terça-feira, 13 de setembro de 2011

CRISE DO CAPITALISMO: A SOLUÇÃO É O SOCIALISMO

A CRISE E A LUTA ANTICAPITALISTA (FINAL)

Essa nova ofensiva belicista e imperialista, por sua vez, assume um caráter de redefinição da geopolítica de dominação de mercados e reservas por parte das grandes potências capitalistas, ao mesmo tempo em que cumpre o papel de fomento de uma vasta cadeia produtiva ligada à indústria bélica e à necessidade do controle ideológico das massas trabalhadoras, transferindo as tensões para inimigos fabricados pela mídia.

A chamada “Guerra ao Terror” tem servido, desde 11/09/2011, como instrumento de justificativa para o aumento de gastos com a indústria bélica e válvula de escape das tensões internas causadas pela crise capitalista. Republicanos e Democratas vêm se revezando no poder nos EUA, mas mantêm a mesma tônica nesses últimos dez anos.

Neste mundo conturbado, o Brasil não está imune à crise. A diferença é que, neste momento, a crise sistêmica que atinge os países centrais abriu espaço para um pequeno período de crescimento econômico e oportunidade de investimentos produtivos em alguns países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O Brasil está recebendo volumes expressivos de investimentos produtivos e especulativos, tem saldo elevado de reservas internacionais e uma aparente tranquilidade econômica.

Esse cenário é repleto de contradições específicas, pois, em parte, o crescimento econômico está ancorado na política de concessão de crédito fácil a juros exorbitantes, os quais comprometem grande parcela dos rendimentos dos trabalhadores, forçando a que muitos entrem em uma verdadeira ciranda de endividamento pessoal.

Mesmo assim, os ideólogos do Capital pregam a barbárie quando, a todo momento, clamam por ajuste fiscal, reformas trabalhista e previdenciária, redução da participação do fundo público para atender os trabalhadores, como forma preventiva de criar um “consenso” entre a população brasileira de que dias piores virão; portanto, devem desde já se conformar e não agirem como os “vândalos” do hemisfério norte.

Desta forma, a ação política fica, aparentemente, enclausurada entre políticas que aprofundam a barbárie ou políticas reformistas para “melhorar” o capitalismo. Nós não cremos nesta dicotomia, são dois lados de uma mesma moeda e falaciosa. O capitalismo não tem mais nenhuma contribuição a dar à humanidade e nem concessões a fazer ao proletariado. Portanto, o enfrentamento desta crise é o próprio enfrentamento do capitalismo, a luta política que devemos enfrentar é a luta anticapitalista com a maior urgência. Em todo o mundo, os trabalhadores devem se organizar e mobilizar suas ações na perspectiva de, corajosamente, apresentar sua força na luta contra o capitalismo e a barbárie produzida pelo sistema. Cada vez mais ações radicais são necessárias, superando a ilusão de que meras reformas institucionais ou que a luta exclusivamente parlamentar ou restrita ao campo sindical levarão a um novo e melhor patamar de vida. É preciso fazer avançar a luta pela construção da sociedade socialista, no rumo do comunismo.

Ousar lutar, ousar vencer!

Setembro de 2011.

Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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