terça-feira, 4 de outubro de 2011

ASSIM SÓ OS PODEROSOS SE ELEGEM



DEPUTADOS ELEITOS  COM CAMPANHAS CARAS
JORNAL DO ESTADO por Ivan Santos

Os 30 deputados federais eleitos em 2010 pelo Paraná gastaram em suas campanhas eleitorais um total de R$ 35,4 milhões, um gasto médio de R$ 1,1 milhão por candidato. Esse montante é 10,8 vezes maior que a média gasta pelos candidatos não eleitos. Os números foram levantados pela assessoria do deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da Reforma Política na Comissão Especial da Câmara, com base nos dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para tentar reverter essa situação, o relator está propondo em seu projeto, o financiamento público exclusivo de campanha. O relatório de Fontana deverá ser votado na próxima quarta-feira na Comissão Especial.
“Estamos propondo uma nova forma de financiar a política. Não podemos continuar tendo eleições baseadas na força do dinheiro, porque esse sistema político não oferece oportunidade a todos. É cada vez mais difícil um pobre chegar ao poder”, disse Fontana.
Segundo o relator, essa lógica de que quem mais gasta tem maior chance de se eleger vale também para as assembléias municipais, estaduais e para o Senado Federal. Se levada em conta as campanhas para deputado federal em todo o país os gastos totalizaram R$ 904,5 milhões. Desse total, os 513 deputados eleitos gastaram 64% o que demonstra segundo Fontana, que há uma relação muito forte entre arrecadação e sucesso eleitoral.
Pelos números do TSE, a soma dos gastos de campanha para deputado federal no Estado do Paraná chegou a R$ 61 milhões, mas os vencedores gastaram 58% desse total, sendo que os demais candidatos gastaram R$ 25,5 milhões. A série histórica dos gastos de campanha é ainda mais preocupante. A cada quatro anos o valor declarado pelos candidatos ao TSE cresce numa média de 120%.

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