quarta-feira, 22 de abril de 2015

OS COMUNISTAS DE TODO O MUNDO TAMBÉM SÃO SOLIDÁRIOS...


Dois documentos por um grande movimento de solidariedade com os Comunistas e o Povo Ucraniano

PCP/KKE

21.Abr.15

Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
PCP condena ação anticomunista e de promoção do fascismo na Ucrânia
13 Abril 2015
O PCP condena firmemente a aprovação pelo Parlamento ucraniano, no passado dia 9 de Abril, de uma lei que visa condicionar e, mesmo impedir a actividade do Partido Comunista da Ucrânia, assim como de outras forças democráticas – lei que não pode deixar de merecer o repúdio de todos os democratas e antifascistas.
Trata-se de um novo e gravíssimo passo na escalada anticomunista, que é acompanhado pela recuperação e promoção do fascismo na Ucrânia, como testemunha a decisão do Parlamento ucraniano de, no mesmo momento, ter reconhecido os membros da denominada Organização de Nacionalistas Ucranianos-Exército Rebelde Ucraniano – colaboradores das SS nazis durante a Segunda Guerra Mundial e responsáveis por inúmeras atrocidades cometidas contra as populações da URSS e da Polónia –, atribuindo aos seus veteranos regalias sociais.
Quando se comemora no próximo dia 9 de Maio o 70º aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo, as ultrajantes decisões do Parlamento ucraniano representam um insulto à memória dos milhões de comunistas que com outros democratas e antifascistas – em que se incluem vários milhões de ucranianos – deram as suas vidas para libertar o mundo da barbárie nazi-fascista, assim como uma tentativa de ocultar o papel determinante da União Soviética nesta Vitória.
O PCP denuncia e rejeita a ignóbil tentativa de equiparar o comunismo com o nazi-fascismo, através da qual se procura branquear a natureza exploradora, opressora e brutal do nazi-fascismo e esconder o papel dos comunistas na luta pela liberdade, pela democracia, pela emancipação social e nacional, pela construção de uma sociedade mais justa, livre da exploração do homem pelo homem.
O PCP salienta que a decisão do Parlamento ucraniano se insere na campanha de repressão política e antidemocrática desencadeada com o golpe de Estado de Fevereiro de 2014, em Kiev, que foi fomentado e apoiado pelos EUA, a UE e a NATO.
O PCP recorda que as forças golpistas – que integram organizações que reivindicam abertamente a herança nazi-fascista – são responsáveis pela violação de direitos, liberdades e garantias e por brutais atos de violência, de que são exemplo a chacina perpetrada a 2 de Maio de 2014 na Casa dos Sindicatos, em Odessa, e a guerra desencadeada contra as populações da região do Donbass.
O PCP repudia os actos de perseguição e de violência – incluindo agressões físicas e assassinatos – contra os comunistas e outros democratas e antifascistas ucranianos e denuncia as inaceitáveis tentativas de criminalizar a ideologia comunista e de ilegalização do Partido Comunista da Ucrânia e de outras forças democráticas na Ucrânia.
O PCP considera que o Governo português – de um país que sofreu 48 anos de ditadura fascista – não pode deixar de condenar esta medida do Parlamento ucraniano.
Alertando para o carácter anticomunista e antidemocrático da decisão do Parlamento ucraniano – que visa não só os comunistas, mas igualmente todos os democratas que resistem e se erguem em defesa dos seus direitos e contra a opressão e a ameaça neofascista dos oligarcas e do grande capital na Ucrânia –, o PCP apela à solidariedade com o Partido Comunista da Ucrânia e as forças democráticas e antifascistas ucranianas.
Comunicado do Gabinete de Imprensa do CC do KKE sobre a resolução anticomunista do parlamento ucraniano
O KKE condena explicitamente a inaceitável resolução do parlamento ucraniano que identifica o comunismo com o fascismo e proíbe a atividade dos comunistas e a divulgação das ideias comunistas, e ao mesmo tempo prossegue a justificação histórica dos fascistas do chamado “Exército de libertação ucraniano”.
O parlamento ucraniano atual, como é bem sabido, surgiu de eleições que se celebraram em condições de violência, de fraude eleitoral e de guerra civil. Estas condições prevaleceram em consequência da descarada intervenção dos EUA e da União Europeia na Ucrânia, no quadro da rivalidade com a Rússia.
As forças políticas que ascenderam ao governo e têm a maioria no atual parlamento da Ucrânia pretendem com esta lei seguir o “modelo” do caminho dos países bálticos, onde desde há mais de 20 anos se aplicam leis similares que identificam o comunismo com o fascismo, enquanto ao mesmo tempo os fascistas ucranianos são historicamente justificados e são já apresentados como “patriotas” e “democratas” porque lutaram ao lado dos nazis contra o poder soviético.
Esta resolução conta com o apoio ideológico e político dos EUA e da União Europeia, como demonstram os comunicados do Parlamento Europeu e do Conselho de Europa.
O momento em que esta resolução é adoptada não é casual. Deteriora-se a condição socioeconómica dos trabalhadores, promovem-se medidas antioperárias-antipopulares e os planos para que a guerra civil prossiga no sudeste da Ucrânia não só não foram abandonados como vão ganhando terreno. Com esta resolução pretende-se promover o terror político à custa dos que resistem ao governo reacionário actual de Kiev.
O governo de SYRIZA-ANEL fica exposto, uma vez que participa ativamente no apoio da UE ao governo reacionário de Kiev, tal como se depreende das “Conclusões do Conselho Europeu sobre as relações exteriores” (19 de Março de 2015).
O KKE expressa a sua solidariedade para com os comunistas da Ucrânia e a certeza de que a luta do povo da Ucrânia, 70 anos depois da Vitória Antifascista dos Povos, rechaçará também estes planos anticomunistas e antipopulares.
Atenas 11/4/2015

Sem comentários:

Enviar um comentário