terça-feira, 8 de julho de 2014

QUEM TEM MEDO DA AGROECOLOGIA? (I)


 



A agroecologia está deixando muita gente  nervosa. Isso é verificado, nos últimos tempos, a proliferação de artigos, entrevistas, livros que tem o único propósito desinformação, de desacreditar seu trabalho, desinformar a respeito da   sua prática e desacreditar  seus princípios. Se trata de um discurso repleto de falsidades que, alegam uma suposta independência científica para  legitimar-se,  temos os "males" de um modelo de agricultura e alimentação que progressivamente acrescenta mais apoios. Entretanto, por que tanto esforço para negar a agroecologia? Quem tem medo da agroecologia?

  Quando uma alternativa penetra  socialmente duas são as estratégias para neutralizá-la: a cooptação e a estigmatização. A agroecologia é torpedeada por ambas. Por um lado, cada vez mais é maior o número de  grandes empresas e supermercados que  produzem e comercializam estes produtos para cobrir um nicho de mercado em expansão e "limpar" sua imagem, mesmo que suas práticas nada  têm a ver com o que defende este modelo. Seu objetivo: cooptar, comprar, subsumir e integrar essa alternativa ao modelo agroindustrial dominante, esvaziando-a do seu conteúdo real. Por outro lado, a estratégia do "medo": estigmatizar, mentir e desinformar sobre a mesma, confundir a opinião pública, não permitindo, assim, este modelo alternativo.

  E, se você levantar a sua voz em sua defesa? Insultos e difamações. Se um cientista se posiciona contra a agricultura industrial e transgênica, é tido como "ideológico". Como se defender este modelo  de agricultura não correspondesse  a uma determinada  ideologia, a daqueles que estão na órbita das multinacionais  agroalimentares e biotecnológicas. Se um  "não-cientista" a critica, então o seu problema é que você nada sabe, que é um ignorante. De acordo com esses parece que só os cientistas, e especialmente aqueles que defendem  seus mesmos  princípios, podem ter uma posição válida a respeito. Uma atitude muito respeitosa com a diferença. Outra prática comum é qualificar a quem critique de  "magufo" sinônimo pejorativo, no jargão desta  "elite científica", de anti-científico. Se  percebe que  defender uma ciência a serviço  do público e do coletivo implica  estar contra a mesma. . Uma  argumentação de  loucos.
 Vamos, na continuação deste texto, mostrar  algumas das afirmações mais repetidas para desqualificar e desinformar sobre a agroecologia. Porque existem aqueles que acreditam que as mentiras repetidas servem  para construir uma "verdade". Diante da calúnia, dados e informações.
Fonte: Ester Vivas in  rebelion.orgv- Tradução e adaptação: Valdir Silveira

Sem comentários:

Enviar um comentário