segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

MARX E A FABULA DO ESCORPIÃO


Conta uma velha fábula que o escorpião pediu à rã para  ajudá-lo a atravessar um rio. No meio da travessia cravou-lhe no dorso o seu ferrão, dizendo enquanto ambos se afogavam: «Que queres?, eu não posso fugir à minha natureza».

O capitalismo, instalado nas costas do mundo, está fazendo como o escorpião da fábula: Que querem? Ele não pode fugir à sua natureza…

Marx e Engels, no seu «Manifesto do Partido Comunista», essa obra que marcou a nossa época, já apontavam a natureza maléfica do capitalismo:

 A burguesia – dizia o Manifesto – «é incapaz de assegurar ao seu escravo (o assalariado) a própria existência no quadro da escravidão, porque é obrigada a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de ser ela a alimentá-lo em vez de ser alimentada por ele». A sua dominação – concluía – «já não é compatível com a sociedade».

Basta um mergulho na história do capitalismo para lhe sentir a natureza exploradora, farejadora de lucros, com o internacionalismo latente, permanente e determinado de ladrão profissional.

O capital não possui qualquer ideal que vise o bem-estar da sociedade. Nos dias de hoje, como se está vendo, a sua principal produção é a pobreza.

Desde o século XVI ele é o grande roubador da riqueza feita de atividade humana. Roubando trabalho e ideias, que também são trabalho.

Faz promessas eufóricas a quem aceite obedientemente a sua natureza: explorar para uns poucos privilegiados; ser explorador para a esmagadora maioria produtora do trabalho real que faz mover o mundo.

Obviamente, o capital concentra no socialismo o alvo preferencial da sua raiva, promovendo com ódio campanhas anticomunistas, que pretende utilizar como vacina pelo terror, caluniando-o como ideia utópica de sonhadores loucos, levada à prática por ditadores cruéis.

Campanha que abocanhou raivosamente a experiência breve de construção do socialismo em menos de um século, enquanto o capitalismo, após quatro séculos de dominação arrasta o mundo para o seu afogamento: o que querem, ele não pode fugir à sua natureza...

Que o nosso mundo não se resigne a ser a rã transportando docilmente no seu dorso o escorpião capitalista.

Sem comentários:

Enviar um comentário