terça-feira, 30 de abril de 2013

RESPONDENDO AO GENPEACE


OS SOFISMAS DOS FILOTRANSGENICOS
       “Quem desconhece a verdade é um ignorante, mas quem a conhece e a esconde, esse é um criminoso.” (Berthold Brecht)
O blog genpeace, que difunde as mentiras em defesa dos transgênicos está divulgando mais umas das suas patacoadas intitulada,  Plurality of opinion, scientific discourse and pseudoscience: an in depth analysis of the Séralini et al. study claiming that Roundup Ready corn or the herbicide Roundup cause câncer in rats.
Autores: Arjó G, Portero M, Piñol C, Viñas J, Matias-Guiu X, Capell T, Bartholomaeus A, Parrott W, Christou P.
Transgenic Res. 2013 Apr; 22(2):255-67
Continuam na surrada cantilena, dizendo que as nossas críticas não tem conteúdo científico e difundimos opiniões “requentadas”. Negam, insistentemente, que não são subsidiados financeiramente por ninguém, porém o órgão que os alimenta com informações tais como o ISAAA – International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications, órgão que tem entre seus fundadores e mantenedores a ByerCropScience, a Monsanto, a Syngenta, a Pionner Hi-Bred e o BBSRC- Biotechnology and Biological Sciences Research Council, bem como o  CIB- Centro de Informação de Biotecnologia que mantém estreitas ligações com o ISAAA. Agora o novo sócio da Monsanto é nada mais nada menos que o poderoso Biil Gates, já que a Fundação Bill & Melinda Gates compraram 500 mil ações da Mosanto pela bagatela de 23 milhões de dólares. Por outro lado cumpre também informar que a Monsanto sempre esteve ligada a guerra, atuou no Vietnam produzindo o Agente Laranja que até hoje causa danos à saúde dos vietnamitas, agora comprou a maior empresa militar/mercenária do mundo: a Blacckwater/Xe, com sede em Moyock na Carolina do Norte, EUA. Não é de se espantar o interesse estratégico da Monsanto na aquisição e compra da maior empresa militar privada, a Blackwater, já que precisa defender seus perigosos negócios e ao fazê-lo prepara-se para dominar o nascimento e a morte da vida! Com aparelhos e técnicas de espionagem da Blackwater (Água Negra), a maior empresa mundial de mercenários, a Monsanto fica em condições de controlar a ação dos ativistas que, um pouco por todo o mundo –eu sou um deles-, resistem à sua dominação no negocio agro-industrial, nomeadamente na produção e comercialização de transgênicos. A Blackwater é um dos pilares, para levar a cabo a sua guerra contra quem resiste ao império da Monsanto. Apesar de todas as evidências, os filotransgenicos negam suas ligações mafiosas, porque é do seu (deles) modus operandi transgressor  não admitir os envolvimentos escusos e tampouco as evidências comprometedoras. O poder econômico, o dinheiro não tem pátria, não tem escrúpulos, não tem ética; vale tudo pelo lucro. Cito como exemplo, que cai como uma luva, o que aconteceu no Brasil no período de 1962-64, quando através da embaixada dos EUA no Brasil foi arquitetada a trama, o golpe contra o governo legalmente constituindo de Jango, o então presidente João Belchior Marques Goulart. Financiaram grupos nacionais, as ONGs da época: o IBAD- Instituto Brasileiro de Ação Democrática, a ADP- Ação Democrática Popular , a CAMDE- Campanha de Mulher Democrática, o IPES- Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, fachadas para desestabilizar o Governo de Jango, bem como aliciavam jornalistas encabeçados por Carlos Lacerda para divulgar e difundir calúnias e mentiras, entre as  quais de que “ Jango era comunista”. Tudo orquestrado pela CIA, através do embaixador dos EUA no Brasil, Mister Lincoln Gordon; tal qual fazem atualmente na Venezuela e na Bolívia. O grande estancieiro e latifundiário, o burguês nacionalista Jango foi derrubado, através do Golpe de Estado de 64 e depois assassinado, por envenenamento, no Uruguai. Eles, os golpistas sempre negaram; hoje está tudo comprovado, após, infelizmente, 49 anos.
É dessa forma que agem os grupos de pressão que defendem e divulgam os transgênicos: na base da tramóia,da perseguição aos que não rezam pela sua cartilha.
Hoje compram a mídia, com a inserção de propagandas caras e difundem a tese de que “a ciência é neutra.” Negam as perseguições contra os agricultores (vide documento: Monsanto versus Agricultores Norte-americanos, publicado CSA- Centro         de Segurança Alimentar dos EUA, em www.centerforfoodsafety.org. Um caso emblemático de perseguição aos agricultores foi o de Percy Schmeiser, plantador de canola no Canadá, a Corte do Canadá, comprada pela Mosanto, condenou  Schmeister em 21/05/2004, sem que ele jamais tenha utilizado semente transgênica; simplesmente sua lavoura foi contaminada. Os verdadeiros cientistas éticos também sofrem perseguições por se oporem aos desígnios da empresas da transgenia e seus lacaios.Arpard Pusztai (Reino Unido), Andres Carraro (Argentina) e os brasileiros Rubem Nodari e Lia Giraldi que foram “expurgados” da CTNBio são exemplos dessa perseguição. As perseguições envolvem os cientistas que se negam a falsificar provas, estudos, documentos e papers encomendados pelas  multinacionais que financiam suas pesquisas.
O  blog genpeace fala de 6(seis)textos, que não pudemos acessar na íntegra ; acessamos apenas as resenhas (sumários/resumos) ou abstracts como dizem os alienados americanófilos. Aliás,cabe uma pergunta: será que nos EUA, quando alguém defende uma dissertação de mestrado e/ou tese de doutorado, faz resumo em português, italiano, Frances, espanhol ou outra língua ? Não, e não! Por que esse servilismo babaca aos esteites?
Mas, vamos aos “abstracts” publicados:
O primeiro texto, que tenta contestar o cientista e pesquisador Frances Gilles-Eric Séralini, sofisma  sobre “ muitos erros e imprecisões” , afirmações essas já desmistificadas pelo próprio Séralini bem como por  outros parceiros cientistas internacionais.
O segundo “abstract” que fala sobre “ratos alimentados com uma dieta enriquecida com milho multivitaminado geneticamente modificado,” onde foi realizada “ uma avaliação de toxicidade de 28 dias em ratos  que não mostraram nenhuma evidência subaguda de curta duração”, são conclusões já contestadas por estudos de Irina Ermakova, Manuela Malatesta e outros que trabalharamcom milho e soja transgênicos.
O terceiro “abstract”, “ Biofortificação de plantas...” nada acrescenta ao debate e ao tema em análise; muito pelo contrários os autores\ admitem que é “ preciso discutir os desafios que ainda precisam ser superados no desenvolvimento de alimentos funcionais nutricionalmente completos e de promoção da saúde”; nada de concreto que possa defender a tese da segurança e/ou inocuidade dos alimentos transgênicos.
O quarto “abstract” é mais uma das invenções e subterfúgios sobre as “soluções das biotecnologias”. É claro, é óbvio que ninguém, nenhum pesquisador e/ou cientista pode ser contra os avanços científico-tecnológicos e tampouco prescindir de eventos e inventos que venham a melhorar a qualidade de vida da população, dos consumidores! Agora, daí afirmar que os produtos da engenharia genética modificada que contenham na sua bagagem genética venenos, “possam ser usados como parte de uma estratégia combinada para enfrentar a insegurança alimentar”, não passa de uma desfaçatez, de mais um sofisma, uma farsa, enfim uma atitude deliberadamente criminosa. Por que? Porque a insegurança alimentar não se combate com tecnologias, sim com atos e ações políticas concretas que propiciem às populações o acesso aos alimentos. Nunca é demais “requentar” a memória dos filotransgenicos   que existe no mundo alimento suficiente para dar de comer, para alimentar, a quem tem fome. O problema é que “ a tecnologia da expropriação, da ganância, da concentração da renda” não permite que os famintos cheguem perto dos alimentos. Os alimentos estão nas mãos dos grandes mercadores de grãos dos quais fazem parte a Cargill, a Bunge, a ADM, a Monsanto, a Syngenta   e outras congêneres que dominam esse mercado e o de sementes. O paper continua mentindo falando “ de cultivos transgenicos com rendimentos mais elevados”, ora isso é um desrespeito a inteligência dos que atuam no campo, na pesquisa quando sabemos que a produtividade de um cultivar é uma característica adquirida através das técnicas do melhoramento genético convencional; o transgênico foi concebido para resistir aos agrotóxicos da  empresa que o criou. Os transgênicos, como insinuam os autores, não combatem a pobreza, a fome e a desnutrição nos países em desenvolvimento, muito pelo contrário, as políticas implementadas pelas multinacionais da industria de sementes e comerciantes de grãos aumentam as desigualdades e, conseqüentemente, a insegurança alimentar; os indianos que o digam no caso do algodão transgênico e os mexicanos que estão assistindo perplexos a destruição do seu banco de germoplasma de milho. Kofi Annan, ex-secretario geral do ONU, disse ao rejeitar o uso de OGMs na guerra contra a fome da Africa que “os OGMs não são solução para a crise de alimentos na África.” (Business Daily ( Kenya) 16/07/2007)
O quinto “abstract”, que fala sobre“ o impacto potencial da biotecnologia vegetal e os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio – ODM” é outra piada de mal gosto  quando fala das metas dos ODM para 2015; os “pesquisadores e cientistas” , de meia pataca, que assinam o trabalho não  são ingênuos e tampouco ignorantes – se bem que as academias estão cheia deles-, para achar, para acreditarem que as oito metas dos ODM serão atingidas com a biotecnologia vegetal. Quem não se lembra da pseudo-revolução verde de Norman Borlaug? Uma “ revolução” que trouxe no seu bojo a introdução dos “ pacotes tecnológicos” recheados de agrotóxicos, sementes híbridas e fertilizantes químicos, pacote que enricou as empresas multinacionais e endividou os agricultores. A  hora que a biotecnologia criar produtos com maior valor biológico, sem venenos, resistentes às doenças, a seca e a solos ácidos, será bem vinda; mas essa “ biotecnologia” que estão tentando nos impingir só ajuda as multinacionais.
Por último, o sexto “ abstract” e por ser o último fecha com chave de ouro os sofismas dos filo-transgenicos ao terem, os autores a cara dura, a cara-de-pau de afirmarem  “ a contribuição das plantas transgenicas para melhorar a saúde...”. Para melhorar as qualidades nutricionais dos alimentos não precisamos dos OGMs, sim de uma biotecnologia vegetal desenvolvida através do melhoramento genético sem incorporação de venenos nas plantas. É preciso mudar o sistema de produção assentado na química que destrói a biologia do solo e sua fertilidade. Em solo empobrecido, doente pelo quimismo, não é possível produzir frutos sadios, nutritivos. André Voisin, em suas obras, já nos ensinava.
Concluímos, essa parte, citando duas obras de Jeffrey Smith que os filotransgenicos não gostam de citar: Seeds of Decception ( Sementes da Decepção/do Engano-  João de Barro EditoraLtda.-SP) e Genetic roulette: the doucumented halth risks of genetically engineered foods ( Roleta Genética: Riscos documentados dos alimentos transgênicos sobre a saúde). No primeiro Jeffrey, ilustra os 9 capítulos do livro com vasta bibliografia e no segundo, Roleta Genética, em 4 partes(capítulos), amplamente fundamentada em relatos e pesquisas científicas que desmascaram a propalada “segurança dos OGMs” e sofismas tais como a “ equivalência substancial” e a “ inocuidade” dos OGMs. São dois grandes trabalhos com denúncias e afirmações que a Monsanto e outras empresas não tiveram a coragem de contestas; finalmente sugiro a leitura do livro de Marie Monique Robin – Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a Monsanto), que já está editado em português.
 Essa é mais uma contribuição para esse debate, essa luta de Davi contra Golias, porque eles, as empresas da transgenia e seus lacaios nacionais tem o poder do dinheiro e militar/mercenário, nós os nossos argumentos e a ética da vida;  não nos intimidam, a guerra continua!


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