terça-feira, 8 de novembro de 2011

"DENUNCIEI A FOME COMO FLAGELO FABRICADO PELO HOMEM CONTRA OUTROS HOMENS" JOSUÉ DE CASTRO

Após 8 décadas da primeira primeira obra, uma monografia,  de Josué de Castro:: O Problema da Alimentação no Brasil, escrita em 1932, A FOME continua a desafiar as mentes mais argutas. Uma entrevista do biólogo norte-amaericano Joel E. Cohen, publicada na Folha de São Paulo(07/11/11) tras o seguinte título: "Perfil populacional dos próximos anos é receita para o desastre". Isto demonstra que as " mentes argutas" estão em decrepitude. Os filo-malthusionistas estão de volta pregando que a redução da população é a solução. Ninguém ataca o problema de frente, tangenciam. O biólogo Cohen é bom no diagnóstico, como a grande maioria dos analistas de plantão, qunando diz que " Não é que não possamos alimentar as pessoas- com o que se planta agora, poderíamos alimentar de 9 a 11 bilhões. O problema é que os pobres não têm renda"; mas péssimo na propositura das soluções. Cohen também é um grande tangenciador, escamoteador. Vejam o que ele diz na entrevista citada quando perguntado: O que o Sr. sugerfe? Vejam a resposta neomalthusianista: " a primeira coisa é que todas as 2l5 milhões de mulheres que querem usar métofos anticoncepcionais (...) deveriam ter apoio financeiro para conseguir anticoncepcionais modernos". Dados publicados dizem que " 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo. É o maiorf número de famintos em 40 anos, segundo a FAO, braço da ONU para a agricultura e alimentação". O que acontece é que " 46% dos 2,3 bilhões de toneladas de cereais produzidos, no mundo, são usados para alimentar as pessoas e 52% são usados para alimentar animais e produção de biocombustíveis". Estão aí as causas da fome, " fabricada pelo homem contra outros homens", porque priorizam a alimentação de animais e combustíveis, além de que dos 46% dos cereais produzidos a grande maioria está nas mãos dos grandes conglomerados que comercializam grãos no mundo. É vergonhoso que após 8 décadas o grande Josué de Castro continue presente, vivo nas suas análises, infelizmente! Para vencer a fome urge mudar o modelo de produção capitalista e o regime que o sustenta.

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