segunda-feira, 22 de junho de 2015

ROMÁRIO ESTÁ COM A RAZÃO

Esporte

Teixeira e Havelange enriqueceram saqueando o futebol, escreve Romário

                                  
No prefácio de "O Lado Sujo do Futebol", o ex-jogador e senador Romário (PSB-RJ) escreve que João Havelange e Ricardo Teixeira enriqueceram saqueando o futebol e criaram uma ditadura na CBF e na Fifa.
Divulgação
Fifa e CBF se tornaram um grande balcão de negócios, no qual são firmados acordos bilionários
Livro revela informações sobre as negociatas apodrecem o futebol
"Os dois não hesitaram em transformar a paixão dos torcedores em um modelo de negócios corrupto e lucrativo apenas para si mesmos e para os seus cúmplices", diz.
Assinado pelos jornalistas Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet, "O Lado Sujo do Futebol" traz o resultado de uma investigação, fundamentada em documentos oficiais, que expõe a rede de corrupção que comanda o futebol mundial.
O livro mostra como os cartolas enviam milhões para paraísos fiscais, bajulam ditadores e fazem uso político de atletas em atividade e aposentados para negociatas, fraudes e conchavos.
O esquema fora das quatro linhas evolve emissoras de TV, clubes e multinacionais. "Arrisco a afirmar que depois de ler esse livro até a relação com o seu clube do coração pode mudar".
Abaixo, leia um trecho.
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A blindagem de Teixeira atingiu sua data de validade em 2010, fruto de uma denúncia que nasceu do outro lado do Atlântico, no Velho Continente.
Em maio daquele ano, a rede de televisão Britânica BBC revelou que Ricardo Teixeira e seu ex-sogro, João Havelange, teriam recebido propina de US$ 9,5 milhões, principalmente por meio da offshore Sanud Etablissement, situada no principado de Liechtenstein. A propina seria em troca de contratos assinados com empresas de comunicação sob a intermediação da ISL, que intermediava os contratos de marketing e transmissão para a Fifa.
Relembrando: a ISL foi criada por Horst Dassler, o dono da Adidas, que entendeu que poderia fazer uma montanha de dinheiro montando pacotes de patrocínio para eventos como a Copa do Mundo e vendendo os direitos de transmissão. Para convencer dirigentes esportivos relutantes em fazer negócios com ele, Dassler colocou em campo o homem da mala, Jean-Marie Weber, encarregado de lubrificar certos acertos de bastidores.
A investigação que detonou o cartola da CBF foi aberta pelo promotor da Suíça Thomas Hildebrand. Meticuloso, focado e aparentemente imune às pressões, ele fez o que a Justiça brasileira não conseguiu: Comprovar que João Havelange e Ricardo Teixeira embolsaram propina quando eram dirigentes da Fifa. O sogro, como presidente, e o genro, como integrante do Comitê Executivo e comandante da poderosa CBF. Mais que isso, o promotor Hildebrand desfez o mistério em torno da Sanud, a empresa que, segundo depoimento de Ricardo Teixeira à CPI da CBF/Nike, na Câmara dos Deputados, em 10 de abril de 2001, era apenas, frisamos, apenas sócia dele.
Fonte: UOL
Esses dois malacos, sogro e genro, citados por Romário, já deviam estar "enjaulados"!

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