sábado, 28 de março de 2015

A EUROPA SE VOLTA PARA A CHINA


Enquanto o imperialismo norte-americano se envolve numa guerra sem fim na Mesopotâmia, e na Eurásia perseguem um objetivo que não tem menor impacto direto para os interesses vitais dos EUA desenvolve-se, ao mesmo tempo e debaixo doseu nariz, uma reconfiguração fundamental da dramaturgia asiática. Pequim puxou o tapete à estratégia dos EUA de conter a China, não só em temos intelectuais, mas também em termos políticos e diplomáticos. A decisão da Grã-Bretanha de solicitar seu ingresso, como membro fundador, no Banco Asiático para Investimentos e Infraestrutura (AIIB), pegou Washington de surpresa. A Grã-Bretanha diz que essa é uma decisão puramente econômica. Entretanto a Grã-Bretanha não pode deixar de ter consciência de que o AIIB é uma bofetada no coração do sistema de Bretton Woods, dominado pelos EUA. Ou, o que é pior, que a China se encaminha praticamente para entrar no sistema de Bretton Woods na condição de divindade que irá presidir-lhe. Segundo a agência chinesa Xinhua: " A caminho de se converter na segunda economia do mundo, a China defende e trabalha na revisão do atual sistema mundial... a China não tem a intenção de deitar  o tabuleiro pelos ares, mas de procurar ajudar a construir um tabuleiro mundial mais diversificado. A China deseja ver incluída a sua moeda no cabaz do FMI de forma proporcional ao atual peso do yuan no comércio internacional de bens e serviços. A China acolhe com felicitações a cooperação de cada parcela do mundo com o objetivo de alcançar uma prosperidade compartilhada baseada no interesse comum, mas prosseguirá em frente em qualquer caso enquanto acredita que está no caminho correto".
 O Banco Asiático de Investimento e Infraestrutua (AIIB) é uma instituição financeira internacional proposto pelo governo de China.  A finalidade do banco de desenvolvimento multilateral é fornecer financiamento para projetos de infra-estrutura na região da Ásia. O AIIB é considerado por alguns como um rival para o FMI , do Banco Mundial e do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB),  que são consideradas como dominados por países desenvolvidos como os Estados Unidos. A Organização das Nações Unidas abordou o lançamento de AIIB como "ampliação financeira para o desenvolvimento sustentável" , com  a preocupação da governança econômica global.

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