terça-feira, 29 de outubro de 2013

OS VAMPIROS DO CAPITALISMO (FINAL)



Nós não afirmamos que qualquer pessoa individual identificada neste estudo, no conjunto dos 161 indivíduos no núcleo financeiro da CCT, tenha feito qualquer coisa ilegal. Apenas destacamos que os planos institucionais e estruturais dentro dos sistemas de administração do dinheiro do capital global procuram implacavelmente meios de alcançar o máximo retorno sobre o investimento e que as condições para manipulações – legais ou não – sempre se mantêm. Quando estas instituições se tornam "demasiado grandes para falirem", seu âmbito e interconexões pressionam reguladores do governo a afastarem-se de investigações criminais, muito menos de levá-las a tribunal. O resultado é uma classe semi-protegida do povo com vastas quantias de dinheiro cada vez maiores, à procura de crescimento e retornos ilimitados, com pouca preocupação pelas consequências da sua busca econômica sobre outros povos, sociedades, culturas e ambientes.

As estimativas são de que o total da riqueza mundial anda próximo dos US$200 trilhões, com os EUA e a Europa a possuírem aproximadamente 63 por cento do total; enquanto isso, a metade mais pobre da população global possui em conjunto menos de 2 por cento da riqueza global.
[33] O Banco Mundial informa que 1,29 bilhões de pessoas estavam a viver em pobreza extrema em 2008, com menos de US$1,25 por dia, e 1,2 bilhões mais estavam a viver com menos de US$2,00 por dia. [34] Trinta e cinco mil pessoas, principalmente crianças, morrem de fome diariamente. [35] Assim, enquanto milhões sofrem, as elites financeiras da CCT procuram retornos que especulam com a ascensão do custo da comida e fazem-no em cooperação entre si num sistema global de poder e controle da CCT.

Quem constitui o núcleo financeiro da classe corporativa transnacional? Como indicado acima, o núcleo financeiro da CCT são administradores de bancos e firmas de gestão de ativos. Os 161 diretores que administram as treze firmas principais têm antecedentes e treino muito semelhante. (Ver Apêndice para nomes e conexões. A lista completa e pormenorizada está online em:
http://projectcensored.org/financial-core-of-the-transnational-corporate-class/




Núcleo financeiro da classe corporativa transnacional

Cento e trinta e seis dos 161 membros do núcleo (84 por cento) são homens. Oitenta e oito por cento são brancos de descendência europeia (apenas dezanove são pessoas de cor). Cinquenta e dois por cento possuem licenciaturas – incluindo trinta e sete MBAs (master of business administration), catorze JDs (Juris Doctor), vinte e um PhDs (doutoramento) e doze MA/MS (licenciatura plena/mestrado).

Quase todos estiveram em colégios privados, com cerca da metade nas mesmas dez universidades: Harvard University (25), Oxford University (11), Stanford University (8), Cambridge University (8), University of Chicago (8), University of Cologne (6), Columbia University (5), Cornell University (4), Wharton School of the University of Pennsylvania (3), e University of California–Berkeley (3), a qual é uma instituição pública. Quarenta e nove são ou foram CEOs (chief executive officer), oito são ou foram CFOs (chief financial officer); seis tiveram experiência anterior no Morgan Stanley, seis nos Goldman Sachs, quatro no Lehman Brothers, quatro no Swiss Re, sete no Barclays, quatro no Salomon Brothers, e quatro no Merrill Lynch.

Pessoas de vinte e dois países constituem o núcleo financeiro central da CCT. Setenta e três (45 por cento) são dos EUA; vinte e sete (16 por cento) da Grã-Bretanha; catorze da França; doze da Alemanha; onze da Suíça; quatro de Singapura; três da Áustria; três da Bélgica; três da Índia; dois da Austrália; dois da África do Sul; e um de cada um dos seguintes países: Brasil, Vietname, Hong Kong/China, Qatar, Holanda, Zâmbia, Formosa, Kuwait, México e Colômbia. Eles vivem principalmente num certo número de grandes cidades do mundo ou próximo delas: Nova York, Chicago, Londres, Paris e Munique.
[36]

Os membros do núcleo financeiro tomam parte ativa em grupos de política global e governamental. Cinco das trezes corporações têm como conselheiros diretores ou antigos empregados do FMI. Seis das trezes firmas têm diretores que trabalharam ou atuaram como conselheiros do Banco Mundial. Cinco das trezes firmas mantêm-se como membros corporativos do Council on Foreign Relations nos EUA. Sete das firmas enviaram dezenove diretores para participarem do World Economic Forum em Fevereiro de 2013. Sete dos diretores atuaram ou atuam numa administração do Federal Reserve, tanto regional como nacional, nos EUA. Seis membros do núcleo financeiro atuam no Business Roundtable nos EUA. Vários diretores tiveram experiência direta com ministérios financeiros de países da União Europeia, G8 e G20. Quase todos os 161 indivíduos atuam como conselheiros de várias organizações regulamentares, de ministros das Finanças, universidades e corpos de planejamento político nacional ou internacional.

Estes 161 administradores fazem parte da super-classe de Rothkopf. Dado o seu controle sobre US$23,91 trilhões , governos ocidentais e corpos políticos internacionais servem os interesses deste núcleo financeiro da CCT. São iniciadas guerras para proteger seus interesses e para promover o fluxo livre do capital global para investimento em qualquer lugar onde seja possível retorno. Identificar as pessoas com tal poder e influência é uma parte importante de qualquer movimento democrático que procure proteger nossos bens comuns de modo a que todos os humanos possam deles partilhar e prosperar.
[37]
[*] Peter Phillips: professor de sociologia na Sonoma State University e presidente da Media Freedom Foundation/Project Censored.
Brady Osborne: investigador associado de nível senior na Sonoma State University.
Kimberly Soeiro, Katelyn Clatty e Garrett Lyons da Sonoma State University proporcionaram assistência investigativa neste estudo. Partes da literatura revista neste capítulo foram anteriormente publicadas em anteriores Censored yearbooks.
Este artigo é um capítulo do livro mais recente da Project Censored: Project Censored 2014: Fearless Speech in Fateful Times

O original encontra-se em
www.globalresearch.ca/... e em www.projectcensored.org/financial-core-of-the-transnational-corporate-class
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/ .

CLUBE BILDERBERG: O COVIL DOS MAFIOSOS


Recomendo que todos os que leêm esse blog, acessem no google e baixem o livro:A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CLUBE BILDERBERG de Daniel Estulin. No livro os leitores conhecerão de perto o nome dos que causam a tristeza, a fome e a morte no planeta. São os grandes mafiosos do poder econômico, sem escrúpulos,sem honra,sem moral e aéticos. Esse tipo de gente deve ser extirpado do nosso meio; são como um grande cancer!  

A MENSAGEM DE EINSTEIN


Porquê o Socialismo?

por Albert Einstein
Albert Einstein Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos económicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.

Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenómenos de forma a tornar a interligação destes fenómenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenómenos económicos observados são frequentemente afectados por muitos factores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente económicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassámos de facto o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os factos económicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objectivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência económica no seu actual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.

Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adoptados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.

Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobrestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afectam a organização da sociedade.

Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria protecção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”

Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?

É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do facto de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.

O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantess, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e frequentemente conflituosos respondem pelo carácter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidae que finalmente emerge é largamente formada pelo ambinte em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstracto de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações directas e indirectas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indíviduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.

É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um facto da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as interrelações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.

O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adopta da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.

Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do facto de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objectivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo actualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.

Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência económica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.

A anarquia económica da sociedade capitalista como existe actualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho colectivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.

Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exactamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.

O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia actual não difere muito do capitalismo “puro”.

A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.

Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.

Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.

No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?

A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.

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Einstein escreveu este trabalho especialmente para o lançamento da Monthly Review , cujo primeiro número foi publicado em Maio de 1949. Tradução de Anabela Magalhães.

O original deste artigo encontra-se em http://www.monthlyreview.org/598einst.htm .

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

OS VAMPIROS DO CAPITALISMO(IV)


OS 161 VAMPIROS DO CAPITALISMO PARTE IV
Sete das dez principais firmas de administração de ativos estavam entre as dez principais firmas mais centralizadas do estudo suíço.

Decidimos identificar as pessoas nos conselhos de administração das dez principais firmas de administração de ativos e das dez corporações mais centralizadas. Com sobreposições há um total de treze firmas no nosso estudo: Barclays PLC, BlackRock Inc., Capital Group Companies Inc., FMR Corporation: Fidelity Worldwide Investment, AXA Group, State Street Corporation, JPMorgan Chase & Co., Legal & General Group PLC (LGIMA), Vanguard Group Inc., UBS AG, Bank of America/Merrill Lynch, Credit Suisse Group AG, and Allianz SE (Owners of PIMCO) PIMCO-Pacific Investment Management Co. Os conselhos de administração destas firmas, totalizando 161 indivíduos, representam o núcleo financeiro da classe capitalista transnacional do mundo (para mais pormenores, ver Apêndice).

Coletivamente, elas administram US$23,91 trilhões  em fundos e operam em aproximadamente todos os países do mundo. Os US$23,91 trilhões  não incluem os saldos de capital (equity balances) – os quais contam-se em  trilhões de dólares – que cada uma destas firmas possui em ativos da companhia. Nem tão pouco incluem os US$18,8 trilhões de controlados pelas vinte e cinco mais valiosas firmas seguintes de administração de activos.

O banco Barclays, a mais rica corporação centralizada do mundo, vendeu sua divisão de gestão de ativos globais à BlackRock em 1009. O resultado é que a BlackRock é agora a maior firma única de administração de ativos, embora o Barclays permaneça uma das mais ricas firmas centralizadas com ativos da companhia de US$2,41 milhões de milhões.
[22]

Entender o núcleo financeiro da classe capitalista transnacional

Os 161 administradores das treze mais centralizadas/maiores firmas de administração de ativos representam o núcleo do capital internacional. Como tais, estas 161 pessoas partilham um objetivo comum de máximo retorno sobre investimentos para os seus clientes e procurarão alcançar retornos por vezes por quaisquer meios necessários – legais ou não.

As autoridades têm considerado os maiores bancos como "demasiado grandes para falirem" e têm respondido às atividades criminosas dos bancos com reformas fracas e sem processos.
[23] O governo americano recusou-se a processar quaisquer responsáveis da multidão de bancos que têm lavado milhares de milhões de dólares para cartéis ilegais de droga. Corporações bancárias poderosas, tais como o JPMorgan Chase, têm continuamente recusado cumprir com leis americanas anti-lavagem de dinheiro. [24]

Esta recusa em processar é frequentemente louvada como um movimento honroso que serve para proteger todos os indivíduos da devastação. Assim, o assistente do Procurador-Geral Lanny A.Breuer explicou a recusa em processar o banco HSBC:
Se as autoridades dos EUA tivessem decidido insistir em acusações criminais, o HSBC quase certamente perderia sua licença bancária nos EUA, o futuro da instituição ficaria sob ameaça e todo o sistema bancário teria sido desestabilizado. [25]
Estas poderosas corporações não são consideradas apenas "demasiado grandes para falirem", elas parecem terem-se tornado demasiado grandes para se distinguirem. Tradicionalmente, os bancos têm sido entendidos como entidades separadas, a competirem uns contra os outros a fim de incitar consumidores a depositarem fundos e investirem. Tal competição teoricamente força bancos a competir para oferecer as melhores taxas. Contudo, na realidade estes bancos descobriram que competir uns contra os outros era menos lucrativo do que trabalharem em conjunto. Percebendo que o seu interesse está no trabalho conjunto, o núcleo financeiro da CCT foi altamente motivado para juntar forças – legalmente ou não – para manipular leis, políticas e governos para o seu benefício.

As consequências da falta de competição na indústria bancária são devastadoras. Considere-se, por exemplo, escândalos de fixação de preço tais como o Libor ou ISDAfix. O JPMorgan Chase, o UBS e o Barclays (entre treze outros) estiveram implicados no escândalo Libor, falsificando dados que eram utilizados para criar taxas de referência (benchmark rates).
[26] Baseadas em dados falsificados, aquelas taxas afectaram os preços de tudo, desde automóveis, casas e empréstimos a estudantes até cartões de crédito, hipotecas e empréstimos comercias, e até mesmo o preço das próprias divisas. A Financial Services Authority no Reino Unido multou o Barclays em US$450 milhões e vários outros bancos ainda estão sob investigação. [27]

sábado, 26 de outubro de 2013

DUAS MÚMIAS COM MAIS MIL ANOS


Perú: Descobertas duas múmias de mais de mil anos de antiguidade

PERU
 
No Perú, um grupo de arqueólogos  encontraram duas múmias de mais de mil anos de antiguidade, em um cemitério de uma pirámide pré-inca situada num subúrbio na capital de Lima.
Segundo  os pesquisadores, as múmias, encontradas intactas, pertenecem a um menino e a um adulto e pertencem à cultura precolombiana Wari, (do século VI ao século I a. C.).“Se trata de uma das descobertas  mais importantes em mais de tres décadas de escavações, porque ambas as múmias estão intactas”, comentou  arqueóloga Gladys Paz.

Para os especialistas, o menino  poderia ter sido uma oferenda aos deuses, e além disso, existe a posibilidade de haver sido enterrado vivo após a morte do adulto.
Foram encontradas oferendas como restos de tres cobaias, sete vasilhas de mate e doce, bem como  bolsas com material vegetal.
Os fardos encontrados não foram abertos e se encontram no lugar do achado. Posteriormente serão trasladados para um laboratório para determinar o sexo e a idade de cada um.
Em 2010 foi encontrada a tumba de uma mulher sepultada acompanhada quatro crianças na região, enquanto que em 2008 foi encontrada a múmia de uma menina de 13 anos.
Fonte: contrainjerencia

AS INCERTEZAS DA ECONOMIA DOS EUA

STELLA CALLONI / Precariedad, incertidumbre, amenazas

Stella Calloni
STELLA CALLONI / TELAM – La resolución de la crisis financiera en Estados Unidos deja más incertidumbres que certezas. La precariedad de su economía tambalea en un contexto en donde la posibilidad de un conflicto bélico adquiere cada vez mayor materialidad.
La precariedad del acuerdo del pasado 17 de septiembre entre demócratas y republicanos para impedir el default en Estados Unidos y el compás de espera que significa el próximo enfrentamiento que suponen las discusiones que se darán en enero de 2014, dejan severas dudas con respecto a que el futuro de la mayor potencia mundial -concebido bajo el esquema “de salvación” de los fundamentalistas del Tea Party- puede llevar al mundo a una catástrofe.
Analistas de distintos sectores nos previenen sobre situaciones absolutamente peligrosas para la humanidad en su conjunto.
Los riesgos no se eliminaron y aunque hubo un acuerdo de última hora y elevaron el tope de la deuda estatal, lo que permitió evitar un impago, la incertidumbre continúa.
Aunque se pateó la pelota hacia delante, la deuda de EE.UU. creció. Por ejemplo, se necesitaron 328 mil millones solo en un día para salvar situaciones. “Los efectos serán cortos”, sostiene Paul Edelstein, de la agencia económica IHS Global Insights.
Esta institución había pronosticado que el crecimiento financiero del país en el cuarto trimestre de 2013 iba del 2,2% anual hasta el 1,6%. “Los riesgos no se eliminaron y aunque hubo un acuerdo de última hora y elevaron el tope de la deuda estatal, lo que permitió evitar un impago, la incertidumbre continúa.”
Según el acuerdo logrado, los fondos para financiar el Gobierno se acabarán en menos de tres meses (el 15 de enero) y al nuevo techo de la deuda se llegará el próximo 7 de febrero. Es decir, en menos de 90 días el drama podría volver a empezar.
“Si los demócratas y republicanos no acaban finalmente con sus divergencias, la crisis económica global que empezó en 2008 nos parecerá una prosperidad financiera”, analiza el periodista ruso Vladimir Babkin (periódico Vzgliad).
Babkin recordó que en esos momentos todo comenzó cuando el banco Lehman Brothers se declaró en bancarrota “y no pudo cubrir su deuda por un total de unos 500 mil millones de dólares”. Ahora advierte que en caso de que el Gobierno de EE.UU. se declarara en bancarrota, “el impago será, al menos, de 12 billones de dólares. Esto quiere decir que un golpe contra la economía mundial será 23 veces mayor que en 2008″.
Si los tenedores de la deuda de Estados Unidos (que son en primer lugar China y Japón) pierden su dinero, será “solo parte de un problema mucho más grave porque si el mayor prestatario del mundo no puede pagar su deuda, fallará todo el sistema internacional de préstamos basado en los bonos del Tesoro de EE.UU., que hasta la fecha son considerados el instrumento financiero más fiable”, explica Babkin.
Cómo se afecta al mundo
Lo que dice Babkin en realidad es que si esto sucede habrá mucho menos dinero en el mercado y será más caro tenerlo prestado, se reducirán las inversiones en todo el mundo y se produciría “ una caída drástica de la producción”, lo que significa ir a la recesión.
En este aspecto surge la realidad que muy pocos consideran en sus análisis: nueve empresas en estos momentos ya tienen más dinero que el Gobierno estadounidense.
Por su parte, Vardán Bagdasarián, analista político (Pravda), sostiene que es “la crisis de valores ideológicos la que realmente afecta a la economía de EE.UU. y también que es posible que alguien controle esta crisis económica persiguiendo ciertos fines políticos”.
Uno de los datos más importantes de este reconocido analista cita un reciente informe político de la CIA “sobre las tendencias principales del desarrollo mundial hasta el año 2030 proponiendo un escenario de posible consolidación del mundo con la creación de un Gobierno mundial”.
Pero para lograrlo, y de acuerdo con analistas de Estados Unidos, “es necesaria una gran agitación a nivel global, por ejemplo, una guerra, y no solo una guerra convencional, sino una guerra nuclear”.
De acuerdo al analista Bagdasarián, la “actualización” del sistema global será posible solo cuando haya víctimas masivas, cuando el mundo tiemble”.
Recuerda asimismo la enorme brecha social existente en EE.UU., muy superior con lo que existió durante la Gran Depresión. “Actualmente, el 1 por ciento de la población estadounidense controla el 43% del capital del país, mientras que el 80% de los habitantes tienen acceso tan solo al 7% del capital”.
Ante esta situación estima que se planea la salida de esta crisis mediante un conflicto militar, ya que esto “atrae inversiones, refuerza la industria, algo que pasó durante la Segunda Guerra Mundial”. “En estos momentos es América Latina el continente donde mayor coincidencia existe en la necesidad de detener cualquier tipo de guerra.”
Como todo el mundo sabe, después de la Segunda Guerra Mundial el mundo logró salir de la crisis. Lo que espera Washington es un escenario similar, pero hay más. En el esquema de un fundamentalismo rampante, se espera que entonces finalmente podrá instalarse un gobierno mundial, una propuesta de los sectores duros desde los años 1992, como lo definió el propio Pentágono, cuando advertía que había llegado el tiempo de una “gobernanza global” por parte de Estados Unidos.
Para muchos esta guerra ya está en marcha. Para otros, el fundamentalismo ciega y no deja ver las contradicciones que se han engendrado, algunas de las cuales son irreversibles, pero no se las puede ver desde la impunidad de un poder que camina como un elefante en la vitrina. Las encuestas dejan en claro que un 47.3% estima que habrá una lucha a gran escala por el control de los recursos del planeta. Un 28.4% cree que la guerras mundiales forman parte del pasado y que ahora existen otros medios para alcanzar los objetivos deseados. Y hay un 13.9% que piensa que el mundo se está moviendo en dirección a un mayor humanismo.
Pero lo cierto es que mientras la crisis no se resuelve de fondo, los preparativos bélicos aumentan cada día, como si el poder hegemónico solo viera una luz de salida que puede ser una catástrofe humanitaria. En estos momentos es América Latina el continente donde mayor coincidencia existe en la necesidad de detener cualquier tipo de guerra. Y la respuesta de la población mundial al reciente llamado del Vaticano a la paz y contra la guerra ha dicho más que cualquier encuesta y valoración académica del momento en que vivimos. Y esta respuesta llega desde sectores generalmente nunca consultados sobre esta temática.
Fonte: contrainjerencia

OS VAMPIROS DO CAPITALISMO (III)

OS 161 VAMPIROS DO CAPITALISMO (PARTE III)

A OTAN está a emergir rapidamente como a força policial ao serviço da classe capitalista transnacional. Quando a CCT emergiu mais plenamente na década de 1980, coincidindo com o colapso da União Soviética, a OTAN começo operações mais vastas. A OTAN primeiro aventurou-se nos Balcãs, onde permanece, e a seguir para o Afeganistão. A OTAN arrancou com uma missão de treino no Iraque em 2005, recentemente efectuou operações na Líbia e em Julho de 2013 estava a considerar ação militar na Síria. A utilização da OTAN pela super-classe para a sua segurança global faz parte de uma estratégia de expansão para a dominação militar dos EUA em todo o mundo, pela qual o império militares EUA/OTAN-indústria-média operam ao serviço da CCT para a protecção do capital internacional em qualquer parte do mundo.
[16]

O trabalho mais recente sobre a CCT é The Making of a Transnational Capitalist Class (2010), de William K. Carroll.
[17] O trabalho de Carroll focou a consolidação das redes de políticas corporativas transnacionais entre 1996 e 2006. Ele utilizou uma base de dados os conselhos de administração das 500 maiores corporações, mostrando a interligação concentrada de corporações chave e uma diminuição do número de pessoas envolvidas. De acordo com esta análise, a dimensão média dos conselhos de administração caiu de 20,2 para 14,0 nos dez anos do seu estudo. Além disso, organizações financeiras estão cada vez mais no centro destas redes. Carroll argumentou que a CCT nos centros destas redes beneficiam de laços extensos entre si, proporcionando portanto tanto a capacidade estrutural como a consciência de classe necessária para solidariedade política efectiva.

Um estudo de 2011 da Universidade de Zurique, terminado por Stefania Vitali, James B. Glattfelder e Stefano Battiston no Swiss Federal Institute of Technology relatou que um pequeno grupo de companhias – principalmente bancos – exerce enorme poder sobre a economia global.
[18] Aplicando modelos matemáticos – habitualmente utilizados para modelar sistemas naturais – às corporações transnacionais na economia mundial, o estudo descobriu que 147 companhias controlavam cerca de 40 por cento da riqueza do mundo. [19]

Embora teóricos da sociologia efetuem estudos da elite do poder mundial, estes investigadores raramente identificam membros específicos da classe capitalistas transnacional, preferindo ao invés construir teoria para outros acadêmicos lerem e discutirem, se bem que evitando os pormenores de quem está realmente envolvido.

As mídias corporativas do mundo não prestam absolutamente nenhuma atenção a conceitos acadêmicos como "classe capitalista transnacional". Assim, uma pesquisa no LexisNexis de cobertura de noticiários, completada em 3 de Junho de 2013, utilizando a expressão "classe capitalista transnacional", retornou apenas três notícias na última década – duas de media estrangeiros e a terceira uma carta ao editor de Leslie Sklair. O conceito de uma classe capitalista transnacional está ausente de cobertura nos noticiários corporativos, os quais tão pouco tratam de quem constitui esta elite principal, o grupo poderoso.

Pensamos que o mundo precisa saber quem inclui a CCT e portanto quem toma as decisões financeiras respeitantes ao capital global. Isto é realmente um razoavelmente direto – ainda que de trabalho intensivo – esforço de investigação: a maior parte da informação não é pública como também está online. Começamos com as dez principais companhias mais centralizadas a partir do estudo suíço de 2011 já citado.
[20] Isto identificou as mais centralizadas e interconectadas organizações financeiras do mundo. Também quisemos considerar aqueles grupos que administram os maiores volumes de capital financeiro, de modo que acrescentamos as dez principais firmas de administração de ativos de 2012 ao nosso conjunto de dados. [21] A tabela a seguir mostra as classificações em trilhões de dólares de ativos administrados pelas 35 principais firmas de administração de ativos do mundo.





A DIREITA VENEZUELANA APOSTA NO COLAPSO ECONÔMICO


O debate ideológico deve ser construído sobre uma nova consciência ética 
Mais uma vez a sociedade venezuelana sofre os efeitos de uma campanha de desestabilização, a aposta da direita venezuelana num colapso econômico . Esta estratégia não é nova, foi implementada em 2002 - 2003 geradora de ansiedade e mal-estar na população, com uma grande sabotagem petroleira , que trouxe a destruição nas plantas e crise dos combustíveis , milhares de filas e atraso do Natal para muitas famílias. Estes sintomas de uma política desumanizada , impulsionados  pelos setores da denominada  Mesa da Unidade Democrática (MUD ) e setores empresariais da FEDECAMARAS , apostam  no desabastecimento( escassez) , na inflação e no descontrole dos preços , para alcançar seus objetivos políticos no dia  8 dezembro quando ocorrerão as eleições municipais na Venezuela .
O jornalista José Vicente Rangel disse em seu programa, que   recentemente ocorreu uma reunião no Peru de "... dois líderes proeminentes da oposição venezuelana , com dois advogados norte-americanos e vários cubanos residentes no país norte-americano, a fim de coordenar com empresários e comerciantes o plano chamado de Colapso Total contra o Governo nacional ". Acrescentou  que " um  líder da oposição venezuelana que vive no Peru patrocinou o encontro , que busca provocar,ao máximo , o  desabastecimento  no país para criar descontentamento e aproveitar o cenário eleitoral de dezembro, destacou o experimentado comunicador social e político " .
Finalmente Rangel acrescentou que " os opositores  tem planejada outra reunião em Bogotá , na Colômbia, para discutir  planos violentos na Venezuela, onde se espera a presença de ex-dirigentes da Petróleos de Venezuela ( PDVSA) e de  pessoas que representam o ex-presidente o presidente colombiano, Alvaro Uribe , como Sebastian Pinzon e Camilo Conde, que são os responsáveis ​​de adiantar gestões  de participação  com grupos paramilitares na zona fronteiriça de La Barge e Puerto Santander " .
Importante registrar que a direita nega estas denúncias  dizendo que eles não fazem parte da sabotagem econômica . A verdade desnuda a mentira e a direita venezuelana jogada ao cinismo, esconde seus verdadeiros objetivos: a derrubada do presidente Nicolas Maduro , por qualquer meio.
Ante este plano macabro da direita tem  gerado descontentamento  diversos setores populares que não conseguem obter alimentos básicos , as conseqüências da escassez  são amplificadas em constantes comunicados da imprensa , em uma campanha de mídia organizada pelos meios de comunicação privados , os quais  atribuem o governo bolivariano de estar causando uma crise econômica decorrente da incapacidade do governo de Maduro.
Mas ninguém fala sobre os milhares de toneladas de alimentos, que são entregues nas  redes Bicentenário MERCAL ou PDVAL , porque muitos desses produtos são transferidos para o mercado paralelo , onde vendedores ambulantes e empresários vendem  a preços elevados em um mecanismo perverso de venda e revenda ,  que só prejudica o povo venezuelano .
Esta campanha da direita só pode ser combatida com a participação do povo, mas para atingir esse objetivo é preciso aumentar a conscientização e a moral, porque não podemos ser meros espectadores de uma campanha de desestabilização já que a direita aposta na  nossa passividade , ao ver como nós roubam aumentando os preços,  porque nós compramos papel higiênico nas gôndolas,  porque fazemos filas para comprar  farinha de pão , se perguntarmos  porque essas coisas acontecem.
Muitos compatriotas não apreciam as mudanças em nossa sociedade em 14 anos, muitos não se lembrar dos efeitos das Caracazo, os ajustes econômicos Pérez , os ajustes de Caldera,as perdas de benefícios sociais , ou a quebra  de bancos, ou os salários congelados por vários anos. Também não sabemos superar o individualismo ao ver um vizinho ou uma família com a casar ou apartamento fornecido pela Missão Habitação, dizemos  " mas isso não aconteceu comigo" , ou se cobram milhares de pensão com o  valor do salário mínimo , mas , no entanto, suportam setores de direita que destruíram  a economia da Venezuela em quatro décadas .
 “ Não há pior  cego quanto aqueles que não querem ver ", porque com o presidente Hugo Chávez , se abriu uma nova Venezuela , a busca de um novo modelo social , mas a falta de compromisso revolucionário e oportunismo , podem dar a chance a direita de criar o caos , porque só um povo organizado e consciente pode chegar a uma nova sociedade bolivariana e  socialista .
Fonte; rebelion.org
Tradução,adaptação e revisão: Valdir Silveira

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SEM KADAFI LIBIOS SÃO ESCRAVOS DOS IMPERIALISTAS


A líbia sem Kadafi está sendo saqueada pelas potências colonialistas
Dois anos após o martírio do líder Muamar Kadafi na heróica Sirte (sua terra natal), o mundo assiste desolado a queda, uma a uma, das mentiras divulgadas pela mídia ocidental para tentar justificar a ocupação militar da Líbia.
Hoje o país está fragmentado, não há luz, água ou combustíveis na maioria das cidades líbias. Estradas, viadutos, estações de bombeamento de água no Grande Rio Verde (o maior rio artificial do mundo) foram destruídas pelas bombas dos EUA, França e Inglaterra, e até agora nada foi reconstruído.
Para completar o quadro desolador do país que tinha o maior IDH (índice que mede a qualidade de vida da população) da África, mais de 6.000 militares estrangeiros estão estacionados no país, a maioria nos campos de petróleo onde EUA, França e Inglaterra estão roubando o petróleo líbio para “pagar despesas de guerra”. Ora, é como se um ladrão invadisse nossa casa, roubasse, matasse, e depois exigisse um pagamento mensal como compensação pelo “trabalho realizado”.
Na semana passada o primeiro-ministro, Ali Zeidan, foi sequestrado em Trípoli por ex-rebeldes anti-Kadafi como represália pela captura de um suposto líder da Al-Qaeda, Abu Anas al-Libi, pelos EUA. Libertado horas depois, Zeidan denunciou ter havido "golpe contra a legitimidade"
"Zeidan é fraco, sem instrumentos para conduzir um país cujas instituições foram desmontadas na ditadura", disse Geoff Porter, especialista do North Africa Risk Consulting.
No sul da Líbia, dezenas de xeques beduínos e líderes tuaregues se recusam a se submeter a um governo de mercenários e traidores da Jamahiriya. Exigem autonomia política e montaram governos de fato, protegidos por milícias. Enquanto isso, drones americanos vasculham a área constantemente e matam inocentes, em locais onde a mídia não chega. Em todo o território, extremistas islâmicos se beneficiam do volume imenso de armas restantes dos oito meses de guerra civil, contrabandeiam armamento para Síria e Somália e reforçam frentes de combate no Mali e na Tunísia.
A Líbia da Jamahiriya, do Poder Popular, da democracia direta através dos Congressos e Comitês Populares, terá sua legislação substituída por uma mescla de lixo democrático (partidos políticos corruptos) e leis islâmicas via Al Qaeda. Tudo isso será aprovado pelo Conselho Geral Nacional, onde a Irmandade Muçulmana líbia luta contra políticos seculares.
Atualmente 6,4 milhões de líbios vivem sob total insegurança. As forças de segurança continuam dispersas, sem preparo e a criminalidade cresce. Segundo Claudia Gazzini, especialista do International Crisis Group, os grupos armados se defrontam entre si.
Em setembro de 2012, um deles invadiu o Consulado dos EUA em Benghazi e matou o embaixador americano, Christopher Stevens, e três funcionários – agentes da CIA. Porter, no entanto, não vê risco de golpe de Estado. "Ninguém quer substituir Zeidan, porque não há como governar o país", afirmou.
A italiana Claudia, que vive em Trípoli há um ano e meio, diz que ouve queixas recorrentes sobre a insegurança. Segundo ela, muitos sentem saudades de Kadafi. "Em termos de segurança, com certeza Kadafi era melhor. Há uma insatisfação geral com o atual processo político."
Segundo Riccardo Fabiani, do Eurasia Group, a situação é caótica, mas não como na Somália, onde há uma guerra civil. "Na Líbia, nenhum grupo jihadista quer derrubar o regime. O que eles querem é influir e dominar o governo."
A líbia de Muamar Kadafi era a “pérola da África”, o país mais próspero, o mais solidário (enviava médicos e dentistas para atender gratuitamente nos países mais pobres do continente africano).
Tudo isso não foi suficiente para deter as potências ocidentais terroristas que somaram forças para assassinar milhares de civis indefesos para roubar petróleo.
Kadafi não morreu nas milenares areias de Sirte, a cidade heróica. Ele está vivo na memória de milhares de combatentes da liberdade, de verdadeiros revolucionários, em diversas partes do mundo, e principalmente, na memória do povo árabe socialista da Líbia. Kadafi vive! Kadafi viverá sempre! 
Movimento Democracia Direta do Paraná
Curitiba - Brasil


CHE E OS INTELECTUAIS


Atilio Borón e uma reflexão do Che sobre os intelectuais

“Não devemos criar assalariados dóceis ao pensamento oficial e nem «acadêmicos» que vivam ao amparo de orçamentos, exercendo uma liberdade entre aspas” (Che).

(Por ATILIO BORON).-Em seu magnífico escrito, O Socialismo e o Homem em Cuba, o Che sentou as bases de alguns das mais importantes contribuições recentes para o pensamento marxista ao resgatá-lo do asfixiante “economicismo” das versões canônicas da teoria. Para Guevara o projeto socialista era multifacetado e integral. Um de seus componentes essenciais era a criação do homem e a mulher novos, além da construção de uma nova cultura que contrastasse com os quinhentos anos de “des-educação” para a submissão e a resignação sofridos por nossas sociedades, desde os primórdios do capitalismo. Precisamente para destacar o caráter integral do projeto socialista, irredutível a seu único componente econômico, Che lançou mão repetidamente de sentenças, tais como “o socialismo como fórmula de redistribuição de bens materiais não me interessa” ou “o socialismo econômico sem a moral comunista não me interessa”.
No texto acima citado, Che faz uma menção aos intelectuais que quero compartilhar com todos vocês. Está falando de seu papel em Cuba, na Cuba revolucionária; porém, o fundo de seu argumento vai mais além e é pertinente para compreender também o papel e as contradições dos intelectuais latino-americanos no momento atual. Sobretudo dos intelectuais em países como Bolívia, Equador e Venezuela, comprometidos com a construção do socialismo no século XXI e de seus homólogos em países que, sem que sejam propostas de seus governos, essas metas cruzam – como Argentina, Brasil e Uruguai –, através de processos de mudanças, cujos reflexos no plano internacional os aproximam dos primeiros. Por isso, os convido a refletir sobre suas sábias palavras no marco dos 46 anos de seu covarde assassinato.
“Resumindo, a culpabilidade de muitos de nossos intelectuais e artistas reside em seu pecado original; não são autenticamente revolucionários. Podemos tentar introduzir o olmo para que dê peras, porém, simultaneamente, é preciso semear pereiras. As novas gerações se virão livres do pecado original. As possibilidades de que surjam artistas excepcionais serão tanto maiores quanto mais se amplie o campo da cultura e a possibilidade de expressão. Nossa tarefa consiste em impedir que a geração atual, deslocada por seus conflitos, se perverta e perverta as novas. Não devemos criar assalariados dóceis ao pensamento oficial e nem «acadêmicos» que vivam ao amparo de orçamentos, exercendo uma liberdade entre aspas. Já virão os revolucionários que entoem o canto do homem novo com a autêntica voz do povo. É um processo que requer tempo”.
Até a vitória sempre, Comandante Che Guevara!
Tradução: PCB

ONDE ESTÁ O STF DO JOAQUIM BARBOSA?


Documentos da Suíça comprovam pagamento de propina a tucanos paulistas

publicada em 16 de outubro de 2013
Documentos da Suíça comprovam pagamento de propina a tucanos paulistas

Por Redação - de São Paulo
 


Campanha
Andrea Matarazzo gastará R$ 5 milhões na campanha para vereador de São Paulo
Chegaram ao Ministério Público do Estado de São Paulo os documentos das autoridades financeiras da Suíça que comprovam a recepção, por parte de um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), de US$ 1,8 milhão em propina, pagos pela multinacional Alstom, em sua conta conrrente. As informações constam de matéria, assinada pelo jornalista Fausto Macedo, na edição desta segunda-feira do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo. O dinheiro foi depositado entre 1997 e 1998 – durante o primeiro mandato de Mário Covas.
Segundo os investigadores suíços, trata-se de verba do esquema de corrupção montado pela multinacional francesa para favorecer cartel em um contrato de reforma de trens da companhia. O caso do propinoduto teria sido mantido nas gestões dos tucanos de José Serra e Geraldo Alckmin, de acordo com denúncia da Siemens, multinacional alemã, que fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Muita propina
Na Suíça, segundo a reportagem, a Alstom pagou à Justiça US$ 43,5 milhões para suspender o processo no qual era acusada de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil. No decorrer do processo, executivos confessaram ter distribuído propinas de US$ 6,5 milhões a gente da administração estadual de São Paulo, em troca de um contrato de US$ 45 milhões para a expansão do metro, entre 1998 e 2001.
Nos Estados Unidos, em abril deste ano, um executivo da Alstom foi condenado à prisão por corromper funcionários públicos. Na Zâmbia, a multi teve de devolver US$ 9,5 milhões e ser punida com três anos de exclusão de licitações do Banco Mundial.
Já no Brasil, não houve qualquer punição até agora. Na ocasião do fato narrado, o ex-primeiro-genro David Zilberstjan, darling no governo Fernando Henrique, foi secretário de Energia entre 1995 e 1998, no governo Mario Covas. Sucedeu-o, ainda em 1998, o atual vereador Andrea Matarazzo, braço direito do ex-governador José Serra. O secretário de Transportes era Mauro Arce, homem de confiança dos tucanos, que permaneceu no cargo por três governos seguidos.
Uma intermediação teria sido feita, segundo acusações formais da Alstom na Suíça, pelo sociólogo e empresário Claudio Luiz Petrechen Mendes, ex-secretario-adjunto de Robson Marinho, por sua vez ex-presidente da Assembleia, ex-conselheiro do TCU e atual deputado federal. Fundador do PSDB e covista de carteirinha. O governo da Suíça declarou que Marinho guardara US$ 3 milhões em seus bancos, sob suspeita de ter praticado lavagem de dinheiro.
Quebra de sigilo
Até agora, a justiça paulistana quebrou o sigilo bancário e fiscal de 11 pessoas, incluindo o vereador Andrea Matarazzo, que participou da arrecadação do caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e ajudou a levantar cerca de US$ 20 milhões junto à Alstom.
A quebra do sigilo autorizada pela Justiça abrange o período entre 1997 a 2000. As pessoas atingidas pela decisão judicial são: Andrea Matarazzo (atual vereador do PSDB e ex-secretário de energia), Eduardo José Bernini, Henrique Fingerman, Jean Marie Marcel Jackie Lannelongue, Jean Pierre Charles Antoine Coulardon, Jonio Kahan Foigel, José Geraldo Villas Boas, Romeu Pinto Júnior, Sabino Indelicato, Thierry Charles Lopez de Arias e Jorge Fagali Neto, (ex-presidente do Metrô).
Apesar de todos os indícios, porém, Matarazzo e o comando do PSDB em São Paulo não tomaram qualquer providência. Com a determinação de quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, começa a aparecer um desenho mais claro da corrupção que atingiu os governos tucanos.
Fonte: Instituto João Goulart

UM CONGRESSO NACIONAL MANIETADO


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O domínio do Congresso pelo poder econômico

publicada em 20 de outubro de 2013

O domínio do Congresso pelo poder econômico 


O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) alerta sobre movimentação de empresários, ruralistas e evangélicos para voltar renovadas e em número bem maior no pleito de 2014. Será necessária uma forte articulação entre partidos e entidades diversas, como os sindicatos, para que o tamanho da bancada dos trabalhadores não fique cada vez menor na Câmara dos Deputados e no Senado. 

A partir de avaliações preliminares de um estudo que ainda está sendo elaborado, o Diap estima que a Câmara dos Deputados, nas próximas eleições, pode passar por uma renovação só vista anteriormente em 1990, da ordem de 61% dos seus componentes. No caso do Senado, a renovação também acontecerá, mas não de forma tão expressiva – uma vez que é levado em conta o mandato de oito anos dos senadores.

Esse percentual de mudança da Câmara na próxima legislatura seria decorrente de vários fatores. Um deles é o fato de costumar ser de, em média, três a quatro legislaturas o período de mandatos consecutivos dos parlamentares – e muitos já estão concluindo este período.

Em segundo lugar, porque muitos dos deputados e senadores da atual legislatura que são mais empenhados em defender os trabalhadores foram justamente os que tiveram dificuldades de obter votos suficientes nas últimas eleições, ficando em suplências e assumindo suas vagas depois do afastamento de algum outro parlamentar.

Há, ainda, os deputados que tendem a realizar uma campanha difícil em 2014 e podem não mais voltar – uma vez que não obtiveram boa quantidade de votos nas últimas eleições.
Fonte: Instituto João Goulart

domingo, 20 de outubro de 2013

OS MALES DO DESENVOLVIMENTISMO


O texto abaixo nos leva a reflexão de que é preciso mudar o modelo, a matriz produtiva de desenvolvimento, para acabar eliminar o câncer.
  

POLUIÇÃO, CÂNCER DO PULMÃO E DESENVOLVIMENTISMO INDUSTRIAL CRIMINOSO E DESUMANO

Considerava-se que a poluição aumentava  as chances de doenças cardíacas, respiratórias e cerebrovasculares. Apesar de não ser uma novidade total. Essa constatação tem sido  comentada e defendida de uma maneira ou de outra , em numerosos estudos científicos nos últimos anos. Mas agora uma organização reconhecida internacionalmente que apóia e abona  uma hipótese já muito avaliada.
"É o agente cancerígeno ambiental mais importante, mais que o tabagismo passivo."  " A poluição ambiental em espaços abertos causa câncer de pulmão " [1] . São declarações da OMS. A Organização Mundial de Saúde, insuspeita  de  situação irregular ou esquerdismo, já descreveu a fuligem do diesel como um agente cancerígeno em junho de 2012 (lembrem-se que em nossas cidades a principal causa de poluição do ar urbano é o tráfego rodoviário ) . É o que muitos suspeitavam, o que muitos intuíam. Sem poder estabelecer qualquer relação de causa-efeito. Tínhamos,temos ,  os mortos muito perto de nós ... e muito presentes .
A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC) revisou mais de 1.000 artigos publicados em revistas científicas as quais afirmam que  " a poluição do ar é um agente cancerígeno " (com riscos conhecidos como amianto , o tabaco ou radiação ultravioleta). E não apenas qualquer cancerígeno: "Nós acreditamos que este é o agente cancerígeno ambiental mais importante, mais do que  o tabagismo  passivo ", disse Kurt Straif ,  chefe do departamento da IARC que avalia as substâncias causadoras de câncer . Um dos principais riscos são pequenas partículas que podem se depositar nos pulmões.
A IARC classificou a poluição ambiental no nível 1, o mais alto na escala. São as substâncias para as quais qualquer não cabe qualquer dúvida ,  dúvida científica , de sua periculosidade .
Segunda a IARC, "Embora a composição dos níveis de contaminação e exposição variem drasticamente entre as áreas de negociação, as conclusões são válidas para todas as regiões do mundo”. Estudos mostram que quanto maior a exposição, maior o risco de câncer.
Anteriormente, a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer tinha considerado como carcinogênicos alguns dos componentes da poluição ambiental ( fumaça de óleo diesel , por exemplo , como é sabido ) . Mas agora é a primeira vez - a primeira! - que considera a poluição do meio ambiente, em geral, como  causadora de  câncer.
Já em 2010, observou-se que se registravam mais de 220 ​​mil mortes por câncer associados à poluição do ar. Também se detectou um vínculo com um risco ligeiramente maior de câncer de vesícula biliar.
Straif  disse que, concretamente,  " isso é algo que temos de enfrentar os governos e órgãos ambientais . " Ele acrescentou : "As pessoas certamente podem ajudar fazendo  coisas como não dirigir um carro grande a diesel, mas isso exige políticas muito mais amplas das autoridades nacionais e internacionais. "
Francesca Dominici, que não participou do estudo da IARC , professora de bioestatística da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard , disse: " Você pode optar por não beber ou fumar , porém não consegue controlar se você vai estar exposto ou não a  poluição ambiental. Uma pessoa não pode optar por não respirar " [2]
A explicação do mecanismo de Pedro Perez Segura ( Sociedade Espanhola de Oncologia Médica - SEOM ) :" A inalação contínua destas partículas irão danificar as células que revestem o aparelho respiratório e chega a um ponto onde se acumulam deficiências genéticas fazendo com que as células proliferem  de maneira descontrolada e, no final, o tumor pode aparecer. "
Onde estão essas políticas públicas, nacionais e internacionais, para proteger os cidadãos? Devemos continuar aceitando  a conversão das nossas cidades em centros de poluição , câncer e morte? Tudo pelo "desenvolvimento"?  Que  desenvolvimento sustentável, que noção  de boa vida subjaz a toda essa aposta? É também isso  o lado escuro do que chamamos de " civilização ocidental " ?
PS: A classificação das substâncias da IARC :
Grupo 1 . Substâncias cancerígenas. A lista inclui 111 itens. Incluindo o amianto , o benzeno , a radiação solar e formaldeído.
Grupo 2A . Prováveis ​​cancerígenos. 66 substâncias, tais como glicidol .
Grupo 2B . Possíveis carcinógenos . 285 substâncias. Entre eles, o clorofórmio , o DDT .
Grupo 3 . Não classificável. 505 substâncias: aciclovir , diazepam , sulfitos ...
Grupo 4 . Provavelmente não carcinogênico : caprolactam .
Fonte: rebelion.org
Tradução e adaptação: Valdir Silveira