam direitos humanos.

A sociedade só pode entender e controlar estes problemas através de um debate aberto, respeitoso e informado. A princípio, alguns governos, sentindo-se embaraçados pelas revelações de vigilância em massa, iniciaram uma campanha de perseguição sem precedentes para suprimir este debate. Eles intimidaram jornalistas e criminalizaram a publicação da verdade. Nesta altura, o público ainda não era capaz de avaliar os benefícios das revelações. Eles confiavam nos seus governos para decidir correctamente.

Hoje sabemos que isto foi um erro e que tal acção não serve o interesse público. O debate que quiseram impedir agora está a acontecer em países de todo o mundo. E ao invés de fazer dano, os benefícios societais deste novo conhecimento público agora são claros, uma vez que já são propostas reformas na forma de maior supervisão e nova legislação.

Os cidadãos têm de combater a supressão de informação sobre assuntos de importância pública vital. Contar a verdade não é um crime.
05/Novembro/2013

[1] NSA: National Security Agency dos EUA; GCHQ: Government Communications Headquarters do Reino Unido.

[*] O original foi escrito por Edward Snowden em 01/Novembro, em Moscovo. A única versão publicada encontra-se em alemão naedição de 03/Novembro da revista Der Spiegel, tendo-lhe sido enviada através de um canal encriptado. A versão em inglês, traduzida por Martin Eriksson, encontra-se em meriksson.net/snowden-a-manifesto-for-the-truth . O presente texto foi traduzido da versão em inglês. 
 Este manifesto encontra-se em http://resistir.info/ .

sábado, 9 de novembro de 2013

É ASSIM QUE OS EUA NOS ESPIONAM...


        Así accede la NSA a tu Gmail

 
whitehouse
Intentamos explicar de manera sencilla cómo funcionan los 2 programas del Gobierno de EEUU que recogen nuestros datos en Internet.
Durante las últimas semanas hemos conocido muchos detalles sobre los programas de espionaje del gobierno de EEUU a través de su Agencia de Seguridad Nacional (la NSA).
Snowden ha desvelado diversos programas de espionaje: escuchas a líderes mundiales, recolección masiva de llamadas telefónicas, acuerdos entre agencias de inteligencia de diferentes países, etc.
En este post vamos a intentar explicar en detalle cómo funcionan los 2 programas de espionaje que recogen nuestra información en Internet (y, en particular, cómo acceden a los correos de Gmail).
Dos programas de espionaje secretos: PRISM y MUSCULAR
Según los documentos de Snowden, existen 2 programas principales para recoger información de Internet: PRISM y MUSCULAR.
Aunque los objetivos de ambos programas son similares, el funcionamiento de ambos es muy diferente. Así que empecemos por el principio.
¿Qué es PRISM?
PRISM es un programa de recolección de datos que realiza la NSA con la colaboración directa de las grandes compañías de Internet.
En este documento “Top Secret” desvelado por Snowden aparecen las compañías que colaboraban en PRISM. Están todas las importantes: Microsoft, Google, Yahoo, Facebook, Skype, Apple, etc.
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Crédito de la imagen: The Washington Post
En este otro documento, la NSA detalla el año en el que esas compañías empezaron a colaborar en PRISM:
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Crédito de la imagen: The Washington Post
¿Cómo accede la NSA a los datos a través de PRISM?
PRISM recolecta datos de 2 maneras: una “semi-legal” y otra “completamente ilegal”.
PRISM “semi-legal”
El gobierno norteamericano, en principio, no puede espiar a sus ciudadanos. La Cuarta Enmienda a la Constitución estadounidense establece que el Gobierno necesita una orden judicial para investigar a un ciudadano.
Pero conseguir una orden judicial no resulta ningún problema para la NSA. Las obtiene a través de un tribunal secreto -pero legal- llamado FISC (Foreign Intelligence Survelliance Court). Este tribunal sólo admite al abogado que representa al Gobierno y nunca publica sus decisiones.
Desde el año 2003, los senadores de EEUU se quejan de que “no tienen ni idea de cómo funciona el tribunal porque sus procedimientos legales son también secretos para ellos”.
En la práctica, esta corte es una triquiñuela legal para circunvalar la cuarta enmienda. Para que os hagáis una idea: el año pasado, la NSA y el FBI solicitaron 1.800 órdenes de investigación. El 98.9% fueron aprobadas por el tribunal.
Una vez la NSA obtiene su orden judicial, las compañías de Internet están obligadas a entregar los datos.
Ah, y por cierto, si no eres ciudadano norteamericano, no estás protegido por la cuarta enmienda.
PRISM “completamente ilegal”
Además de la triquiñuela legal anterior, los documentos de Snowden desvelan otra faceta de PRISM completamente ilegal (sin orden judicial ninguna) y que se realiza con la completa colaboración de las compañías de Internet.
Para entender cómo funciona es interesante analizar las palabras del representante de Facebook cuando se filtraron los primeros documentos:
“Cuando el Gobierno pide a Facebook datos sobre individuos, nosotros sólo entregamos los estrictamente requeridos por la ley”  [lo que hemos hablado antes del PRISM semi-legal]. “Nunca permitimos un acceso directo a nuestros servidores”.
Atención a la última frase. Los periodistas de The Washington Post, estudiando otros documentos de Snowden publicados semanas después, encontraron la trampa lingüística que esconde.
En truco era el siguiente: en efecto, las compañías “no permitían un acceso directo” a sus servidores. Pero lo que hacían era copiar datos de sus servidores a otros servidores (que técnicamente no eran suyos aunque estuviesen dentro de sus instalaciones) a los que sí tenía acceso la NSA. ¡Toma malabarismo lingüístico con la expresión “acceso directo”!
Hasta aquí hemos hablado de PRISM. Ahora vamos a ver otro programa que utiliza la NSA para acceder a nuestros datos (y en particular a Gmail) y que se llama MUSCULAR.
MUSCULAR o cómo acceder al Gmail de manera sencilla
Seguramente os habréis dado cuenta que cuando os conectáis a Gmail, en vuestra barra del navegador aparece “httpS://“ en vez de “http://“ (diferencia en la letra “S”). Básicamente, lo que esto quiere decir es que la conexión entre vuestro ordenador y el servidor de Google está encriptada con el protocolo seguridad SSL/TSL.
Si alguien “pinchase el cable” que va desde vuestro ordenador hasta Google, no podría leer el email que acabáis de enviar porque la información viaja encriptada.
Evidentemente, Google no está formado por un sólo servidor. Cuando os conectáis a Google, en realidad os estáis conectando al servidor que hace de “puerta de entrada” de Google.
La conexión entre vuestro ordenador y “la puerta de entrada” de Google es segura.
Una vez vuestro email llega a Google, la compañía los copia en muchos servidores a la vez. Así, si por ejemplo, se cae uno de sus centros de datos, vosotros podéis seguir accediendo a Gmail.
Problema: las conexiones entre los centros de datos de Google no están encriptadas.
MUSCULAR es el programa de la NSA que pincha los cables entre los centros de datos de Google (o Yahoo) para leer los emails.
Quizás es más sencillo entenderlo con este otro documento de la NSA desvelado por Snowden:
MUSCULAR
Crédito de la imagen: The Washington Post
En la nubecita de la izquierda están las conexiones entre los usuarios y Google. Como véis las flechitas tienen escrito “SSL”. Es decir, las conexiones son seguras.
En la nubecita de la derecha están las conexiones internas entre los servidores de Google. Ahí ya no tienen escrito “SSL”. Es decir, las conexiones aquí no son seguras.
Entre las dos nubecitas, está el cuadrito “GFE”, la puerta de entrada a Google. Aquí está indicado que el protocolo de seguridad “SSL” desaparece una vez entras en Google. ¡ATENCIÓN a la carita sonriente!
Como podéis ver en este mapa, Google tiene centros de datos repartidos por todo el mundo:
datacenter
Crédito de la imagen: Google
Fuente: http://www.principiamarsupia.com
Muchos de esos centros de datos están conectados entre sí por fibra óptica propia. Con MUSCULAR, la NSA pinchaba esos cables y tenía acceso a todos los datos que circulaban sin encriptar.
Todos estos detalles se los debemos a la enorme valentía de Edward Snowden y al trabajo de análisis que han realizado durante meses los compañeros de The Guardian y The Washington Post.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

20 DE NOVEMBRO: DIA DO PREJUIZO

A ACP-Associação Comercial do Paraná " alega que o feriado de 20 de novembro prejudicará o comércio e a industria de Curitiba e causará um prejuizode R$ 160 milhões à economia do município", segundo noticiário divulgado nessa terça-feira (05/11/13). Por que só da data comemorativa do Herói Negro Zumbi causa prejuízo? E os feriados: da Paixão, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados, isso só para citar alguns feriados oficiais, não causam nenhum prejuizo ao comércio e a indústria? Com a palavra a ACP para dirimir esssa desconfiança de uma atitude que me parece ter ranço racista e discriminatória. 

FRACASSO DA OGX, SUCESSOS DE EIKE


As maracutaias perpetradas por Eike Batista, com a quebradeira da OGX, continuam fazendo grandes estragos na economia de municípios e na vida dos trabalhadores. Em Pontal do Paraná, municipio do litoral paranaense, a empresa Techint, que se especializou em construção de plataformas de petróleo para a OGX, demitiu de uma paulada, 2 mil operários. Estas demissões causam sérios danos e problemas sócio-econômicos ao município de Pontal. Esse pilantra do Eike, que cresceu nas costas do papai Eliezer  Batista,detentor de informações privilegiadas, tem fortuna pessoal incalculável. Ninguém da nossa(?) justiça vai fazer nada? Esse 171 vai continuar livre? Quem está com o rabo preso na justiça com esse cara? O povo que paga a conta, que não tem saúde para atendê-lo, que não tem escola, que não tem esgotos, que não te moradia decente, etc., etc., quer saber!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

DILMA DEVE ESSA RESPOSTA À REQUIÃO


Requião à Dilma: quanto
a Globo deve à Receita



O senador Roberto Requião encaminhou nesta sexta-feira (1°) dois pedidos de informações a ministros da presidente Dilma. Do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o senador quer saber a quanto montam as dívidas tributárias das Organizações Globo e o valor das  multas aplicadas pelo fisco  ao grupo.  Já do  ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Requião  quer informações sobre pedido de empréstimos da Globo ao BNDES.

Em relação ao primeiro assunto, Requião cita reportagem do Portal R7  dando conta que as Organizações Globo forma multadas em um bilhão de reais, a valores de hoje por causa de uma manobra fiscal proibida. Já quanto aos empréstimos, o senador quer saber se,  apesar da elevada dívida para com União, as empresas dos Marinho seriam contempladas com novos créditos públicos.

Veja na sequência os dois pedidos de informações feitos pelo senador Roberto Requião aos  ministros Guido Mantega e Fernando Pimentel.

Requerimento ao Ministro da Fazenda


REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES Nº         , DE 2013

Requeiro, nos termos do § 2º do art. 50 da Constituição Federal, combinado com o art. 216 do Regimento Interno do Senado, informações ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda sobre a composição das dívidas tributárias e de multas das Organizações Globo (envolvendo todas as empresas do grupo), e, nos termos do art. 217 do Regimento, a requeiro a remessa de cópia de todos os documentos e processos que envolvem a referida dívida.

O presente requerimento abrange, inclusive, a indicação justificada e documentada da situação fiscal do Grupo – se regular ou irregular, perante o fisco federal.

Saliento que somente estão excluídos do pedido acima as informações e os documentos que, em conformidade com os estritos preceitos legais, estão acobertados pelo sigilo fiscal, casos em que devem ser encaminhados os dados cadastrais dos respectivos processos com as razões legais para a manutenção de seu sigilo.

Requeiro, por fim, que sejam informados e documentados todos os benefícios fiscais e creditícios que têm sido concedidos às empresas componentes das Organizações Globo, indicando, inclusive, se há amparo legal à concessão de benefícios a quem esteja na situação fiscal em que elas se encontram.

JUSTIFICAÇÃO

Consoante divulgado amplamente por diversos meios de comunicação, em especial, o portal R7 (ver site http://noticias.r7.com/brasil/organizacoes-globo-recebem-multa-por-manobra-contabil-usada-para-escapar-de-divida-bilionarianbsp-18092013 abaixo transcrito)  as Organizações Globo, foram multadas pela Receita Federal, por realizarem “uma manobra contábil proibida.”

A multa, “Em valores de hoje, … passa de R$ 1 bilhão”.

Segundo a mesma reportagem “A tentativa das Organizações Globo de se livrar da multa milionária fracassou. Depois de quatro anos de processo, a Receita Federal decidiu que as empresas da família Marinho são obrigadas a pagar uma multa bilionária.”

De acordo com aquela reportagem, “A empresa conseguiu transformar uma dívida de mais de R$ 2 bilhões em um crédito de mais de R$ 300 milhões, em apenas 30 dias. Segundo a Receita, foi uma manobra contábil, uma jogada que um dos envolvidos em julgar o caso descreveu como ‘cheia de artificialismos’. A operação que deu origem à cobrança envolveu várias empresas: Globopar, TV Globo e a Globo Rio.”

A nação precisa saber o que estão tentando fazer com os tributos que são devidos à sociedade brasileira.

Sala das Sessões, em 1º de fevereiro de 2013.

Senador ROBERTO REQUIÃO

PMDB/PR

CONTINUA NO BRASIL A CULTURA DA ESCRAVIDÃO, DO COLONIALISMO E EXPLORAÇÃO


Em recente entrevista a assessora legislativa da CONTAG Adriana Fetzner Borba,  que desenvolve um trabalho na Campanha da Confederação contra a introdução de modificações na Proposta de Emenda Constitucional –PEC- sobre Trabalho Escravo, fez graves denúncias sobre a situação dos trabalhadores no campo. Segundo Adriana, a CONTAG , a Comissão Pastoral da Terra (CPT) , a Associação dos Procuradores do Trabalho ( ANPT ) e sindicatos , entre outros, propôs em 1993 um projeto em que se  solicitava a expropriação de terras onde fosse encontrado  trabalho escravo . A partir desse momento e nesse cenário é que  surgiu o Fórum Permanente sobre Violência no Campo.
Foi apresentada  em 1995 pelo senador Ademir Andrade (PSDB -PA) . Desde então, essa PEC transita no Congresso.
Não é examinada e não é aprovada porque o grande problema está na composição do Parlamento brasileiro, em seu equilíbrio de poder: há uma maioria de direita , ligados ao agronegócio , mais conhecida como Frente Parlamentar Ruralista  - que usa a chantagem para continuar  obstruindo  a votação e a adoção desta alteração . “ Se vocês votam isto, então nós não votamos  isso”; essa é a filosofia de negociação do bloco ruralista.
Sempre foi muito difícil para o avanço desta  PEC , mas conseguiu passar pelo Senado e chegar à Câmara dos Deputados , onde agregou a cláusula de desapropriação de áreas urbanas, onde o trabalho escravo também foi detectado; mas quase 20 anos depois, o debate continua. A grande causa  de rejeição é a desapropriação de terras , e agora adicionada do trabalho escravo.
Em 1999 foi aprovada em primeira instância . Em 2004 houve um fato lamentável, conhecido como a Chacina de Unaí : três fiscais  agrícolas do Ministério do Trabalho e seu motorista foram mortos enquanto realizavam seu trabalho diante da denuncia  de trabalho escravo em fazendas do ex-prefeito de Unaí , Antero Mânica . Isso chocou a opinião pública e política e  a PEC avançou  um pouco mais e foi aprovada no Parlamento .
Atualmente, está novamente a consideração  do Senado , que é muito mais conservador do que a Câmara, onde  se propõe a aprovação de um texto do regulamento que redefine o conceito de trabalho escravo e especifica como serão realizadas as desapropriações .
O acordo foi finalizado, e juntou-se uma Comissão Especial para discutir o assunto, tudo de forma muito sigilosa . O resultado foi que eliminaram do conceito de trabalho escravo as condições de trabalho degradante e jornada  cansativo, e só se poderá condenar o  proprietário físico ou jurídico  após a última instância de um processo judicial , ou seja,  talvez depois de um período de cerca de 60 anos, tendo em conta antecedentes criminais no país.
Na verdade é um golpe do Senado. O trabalho escravo termina antes que aconteça, isto é não existe.  Tudo vai ser considerado normal, a menos que o trabalhador esteja  preso, amarrado, sem comida ou água e sendo chicoteado pelo empregador , para que seja considerado  análogo à escravidão.
Se o trabalhador está  trabalhando  na propriedade em  condições análogas à escravidão , o proprietário do imóvel não será punido. Ele simplesmente dirá: "Eu não sabia", como muitas vezes acontece em outros setores da produção no Brasil como  na indústria têxtil . Há um fenômeno novo na área urbana, afetando principalmente os imigrantes e  relacionadas ao setor têxtil. Nas áreas rurais existiam  cerca de 20.000 trabalhadores em condições análogas à de escravo , mas podem ser muitos mais , com certeza.
O Brasil , foi o último país a abolir a escravidão , e agora ela está de volta no campo!
 Parece que esta cultura da escravidão, o colonialismo, a exploração  é o que mantém essa cegueira,  as situações de trabalho escravo .
Para se ter uma idéia, o senador João Ribeiro, tem uma propriedade em que os procuradores do Ministério Público do Trabalho encontraram 35 trabalhadores em condições análogas à escravidão . Estava em curso o Julgamento de uma indenização para esses trabalhadores, menos a desapropriação das terras . Em 2005, o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, arquivou o processo, apesar do fato de que na instância  anterior, uma juíza havia condenado  o senador.
O Congresso Nacional  e alguns membros do STF estão de mãos dadas, juntos, na defesa do trabalho escravo no Brasil. Uma vergonha”.
O argumento de Mendes para o arquivamento do processo  foi  que, se o senador fosse condenado porque em  sua propriedade se encontraram trabalhadores bebendo água suja , sem acesso a um banheiro , dormindo no chão , o governo brasileiro deveria  ser igualmente condenado porque há pessoas nas favelas vivendo nas mesmas condições.
 Somos a favor da PE , mas não da  regulamentação. Queremos que seja aprovado como está, com o conceito de trabalho escravo , conforme exigido pelo Código Penal Brasileiro e é utilizado como referência pelo Ministério Público de trabalho.
Se for votada  a PEC com as mudanças introduzidas , é  preferível  que não exista  a emenda porque acreditamos  que  limitará as ferramentas atualmente disponíveis para os fiscais e afetará negativamente os trabalhadores em geral .
Fonte: IUF Latina
Tradução e adaptação: Valdir Silveira

OBAMA NÃO TEM LIMITES



Espía a todo el mundo, amigo o enemigo

laarena.com.ar


Nuevas revelaciones sobre su espionaje pusieron en aprietos al presidente Obama. Es que hubo más pruebas de que los espiados no eran sólo países opuestos sino también amigos, como Alemania, Francia y España.
El espionaje de la Agencia Nacional de Seguridad (NSA) de Estados Unidos quedó desnudo a partir de junio, cuando el ex espía de esa entidad y la CIA, Edward Snowden, filtró información publicada por el británico The Guardian.
Quien entregó tamaña data era consciente del riesgo que corría su libertad e incluso su vida, de modo que se fue a Hong Kong. Lo urgente para él era poner mucha distancia con la larga mano del gobierno estadounidense, que iba a reaccionar con la furia del asesino descubierto en la escena del crimen, con un revólver humeante.
Snowden estuvo en Hong Kong y luego viajó a Rusia, alojándose cinco semanas en el aeropuerto de Moscú hasta que las autoridades le dieron asilo temporal. El dato sobresaliente es su deserción. Hubo antes fenómenos parecidos pero esta fue más importante por el volumen informativo que se llevó consigo y publicaron los medios internacionales.
La otra novedad fue la actitud de Vladimir Putin, de soportar la fuerte presión de la administración Obama para que entregara en bandeja la cabeza del informante. Putin no la concedió. Es impensable que Mijail Gorbachov o Boris Yeltsin, capituladores a ultranza de la Casa Blanca, hubieran tenido esa digna actitud.
Glenn Greenwald, periodista estadounidense radicado en Brasil y columnista del The Guardian, fue elegido por el ex espía para ir publicando ese archivo-tesoro sobre la labor ilegal de la inteligencia.

Contra chinos, rusos e iraníes.
Una cosa era sabida: el mayor espionaje está centrado en los países que EE.UU. considera enemigos por ser opuestos en el régimen social, o implicar competencia económica o afectar sus intereses y de su aliado Israel en Medio Oriente. China, Rusia e Irán concitan el mayor interés de la NSA y la CIA. Execrable, al menos tal espionaje querría ser justificado con que el imperio quiere adelantarse a las movidas que podrían estar pergeñando Beijing, Moscú y Teherán.
Snowden demostró que el problema no son los chinos espiando a los norteamericanos sino a la inversa. A ver si toman nota las agencias internacionales, incluso las que a veces son espiadas por la NSA, caso de la Associated Press, que presentan las cosas al revés. Según éstas, el Ejército Popular de Liberación tiene en Shanghai su Unidad 61398 para hacer ciberespionaje al Pentágono. Los hechos prueban lo contrario. O quizás los chinos se están defendiendo de la intrusión previa de la vieja y agresiva potencia.
El gobierno cubano, por el bloqueo sufrido a manos del mal vecino no tiene los medios tecnológicos y cibernéticos con que sí cuentan sus amigos chinos y rusos. Tampoco en La Habana hay el menor interés de causarle daño. Sin embargo, EE UU mantiene a la isla en la lista de quienes supuestamente patrocinan el terrorismo, en una nueva pirueta del "mundo del revés".
El canciller cubano Bruno Rodríguez Parrilla dijo el martes pasado en la Asamblea General de la ONU que EE.UU., con su sofisticada red de espionaje mundial sobre gobiernos y empresas, castiga más fuerte a los cubanos. Ese espionaje rastrea y sanciona a bancos que hubieran tramitado pagos desde o hacia Cuba, a empresas que hubieran vendido algún producto estadounidenses o comprado mercadería con azúcar o níquel cubano, o medicamentos salidos de su Centro de Ingeniería Genética y Biotecnología.

Dilma muy digna
La NSA no rastrea sólo llamadas telefónicas y mensajes de celulares y mails de los gobernantes de fuerte enemistad con la Casa Blanca, como Putin, Xi Jinping y hasta hace poco Mahmud Ahmadinejad. El material aportado ilustró un feroz espionaje estadounidense contra Brasil, su presidenta Dilma Rousseff, Petrobras y el ministerio de Minas y Energía.
Brasilia es parte del BRICS, el grupo de poder alternativo que integra con Rusia, India, China y Sudáfrica. En varios tópicos, desde la geopolítica -oposición al plan de agredir Siria- hasta el comercio y finanzas internacionales -búsqueda de una moneda diferente al dólar-, ese bloque analiza cursos diferentes a EE.UU.
Otro motivo de esa intrusión ilegal fueron los descubrimientos de yacimientos petrolíferos por Petrobras en el litoral atlántico. En una reciente licitación se favoreció a un consorcio de la firma local y dos asociadas chinas. El imperio quería los datos para operar en contra de tal negociación: la data fue a Halliburton, la empresa del ex vicepresidente Dick Cheney, y a otras del Reino Unido, Canadá, Australia y Nueva Zelanda.
Rousseff tenía agendada una visita de Estado a Washington para el 23 de octubre pasado, pero la declinó en términos tajantes alusivos al espionaje sufrido. Así lo puso de manifiesto en la última semana de setiembre, cuando habló ante la ONU y anunció la presentación de un proyecto de regulación similar al del "Marco Civil de Internet". Su objetivo es "ampliar la protección de la privacidad de los brasileños".
La indignación de la brasileña no fue sólo con Obama sino también con Canadá, que se reveló como socio y cómplice de aquél en la violación de su privacidad y de la información reservada de Petrobras.

El celu de Angela
Ese proyecto ante la ONU será presentado por la jefa de Estado paulista y también por su colega alemana, Angela Merkel. La canciller no había sido muy solidaria con los gobernantes espiados, limitándose a acompañar algunos tibios comunicados de la Unión Europea. Más que repudio allí se pedían explicaciones.
El 23 de octubre pasado se vio obligada a protestar enérgicamente ante el presidente norteamericano, a quien llamó por teléfono indignada, luego que los servicios de inteligencia germanos confirmaran que Bonn-Berlín habían sido espiadas por EE UU. Incluso las comunicaciones desde y hacia el celular de la canciller habían estado monitoreadas. Los yanquis pinchan todos los teléfonos, todos los mails y todos los mensajes de texto, además de recabar por derecha o izquierda la información alojada en Facebook, Google y otras redes.
Dos días antes que Merkel se desayunara con tal desagradable sorpresa (o confirmara sus presunciones anteriores, que no habían dado lugar a protestas), había sido el turno del presidente de Francia.
Mientras los servicios secretos galos seguían con una profunda siesta, dormidos como cómplices activos con sus colegas de la NSA, el diario Le Monde había revelado que en un mes, de diciembre de 2012 a enero de 2013, los norteamericanos habían interceptado 70 millones de llamadas telefónicas y mensajes de empresas y particulares de Francia.
Mostrando otra vez el interés económico -junto con el político es la doble razón de tales pinchaduras-, el interés estadounidense se había centrado en territorio galo en Wanadoo y Alcatel, firmas de telecomunicaciones y aparatos y redes de comunicación respectivamente.
Otra vez la fuente del periódico francés había sido Snowden. El espionaje allí era enorme, pero quedaba empequeñecido respecto a la magnitud de ese delito cometido a escala internacional: 124.8 mil millones de comunicaciones telefónicas y más de 97 mil millones de conexiones. Rusia, China, Afganistán, Alemania, Gran Bretaña y Francia estaban entre los blancos más controlados.

Gracias Snowden
Del espionaje yanqui no se salvó siquiera un gobierno tan poco digno como el de España, arrastrado a los pies de las políticas de ajuste del FMI y el Banco Central Europeo. Mariano Rajoy tuvo que citar al nuevo embajador de EE.UU. en Madrid, James Costos, para quejarse de la fea actitud.
Ese diplomático dijo que informaría a su gobierno, pero en las audiencias celebradas tres días más tarde en el Congreso norteamericano, el jefe de la NSA, general Keith Alexander, negó que su dependencia fuera la responsable. "Se trata de información que nosotros y nuestros aliados de la OTAN hemos obtenido conjuntamente para la protección de nuestros países y en apoyo de nuestras operaciones militares", alegó el general.
Las dos cosas pueden ser ciertas y complementarias. La NSA es el núcleo organizador del espionaje y sus similares de la OTAN deben haber colaborado, con o sin conocimiento de los presidentes de esos 35 países espiados.
Como el general Alexander y su jefe político Obama no han hecho autocrítica ni prometido cesar en tan alevosa actividad, sólo resta que los países respetuosos de la ley unan sus esfuerzos contra el espionaje, avancen en la nacionalización de sus empresas de telecomunicaciones y de proveedores de Internet, en el blindaje de la seguridad de sus datos gubernamentales, empresariales y de ciudadanos.
Se sabía hace mucho que la CIA y las quince agencias de inteligencia, entre éstas la CSA, eran un peligro para el mundo. Pero desde que Julian Assange (WikiLeaks), Bradley Manning y luego Snowden aportaron las pruebas, los espías quedaron desnudos ante los ojos de la humanidad. Cuatro ex informantes norteamericanos le entregaron al joven ex topo el premio anual "Sam Adams" en Moscú en la primera quincena de octubre, en Moscú.
Cinco ex agentes muy sonrientes, fotografiados por la agencia Russia Today, son una postal de que la Casa Blanca y el Pentágono no pueden manejar el mundo a botón ni espiarlo impunemente.
Fuente: http://www.laarena.com.ar/opinion-obama_no_tiene_limites__espia_a_todo_el_mundo__amigo_o_enemigo-104263-111.html

A HISTÓRIA DO USO DAS ARMAS QUÍMICAS (I)



Descrevemos numa contribuição anterior a história da utilização das armas químicas remontando aos fogos gregos que um certo Callinicus havia desenvolvido. O fogo grego baseava-se na associação de um comburante, o salitre, com as substâncias combustíveis, como as resinas. Bem mais tarde, é a Alemanha que utiliza primeiro as armas químicas em 1915-17: cloro líquido e fosgénio, depois gás vesicatório e asfixiante de mostarda (ou iperite). Em resposta, a Grã-Bretanha e a França produziram também elas este gás letal. O gás nervin Tabun, que provoca a morte por asfixia, foi descoberto em 1936 por investigadores da sociedade alemã I.G. Farben. Em 1930, a Itália utiliza armas químicas na Líbia e em 1936 na Etiópia.
Os países ocidentais que lançam urros de escândalo, devem lembrar-se que foram eles os inventores e os vendedores destas armas de morte trágica. Camus escreveu a propósito em Agoravox: "(...) Quanto à tragédia do gaseamento da aldeia curda de Halabja em 1988, conviria sem dúvida recuperar do esquecimento o que escrevia Barry Lando, da cadeia americana CBS, em Le Monde de 27/Outubro/2005, que era preciso recordar "que as armas químicas iraquianas eram fornecidas principalmente por sociedades francesas, belgas e alemãs, cujos engenheiros e químicos sabiam exatamente o que Saddam preparava.  E que os Estados Unidos haviam anteriormente fornecido a Saddam imagens de satélite que lhe permitiam atacar as tropas iranianas com armas químicas". [1]
Antes de se tornar o ícone da resistência ao nazismo, lê-se numa contribuição publicada no Guardian, Winston Churchill foi um fervoroso defensor do império britânico e um anti-bolchevique convicto. Ao ponto de preconizar o recurso aos gases que haviam sido o terror das trincheiras. (...) Churchill, então secretário de Estado da Guerra, afasta os seus escrúpulos com um gesto de mão. Desde há muito partidário da guerra química, está decidido a servir-se dos gases contra os bolcheviques na Rússia. Durante o Verão de 1919, 94 anos antes do ataque devastador na Síria, Churchill prepara e faz lançar um ataque químico de envergadura. Não foi a primeira vez que os britânicos recorreram ao gás de combate. No decorrer da terceira batalha de Gaza [contra os otomanos] em 1917, o general Edmund Allenby mandou atirar 10 mil obuses com gases asfixiantes sobre as posições inimigas. Entretanto, foi desenvolvido um novo gás extremamente tóxico, o difenilaminecloroarsine, descrito como "a arma química mais eficaz já concebida" [2]
Em 1919 Winston Churchill, então secretário de Estado da Guerra, decide utilizar os grandes meios. Lemos o que escreveu Camus: "Um programa executado ao pé da letra pelo tenente-coronel Arthur Harris que foi louvado nestes termos: "Os árabe e os curdos sabem agora o que significa um verdadeiro bombardeamento... Em 45 minutos somos capazes de arrasar uma aldeia e de matar ou ferir um terço da sua população". Vinte e cinco anos mais tarde, Winston Churchill, fiel a si mesmo, defendia ideias quase idênticas a propósito do Reich nacional-socialista (...) Acrescentemos por honestidade que a utilização britânica dos ataques aéreos com gás mostarda (iperite), nomeadamente em Suleimanié, no Curdistão, junto à fronteira iraniano-iraquiana, em 1925 – um ano após a assinatura do Protocolo de Genebra proibindo "o emprego na guerra de gases asfixiantes, tóxicos ou semelhantes e de meios bacteriológicos" – não foi uma prática totalmente isolada: os espanhóis no Rif marroquino [1921-1927] e os japoneses na China não se privaram de a eles recorrerem". [1]  
Tal como todos os países ocidentais, a França desenvolveu de modo intenso os gases de combate, nomeadamente a partir da Primeira Guerra Mundial. O seu know-how foi exportado para vários países. Apesar de todas as convenções assinadas, ela manteve na Argélia uma base de experimentações. Fabrice Nicolino escreveu a respeito: "A França gaullista esqueceu as armas químicas de B2 Namous . A França socialista esqueceu os 5000 mortos de Halabja. Em 16 de Março de 1988, Mirages made in France lançam sobre a cidade curdo-iraquiana de Halabja foguetes cheios de um cocktail de gás sarin, tabun e mostarda. 5000 mortos. (...) A urgência é apoiar Saddam Hussein, raïs do Iraque, contra os mulás de Teerão. E que se saiba, nem uma palavra de Hollande, nesse tempo um dos peritos do Partido Socialista. É verdade que tão cedo eles não darão explicações sobre a base secreta B2 Namous, antiga base de experimentação de armas químicas & bacteriológicas (...) De Gaulle tem a obsessão que se sabe: pela grandeza, pela potência. A nossa primeira bomba atómica explode em 13 de Fevereiro de 1960 na região de Reggane, no centro de um Saara então o francês. O que é menos conhecido é que o poder gaullista negocia a seguir com a Argélia de Ahmed Ben Bella para conservar no Saara bases militares secretas. Os ensaios nucleares franceses, passados a subterrâneos, continuaram no Hoggar, próximo de In Ecker, até 1966. A França assinou em 1925 uma convenção internacional proibindo a utilização de armas químicas, mas o que valem os pedaços de papel? Entre 1921 e 1927, o exército espanhol trava uma guerra de pavor químico contra os insurrectos marroquinos do Rif. E sabe-se agora que a virtuosa França havia formado os "técnicos" e vendido fosgênio e iperita Madrid. [2]
Fonte: resistir.info

A RECOLONIZAÇÃO DOS TERRITÓRIOS NA GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL (I)



Gilberto López y Rivas*
“Partilhamos a aguda crítica de Valqui quando se refere a supostos marxistas que esperam o fim natural do capitalismo e o triunfo também natural da revolução e do socialismo, abstraindo dos sujeitos históricos e da crítica das armas, com um marxismo de cátedra, com circos eleitorais como esperança plurianual, o cretinismo parlamentar, em suma, com a conciliação de classes de uma amorosa república.”
Pablo González Casanova insistiu em que vivemos um processo renovado de dominação e reapropriação do mundo; uma recolonização através da ocupação integral dos nossos países, estruturada no âmbito nacional através de reformas constitucionais e legais, e através de disposições de facto, todas elas realizadas sem consultar a sociedade e os cidadãos em particular. No caso do México, destacam-se como exemplos dentro da primeira a reforma do artigo 27 da Constituição e das suas leis secundárias que puseram à venda as suas terras comunitárias e baldios, abriram os territórios a corporações estrangeiras e constituem, de facto, a ruptura da aliança social e do pacto político resultante de uma revolução armada que deu lugar à Carta Magna de 1917 e que custou ao país um milhão de mortos. Da segunda, reapropriação do mundo, temos O Tratado de Livre Comércio (TLC), a Aliança para a Segurança e a Prosperidade da América do Norte (ASPAN), e a Iniciativa Mérida, que violam gravemente a soberania econômica e política da nação sem que estes tratados e mecanismos de ingerência tenham sido aprovados pelo Congresso da União, para não mencionar a cidadania por eles afetada.
Estas políticas, ações e transformações, legalmente ou à margem da Lei mas impostas pelos governantes, ao aprofundarem e alargarem a ocupação refuncionalizaram as nossas nações, os seus territórios, os seus recursos naturais e estratégicos, tal como o patrimônio cultural dos nossos povos ao projeto transnacionalizador e hegemônico do «imperialismo coletivo» encabeçado pelos Estados Unidos [1], as suas forças dominantes e os sectores que nos nossos países patrocinam governos de traição nacional [2], que Marx identificava como os que perante uma invasão nacional sacrificam o dever nacional ao interesse de classe.
Por seu lado, Camilo Valqui, no seu livro Marx vive: Derrube do capitalismo, complexidade de uma totalidade violenta, propõe o conceito imperialização para descrever esta reconfiguração que pressupõe a transnacionalização neoliberal. Esta imperialização é definida como o predomínio econômico, político, ideológico e militar do capital monopolista transnacional que se estende e aprofunda: 1) nos recursos naturais e estratégicos do globo, na mega produção e nos mega mercados, 3) nos fluxos financeiros, 4) na investigação científica e tecnológica, 5) nas armas de destruição massiva e 7) nas organizações internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), por exemplo. Mas, paralela e dialeticamente a este predomínio, também devemos tomar em conta a sua contra-parte, isto é, o caráter pluridimensional da crise capitalista actual: económica, social, militar, política, geopolítica, moral, epistémica, cultural, intelectual, de alimentos, de matérias-primas, de energia e do ambiente.                                                              
Esta imperialização que num meu trabalho recente, «Estudando a contra-insurreição dos Estados Unidos: manuais, mentalidades e uso da antropologia», mantém a dimensão militar que denominei como terrorismo global de Estado [3] para caracterizar a política de violência perpetrada pelos aparelhos estatais imperialistas de âmbito mundial contra povos e governos, com o propósito de infundir terror e em violação das normas do direito nacional e internacional. Defendo que no estudo e análise do terrorismo se enfatizou o terrorismo individual e o de grupos clandestinos de todo o espectro político ignorando e deixando de lado o papel do imperialismo estadunidense e dos estados capitalistas na organização do terrorismo interno e de âmbito internacional. O terrorismo global de Estado violenta os marcos legítimos, ideológicos e políticos das repressão «legal» (a justificada pelo quadro jurídico internacional) e apela a «métodos convencionais», ao mesmo tempo extensivos e intensivos, para aniquilar a oposição política e o protesto social a nível planetário.
Valqui considera que a devastação mundial de seres humanos é própria do capitalismo desde o seu aparecimento, mas em pleno século XXI, com a transnacionalização actual exacerbou-se exponencialmente a violência sistêmica e o anti-humanismo que o caracteriza; sustenta que os processos de reprodução do capital e a sua procura insaciável do lucro são incompatíveis tanto com a vida humana como com a própria natureza, que este sistema destrói integralmente. Assim, o capitalismo transnacional é descrito como espoliador, despótico, predador, genocida e terrorista e vive-se numa verdadeira tragédia social, como o podemos constatar no nosso país. Isto é, na essência o capitalismo foi, é e será violência sistêmica [4]. Nessa direção, as descrições que faz Valqui da extração mineira, com a sua destruição do meio-ambiente, rios e lagoas, flora, fauna, vida humana, biodiversidade, para o caso do Peru, México, Chile, etc., constituem um material riquíssimo para fundamentar lutas contra a atividade mineira a céu aberto que, como em Morelos, ameaça territórios, especialmente os indígenas, de acordo com as investigações feitas pelo nosso colega Eckart Boege [5].
Por outro lado, a imperialização constitui uma forma nova de partilha do mundo entre os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, a Rússia e a China que pode levar a guerras inter-imperialistas. Apesar disso, como poder hegemônico em todo o planeta, os Estados Unidos instauraram a barbárie como processo devastador do gênero humano e da natureza. O terrorismo de Estado global, o terrorismo transnacional, conta com a cumplicidade da ONU e dos governos supostamente democráticos que, paradoxalmente, estabelecem uma democracia despojada de todo o conteúdo participativo, com permanentes violações dos direitos humanos, o que vem demonstrar que, historicamente, capitalismo e democracia são incompatíveis. A democracia tutelada pelo capitalismo estabelece, por isso mesmo, como principal suporte ideológico, uma ditadura mediática que impõe um pensamento único e um imaginário social que estimulam a reprodução de consumidores compulsivos, pessoas dóceis e opacas, obedientes concorrenciais, conformistas, individualistas, narcisistas.
Na análise desta reconfiguração mundial existem com Valqui outras coincidências: por exemplo, considerar o crime organizado, a economia mafiosa, ilícita e criminosa como outras formas de acumulação do capital transnacional parasitário, ao qual se atribui 5% do PIB global. O dinheiro denominado sujo vai parar aos grandes megabancos e empresas financeiras.

domingo, 3 de novembro de 2013

OS OGMs E O INCESTO POLÍTICO-CORPORATIVO


  
O Premio Mundial da Alimentação  auto-proclamado como "o mais prestigioso prêmio internacional que reconhece as realizações individuais de sucesso que fizeram  o avanço do desenvolvimento humano através da melhoria  da qualidade, quantidade e disponibilidade de alimentos no mundo " - foi dado  a três cientistas em uma cerimônia este mês . Um dos beneficiários é um executivo da Monsanto , a empresa de biotecnologia norte-americana e fabricante durante a era da Guerra do Vietnam do letal desfolhante Agente Laranja .
Outro laureado pertence a Syngenta, a gigante suíça de agronegócios que recentemente demandou  com países  europeus, por ousarem  proibir temporariamente pesticidas perigosos ligados à devastação  de populações  de abelhas. De acordo com o site do Premio Mundial da Alimentação , o prêmio ", ressalta a importância de uma alimentação nutritiva e sustentável para todos. "
A entrega de um prêmio semelhante à  representantes da indústria de Organismos Geneticamente Modificados ( OGMs) é, portanto, em termos de ironia , o equivalente a dar o Prêmio Nobel da Paz ao belicoso presidente dos EUA. A principal diferença é que Barack Obama não fez uma doação milionária para o comitê do Nobel , antes de receber seu prêmio .
Um comunicado de imprensa da União dos Cientistas Preocupados (UCS ), afirma:
"A Monsanto e outras empresas agrícolas são generosos patrocinadores do World Food Prize , incluindo uma doação de $ 5 milhões da Monsanto , o que cria um conflito de interesse para os cientistas da empresa que recebem o prêmio. " O comunicado contém várias objeções sobre o porquê  os OGMs não são de fato propícios para produzir “ um fornecimento de alimento nutritivo e sustentável”.
Por exemplo, a UCS diz que Fraley ,  executivo da Monsanto no trio premiado - contribuiu para o desenvolvimento da linha de produtos Roundup Ready, que consiste em lavouras transgênicas modificadas para resistir ao herbicida  da empresa da marca Roundup . O comunicado explica que " O uso excessivo de Roundup levou a uma epidemia de resistência " super- ervas daninhas " aos herbicidas , o que tem aumentado a utilização global de herbicidas e levou os agricultores a recorrer a formulações de mais tóxicos. "
Além de degenerar ervas daninhas e veneno , as sementes de OGM projetadas com características não renováveis ​​ para que os agricultores tenham que  voltar a comprá-las não  são muito compatíveis com o conceito de sustentabilidade . Um artigo de 2006 da física e escritora  Vandana Shiva aponta outras razões pelas quais os  executivos de biotecnologia não devem receber prêmios de nutrição sustentável :
" Um bilhão de pessoas não têm comida, porque as monoculturas industriais roubaram sua subsistência na agricultura e seu direito à alimentação . Outros 1,7 bilhões sofrem de obesidade e doenças relacionadas com a comida. "
De fato, uma análise da situação atual é difícil quando o governo dos EUA é relacionado descaradamente com gente  como a Monsanto. Outro problema moral , sem dúvida, é a razão pela qual se permite que o incesto político-corporativo nos  EUA  passe a ser a democracia sem que os meios de comunicação dominantes apenas o  mencionem , enquanto difundem   toda a informação crítica a favor de apologias por conta do capital elitista.
Em um recente correio eletrônico  sobre a cumplicidade da mídia na evangelização dos OGM do jornalista investigativo Christian Parenti , cujo livro Trópico do Caos: Mudanças Climáticas e a Nova Geografia (Tropic of Chaos:  Climate Change and the New Geography ) inclui uma seção sobre o algodão Bt - discute outros fatores importantes além da impregnação corporativa possibilitada  pela riqueza das instituições fundamentais da sociedade :
" Há uma tendência em nossa sociedade de ver a tecnologia de forma acrítica . Porque muito do que a tecnologia faz é boa , a hipótese se converte em: A tecnologia é sempre boa. “
Para sustentar  uma proposta segundo a qual o neoliberalismo tecnofílico  é certamente bom para nós, as vítimas do sistema deve ser efetivamente escondidas  da consciência pública - daí a utilidade do relativo  silêncio da mídia em relação às vítimas humanas e ecológicas dos OGMs em lugares como Índia e Argentina. Neste último país, o caso com cultivos geneticamente modificados e pesticidas tem sido acompanhado por um aumento acentuado na quantidade de câncer e deformações genéticas.
Fonte: HTTP:/www.aljazeera.com/indepth/opinion/2013/10/gmos-politico-corporate-incest-2013103012492323564.html
Tradução e adaptação: Valdir Silveira

AQUECIMENTO GLOBAL: RELATÓRIO 2013 DO IPCC CONFIRMA SUSPEITAS


Agora, os céticos que contestam o IPCC não podem mais sofismar e tampouco negar a evidências da influência humana nas mudanças climáticas. É evidente  na maioria das regiões do planeta, segundo conclusão  da nova avaliação do Painel Intergovernamental  sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O relatório do IPCC é um extenso documento de 2500 páginas, fartamente documentado sobre os efeitos alarmantes das mudanças climáticas, que considera responsabilidade humana " extremamente provável". A avaliação, constante do relatório se baseia em milhões de observações e mais de 2 milhões de gigabytes de dados numéricos extraídos de simulações de modelos climáticos. São citados maisde 9.200 publicações científicas,das quais mais de 6.900 foram publicadas desde a última avaliação do IPCC realizadaem 2007. De acordo comcientistas brasileiros a mudança do clima pode afetar alimento e energia no país e a agricultura nacional pode sofrer prejuizo anual de R$ 7bilhões. Segundo avaliaçãodo Painel Brasileiro de Mudanças Climática(PBMC), o relatório não representa " o fim do mundo",no entanto as possibilidades dramáticas 
são: 
- agricultura pode perder até R$ 7 bilhões por ano com o clima;
- queda na produtividade do café, soja, arroz e outras culturas;
- redução de chuvas no Norte e Nordeste; aumento no Sul e Sudeste, com risco de inudações;
- risco para o abastecimento das águas subterrâneas;
- em todo o litoral,volume de pesca pode cair 6% em 40 anos.
São previsões que nos devem levar à uma  produnda reflexão sobre o nosso modelo de desenvolvimento, principalmente o modelo de produção da nossa apropecuária que está baseado no uso intensivo de insumos industriais poluidores. 

O ASSASSINATO DE KENNEDY


Volta e meia surgem novas evidências sobre a conspiração que causou a morte de Kennedy. Agora, uma reportagem do tablóide norteamericano The Natonal Enquirer revelouque o tiro fatal que matou o ex-presidente JohnF.Kennedy foi disparado por um cubano vinculado a mafia e a CIA. Segundo o The Enquirer um francoatirador cubano, confessou ter participado da conspiração que matou o 35º presidente dos EUA. A surpeendente nova evidência foi descobertapor umrespeitado autor Anthony Summers, que revelou a identidade do assassino numa atualização do seuclássico livro de 1998 sobre o assassinato de Kennedy: Not In Your Lifetime. Segundo Summerso segundo atirador foi Hermínio Diaz, um assassino a soldo do chefe da máfia cubana Santo Trafficante Jr, durante a ditadura de Batista. Eis mais uma evidência da sórdida conspiração. Será que o dedo do Clube Bilderberg não está por trás dessa tramóia? 

OS SANGUESSUGAS DO CLUBE BILDERBERG (I)


"Tudo o que precisamos é de uma grande crise, assim as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial",são palavras do grande sócio da máfia internacional do Clube Bilderberg, o banqueiro David Rockefeller. Segundo Rockefeller ,defendendo os princíios do Clube, " trata-se de substituir a autodeterminação nacional, praticada durante séculos no passado, pela soberania de uma elite de técnicos e de financistas mundiais". David Rockefeller é o conspirador mundial por excelência, o Rei dos cenáculos ocultos. Sob suas ordens trabalharam - e devem ainda trabalhar- os agentes secretos da CIA, o M16, o MOSSAD e especialmente a INTERPOL, que é obra sua.
O excentrino e, supostamente filantropo, David Rockefeller é o todo poderoso da Fundação Rockefeller que financia ONGs por todo o mundo subdesenvolvido para que coloquem em prática a filosofia dominadora do Clube Bildenberg. A grande maioria esmagadora das ONGs trabalham na perspectiva das economias solidárias, dentro da Teoria do Crescimento Zero - preconizado e defendido pelo Club Bilderberg-, na tese do ecosocialismo, enfim na maquiagem do capitalismo. No fundo defendem uma ordem mundial onde uns poucos comandam e os demais são serviçais do sistema capitalista internacional.

O TERRORISMO IMPERIAL DOS EUA


OJO: Los Estados Unidos preparan ejércitos regionalizados

 
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ROBERTO M. YEPE PAPASTAMATIN – El pasado 19 de octubre el diario The New York Times publicó un reportaje que debiera preocupar seriamente a todos los gobiernos y las fuerzas políticas y sociales que defienden la soberanía de sus respectivos países y que luchan por un mundo más equilibrado. Con el sugestivo título de “Los Estados Unidos preparan una estrategia para África, en Kansas”, el trabajo del periodista Eric Schmitt impresiona por la claridad con la que revela la estrategia del Pentágono para superar los fiascos de Afganistán e Iraq y mantener la supremacía hegemónica de los Estados a nivel mundial, esta vez con una utilización más eficiente del poder militar.
Según el reportaje, miles de efectivos militares anteriormente destinados a Iraq y Afganistán se están alistando en Fort Riley, Kansas, para desarrollar misiones en África, como parte de una nueva estrategia del Pentágono para entrenar y asesorar fuerzas nativas en el enfrentamiento a “amenazas terroristas” y “otros riesgos de seguridad”, de manera que las fuerzas estadounidenses no tengan que hacerlo directamente. En la etapa inicial de este programa, se está utilizando una brigada de 3 mil 500 efectivos de la Primera División de Infantería del Ejército, conocida como la Big Red One, para desarrollar más de 100 misiones en África durante el próximo año. Estas misiones abarcarían desde equipos de dos francotiradores en Burundi, hasta ejercicios aerotransportados y humanitarios en Sudáfrica con agrupaciones de 350 soldados. Equipos de la brigada que se prepara en Kansas ya han entrenado a fuerzas en Kenya y Tanzania que en este momento están enfrentando al movimiento Al-Shabab en Somalia. Según el teniente coronel Robert E. Lee Magee, cuyo batallón ha enviado tropas a Burundi, Níger y Sudáfrica durante los últimos meses, y cuya unidad se desplegará en Djibouti el próximo mes de diciembre, “nuestro objetivo es ayudar a los africanos a resolver los problemas africanos, sin tener una gran presencia estadounidense”.
Siempre siguiendo el reporte del diario neoyorquino, “el Comando militar de los Estados Unidos para África es el balón de ensayo para este nuevo programa del Ejército, con la finalidad de crear brigadas alineadas regionalmente que eventualmente se extenderán a todos los comandos del Pentágono que se ocupan de las distintas zonas geográficas del mundo, incluyendo Europa y América Latina el próximo año”. Para el general Ray Odierno, Jefe del Estado Mayor del Ejército, el objetivo es alistar un ejército que pueda ser utilizado regionalmente en todos los comandos combativos, “con la finalidad de sostener y ejecutar nuestra estrategia de seguridad nacional”.
Para cualquier lector bien informado resultará evidente el significado del manido concepto de la “seguridad nacional” estadounidense. En tiempos de crisis fiscal y de un deterioro moral sin precedentes del imperialismo norteamericano, los estrategas políticos y militares de los Estados Unidos están buscando la manera de mantener su supremacía global de la manera más económica posible, y minimizando la presencia y las pérdidas de efectivos militares propios. Y para eso buscan potenciar la preparación y la movilización de fuerzas militares de otros países, en función de los intereses estadounidenses en cada escenario regional.
En el caso de América Latina y el Caribe, este nuevo diseño estratégico fue plasmado de manera transparente hace un año, en el documento del Pentágono titulado “La política de defensa para el Hemisferio Occidental”, en el que se señala sin ningún pudor: “Continuará la identificación de oportunidades de colaboración para desarrollar asociaciones que trasciendan el hemisferio. Este enfoque no solo fortalece las asociaciones de los Estados Unidos en el hemisferio, sino que realza la importancia que ellas revisten para apoyar las prioridades globales de los Estados Unidos, incluyendo el vuelco hacia Asia y el Pacífico.” Es decir, lo que se pretende es lograr la movilización subordinada de las fuerzas militares latinoamericanas y caribeñas en función de los intereses estadounidenses a nivel global, y particularmente en su objetivo estratégico de mantener una posición dominante en Asia y contener la emergencia de una nueva superpotencia en esa región.
La nueva estrategia regional de los Estados Unidos requiere una respuesta de América Latina y el Caribe, y esa respuesta también debería ser regional. Sin dudas es un tema sumamente pertinente para discutir en el Alba-TCP, el Consejo de Defensa de UNASUR y en la CELAC. No se trata de previsiones agoreras de militantes radicales de izquierda o anti norteamericanos. Los propios documentos del gobierno de los Estados Unidos y la prensa de ese país nos están advirtiendo sobre lo que viene. En el nuevo equilibrio mundial que se va conformando, urge defender la autonomía estratégica de América Latina y el Caribe no solo en la dimensión política, sino también en la militar.
*Profesor en el Instituto Superior de Relaciones Internacionales “Raúl Roa García”, La Habana.
Fonte: contrainjerencia.com
 

EIKE, O PÚBLICO E O PRIVADO


Eike está quebrado(?),dizem os jornais. Alguns articulistas, que evitam críticas ao caloteiro, dizem que "Ele é um homem trabalhador, preparado, poliglota, esportista e bem sucedido" (Elio Gaspari- Folha de São Paulo de 3/11/13). Eike, confiante em signo, teria dito que "Onde eu furo eu acho". Se eu tivesse um pai chamado Elieser Batista,ex-ministro de minas e energia, que me desse os mapas das minas, é claro que eu furava todas e achava minérios em todas. Quando se tem alguém que "dá uma mãozinha" não precisa ser "um homem trabalhador", sim um homem privilegiado. Já que o jornalista Elio Gaspari disse que Eike é "!bem sucedido", fica aqui a sugestão ao ministério público para que sequestre todos os seus(dele) bens para pagamento de parte das dívidas; só deixe um apezinho pra ele morar. Esse caloteiro que pegou mares de dinheiro do BNDES  tem que ser punido! É comum nesse país de impunidades, onde membros do poder judiciário se envolvem com bacanas, empresas irem para o espaço mas as fortunas dos sócios ficam intocáveis. Cadeia pra esses canalhas!  

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

DITADORES DE VERDADE

 

Os brasileiros geralmente desconhecemos que Cuba é uma República Socialista cujo organismo governamental supremo é a Assembléia Nacional do Poder Popular (equivalente ao parlamento), eleita por voto de todos os cubanos, a cada 5 anos, e que é esta Assembléia que elege o Conselho de Estado, de Ministros e o Presidente do Conselho de Estado, que hoje é Raul Castro Ruz. A ditadura era o que havia antes da revolução, no tempo de Fulgêncio Batista. Esta é uma primeira consideração incontornável. 

Em segundo lugar, é necessário notar que este Governo e sistema político eleitoral seguem sendo garantidos pela Constituição da República de Cuba, promulgada em 1976 e redefinida em 1992, tendo sido aprovada por 97,7% dos votantes (em Cuba vota-se a partir dos 16 anos). 

Por fim, importa notar que as medidas econômicas da atual gestão constituem 291 “Diretrizes da Política Econômica e Social do Partido e da Revolução”, Diretrizes que são o resultado de um amplo debate com a população, através de 163.079 reuniões com a participação de 8.913.838 participantes, portanto, de aproximadamente 9 milhões de debatedores em um país de aproximadamente 14 milhões de adultos, jovens, crianças e idosos. 

Agora nos perguntemos em que "dita" democracia isto está acontecendo ou já aconteceu um dia, de opinarmos, amplamente, sobre os destinos do orçamento nacional, poupanças e investimentos, dos marcos regulatórios, das reformas sociais, das linhas de desenvolvimento tecnológico, dos rearranjos institucionais, dos direitos civis, da responsabilidade da imprensa, da política monetária, cambial, do comércio exterior, tudo enfim?

Nós geralmente nem temos formação para debater coisas assim, ou pensamos que temos sem termos muitas vezes a mínima noção do que estamos papagaiando. Sobre um país que é um exemplo civilizacional como Cuba, por exemplo, só sabemos repetir, com os ditadores da verdade sobre tudo, que se trata de uma "ditadura", porque é unipartidarista.

Apesar da aparente ausência de democracia em um país de partido único, é importante notar que o Partido Comunista de Cuba, exatamente pelo fato de ser o único, é proibido por lei de propor candidatos ao organismo governamental supremo do país, a Assembléia Nacional do Poder Popular, cujos membros são eleitos diretamente pelos cidadãos. 

Cabe notar ainda que, ao longo da revolução e particularmente nos últimos tempos, paralelamente ao Partido Comunista, muitas organizações sociais politicamente representativas de setores com necessidades diferenciadas têm surgido livremente no seio da população, a exemplo dos grupos de jovens (UJC), de crianças (UPCJM), de mulheres (FMC), estudantes (FEEM e FEU), de associações comerciais (CTC) e de pequenos fazendeiros particulares (ANAP). 

Destacam-se entre estas espécies de organizações relativamente autônomas em relação ao Partido Comunista, ao Governo e à própria Assembléia Nacional do Poder Popular - regulando-lhes a forma de atuação - os chamados CDR (Comitês de Defesa da Revolução), fundados na década de 1960 para supervisionar o país e lidar com as suas questões sociais. 

Todas as províncias cubanas têm seus próprios CDRs, todos os municípios e todos os bairros, que constituem o grupo mais numeroso de organizações não-partidárias do país, composto exclusivamente por lideranças populares locais, considerados os guardiões do caráter efetivamente democrático do socialismo cubano.  

Dizer que em Cuba vigora uma ditadura é não apenas um paradoxo, é uma forma de dominar e ser dominado não apenas com algemas visíveis, mas em nossa essência, isto é, desde as noções elementares da democracia política e da cidadania contemporâneas. 

 
Fonte: Centro de Estudios por la Amistad de Latinoamérica, Asia e África - CEALA