Multiplicam-se as declarações acerca do fim do euro. Um importante dirigente da indústria alemã defende que a Alemanha, Áustria, Holanda e Finlândia saiam do euro . O conhecido historiador Hans-Joachim Voth afirma que "O euro não pode sobreviver na sua forma actual" . O economista liberal Charles Gave considera que "o euro é um Frankenstein que não pode funcionar" . Tudo isso significa que os sacrifícios que estão a ser exigidos aos povos da Grécia, Irlanda e Portugal são inúteis. Trata-se de uma tentativa de espreme-los ao máximo, em benefício dos credores, antes de abandoná-los. Quando os abandonarem, no fim do processo, estarão numa situação económica pior do que a actual. Não há luz no fim deste túnel: só trevas.
Tivéssemos nós uma classe dominante minimamente lúcida, não submetida ao diktat externo e intelectualmente preparada, tomaria ela a iniciativa de afastar Portugal do euro. O passo seguinte seria a criação de uma nova moeda – mas não o antigo escudo. A nova moeda deveria ser de emissão estatal, nos moldes propostos por Rudo de Rujiter (v. Sair do euro – e depois? ). Esta deveria ser a perspectiva também das forças progressistas. Propor o aumento da produção nacional é um objectivo louvável, mas de duvidosa factibilidade sob o euro e a ditadura da troika. Tal proposta traz implícita a ideia (errada) de que poderia haver soluções dentro do sistema actual.
Fonte: resistir.info
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